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| A menina Ana Lydia foi estuprada por "filhinhos de papai", em Brasília na década de 1970 |
Luís Alberto Caju
As críticas nesta
coluna surtiram efeitos. A subprefeitura da Freguesia do Ó fechou o buraco numa
curva e ladeira da Avenida Cantídio Sampaio, próximo ao Jardim Carumbé, Zona
Norte, região de Vila Brasilândia. Ele já tinha provocado diversos acidentes no
local. O mesmo ocorreu na esquina da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves
esquina com Rua Rio Grande, Vila Mariana, Zona Sul, com a poda de um arbusto
que servia de esconderijo de bandidos à noite para roubar motoristas e
pedestres que paravam no semáforo. Na Avenida Marquês de São Vicente, Barra Funda,
Zona Oeste, a luz começou a retornar aos postes, no trecho entre a quadra da
escola de samba Camisa Verde e Branco e Praça Luiz Carlos Mesquita. Infelizmente a Administração Pública só
funciona com sabão...
Pau
Um pedaço de pau serve
de sinalizador para que veículos não caiam num buraco de cerca de meio metro de
diâmetro na Rua Dr. Álvaro Alvim, próximo ao número 193, na Vila Mariana. A
subprefeitura da região precisa resolver o problema rápido, antes que aconteça
algo pior.
Desperdício
Na Avenida Afonso
Vieira Costa, perto da Avenida Peri Ronchetti, Jardim Peri, Zona Norte, uma
obra malfeita pela Sabesp deixa essa via cheia de água. Provavelmente deve ser
algum cano trincado. Numa época de seca nos reservatórios, era preciso mais
profissionalismo para que problemas iguais a este não ocorram na cidade.
Fiasco
Foi a Marcha da Família
com Deus realizada na semana passada por saudosistas do Regime Militar que atormentou
o Brasil durante 21 anos. Aliás, quem acredita em Deus não faria uma passeata
dessa pedindo a volta de um governo responsável direto pela morte e
desaparecimento de inúmeros brasileiros, alguns deles sob tortura, como o
colega de profissão Vladimir Herzog e o metalúrgico Manuel Fiel Filho.
Democracia tem falhas, mas é o único regime que permite a crítica sem o risco
de parar na cadeia e a oportunidade de trocar o político por meio do voto.
Fiasco
2
Para quem enche a boca
para dizer que na Ditadura Militar não ocorriam crimes, vou citar apenas dois
de grande repercussão, sem os culpados (eram ricos e filhos de políticos)
sentirem o peso da Justiça: a morte por estupro coletivo da menina Ana Lydia,
em Brasília, em 1973. Um dos acusados era filho do ministro da Justiça, Alfredo
Buzaid. O caso Aracelli, na mesma época e no Espírito Santo, que perdeu a vida
de modo semelhante e desfigurada em ácido sulfúrico. Os assassinos eram
playboys da alta sociedade de Vitória. Nos dois homicídios os culpados ficaram
livres por causa da amizade dos pais com os membros do
governo do presidente Médici.
Nunca esqueçam: em
terra de cego quem tem um olho enxerga tudo!!!
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