terça-feira, 7 de setembro de 2021

Discurso de ódio de Bolsonaro ganha força na Paulista

 

   Fotos Luís Alberto Alves/Hourpress

Os simpatizantes do genocida Jair Bolsonaro ocuparam dez dos 15 quarteirões da Paulista


Infelizmente, um “mar” de adeptos do genocídio tomou conta desta avenida, apoiando as falas de ódio do presidente

*Luís Alberto Alves/Hourpress

Após o famoso discurso do presidente #JoãoGoulart (PTB) na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em #marçode1964, pouca gente acreditava que ele seria vítima de um golpe de estado no final daquele mês. Aconteceu e o país mergulhou em 21 anos de #ditadura militar.

Desistiram de reagir, mesmo com apoio de militares do Sul do Brasil, e no leme o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, sob argumento de evitar banho de sangue. Poucos revoltosos retiraram do poder um presidente eleito democraticamente e o horror tomou conta da nação.

Povão passou longe deste protesto

Nem o presidente #Bolsonaro (sem partido) acreditava no mar de gente que invadiu a #AvenidaPaulista neste feriado de 7 de setembro. Dos 15 quarteirões, que se estendem por mais de dois quilômetros, dez estavam repletos dos seguidores da doutrina do ódio como regime de #governo.

Negros

A cerca de 3 quilômetros dali, no Vale do Anhangabaú, que na votação do impeachment do então presidente Collor de Mello, no final de setembro de 1992 reuniu mais de 1 milhão de pessoas, o protesto contra o governo genocida de #Bolsonaro levou apenas 70 mil pessoas. Ou seja, o discurso de #ódio atraiu mais atenção do que palavras de bom senso.

Na manifestação de apoio a #Bolsonaro era grande o número de brancos (negros só apareciam vendendo salgadinhos e refrigerantes), representantes da classe média e média alta. Nos pulsos das mulheres estavam visíveis relógios e pulseiras de grifes, assim como saias, bermudas e calças compridas de marca.

A Secretaria de Segurança Pública soltou nota afirmando que 125 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista. Mentira, os dez quarteirões deste corredor famoso, infelizmente aglutinou aproximadamente 250 mil fãs do #genocídio como regime de governo.

Truculência

Em vários trechos desta avenida apareciam cartazes escritos em inglês e francês, defendendo o fechamento do #STF (Supremo Tribunal Federal) e intervenção federal. O discurso de #Bolsonaro, que repetiu a mesma fala em #Brasília de manhã, provocou delírios nos brasileiros defensores de #ditadura como estilo de governo.

Cartaz em inglês defende o arbítrio


É muito triste quando o #ódio prevalece sobre o #amor, a #guerra passa por cima da #paz, a truculência toma o lugar da sensatez. Cabe às instituições de bem reforçar os esforços para mostrar a milhões de brasileiros que, apesar dos defeitos, democracia ainda é o melhor regime para administrar qualquer país.

Caso continue cada um puxando a sardinha para o seu braseiro, infelizmente o Brasil corre o sério risco de mergulhar em outra terrível noite de terror, com perseguições, exílios, #torturas, mortes e desaparecimentos, como ocorreu durante o triste #RegimeMilitar de 1964. Acorda Brasil!

*Luís Alberto Alves é jornalista e editor das Cajuísticas

 

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