segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Autoridades prestam atenção ao transporte coletivo no Brasil?

    EBC


Radiografia da Notícia

E o Metrô também sofre essa avaliação após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?

Será que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos seus veículos

Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do avião que a levaria para morte

 Luís Alberto Alves/Hourpress

O ditado popular diz que “ não se pode fechar a porta depois que ela foi quebrada”. Essa máxima popular aplico ao transporte coletivo. Será que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos seus veículos, como pastilhas de freios, parte elétrica e eletrônica, como recomendam os manuais dos fabricantes?

E os trens que transportam milhões de passageiros todos os dias no Brasil passam por este mesmo rigoroso critério quando retornam ao pátio após mais um dia e noite de expediente? E o Metrô também sofre essa avaliação após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?

O recente acidente com o avião da Voepass, com saldo trágico de 62 mortos, na cidade paulista de Vinhedo, deixou à mostra o descaso da companhia aérea com as pessoas que usam este meio de transporte para se locomover em algumas regiões do País.

Plano

Banheiros interditados no interior da aeronave, poltronas quebradas, ar condicionado sem funcionamento, sujeira no piso da aeronave, desorganização. Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do avião que a levaria para morte.

Como pode, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deixar que funções básicas numa empresa aérea, fiquem relegadas a segundo plano? Não é possível que a segurança e bem-estar de passageiros sejam deixadas de lado, como se fosse algo sem importância.

Que essa tragédia sirva de exemplo para que as autoridades de diversos setores do transporte coletivo tenham olhar mais crítico quanto ao cuidado que essas empresas devam ter com os seus clientes. Que seja formada força tarefa para analisar a parte mecânica, elétrica, eletrônica e hidráulica desses veículos.

 Não podemos tolerar que vidas sejam ceifadas por causa da ambição de lucro a qualquer custo. Por enquanto não existe cópia de vida. Ela é única. Quando se perde, fica apenas a dor e o vazio que nunca mais será preenchido.  Empresários sem respeito pela ética não podem continuar pensando que pimenta nos olhos dos outros é doce.

Luís Alberto Alves é jornalista, editor do blogue Cajuísticas.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário