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Radiografia da Notícia
* E o Metrô também sofre essa avaliação após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?
* Será que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos seus veículos
* Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do avião que a levaria para morte
O ditado popular diz que “ não se pode fechar a porta depois
que ela foi quebrada”. Essa máxima popular aplico ao transporte coletivo. Será
que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos
seus veículos, como pastilhas de freios, parte elétrica e eletrônica, como
recomendam os manuais dos fabricantes?
E os trens que transportam milhões de passageiros todos os
dias no Brasil passam por este mesmo rigoroso critério quando retornam ao pátio
após mais um dia e noite de expediente? E o Metrô também sofre essa avaliação
após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?
O recente acidente com o avião da Voepass, com saldo trágico
de 62 mortos, na cidade paulista de Vinhedo, deixou à mostra o descaso da
companhia aérea com as pessoas que usam este meio de transporte para se locomover
em algumas regiões do País.
Plano
Banheiros interditados no interior da aeronave, poltronas
quebradas, ar condicionado sem funcionamento, sujeira no piso da aeronave, desorganização.
Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos
antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do
avião que a levaria para morte.
Como pode, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deixar
que funções básicas numa empresa aérea, fiquem relegadas a segundo plano? Não é
possível que a segurança e bem-estar de passageiros sejam deixadas de lado,
como se fosse algo sem importância.
Que essa tragédia sirva de exemplo para que as autoridades de
diversos setores do transporte coletivo tenham olhar mais crítico quanto ao
cuidado que essas empresas devam ter com os seus clientes. Que seja formada força
tarefa para analisar a parte mecânica, elétrica, eletrônica e hidráulica desses
veículos.
Não podemos tolerar
que vidas sejam ceifadas por causa da ambição de lucro a qualquer custo. Por
enquanto não existe cópia de vida. Ela é única. Quando se perde, fica apenas a
dor e o vazio que nunca mais será preenchido.
Empresários sem respeito pela ética não podem continuar pensando que
pimenta nos olhos dos outros é doce.
Luís Alberto Alves é jornalista, editor do blogue
Cajuísticas.
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