Radiografia da Notícia
*Infecção viral no fígado registra surto em diversas cidades
* Infectologista do Sabin sugere que adultos procurem orientação médica para se vacinar
* A doença apresenta sintomas parecidos com uma gripe, como cansaço, febre, náusea e dores no corpo
Redação/Hourpress
O surto de hepatite A que atinge diversas cidades do país levou o Ministério da Saúde, neste mês, a ampliar a oferta de vacina, que faz parte do calendário infantil, também para adultos, em casos específicos. O médico infectologista Marcelo Cordeiro, do Sabin Diagnóstico e Saúde, sugere que adultos em dúvida sobre o risco de se contaminar devem avaliar com o médico a necessidade de se vacinarem.
A hepatite A é uma infeção causada no fígado por um vírus transmitido principalmente por água e alimentos contaminados, além de contato fecal-oral, o que inclui práticas sexuais específicas. Segundo o infectologista do Sabin, a doença apresenta sintomas parecidos com uma gripe, como cansaço, febre, náusea e dores no corpo. Posteriormente, o paciente pode apresentar pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e fezes claras.
“Na maioria das pessoas, a hepatite A melhora sozinha, com repouso e hidratação. Mas, em alguns casos, especialmente em adultos, o fígado pode ser gravemente afetado”, explica o Marcelo Cordeiro, complementando que os sintomas podem ser prolongados, causando inflamação grave no órgão, e, em situações raras, levar à falência hepática e necessidade de transplante.
Sexo
A sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) indica o imunizante para todas as pessoas a partir dos 12 meses de idade. Segundo o Cordeiro, devem se vacinar, especialmente, pessoas com doenças crônicas no fígado, profissionais de saúde ou de manipulação de alimentos, viajantes para áreas com surto de hepatite A, homens que fazem sexo com homens, pessoas vivendo com HIV e quem teve contato próximo com casos confirmados.
Para prevenir a contaminação, o médico infectologista recomenda lavar bem as mãos, especialmente após ir ao banheiro e antes de comer, evitar alimentos mal lavados ou água sem tratamento, usar proteção nas relações sexuais e tomar a vacina.
Surtos em capitais
Cidades como São Paulo e Belo Horizonte relatam aumento expressivo de casos de hepatite A em adultos. A capital paulista, por exemplo, somou até o dia 15 de maio, 57,1% de todos os infectados do ano passado. Foram 353 pacientes em pouco mais de quatro meses contra 618, em 2024.
Curitiba registrou mais de 150 casos em 2024 e segue em curva ascendente. Campo Grande (MS), que ficou até 2023 sem registrar um único caso, chegou a 56 até fevereiro deste ano. Belo Horizonte verificou aumento de 265% nos casos entre janeiro e abril deste ano, em relação ao ano passado, indo de 26 pessoas para 95.
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