domingo, 12 de março de 2023

Cejam desenvolve práticas que protegem e fortalecem vínculo entre mãe e bebê

 Modelo Maternidade Segura e Humanizada é aplicado em todas as unidades geridas pela organização

O projeto, aplicado a todas as maternidades geridas pelo Cejam



Redação/Hourpress

Tendo a humanização como um de seus principais pilares em busca da excelência na assistência à saúde da população, o Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” dedica atenção especial ao atendimento da gestante, considerando todos os riscos e especificidades desse público.

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a organização reforça o seu compromisso com a saúde feminina e destaca o modelo Maternidade Segura e Humanizada – um conjunto de práticas voltadas para o fortalecimento do vínculo e proteção tanto da mãe como do bebê.

O projeto, aplicado a todas as maternidades geridas pelo Cejam, aposta em melhorias a fim de minimizar a morbimortalidade materna e perinatal. Um exemplo desse trabalho é o programa Parto Seguro, presente em oito hospitais da rede municipal paulistana através de uma parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo que teve início em 3 de outubro de 2011. A iniciativa visa qualificar e humanizar o atendimento e é reconhecido em todo o país por sua assistência acolhedora.

Parto

As práticas do modelo Maternidade Segura e Humanizada estão pautadas na saúde da mãe e da criança, atuando desde o final do pré-natal, com a busca ativa obstétrica (ação telefônica para criação do vínculo com a maternidade) e o acompanhamento da vitalidade fetal, com assistência ao parto, nascimento e cuidados durante toda a internação até a alta hospitalar com o bebê.

Conforme a coordenadora geral do Parto Seguro, Dra. Anatália Basile, o programa prevê que cada maternidade conte com uma equipe multiprofissional dentro das unidades intensivas neonatais e alojamentos conjuntos. “Essa é mais uma qualificação de assistência ao parto e nascimento. Com essa inclusão, podemos agora prestar assistência multiprofissional à puérpera da admissão até a alta”, afirmou.

Além disso, foram contratados anestesistas para analgesia de parto, para as mulheres que desejarem. Trata-se do método de aliviar a dor por meio de medicamentos, reforçando os procedimentos e as boas práticas para o momento.

Protocolos

As práticas humanizadas carregam o DNA do Cejam, que tem como missão ser um instrumento transformador da vida das pessoas. “A empatia e acolhimento passados às puérperas e acompanhantes durante todos os processos da gestação, parto e pós-parto são o nosso maior trunfo para corresponder às expectativas da mulher”, destacou Dra. Anatália.

A coordenadora do programa reitera que o parto e o nascimento acontecem de forma segura e respeitosa, baseados nos protocolos assistenciais e com o apoio de uma equipe multiprofissional altamente qualificada.

“Nós incentivamos que a mulher se torne protagonista de seu parto. Realizamos práticas como massagens, banhos terapêuticos, exercícios de respiração e musicoterapia. Todo o trabalho é realizado com a presença de um acompanhante de escolha da mamãe, que permanece o tempo inteiro ao seu lado. São questões simples, mas que tornam esse momento tão importante e inesquecível para ambos”, explicou.

Paciente

À frente do programa desde o início, ela destaca que, apesar da grande responsabilidade, a sensação diária é satisfatória, de missão e dever cumpridos. E ainda compartilha uma das inúmeras histórias que já presenciou ao longo destes mais de 10 anos.

“Um parto muito marcante foi o de um casal no qual o esposo da parturiente era cego. Nossa equipe, com muita delicadeza, garantiu que a experiência do nascimento de seu filho fosse toda narrada e descrita pela mãe da paciente. Um atendimento com equidade que promoveu uma nova experiência a todos os envolvidos.”

A coordenadora ressalta ainda as principais linhas de frente do modelo, como posições de parto respeitando a escolha da mulher; iniciativa Hospital Amigo da Criança, que contribui para o sucesso no aleitamento materno; e estudo de casos com foco na proposta de melhoria e segurança contínua na assistência.

Números

O Programa Parto Seguro vem trabalhando a diminuição da taxa de mortalidade neonatal precoce, de 5,65 óbitos por mil nascidos vivos em 2015 para 4,54 em 2022, uma redução de 20%.

Além disso, também auxilia na redução de gestações não-planejadas, por meio da inserção do DIU pós-parto. Desde 2018, foram colocados mais de 11 mil dispositivos intrauterinos nas maternidades municipais com Parto Seguro.

Com o modelo de Assistência Humanizada ao Parto e Nascimento, foi fortalecido e ampliado o número de partos normais no município de São Paulo. Em 2022, foram realizados mais de 24 mil partos, sendo 14.949 deles normais. O número corresponde a quase 63% dos nascimentos, acima da média brasileira, que, até 2018, era de 44% de parto normal nos hospitais acreditados pelo CQH (Compromisso com a Qualidade Hospitalar) e segundo o SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos).

Por meio dos apoiadores (técnicos e auxiliares de enfermagem) do programa REMAMI (Rede Municipal de Atenção Materno Infantil) e da SMS-SP (Secretaria Municipal de Saúde) de São Paulo, inseridos em 31 hospitais e duas casas de parto, em 2022, houve um aumento de 36% no agendamento da primeira consulta da puérpera e aumento de 40% no agendamento das consultas dos recém-nascidos, assegurando 95% dos retornos pós-parto nas unidades de saúde, em relação ao ano de 2020.

Confira a lista de unidades que contam com o Programa Parto Seguro:

Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha
Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa
Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni
Hospital Municipal Prof. Dr. Alípio Corrêa Netto
Hospital Municipal Prof. Dr. Waldomiro de Paula
Hospital Municipal Tide Setúbal
Hospital Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva
Hospital do Servidor Público Municipal

Sobre o Cejam   

O Cejam - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o Cejam é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

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