A legislação ambiental brasileira estabeleceu regras específicas para a atividade agropecuária, definindo, inclusive, áreas de preservação ambiental envolvendo rios, topo de morros e encostas
- Brasília
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse ontem (18), ao participar do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura, em Berlim, que o Brasil tem buscado respostas para produzir mais alimentos de maneira sustentável.
Um dos desafios debatidos durante o evento na capital alemã é encontrar soluções sustentáveis para produzir alimentos até 2030, quando o crescimento populacional deverá ser de mais 1 bilhão de pessoas, conforme previsão da previsão da Organização das Nações Unidas (ONU),.
“O exemplo inovador do Brasil, aliando produção e sustentabilidade, poderá minimizar os efeitos do aquecimento global, conservar a biodiversidade e contribuir para a segurança alimentar e para a qualidade de vida no planeta”, disse o ministro.
Segundo Maggi, a legislação ambiental brasileira estabeleceu regras específicas para a atividade agropecuária, definindo, inclusive, áreas de preservação ambiental envolvendo rios, topo de morros e encostas. “A legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas e exigentes, principalmente com os produtores rurais”, afirmou.
Em discurso, o ministro destacou que a intensificação do uso de tecnologias na agropecuária brasileira contribuiu para o aumento da produção e a redução das áreas destinadas ao setor. “O rebanho brasileiro aumentou de 145 milhões, em 1990, para 218 milhões em 2017, reduzindo o tamanho da área de pasto, no período, de 188 milhões de hectares, para menos de 167 milhões”, acrescentou.
No caso da agricultura,Maggi disse que o resultado foi mais significativo, com incremento na produção de grãos, de 386%, em 40 anos, enquanto o aumento de área foi de 33%. “O uso de tecnologia e da inovação, em ambiente tropical, propiciou plantio de duas safras por ano com a fixação biológica de nitrogênio e o plantio direto”, afirmou o ministro. No entanto, ressaltou Maggi, "campanhas mal-intencionadas de competidores ineficientes tentam denegrir a trajetória mais vitoriosa de um país tropical no mercado internacional agropecuário”.
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