terça-feira, 17 de junho de 2025

Gripe e resfriado aumentam casos de conjuntivite

 Divulgação


Radiografia da Notícia

Levantamento mostra que o frio aumentou em 12% a conjuntivite viral este ano e porque a conjuntivite alérgica é maior entre mulheres

Outro fator de risco durante o frio é o ressecamento da lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos 

* Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre o globo ocular

Redação/Hourpress

Engana-se quem acredita que a conjuntivite acontece só no verão. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) gripe e resfriado são mais frequentes no outono e inverno funcionam como gatilhos da condição no inverno. Outro fator de risco durante o frio é o ressecamento da lágrima que tem a função de proteger a superfície dos olhos das agressões externas e acontece em 2 mulheres para cada homem.

 

Um levantamento nos prontuários do hospital mostra que entre abril e maio do ano o número de diagnósticos de conjuntivite viral no hospital saltou de 48 para 54, um aumento de 12%. O especialista explica que conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre o globo ocular. “No frio as aglomerações em ambientes pouco arejados facilitam a proliferação de diversas cepas de vírus entre elas o adenovírus que causa resfriado e o influenza responsável pela maioria dos casos de gripe. Estas duas cepas estão por traz dos casos de conjuntivite viral que ocorrem no frio”, explicou.

 

Contágio


Queiroz Neto afirma que a conjuntivite viral é altamente contagiosa e uma importante causa de afastamento do trabalho ou atividades escolares. No Inverno, explica, a contaminação dos olhos se dá pelo ducto lacrimal que comunica olhos e nariz, pelas gotículas de espirro ou tosse e através das mãos que são levadas aos olhos após tocar superfícies contaminadas por estas secreções, entre elas, os teclados de computador compartilhados nas empresas, corrimão de escadas, interruptor de luz, bancadas entre outras.

 

Conjuntivite alérgica


“No Inverno a diminuição da lágrima também aumenta os casos de conjuntivite alérgica decorrentes de uso de cosméticos, maquiagem, cílios postiços e alongamento de cílios”, afirma Queiroz Neto. Outro dia, comenta, atendi uma paciente com extensão de cílios com uma conjuntivite alérgica terrível. Para Queiroz Neto o quadro pode ter sido ocasionado pela cola e detritos de maquiagem que notou nas bordas das pálpebras. “Nossos olhos devem ser higienizados completamente antes de irmos dormir. Nas bordas das pálpebras ficam localizadas pequenas glândulas que respondem pela produção da lágrima e podem ser bloqueadas se a maquiagem não for retirada completamente, pontua. No inverno, salienta, o uso de lente de contato requer cuidado redobrado para manter o conforto dos olhos. Carregar colírio lubrificante sem conservante é crucial para evitar lesões na córnea, orientou.

 

Sintomas e tratamentos


“Olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia, visão embaçada e secreção viscosa que pode colar as pálpebras ao amanhecer são os sintomas da conjuntivite viral. A única diferença em relação à conjuntivite alérgica é o tipo de secreção que é aquosa nos casos da alérgica”, afirmou.

 

O oftalmologista diz que tanto na conjuntivite viral como na alérgica o tratamento inicial pode ser feito com compressas frias feitas com gaze e água filtrada. “Usar óculos escuros nos ambientes externo também ajuda, mas em geral é necessário instilar colírio anti-inflamatório para acelerar a recuperação da conjuntiva viral, sempre com supervisão do oftalmologista. Isso porque, há vários tipos de anti-inflamatório e a suspensão do colírio não pode ser repentina. “Na conjuntivite alérgica que geralmente é recorrente, a instilação de colírio antialérgico é crucial para conter a coceira que é mais intensa. Coçar ou esfregar os olhos causa astigmatismo que pode evoluir para ceratocone caso o hábito seja mantido.

 

Prevenção


As principais recomendações de Queiro Neto para prevenir a conjuntivite são:

  • Lave as mãos sempre que tocar em objetos que foram manipulados por outras pessoas;
  • Higienize as mãos com álcool e mantenha um frasco em sua estação de trabalho;
  • Não compartilhe produtos de beleza, toalhas de rosto, fronhas ou colírios;
  • Interrompa o uso de produtos que causam desconforto nos olhos;
  • Sempre lave os olhos em caso de penetração de produtos;
  • Lave as esponjas e pinceis de maquiagem logo após o uso;
  • Não use água boricada nos olhos. Pode aumentar a irritação;
  • Evite ambientes com ar-condicionado quente ou frio direcionado ao seu rosto.

 

Rinoplastias mal planejadas podem comprometer a respiração

 Radiografia da Notícia

*Médica alerta que cirurgias plásticas no nariz, quando feitas sem considerar a anatomia funcional, podem causar sérios problemas respiratórios

O Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas, com mais de 3,3 milhões de procedimentos realizados em 2023

situações como a redução exagerada das narinas ou do dorso nasal podem enfraquecer as válvulas nasais

Redação/Hourpress

O desejo por um nariz mais harmonioso com o rosto leva milhares de brasileiros todos os anos às salas de cirurgia plástica. Mas o que muitos pacientes não sabem é que modificar a forma do nariz sem considerar sua função pode trazer consequências indesejadas — e, em alguns casos, permanentes. 

“Uma rinoplastia feita com foco apenas estético, sem respeitar as estruturas internas do nariz, pode prejudicar a respiração do paciente”, afirma a Dra. Leila Tamiso, otorrinolaringologista e especialista em estética nasal do Hospital Paulista – referência nacional em saúde de ouvido, nariz e garganta.

Estética versus função: um equilíbrio delicado

O Brasil é líder mundial em cirurgias plásticas, com mais de 3,3 milhões de procedimentos realizados em 2023, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS). Dentro desse universo, a rinoplastia ocupa posição de destaque, figurando entre mais procuradas. 

Embora os avanços técnicos tenham tornado os procedimentos mais seguros e precisos, o risco de comprometer a funcionalidade nasal ainda existe — especialmente quando o procedimento não é realizado por um especialista que compreende profundamente a anatomia e a fisiologia nasal.

Segundo a Dra. Leila, situações como a redução exagerada das narinas ou do dorso nasal podem enfraquecer as válvulas nasais, estruturas essenciais para manter a passagem de ar livre durante a respiração. “O paciente pode sair da cirurgia com um nariz mais bonito, mas com sensação de nariz entupido, necessitando de uma nova intervenção para corrigir o problema”, explicou.

Diagnóstico é parte da cirurgia

Antes de pensar em bisturi, é fundamental avaliar a saúde respiratória do paciente. Exames como a rinomanometria, a endoscopia nasal e, em alguns casos, tomografias dos seios da face, ajudam a identificar problemas que podem ser agravados por uma rinoplastia mal planejada. “Uma cirurgia bem-sucedida é aquela que une o resultado estético ao funcional”, reforçou a médica.

Antes de operar, pergunte. E muito.

A médica alerta que, antes de qualquer cirurgia, o paciente deve se informar. Perguntar sobre a formação do profissional, solicitar fotos de casos anteriores, e garantir que haverá uma avaliação respiratória completa são atitudes essenciais. “Respirar bem e gostar da própria imagem no espelho não são objetivos incompatíveis. Com a abordagem certa, os dois podem — e devem — andar juntos”, concluiu.

Saiba quando a vacina da hepatite A é indicada para adultos

 

Radiografia da Notícia

*Infecção viral no fígado registra surto em diversas cidades

* Infectologista do Sabin sugere que adultos procurem orientação médica para se vacinar

* A doença apresenta sintomas parecidos com uma gripe, como cansaço, febre, náusea e dores no corpo

Redação/Hourpress

O surto de hepatite A que atinge diversas cidades do país levou o Ministério da Saúde, neste mês, a ampliar a oferta de vacina, que faz parte do calendário infantil, também para adultos, em casos específicos. O médico infectologista Marcelo Cordeiro, do Sabin Diagnóstico e Saúde, sugere que adultos em dúvida sobre o risco de se contaminar devem avaliar com o médico a necessidade de se vacinarem. 

A hepatite A é uma infeção causada no fígado por um vírus transmitido principalmente por água e alimentos contaminados, além de contato fecal-oral, o que inclui práticas sexuais específicas. Segundo o infectologista do Sabin, a doença apresenta sintomas parecidos com uma gripe, como cansaço, febre, náusea e dores no corpo. Posteriormente, o paciente pode apresentar pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras. 

“Na maioria das pessoas, a hepatite A melhora sozinha, com repouso e hidratação. Mas, em alguns casos, especialmente em adultos, o fígado pode ser gravemente afetado”, explica o Marcelo Cordeiro, complementando que os sintomas podem ser prolongados, causando inflamação grave no órgão, e, em situações raras, levar à falência hepática e necessidade de transplante. 

Sexo

A sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) indica o imunizante para todas as pessoas a partir dos 12 meses de idade. Segundo o Cordeiro, devem se vacinar, especialmente, pessoas com doenças crônicas no fígado, profissionais de saúde ou de manipulação de alimentos, viajantes para áreas com surto de hepatite A, homens que fazem sexo com homens, pessoas vivendo com HIV e quem teve contato próximo com casos confirmados. 

Para prevenir a contaminação, o médico infectologista recomenda lavar bem as mãos, especialmente após ir ao banheiro e antes de comer, evitar alimentos mal lavados ou água sem tratamento, usar proteção nas relações sexuais e tomar a vacina. 

Surtos em capitais 

Cidades como São Paulo e Belo Horizonte relatam aumento expressivo de casos de hepatite A em adultos. A capital paulista, por exemplo, somou até o dia 15 de maio, 57,1% de todos os infectados do ano passado. Foram 353 pacientes em pouco mais de quatro meses contra 618, em 2024. 

Curitiba registrou mais de 150 casos em 2024 e segue em curva ascendente. Campo Grande (MS), que ficou até 2023 sem registrar um único caso, chegou a 56 até fevereiro deste ano.  Belo Horizonte verificou aumento de 265% nos casos entre janeiro e abril deste ano, em relação ao ano passado, indo de 26 pessoas para 95. 

 

Pesquisa: um em cada quatro profissionais sente-se despreparado para usar IA

Radiografia da Notícia

*Média é ainda maior na América Latina (34%) e no mundo (32%)

Além disso, surgem novas camadas de complexidade: a pressão por garantir o uso ético dessas ferramentas

* Ainda há um descompasso entre a velocidade dessa evolução e a preparação dos profissionais

Redação/Hourpress

A chegada de tecnologias transformadoras como a inteligência artificial tem desafiado empresas a repensarem seus modelos de capacitação e gestão. Embora a adoção da IA avance, ainda há um descompasso entre a velocidade dessa evolução e a preparação dos profissionais para lidar com ela de forma estratégica. Além disso, surgem novas camadas de complexidade: a pressão por garantir o uso ético dessas ferramentas, o cumprimento das regulamentações em constante evolução e a necessidade de proteger dados sensíveis. É o que revela o estudo global Talent Trends 2025, da Michael Page, uma das maiores consultorias de recrutamento executivo do mundo.


De acordo com o levantamento, um em cada quatro profissionais brasileiros (25%) afirma que sua empresa não está promovendo o preparo necessário para o uso adequado de ferramentas de IA. Esse número é ainda mais expressivo na América Latina (34%) e no mundo (32%). Outros 35% se sentem pouco preparados. Já os que se consideram preparados somam 27%, enquanto apenas 8% afirmam estar extremamente preparados. 5% não souberam responder.
 

"A inteligência artificial há muito tempo já se tornou parte do cotidiano de muitos profissionais. E o mais interessante desta evolução é que eles não estão usando a IA apenas para automatizar tarefas repetitivas, eles seguem explorando seu potencial para liberar criatividade, solucionar desafios complexos e acelerar a tomada de decisão. As empresas que abraçaram essa transformação já colhem frutos em eficiência e vantagem competitiva.


Lidera


Em um mercado onde a fluência em IA se torna uma nova linguagem de sucesso, atrair e reter talentos preparados para esse cenário exige mais do que oferecer tecnologia de ponta. É preciso deixar claro o que guia essa jornada: quais são as políticas, limites e valores que moldam o uso da IA dentro da organização. É o que diferencia quem lidera essa mudança de quem apenas a observa acontecer.
 

Não basta usar IA. É preciso saber por que, como e com que responsabilidade se está usando. As organizações que conseguirem comunicar isso com clareza sairão na frente, antes mesmo que a próxima onda de transformação comece”, explicou Lucas Oggiam, diretor-executivo da Michael Page.

 

Os profissionais brasileiros também afirmaram que utilizam inteligência artificial no trabalho. Segundo o levantamento, 53% dos respondentes utilizam a tecnologia em suas funções, índice superior ao verificado na pesquisa do ano passado, quando o percentual foi de 37%. O dado deste ano também supera a média do uso na América Latina (46%) e no mundo (45%).


Mercado


Os dados fazem parte do Talent Trends 2025, um dos levantamentos mais abrangentes sobre o mercado de trabalho global, conduzido entre novembro e dezembro de 2024, em 36 países. A pesquisa ouviu aproximadamente 50 mil profissionais que atuam em empresas de diversos portes e segmentos. O objetivo do estudo é entender os pontos de convergência e divergência entre o que os profissionais esperam (como salários competitivos, flexibilidade e propósito) e o que as empresas buscam em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico.

 

A pesquisa também procurou saber as ferramentas de IA generativas traziam algum ganho aos funcionários. Do total de respondentes, 80% afirmam que as ferramentas de GenAI ajudaram a melhorar a qualidade no trabalho. O índice é superior ao verificado tanto na América Latina (71%) como no mundo (73%).
 

“Quando as empresas oferecem diretrizes claras sobre como utilizar a GenAI — seja para geração de conteúdo, análise de dados ou suporte à tomada de decisão — os profissionais respondem com mais confiança e produtividade. O papel da liderança, nesse contexto, é construir essa ponte entre inovação e cultura organizacional”, concluiu Oggiam, da Michael Page.


Chumbo quente: #Donald #Trump + #Benjamin #Natanyahu = Loucura

 


Radiografia da Notícia

* Também autorizou bombardeios no Sul do Líbano

* É como se o vizinho resolvesse entrar na sua casa com a desculpa de punir o cachorro que late

* Apostam sempre no uso da violência para resolver problema

Luís Alberto Alves/Houpress

Os ataques de Israel contra o Irã, com a desculpa de destruir o programa nuclear daquele país, revela o quanto o mundo sofre quando estadistas malucos assumem o poder. Desde que está à frente do governo de Israel, o premiê Benjamin Netanyahu revela que sofre de algum desequilíbrio mental. Só envolveu a nação israelense em conflitos. Sob suas ordens as Forças Armadas de Israel praticamente dizimou a população palestina na Faixa de Gaza.


Também autorizou bombardeios no Sul do Líbano para combater extremistas do HezBollah,  grupo apoiado pelo Irã. Detalhe: o Líbano é um país e como tal precisa ser respeitado. Porém, na ótica de Netanyahu isto não existe. É como se o vizinho resolvesse entrar na sua casa com a desculpa de punir o cachorro que late forte todos os dias e o incomoda. 


Qualquer regime apoiado por extremistas, seja de direita ou esquerda, terá como bússola a loucura quando vai tomar decisões. Apostam sempre no uso da violência para resolver problemas. Desconhecem a palavra democracia. Vejam o exemplo da Coreia do Norte e Venezuela, onde qualquer tipo de oposição é punida com prisão e até morte. O ódio é combustível dos extremistas. Recusam qualquer tipo de diálogo. 


Mundial


Ao invadir o Irã, um dos maiores produtores de petróleo do mundo e vizinho ao estreito de Ormuz, por onde passam quase 30% desta importante matéria prima que serve de base para se transformar em diversos tipos de combustíveis, Israel arrasta o mundo para o buraco de séria crise econômica. Se o Irã resolver bombardear petroleiros naquela região, a inflação vai subir muito e afetar a vida da maioria da população mundial. Netanyahu ignorou esses riscos e os israelenses estão dormindo e acordando embaixo de chuva de mísseis.


Outro exemplo de estadista com desequilíbrio mental é o presidente norte-americano Donald Trump, que resolveu agir como a polícia do mundo, ao colocar os Estados Unidos como o juiz de todas as nações, impondo aumentos nas cobranças de taxas nos produtos que o seu país comprar no Exterior. Segundo sua ótica de lunático, quem não aceitar a suas regras não realiza negócios com os Estados Unidos. 


Nesta postura histérica resolveu bater de frente com a China, o maior mercado consumidor do mundo e detentor de grande volume de terras raras utilizadas pelo mercado tecnológico e também montadoras de automóveis. Logo veio o troco, quando parte das indústrias norte-americanas  sentiram que sem essa matéria-prima chinesa logo iriam à falência. Trump percebeu que não manda no mundo, como imaginava.


Crise

Outro acesso de loucura foi apostar no grande volume de deportação de imigrantes que se encontram sem documentação. Em poucos meses, os setores da agricultura, restaurantes, hotéis e construção civil começaram a sentir os efeitos dessa política maluca, pois os imigrantes é que são base dessa mão de obra nos Estados Unidos. Trump foi obrigado a mudar de opinião, pois sem esses trabalhadores a crise vai afundar com essa parcela da economia. 


Como ditador de plantão, Trump resolveu passar por cima das decisões judiciais. É como se ordem judicial não tivesse de ser obedecida. Inclusive chegou a ameaçar juízes que batessem de frente com as suas loucuras. Os Estados Unidos, que durante décadas foram considerados como nação que respeita a democracia, atualmente se parece com ditadura, onde quem discorda do governo é perseguido. Infelizmente Trump e Netanyahu são exemplos de estadistas que jamais podem ficar à frente de uma nação. 


Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Cajuísticas, autor dos livros “O Flagelo do desemprego”, “Porque o meio ambiente é tão importante ao trabalhador” e “Internet: pesadelo de quem entrega mercadoria comprada online”.

domingo, 11 de maio de 2025

Quem pode pedir medida protetiva



 Radiografia da Notícia

Jurista do Ceub explica como funcionam os pedidos, prazos e efeitos

*  A solicitação da medida pode partir da própria vítima, de seu advogado ou de qualquer terceiro

* Destinadas a interromper ciclos de violência e garantir a segurança imediata da vítima

Redação/Hourpress

As medidas protetivas de urgência são um dos principais instrumentos legais de combate à violência doméstica e familiar no Brasil. Previstas na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), elas podem ser solicitadas sempre que a integridade física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial da vítima estiver em risco. Embora fundamentais, ainda geram dúvidas sobre quando e como podem ser aplicadas. Victor Quintiere, professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (Ceub), esclarece que se trata de decisões judiciais com caráter emergencial, destinadas a interromper ciclos de violência e garantir a segurança imediata da vítima.
 
De acordo com o professor, a solicitação da medida pode partir da própria vítima, de seu advogado ou de qualquer terceiro, além do Ministério Público ou da autoridade policial. “O relato da vítima, por si só, é suficiente para que a medida seja analisada pelo Judiciário. Não é exigido boletim de ocorrência, inquérito ou ação penal. Esse entendimento segue o que já foi consolidado pelo STF e pelo STJ, que reconhecem o caráter preventivo e protetivo da legislação”, afirma o jurista.
 
De acordo com Quintiere, a lei determina que o pedido deve ser analisado em até 48 horas. Embora a autoridade policial possa sugerir providências, apenas o juiz tem competência para conceder a medida. “E uma vez concedida, ela não tem prazo de validade fixo: permanece ativa enquanto houver risco para a vítima, podendo ser prorrogada, alterada ou revogada a qualquer momento”, completou.
 
Entre as providências, estão o afastamento do agressor do lar, seu desarmamento e a proibição de qualquer tipo de contato com a vítima, inclusive por mensagens, redes sociais ou menções públicas. “A violação dessas determinações é considerada crime e pode levar à decretação da prisão preventiva. A pena, nesses casos, varia de dois a cinco anos de reclusão”. A medida tem validade em todo o território nacional e se a vítima mudar de cidade ou estado, deve comunicar o novo endereço ao juízo responsável para garantir a continuidade da proteção.
 
Desistências e erros comuns
A vítima pode desistir da medida, porém a renúncia precisa ser formalizada em audiência, com a presença do juiz, para garantir que a decisão foi tomada de forma livre e consciente. “Isso evita pressões externas e assegura que a vontade da vítima seja respeitada”, afirma o docente do Ceub. Ele acrescenta que as medidas protetivas não se restringem a relações conjugais, podendo ser aplicadas em contextos familiares e afetivos diversos, como entre pais e filhos, irmãos, desde que haja relação de convivência e situação de vulnerabilidade. 
 
Entre os erros mais comuns que comprometem a efetividade das medidas, o jurista cita a retomada de contato com o agressor, a omissão diante de novas ameaças ou violações, o não comparecimento a audiências e a falha na comunicação de mudança de domicílio ao tribunal. “As medidas protetivas representam um avanço importante no enfrentamento da violência doméstica. No entanto, sua eficácia depende também da postura proativa da vítima e da continuidade da rede de apoio e proteção”, concluiu o professor.

Perda auditiva súbita: um alerta que não pode ser ignorado

    Pixabay


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* É crucial agir rápido e procurar ajuda especializada

* A surdez súbita tem causa desconhecida

* O problema pode ser percebido quando a pessoa encontra dificuldade em compreender

Redação/Hourpress

Imagine acordar em um dia qualquer e perceber que sua audição simplesmente sumiu, sem aviso prévio. A surdez súbita, uma condição pouco falada, mas altamente impactante, pode ocorrer de forma inesperada, afetando uma ou ambas as orelhas. Esse problema, conhecido como surdez súbita neurossensorial, pode ter causas variadas e, se não tratado corretamente, pode resultar em sequelas permanentes. Embora, em muitos casos, a recuperação aconteça espontaneamente, é crucial agir rápido e procurar ajuda especializada.

Otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Dr. José Ricardo Gurgel Testa chama a atenção para a necessidade de buscar atendimento médico, o quanto antes, quando o paciente apresenta surdez súbita. O objetivo é realizar um audiograma, teste auditivo realizado por um fonoaudiólogo para ajudar em sua identificação. “O diagnóstico acontece quando há uma perda em mais de três frequências em uma intensidade de 30 decibéis ou por um período de até 72 horas”, explicou o especialista.

De acordo com o Dr. Testa, a surdez súbita tem causa desconhecida, mas pode estar atrelada a diversos processos infecciosos, virais, inflamatórios autoimunes, tumorais e vasculares. “Infecções no ouvido, doenças como caxumba, sarampo ou catapora; doenças autoimunes, como HIV ou lúpus e até uso de remédios anti-inflamatórios ou antibióticos podem causar a perda de audição de forma repentina.”

Outras causas de surdez

Uma outra condição é ainda mais comum com relação a mudanças na audição, como alerta a fonoaudióloga Sabrina Figueiredo: a diminuição auditiva, que tem a exposição a ruídos altos e a idade como principais causadores.

Segundo a especialista, o problema pode ser percebido quando a pessoa encontra dificuldade em compreender conversas em locais barulhentos ou com muitas pessoas falando ao mesmo tempo. Além disso, é perceptível a necessidade de aumentar muito o volume da TV ou quando o paciente pede para repetirem o que é dito frequentemente.

Qualquer perda auditiva traz algum impacto na comunicação e qualidade de vida, e, normalmente, o prejuízo é proporcional ao grau da perda auditiva. A falta de informações auditivas impõe a condição de privação sensorial no sistema nervoso central, provocando uma reorganização cortical auditiva inadequada pela falta de sons.

“Além desse impacto, a falta de audição faz com que o sujeito tenha dificuldade de socialização, restrição de participação nas atividades do dia a dia e impactos emocionais, e consequentemente piora na qualidade de vida”, explicou Sabrina.

A pandemia acabou trazendo à tona várias discussões sobre o tema, pois as pessoas passaram a perceber a dificuldade de ouvir os outros em função do uso de máscaras. “Com o uso das máscaras, muitas pessoas passaram a perceber dificuldades de comunicação, já que, sem a possibilidade da leitura labial, era mais difícil compreender o que era dito”, explicou.

Prevenção

Os especialistas alertam que a maior parte das perdas auditivas podem ser prevenidas no dia a dia, evitando hábitos como o uso excessivo de fones de ouvido com volume alto, a utilização de hastes flexíveis ou outros objetos que podem provocar lesões e infecções.

Traumas acústicos como shows musicais, explosões, exposições prolongadas a ruídos sem a proteção auricular e o uso de medicamentos tóxicos para os ouvidos também podem causar a perda auditiva em vários níveis, do mais leve ao mais profundo.

Tratamentos

Para a surdez neurossensorial severa ou profunda, além dos casos de discriminação vocal muito baixa, um dos tratamentos indicados é o implante coclear, uma cirurgia que consiste na inserção de um aparelho para a reabilitação capaz de ajudar, inclusive, os pacientes que não têm benefícios evidentes com uso de aparelhos auditivos de amplificação individual.

“Geralmente o implante é indicado em casos bilaterais, mas em algumas situações de perdas unilaterais com zumbido, ele também pode ser usado”, orientou o Dr. Testa.

O Hospital Paulista é considerado centro de referência para esse tipo de cirurgia, que apesar de contar com certa complexidade, tem o diferencial de possuir o rigoroso acompanhamento pós-cirúrgico, juntamente com a terapia fonoaudiológica, que juntos são capazes de permitir uma reabilitação eficaz.

Segundo Sabrina Figueiredo, é comum as pessoas perceberem que têm algum grau de perda auditiva, mas não buscarem ajuda profissional. A questão é preocupante, já que o atraso no diagnóstico pode agravar a maioria dos casos.

“A perda auditiva pode ter seu surgimento e evolução progressivas, por isso, é importante sempre serem feitos checkups da audição. Se você desconfia que sua audição está piorando procure uma avaliação. E se a piora for súbita, a busca por um serviço de referência deve ser imediata”, finalizou a especialista.

 

A dor de não ser mãe



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Mas onde há desejo, há esperança

* Existe também o silêncio de quem espera

* Em muitos casos, a tentativa se estende por anos 

Redação/Hourpress

O Dia das Mães pode ser um lembrete doloroso para muitas mulheres que ainda não realizaram o sonho da maternidade. Em meio a celebrações, flores e homenagens, existe também o silêncio de quem espera, de quem tenta, de quem ainda não conseguiu. A infertilidade, que atinge cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva, é mais comum do que se imagina — e pode vir acompanhada de sentimentos profundos como frustração, ansiedade e solidão.

Mas onde há desejo, há esperança. E é justamente sobre esse futuro possível que a Dra. Carla Iaconelli, ginecologista e especialista em Reprodução Humana, conversa conosco nesta data tão simbólica. “A medicina reprodutiva tem avançado significativamente, oferecendo alternativas reais para quem deseja ter um filho”, afirma a médica.

O impacto emocional do diagnóstico

Receber a notícia de que engravidar naturalmente pode ser difícil é um choque para muitas mulheres. Dra. Carla explica que, em muitos casos, a tentativa se estende por anos sem sucesso ou explicação clara. "As causas da infertilidade são diversas e podem estar tanto no corpo da mulher quanto do homem, ou ainda em fatores combinados", disse.

Entre os motivos mais comuns estão:

  • Baixa reserva ovariana ou falência ovariana precoce

  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP)

  • Endometriose

  • Alterações nas trompas de falópio

  • Problemas na qualidade ou quantidade dos espermatozoides

  • E até mesmo a infertilidade sem causa aparente (ISCA), quando todos os exames estão normais, mas a gravidez ainda não acontece.

Novos caminhos, novas possibilidades

A boa notícia? Existem caminhos. Tratamentos modernos, cada vez mais acessíveis, têm permitido que milhares de mulheres e casais realizem o sonho da maternidade. A Dra. Carla reforça: “Cada caso é único e precisa ser avaliado individualmente, mas temos várias estratégias eficazes à disposição”.

Entre as opções mais indicadas estão:

✔ Indução da ovulação e coito programado
Para mulheres com ciclos irregulares, esse tratamento estimula a liberação de óvulos, aumentando as chances de fecundação natural.

✔ Inseminação intrauterina (IIU)
Os espermatozoides são inseridos diretamente no útero, facilitando a fecundação. É indicado em casos leves de infertilidade.

✔ Fertilização in vitro (FIV)
Neste método mais avançado, óvulos e espermatozoides são fertilizados em laboratório. Depois, os embriões são transferidos para o útero.

✔ Ovodoação
Ideal para quem tem baixa reserva ovariana ou não produz óvulos saudáveis. Os óvulos são doados por outra mulher e fertilizados com o sêmen do parceiro ou de um banco.

✔ Útero de substituição
Quando a gestação não é possível, outra mulher — familiar ou conhecida — pode gerar o bebê.

✔ Preservação da fertilidade
Mulheres que ainda não desejam engravidar, mas querem garantir a possibilidade futura, podem congelar seus óvulos.

Maternidade: muitas formas de amar

Para Dra. Carla, mais do que um estado físico, a maternidade é uma construção afetiva. “O amor de mãe não depende da genética, mas do vínculo, do cuidado, da entrega”, destaca. E lembra: não há um único jeito de ser mãe. Pode ser por meio dos tratamentos de reprodução assistida, da adoção ou de outras jornadas possíveis.

Neste Dia das Mães, fica o convite para acolher todas as formas de maternar — inclusive aquelas que ainda estão em processo. “A maternidade não é uma linha reta. Cada caminho até ela é válido e especial. E, se você está enfrentando desafios, saiba: não está sozinha. A medicina reprodutiva está aqui para transformar a esperança em realidade”, finalizou a Dra. Carla Iaconelli.


Atentado frustrado no RJ reacendem alerta sobre segurança digital de jovens

   Pixabay


Radiografia da Notícia

* A obra retrata como ideias misóginas, discursos de ódio e dinâmicas extremistas se infiltram nas rotinas dos jovens

* A articulação partiu de um grupo que atuava no Discord, uma plataforma bastante popular entre adolescentes

Como posso ajudá-lo a discernir o que pode, deve ou não circular?

Redação/Hourpress

O Dia das Mães é um momento de celebrar o amor, o cuidado e os laços que unem famílias. Em meio aos abraços, flores e fotos, precisamos olhar também para um cenário nem sempre tão visível: o mundo digital em que crianças e adolescentes estão imersos. Nos últimos dias, um caso chamou a atenção do país, a Polícia Civil do Rio de Janeiro frustrou um plano de atentado no show da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3), em Copacabana. Segundo as investigações, a articulação partiu de um grupo que atuava no Discord, uma plataforma bastante popular entre adolescentes.
 

A operação que levou à prisão dos suspeitos revelou algo ainda mais alarmante: o mesmo grupo estaria por trás de ações de aliciamento de menores em redes sociais, incentivando a participação em desafios perigosos e, em alguns casos, promovendo crimes de ódio. Produções recentes como a série Adolescência, da Netflix, ajudam a ilustrar como esse ambiente digital, aparentemente inofensivo, pode exercer uma influência profunda, e muitas vezes negativa, sobre crianças e adolescentes. A obra retrata como ideias misóginas, discursos de ódio e dinâmicas extremistas se infiltram nas rotinas dos jovens, potencializadas por algoritmos, bolhas digitais e pela sensação de anonimato.

 

Esse e outros episódios recentes reafirmam que a proteção dos pequenos não começa dentro do aparelho, mas na postura de quem os guia. Em vez de colocar a culpa nas crianças por navegarem, muitas vezes sem entender os riscos, cabe aos adultos, mães, pais e cuidadores responsáveis, dar o exemplo, orientar e usar as ferramentas certas para mantê-los seguros.
 

Comece pelo exemplo
 

Antes de postar fotos de aniversários, refeições ou passeios, reflita: será que meu filho gostaria de ver essa imagem circulando sem controle por aí? Como posso ajudá-lo a discernir o que pode, deve ou não circular? Quando demonstramos que estabelecemos nossos próprios limites de privacidade, tornamos natural para as crianças aprenderem a valorizar a própria imagem e a pensar duas vezes antes de compartilhar.
 

Mas não basta apenas modelar comportamentos, é preciso conversar. Ferramentas de controle parental são aliadas poderosas, mas não substituem o diálogo aberto. Dedique tempo para entender com quem eles conversam, o que assistem e como se sentem em relação aos “vídeos virais” e desafios que pipocam nas redes.
 

Evitar perguntas que soem acusatórias como “Por que fez isso?”, pode ser substituído por “O que te chamou atenção nesse conteúdo?” ou “Como você se sentiu naquele momento?”. Assim, é possível construir um canal de confiança onde eles sabem que podem buscar ajuda sem medo de julgamento.

 

Mais do que proibir, é fundamental ensinar o sentido crítico. Explique, com base em exemplos reais e adequados à idade, como chantagens circulam on-line, por que criadores de desafios nocivos usam a insegurança da plataforma para explorar menores e como identificar convites suspeitos. Ao compreender o motivo de cada risco, as crianças ganham consciência para recusar pedidos inadequados, denunciar situações perigosas e fazer escolhas mais seguras por conta própria.

 

Ferramentas e cuidados práticos

 

Existem recursos nas próprias plataformas que facilitam o acompanhamento, sem invadir a privacidade, como a “Central da Família” do Discord, que permite saber em quais servidores seu filho está e com quem troca mensagens. No caso dos dispositivos móveis, aplicativos de controle parental podem limitar horários, bloquear conteúdos impróprios e até enviar alertas quando há tentativas de acesso a sites perigosos. Configurar essas ferramentas mostrando que é um gesto de cuidado, e não de desconfiança, fortalece o vínculo e mantém o ambiente virtual mais protegido.

 

Quando for compartilhar momentos especiais, opte por cliques que preservem a privacidade, desde lembrar que redes fechadas para amigos dificultam a circulação de imagens de forma indiscriminada, até considerar o tipo de imagem que publicará: fotos de costas, detalhes de mãos segurando desenhos ou os pezinhos na areia já guardam toda a doçura da memória sem expor dados sensíveis. Assim, você mantém viva a tradição de celebrar a infância e, ao mesmo tempo, garante que essas imagens não sejam usadas indevidamente por quem não faz parte do círculo de confiança.
 

Neste Dia das Mães, o maior presente que se pode dar aos nossos filhos é o cuidado que ultrapassa as fronteiras do mundo físico. Assumir a responsabilidade, atuar como exemplo, manter o diálogo sempre aberto e recorrer às ferramentas de proteção faz parte de um único gesto de amor: assegurar que o sorriso deles continue intacto, seja no colo, no parque ou na tela do computador.


Lula promete que vítimas de golpe da Previdência não serão prejudicadas

Arquivo/Hourpress


Radiografia da notícia

Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista

* O compromisso, segundo o presidente, é de apuração completa das irregularidades

* O presidente ressaltou que é essencial, na apuração, separar as entidades sérias, que não cometeram irregularidades

Redação/Hourpress

Em entrevista após visita à Rússia, presidente enfatiza que investigações vão a fundo para determinar responsabilidades, restituir valores e punir quem tirou ilegalmente dinheiro de aposentados e pensionistas do INSS"As vítimas não serão prejudicadas. Quem vai ser prejudicado são aqueles que um dia ousaram explorar o aposentado e o pensionista brasileiro, criando entidades e fazendo promessas possivelmente nunca cumpridas para esse povo".


A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de imprensa neste sábado, na Rússia, define a perspectiva do Governo Federal diante dos descontos ilegais feitos por associações em aposentadorias e pensões de brasileiros. O crime foi descoberto em investigação conduzida pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União.
 

O compromisso, segundo o presidente, é de apuração completa das irregularidades, identificação de responsáveis, ressarcimento de quem foi lesado e punição de quem atentou contra o bolso dos brasileiros. "A CGU e a Polícia Federal, num processo de investigação com muita inteligência, sem alarde, conseguiram desmontar uma quadrilha montada desde 2019 nesse país. Aquelas entidades que roubaram vão ter os bens congelados. Nós vamos, desses bens, repatriar o dinheiro para que a gente possa pagar as pessoas", disse Lula. "Foi um assalto a aposentados, aposentadas e pensionistas deste país".


 Coração


O presidente ressaltou que é essencial, na apuração, separar as entidades sérias, que não cometeram irregularidades, e as criadas para cometer crimes. "Devolver os recursos vai depender de constatar a quantidade de pessoas enganadas. A quantidade de pessoas que tiveram o nome em uma lista sem que tivessem assinado. Tanto a CGU como a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha", explicou.
 

Em coletiva de imprensa na última quinta-feira, os titulares do Ministério da Previdência Social, da Advocacia-Geral da União, da Controladoria Geral da União e o presidente do INSS explicaram que a comunicação a aposentados e pensionistas será feita nos canais oficiais do INSS.
 

A intenção inicial foi avisar e tranquilizar todas as pessoas que não sofreram qualquer desconto (para evitar golpes). Quem teve descontos, deverá reconhecer ou contestar, de forma simplificada. A exigência de comprovação, com assinaturas e documentos de adesão, é obrigação das entidades.
 Vítimas

Lula enfatizou o compromisso do Governo Federal com a resolução da investigação com a consistência necessária. “Eles [os fraudadores] não foram no cofre do INSS, foram no bolso do povo. É isso que nos deixa revoltados. E é por isso que vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. O que quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo a verdade, porque não estou atrás do show de pirotecnia. Estou atrás de apurar quem assaltou o bolso dos aposentados e pensionistas brasileiros? O que sei é que as vítimas não terão prejuízo”, afirmou o presidente.


quinta-feira, 24 de abril de 2025

Crime organizado toma lugar da Polícia



Radiografia da Notícia

Tinha sinais de tortura e mais de dez perfurações espalhadas pelo corpo

*  O suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, encontrada morta num estacionamento em Vila Carmosina

Luís Alberto Alves/Hourpress

Acusado de matar aluna da USP próximo ao terminal Itaquera do Metrô, Zona Leste de SP, foi encontrado morto nesta quarta-feira (23), no Morumbi, Zona Sul da cidade. O cadáver de Esteliano José Madureira, 43 anos, tinha sinais de tortura e mais de dez perfurações espalhadas pelo corpo. 

Na avaliação da Polícia, o suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, encontrada morta num estacionamento em Vila Carmosina, na sexta-feira (18) após ficar desaparecida quatro dias, após sair da casa do namorado no Butantã, Zona Sul. 

O chamado "tribunal do crime" do PCC, que pode ter ordenado o assassinato do suspeito de matar Bruna, promove sessões de tortura em pessoas amarradas e amordaçadas em cativeiros.

Valores

Porém, o mais grave dessa história é o crime organizado localizar Madureira primeiro, e fazer justiça com as próprias mãos. Talvez, ele estivesse envolvido em mais crime desta natureza e detido pela Polícia poderia confessar e ajudar a resolver outros casos ligados a desaparecimentos de mulher naquela região. 

É muito grave quando facção criminosa toma o lugar da Polícia e passa resolver delitos que caberia ao Estado resolver. É uma inversão de valores, onde o crime organizado tomou o lugar do Estado, inclusive com realizando julgamentos e depois dando a sentença de morte. 

Luís Alberto Alves, editor do blogue Cajuísticas.



terça-feira, 15 de abril de 2025

Comissão aprova projeto que torna crime a violência moral contra mulheres

Pixabay


Radiografia da Notícia

* Proposta segue em análise na Câmara dos Deputados


* Pelo texto, violência moral é definida como injuriar, difamar ou

caluniar a honra da mulher


*Com pena de detenção, de três meses a um ano, e multa. A proposta

altera o Código Penal


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara


A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados

aprovou o Projeto de Lei 1715/24, que torna crime a violência moral

contra a mulher, com pena de detenção, de três meses a um ano, e

multa. A proposta altera o Código Penal.


Pelo texto, violência moral é definida como injuriar, difamar ou

caluniar a honra da mulher mediante atribuição, de maneira falsa, de

um fato definido como crime, difamando-a de modo prejudicial à

reputação, ou causar prejuízo à dignidade para interferir no

desenvolvimento em sociedade, visando degradar ou controlar ações da

vítima.


“A inclusão do crime no Código Penal tem como objetivo a punição dos

infratores responsáveis por atos de calúnia, difamação e injúria,

quando direcionados às mulheres”, ressaltou a relatora, deputada

Rogéria Santos (Republicanos-BA), que recomendou a aprovação do

projeto.


“A classificação da conduta como crime reforçará a proteção legal das

mulheres, proporcionando punição aos agressores e incentivando

denúncias de violência moral”, disse o autor da proposta, deputado

Vinicius Carvalho (Republicanos-SP).


Próximos passos

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça

e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.


Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.