quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Depredação em Brasília: foi obra de amadores?

 Como dizem os peritos da Polícia Técnica: “o corpo fala”!

Terroristas derrubam PM de cavalo e passam a agredi-lo na Esplanada dos Ministérios

Luís Alberto Alves/Hourpress

Após a poeira abaixar, é momento de observar com atenção o triste episódio de #8 de #janeiro na Esplanada dos Ministérios em #Brasília. Durante três anos escrevi diversas reportagens sobre #Segurança #Pública.  Em cada matéria era obrigado a entender como aconteceu determinado crime. Como os assassinos agiram, os motivos para ocorrer a execução etc.

Aprendi a observar detalhes, ignorado pela maioria dos leigos. A posição do corpo da vítima caída no chão, as mãos fechadas ou abertas ou erguidas em direção do rosto, fisionomia de dor reveladas pela contração da fisionomia, agachado embaixo da mesa ou no canto do quarto, sala ou banheiro.

Como dizem os peritos da Polícia Técnica: “o corpo fala”! Numa reportagem investigativa (fiz muitas) é preciso olhar atentamente para tudo. Esse processo contribui para bom resultado. Lembro-me de uma chacina, em que parte do solado do calçado das vítimas estava com manchas de sangue. Que um dos rapazes estava caído com o rosto sobre a virilha de uma mulher e parte de sua calça estava com gotas de sangue, como se tivesse sentado num banco de carro.

Traído

 Aos poucos descobri que ela tinha envolvimento amoroso com a vítima, cujo rosto estava encostado na sua virilha. Antes de suas execuções, os algozes os colocaram dentro de um carro onde já estavam outros dois executados. Dai as manchas de sangue em parte dos calçados e na roupa. Dias depois a polícia confirmou o caso extraconjugal e que o marido traído esteve no local para reconhecer o corpo da ex-esposa. Detalhe: ele não aparentava tristeza, nem muito menos chorou.

Desde domingo (8) tenho analisado como ocorreram as depredações na #Esplanada dos# Ministérios. No início ocorre passeata, com palavras de ordens contra o atual governo do presidente Luiz Inácio #Lula da Silva. De repente começa a invasão do prédio do #Congresso #Nacional, depois o #STF (Supremo Tribunal Federal) e finaliza com a entrada dos vândalos no Palácio do Planalto.  Por que não depredaram o prédio do ministério da #Economia? Por que o edifício sede do #Banco #Central foi poupado?

Igual franco atirador, os terroristas escolheram os três prédios que simbolizam os Poderes Legislativo #(Congresso), #Judiciário (STF) e #Executivo (Palácio do Planalto). A grande massa que compunha a passeata entrou de laranja atrás de quem arquitetou a destruição. Outro detalhe: a cada depredação, o local era filmado e vídeos curtos logo apareciam nas redes sociais. Amadores não se preocupam com esses detalhes.

Subliminar

Na ótica dessa minoria terrorista, existia a meta de atingir os três poderes que compõem uma República Federativa. Ao arrancar as poltronas existentes no interior do #STF, o recado subliminar era mostrar que eles não davam importância para as decisões ali proferidas. Outro detalhe interessante é que nos três locais não estouraram focos de incêndio. Por quê? Por que o fogo iria consumir o material ali existente. Na visão dos terroristas, era preciso depredar esses imóveis e filmar e fotografar o caos e repassar ao maior número de pessoas.

Quem esteve nesta linha de frente, após fazer o serviço sujo, logo saiu do local. Deixou os bobos da corte para segurar o rojão, para depois cair nas mãos da #polícia. Aliás, muitos deles, não tiveram noção do que realmente estavam fazendo nestes lugares. Porém, acabaram detidos ali, na cena do crime e acabarão julgados e condenados até a 30 anos de reclusão.

Quando a polícia, por ordem do #STF, obrigou a desmontagem dos acampamentos diante do #QG do #Exército, os “cabeças” já estavam longe. Alguns saíram dos hotéis na noite daquele domingo (8), outros logo no final da madrugada. Provavelmente não vieram de ônibus, mas de carros particulares. Sem camiseta amarela ou qualquer prova que os ligassem à baderna em que participaram, não foram incomodados por nenhum policial no retorno para casa.

Ralé

Como diz o ditado popular: “em casa de criminoso, bandido não pede emprego”, os atentados terroristas teve dedo de pessoas experientes. Profissionais que sabem como atingir o alvo, sem desperdício de tempo. Os financiadores deste triste projeto são pessoas com muito dinheiro na conta corrente. Não é “pé rapado”, não é ninguém da ralé. O investimento neste atentado #terrorista visava não só a queda do #governo eleito democraticamente, mas também a senha para estabelecer o arbítrio, outro regime igual ao que vigorou de 1964 a1985.

Engana-se quem pensa que somente peixe pequeno abriu o cofre para bancar essa empreitada. Por questões de #segurança não é permitido que pare ou estacione em locais onde existem instalações militares. Como manifestantes bolsonaristas conseguiram permanecer acampados mais de 70 dias diante de vários #QGs em todo o Brasil? Não se tem notícia de que foram incomodados ou ameaçados de prisão neste período.

É um cordão que une empresários civis, militares e os bois de piranhas que alimentavam as redes sociais com fake news a respeito da suposta fraude eleitoral envolvendo as urnas eletrônicas. É possível descobrir e prender todos os financiadores destes atos terroristas. O problema é quando a Polícia Federal colocar as mãos em pessoas de grande influência política e econômica. Quanto aos profissionais do terror, talvez já estejam foram do Brasil, após cumprir outra missão suja para tentar destruir um governo democrático.

Luís Alberto Alves é jornalista, editor do blogue Cajuísticas

 

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário