sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Número de trabalhadores autônomos bate recorde em 2021

 Pixabay


Sete a cada dez novos postos de trabalho criados no último ano foram por conta própria

Redação/Hourpress

O trabalho por conta própria no Brasil atingiu o número recorde de 24,8 milhões de pessoas no segundo trimestre de 2021. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta quantia corresponde a 28,3% de toda a população ativa no mercado de trabalho.

Esses resultados apontam um crescimento de 4,2% comparado ao trimestre anterior. Para João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade, “Essa ascensão no número de profissionais autônomos tem grande responsabilidade no que diz respeito a diminuição das taxas de desemprego. Se comparamos com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de mais de 4,4 milhões de empregados no mercado de trabalho, sendo que 71% desta quantia representa trabalhadores autônomos”.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 24,8 milhões de pessoas que atuam por conta própria. Deste total, apenas 5,7 milhões possuem CNPJ. De acordo com o IBGE, os conta própria informais foram responsáveis por mais da metade da alta na ocupação brasileira. “No primeiro trimestre do ano, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,7%. No segundo, a porcentagem caiu para 14,1%. Foram mais de 400 mil trabalhadores que se (re)colocaram no mercado de trabalho”, explica Esposito.

As atividades relacionadas à alojamento e alimentação ficaram em primeiro lugar no que se refere ao crescimento da ocupação no segundo trimestre, apresentando uma alta de 9,1% comparado ao trimestre anterior. Em seguida, a área de construção apresentou 5,7% de aumento, serviços domésticos 4% e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tiveram alta de 3,8%.

“Vale ressaltar que mesmo com os benefícios relacionados a diminuição do desemprego, o rendimento médio de trabalhadores autônomos nos últimos meses foi bem abaixo da média do país e daqueles que trabalham com carteira assinada. Para quem não atua com CNPJ, esse número é ainda menor”, destaca o economista.

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