quinta-feira, 24 de abril de 2025

Crime organizado toma lugar da Polícia



Radiografia da Notícia

Tinha sinais de tortura e mais de dez perfurações espalhadas pelo corpo

*  O suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, encontrada morta num estacionamento em Vila Carmosina

Luís Alberto Alves/Hourpress

Acusado de matar aluna da USP próximo ao terminal Itaquera do Metrô, Zona Leste de SP, foi encontrado morto nesta quarta-feira (23), no Morumbi, Zona Sul da cidade. O cadáver de Esteliano José Madureira, 43 anos, tinha sinais de tortura e mais de dez perfurações espalhadas pelo corpo. 

Na avaliação da Polícia, o suspeito de assassinar a estudante Bruna Oliveira da Silva, encontrada morta num estacionamento em Vila Carmosina, na sexta-feira (18) após ficar desaparecida quatro dias, após sair da casa do namorado no Butantã, Zona Sul. 

O chamado "tribunal do crime" do PCC, que pode ter ordenado o assassinato do suspeito de matar Bruna, promove sessões de tortura em pessoas amarradas e amordaçadas em cativeiros.

Valores

Porém, o mais grave dessa história é o crime organizado localizar Madureira primeiro, e fazer justiça com as próprias mãos. Talvez, ele estivesse envolvido em mais crime desta natureza e detido pela Polícia poderia confessar e ajudar a resolver outros casos ligados a desaparecimentos de mulher naquela região. 

É muito grave quando facção criminosa toma o lugar da Polícia e passa resolver delitos que caberia ao Estado resolver. É uma inversão de valores, onde o crime organizado tomou o lugar do Estado, inclusive com realizando julgamentos e depois dando a sentença de morte. 

Luís Alberto Alves, editor do blogue Cajuísticas.



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