quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Silvio Santos, morre o homem, fica o mito

    Agência Brasil


Radiografia da Notícia

* É algo instantâneo, por causa de sua grande contribuição para a televisão brasileira

* Atualmente os recursos tecnológicos possibilitam gravar um programa de televisão, ao vivo, de qualquer lugar do planeta

* Fisicamente não é fácil apresentar um programa de televisão durante 8h seguidas

 Luís Alberto Alves/Hourpress

Existem diferenças entre mortos famosos e anônimos. Os primeiros, como o caso de #SilvioSantos, falecido em 17 de agosto, jamais serão esquecidos. O Senor Abravanel, o seu nome de batismo, morreu, deixou de existir fisicamente, mas o personagem #SilvioSantos nunca irá sair da mente de grande parte da população.

É algo instantâneo, por causa de sua grande contribuição para a #televisão brasileira. Apesar dos seus defeitos, e quem não os tem? Não é possível negar que ele contribuiu para o avanço da #televisão no Brasil. Quando comparamos a programação de 1963, quando passou a apresentar o seu programa na então TV Paulista, mais tarde adquirida pelas Organizações Globo, com o nome fantasia de #RedeGlobo., e a de hoje.

Atualmente os recursos tecnológicos possibilitam gravar um programa de #televisão, ao vivo, de qualquer lugar do planeta. As técnicas de edição podem ser feitas por aparelhos portáteis, até mesmo em celulares. Para tirar a dúvida é só comparar com o conteúdo exibido por diversos apresentadores nas redes sociais, principalmente no #YouTube.

Público

Fisicamente não é fácil apresentar um programa de #televisão durante 8h seguidas, como era a rotina de #SilvioSantos. Nesta verdadeira maratona driblava o cansaço e a monotonia e conseguia prender a atenção do público através dos quadros que exibia durante este período. Sabia que a bola precisava continuar rolando, não permitindo que o público ficasse cansado.  Entrou para o livro dos recordes, como o apresentador que esteve durante mais de 60 anos conduzindo um programa de televisão no mundo.

Não basta o talento,  é preciso carisma para seduzir o  público em qualquer tipo de ação nos veículos de #comunicação. A empatia é importante. #SilvioSantos era talentoso e carismático também. Mesmo quando criticava alguém, tinha sensibilidade na arte de falar. Tudo para evitar rancor. E Personalidades famosas não admitem críticas, principalmente diante de um microfone na #televisão. Também conhecia o gosto do público. De quadros para mexer com a sensibilidade das pessoas, como a famosa Porta da Esperança.

Portanto, se alguém imagina que #SilvioSantos cairá no esquecimento, isto não vai acontecer. O anônimo não tem essa prerrogativa. Até mesmo entre os parentes, poucos se lembrarão do dia em que ocorreu a sua morte. Faça um teste e tente lembrar o dia que um grande amigo ou mesmo parente morreu e qual foi a causa de sua partida. Agora você nunca se esquecerá que #AyrtonSenna perdeu a vida num acidente durante uma corrida de Fórmula-1 em 1994.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas

 

 

 

 

 

 

Os desafios do planejamento sucessório em grandes fortunas

    EBC


Radiografia da Notícia

Especialista em Sucessões esclarece os desdobramentos do processo de herança, como no caso de Silvio Santos

*  Em casos como o de Silvio Santos, onde parte dos bens foi distribuída antecipadamente, o processo de sucessão segue as diretrizes do instituto da colação

 Trouxe à tona importantes questões sobre como se dará a divisão dos bens remanescentes e os possíveis desafios legais que a família poderá enfrentar

Redação/Hourpress

Com o recente falecimento do apresentador e empresário Silvio Santos, avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, a sucessão de seu patrimônio será um dos temas mais discutidos no país. A antecipação de parte da herança para suas filhas, realizada ainda em vida, trouxe à tona importantes questões sobre como se dará a divisão dos bens remanescentes e os possíveis desafios legais que a família poderá enfrentar.
 

Segundo a advogada Vanessa Paiva, especialista em Direito de Família e Sucessões e sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados, em casos como o de Silvio Santos, onde parte dos bens foi distribuída antecipadamente, o processo de sucessão segue as diretrizes do instituto da colação. “A colação é o procedimento pelo qual as doações feitas em vida são incorporadas ao cálculo da herança, garantindo uma divisão justa entre os herdeiros. Dessa forma, os bens doados são somados ao patrimônio restante e repartidos conforme a legítima e a parte disponível”, explicu.
 

No que diz respeito aos direitos das filhas de Silvio Santos, a advogada ressalta que elas, como herdeiras necessárias, têm direito a 50% do patrimônio total, independentemente da existência de testamento. “As doações realizadas em vida são consideradas adiantamentos de herança e integradas ao cálculo total para assegurar uma divisão justa. Os outros 50% do patrimônio constituem a parte disponível, que pode ser destinada livremente pelo falecido”, afirmou Paiva.


Caso
 

Sobre a possibilidade de contestação, a especialista menciona que, embora sempre exista essa possibilidade, o planejamento sucessório, como a criação da holding e a doação de cotas, tende a minimizar os riscos de litígio. “Contestações podem ocorrer se houver suspeita de vícios de vontade ou se as doações ultrapassarem o limite da parte disponível. Porém, um planejamento bem estruturado, como parece ser o caso, reduz significativamente esses riscos”, destacou a advogada.
 

Com relação a importância do testamento como um instrumento vital para evitar disputas entre os herdeiros, a especialista ressalta que o testamento traz organização e clareza ao processo sucessório, expressando de forma explícita a vontade do falecido e complementando o planejamento realizado previamente.
 

Por fim, Paiva alerta para os desafios legais e administrativos em processos de sucessão envolvendo grandes fortunas. “A criação de holdings para centralizar e administrar os bens é comum e facilita a transição. Contudo, os altos custos do inventário e a tributação, especialmente em fortunas significativas, são pontos críticos que exigem um planejamento sucessório cuidadoso para evitar disputas prolongadas e impactos na liquidez dos negócios”, concluiu.
 

O caso de Silvio Santos destaca a importância de um planejamento sucessório bem estruturado, que além de proteger o patrimônio, garante a continuidade dos negócios e a harmonia entre os herdeiros.
 


Exagero para os filhos; culpa para os pais: como lidar com o uso de telas

Pixabay


 Radiografia da Notícia

* Pediatra comenta artigo científico que aborda a dificuldade de relacionamento gerada pelo excesso de uso de telas pelas crianças combinado com o estresse dos pais gerado pela culpa dessa situação

Isso significa que conteúdos educacionais ou interativos podem oferecer benefícios cognitivos e promover o aprendizado

Sabe-se que o uso excessivo de telas por crianças se associa a quadros de obesidade infantil

Redação/Hourpress

Publicado recentemente pela revista científica Media Psycology, o artigo "Muito tempo de tela ou muita culpa? Como o tempo de tela infantil e a culpa dos pais afetam o estresse dos pais e a satisfação no relacionamento", de Lara N. Wolfers, Robin L. Nabi e Nathan Walter falou abertamente sobre a dupla dificuldade em lidar com telas na infância: o excesso dos filhos e a culpa dos responsáveis.

 

"Mais do que apenas o tempo de tela em si, a culpa sentida pelos pais por permitirem o uso de dispositivos eletrônicos por seus filhos tem um impacto significativo no estresse parental e na qualidade das relações familiares", resume a Dra. Aline Piedade, Pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), ao convidar a sociedade brasileira para discutir novas abordagens de solução para o problema: "É importante que esse tema seja abordado de forma equilibrada, levando em consideração o contexto atual das famílias brasileiras", pondera.

 

Sabe-se que o uso excessivo de telas por crianças se associa a quadros de obesidade infantil, dificuldades de interação social e impactos no desenvolvimento cognitivo. Por esse motivo, segundo a médica, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda limites para o tempo de tela, especialmente para crianças pequenas. "O problema é que muitos pais sentem que não conseguem cumprir essas diretrizes, gerando sentimentos de inadequação e culpa. Essa culpa pode levar a um aumento do estresse, que, por sua vez, pode prejudicar a relação entre pais e filhos", avaliou a Dra. Aline.

 

Para ela, é importante reconhecer que o uso de telas se tornou uma parte inevitável da vida moderna e que abordagens mais flexíveis e compreensivas podem ser mais benéficas para a saúde mental e emocional das famílias. "Caso contrário, essas diretrizes podem aumentar a pressão sobre os pais, que já se sentem sobrecarregados em equilibrar as demandas da vida moderna, especialmente em um cenário de pós-pandemia e mudanças sociais rápidas", pontuou.

 

Vamos à prática

 

A fim de desfazer esse nó, a médica propõe uma estratégia de usar as telas a favor da relação pais e filhos, integrando-a na rotina. Ela conta que há pesquisas indicando que a qualidade do conteúdo visualizado se torna mais importante do que a quantidade de tempo de uso de tela.

 

Isso significa que conteúdos educacionais ou interativos podem oferecer benefícios cognitivos e promover o aprendizado, especialmente quando consumidos em conjunto com os pais. "A tecnologia pode ser usada para complementar a educação e fortalecer vínculos quando os pais participam ativamente das experiências digitais de seus filhos, e esta participação ativa não apenas reduz a culpa parental, mas também fortalece a relação e o aprendizado conjunto", opinou a pediatra.

 

Diante disso, sua recomendação aos pais passa por ações como:

  • Participar das atividades online dos filhos, discutindo e selecionando conteúdo juntos;
  • Priorizar conteúdo educativo e interativo que estimule o aprendizado e a curiosidade;
  • Estabelecer limites de tempo realistas que considerem as necessidades e as circunstâncias únicas de cada família;
  • Incentivar discussões abertas sobre o que as crianças estão assistindo e aprendendo, promovendo um ambiente de confiança e apoio.

Como escolher o contraceptivo ideal

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Radiografia da Notícia

Compreender os efeitos de cada modelo nos hormônios é importante para eleger a melhor opção de acordo com a estrutura hormonal de cada mulher, ensina endocrinologista

Além disso, segundo a Dra. Thais, é fundamental que a mulher monitore as mudanças na saúde física e mental


Mais numerosos no mercado, os métodos hormonais funcionam de maneira específica em suas diferentes propostas


Redação/Hourpress


Os métodos contraceptivos acompanham a maioria das mulheres em grande parte de sua idade fértil, período que dura cerca de 30 anos. Ao longo das fases de vida, a mulher recorre a diferentes métodos para evitar a gravidez, mas, nem sempre tem orientação para escolher aquele que melhor se adequa à sua realidade pessoal.

 

A Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), frisa a importância de reconhecer que os métodos possuem diferentes mecanismos de ação e que podem afetar os hormônios e a saúde de várias maneiras. "Essa escolha deve considerar os efeitos hormonais do contraceptivo. Questões como histórico de doenças cardiovasculares, trombofilias, enxaquecas, e outros fatores de risco devem ser avaliados em conjunto com um profissional de saúde", orientou a especialista.

 

Além disso, segundo a Dra. Thais, é fundamental que a mulher monitore as mudanças na saúde física e mental quando inicia ou altera o uso de métodos contraceptivos. "Por isso, é importante entender a diferença entre todos eles", enfatiza a endocrinologista, ao destacar que há os métodos hormonais e os não hormonais. "Os contraceptivos hormonais, como pílulas, adesivos, injeções e dispositivos intrauterinos (DIUs) hormonais, contêm hormônios sintéticos que mimetizam os hormônios naturais do corpo, principalmente o estrogênio e a progesterona", explicou.

 

Mais numerosos no mercado, os métodos hormonais funcionam de maneira específica em suas diferentes propostas, por isso, a Dra. Thais define, abaixo, as peculiaridades de cada um:

 

Pílulas combinadas


Elas contêm estrogênio e progesterona e funcionam principalmente suprimindo a ovulação. Ao inibir a liberação de hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH) pela hipófise, essas pílulas impedem que os ovários liberem óvulos. "Além disso, elas espessam o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides, e alteram o revestimento do útero, tornando-o menos receptivo à implantação de um óvulo fertilizado", detalhou a médica.

 

Seu uso contínuo pode regularizar o ciclo menstrual, reduzir dores menstruais e diminuir a incidência de cistos ovarianos. Por outro lado, segundo a Dra. Thais, podem aumentar o risco de trombose venosa, hipertensão arterial e, em alguns casos, influenciar negativamente o humor e a libido.

 

  • Pílulas só de progesterona (minipílulas)

Utilizam somente a progesterona e são indicadas principalmente para mulheres que não podem usar estrogênio. "Elas funcionam principalmente espessando o muco cervical e alterando o revestimento endometrial e podem ser menos eficazes na supressão da ovulação em comparação com as pílulas combinadas, mas ainda assim são altamente eficazes", avalia a especialista.

Esta modalidade, segundo ela, tende a causar menos efeitos colaterais relacionados ao estrogênio, como náuseas e retenção de líquidos, mas podem causar irregularidades menstruais.

  • Adesivos e anéis vaginais

"Eles também liberam uma combinação de estrogênio e progesterona, semelhante às pílulas combinadas. A diferença está na via de administração, que pode ser mais conveniente para algumas mulheres e oferecer uma liberação mais estável de hormônios", definiu.

  • Injeções de progesterona

Administrações trimestrais de progesterona também espessam o muco cervical e afinam o revestimento endometrial, segundo a médica. Elas podem suprimir a ovulação em alguns casos e são eficazes por períodos prolongados. Podem causar irregularidades menstruais, ganho de peso e alterações de humor.

  • DIUs hormonais

Liberam progesterona diretamente no útero, proporcionando uma liberação constante e local do hormônio. Espessam o muco cervical, afinam o endométrio e podem, em alguns casos, suprimir a ovulação. São altamente eficazes e podem durar vários anos. "Aqui os efeitos colaterais comuns incluem sangramentos irregulares e, eventualmente, ausência de menstruação", explicou.

 

Métodos contraceptivos não hormonais

 

Ao lado das opções que utilizam hormônios na composição, os DIUs de cobre não afetam os hormônios naturais do corpo, de acordo com a médica endocrinologista. "O cobre tem um efeito espermicida, que impede a fertilização do óvulo. Esses métodos não alteram os níveis hormonais, evitando muitos dos efeitos colaterais associados aos métodos hormonais, mas podem causar aumento do fluxo menstrual e cólicas", finalizou.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Autoridades prestam atenção ao transporte coletivo no Brasil?

    EBC


Radiografia da Notícia

E o Metrô também sofre essa avaliação após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?

Será que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos seus veículos

Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do avião que a levaria para morte

 Luís Alberto Alves/Hourpress

O ditado popular diz que “ não se pode fechar a porta depois que ela foi quebrada”. Essa máxima popular aplico ao transporte coletivo. Será que a maioria das empresas de ônibus revisa periodicamente itens básicos dos seus veículos, como pastilhas de freios, parte elétrica e eletrônica, como recomendam os manuais dos fabricantes?

E os trens que transportam milhões de passageiros todos os dias no Brasil passam por este mesmo rigoroso critério quando retornam ao pátio após mais um dia e noite de expediente? E o Metrô também sofre essa avaliação após terminar mais uma jornada exaustiva de carregar milhões de passageiros?

O recente acidente com o avião da Voepass, com saldo trágico de 62 mortos, na cidade paulista de Vinhedo, deixou à mostra o descaso da companhia aérea com as pessoas que usam este meio de transporte para se locomover em algumas regiões do País.

Plano

Banheiros interditados no interior da aeronave, poltronas quebradas, ar condicionado sem funcionamento, sujeira no piso da aeronave, desorganização. Uma das vítimas, que residia na cidade de Franco da Rocha, Grande SP, minutos antes de perder a vida neste acidente, enviou texto criticando as condições do avião que a levaria para morte.

Como pode, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deixar que funções básicas numa empresa aérea, fiquem relegadas a segundo plano? Não é possível que a segurança e bem-estar de passageiros sejam deixadas de lado, como se fosse algo sem importância.

Que essa tragédia sirva de exemplo para que as autoridades de diversos setores do transporte coletivo tenham olhar mais crítico quanto ao cuidado que essas empresas devam ter com os seus clientes. Que seja formada força tarefa para analisar a parte mecânica, elétrica, eletrônica e hidráulica desses veículos.

 Não podemos tolerar que vidas sejam ceifadas por causa da ambição de lucro a qualquer custo. Por enquanto não existe cópia de vida. Ela é única. Quando se perde, fica apenas a dor e o vazio que nunca mais será preenchido.  Empresários sem respeito pela ética não podem continuar pensando que pimenta nos olhos dos outros é doce.

Luís Alberto Alves é jornalista, editor do blogue Cajuísticas.