Como dizem os peritos da Polícia Técnica: “o corpo fala”!
Terroristas derrubam PM de cavalo e passam a agredi-lo na Esplanada dos Ministérios
Luís Alberto Alves/Hourpress
Após a poeira abaixar, é
momento de observar com atenção o triste episódio de #8 de #janeiro na Esplanada dos Ministérios em #Brasília. Durante três anos escrevi diversas reportagens sobre #Segurança #Pública. Em cada matéria era obrigado a entender como
aconteceu determinado crime. Como os assassinos agiram, os motivos para ocorrer
a execução etc.
Aprendi a observar detalhes,
ignorado pela maioria dos leigos. A posição do corpo da vítima caída no chão,
as mãos fechadas ou abertas ou erguidas em direção do rosto, fisionomia de dor
reveladas pela contração da fisionomia, agachado embaixo da mesa ou no canto do
quarto, sala ou banheiro.
Como dizem os peritos da
Polícia Técnica: “o corpo fala”! Numa reportagem investigativa (fiz muitas) é
preciso olhar atentamente para tudo. Esse processo contribui para bom
resultado. Lembro-me de uma chacina, em que parte do solado do calçado das
vítimas estava com manchas de sangue. Que um dos rapazes estava caído com o
rosto sobre a virilha de uma mulher e parte de sua calça estava com gotas de
sangue, como se tivesse sentado num banco de carro.
Traído
Aos poucos descobri que ela tinha envolvimento
amoroso com a vítima, cujo rosto estava encostado na sua virilha. Antes de suas
execuções, os algozes os colocaram dentro de um carro onde já estavam outros
dois executados. Dai as manchas de sangue em parte dos calçados e na roupa.
Dias depois a polícia confirmou o caso extraconjugal e que o marido traído
esteve no local para reconhecer o corpo da ex-esposa. Detalhe: ele não
aparentava tristeza, nem muito menos chorou.
Desde domingo (8) tenho
analisado como ocorreram as depredações na #Esplanada
dos# Ministérios. No início ocorre passeata, com palavras de ordens contra
o atual governo do presidente Luiz Inácio #Lula
da Silva. De repente começa a invasão do prédio do #Congresso #Nacional, depois o #STF
(Supremo Tribunal Federal) e finaliza com a entrada dos vândalos no Palácio do
Planalto. Por que não depredaram o
prédio do ministério da #Economia?
Por que o edifício sede do #Banco #Central
foi poupado?
Igual franco atirador, os
terroristas escolheram os três prédios que simbolizam os Poderes Legislativo #(Congresso), #Judiciário (STF) e #Executivo
(Palácio do Planalto). A grande massa que compunha a passeata entrou de laranja
atrás de quem arquitetou a destruição. Outro detalhe: a cada depredação, o
local era filmado e vídeos curtos logo apareciam nas redes sociais. Amadores
não se preocupam com esses detalhes.
Subliminar
Na ótica dessa minoria terrorista,
existia a meta de atingir os três poderes que compõem uma República Federativa.
Ao arrancar as poltronas existentes no interior do #STF, o recado subliminar era mostrar que eles não davam
importância para as decisões ali proferidas. Outro detalhe interessante é que
nos três locais não estouraram focos de incêndio. Por quê? Por que o fogo iria
consumir o material ali existente. Na visão dos terroristas, era preciso
depredar esses imóveis e filmar e fotografar o caos e repassar ao maior número
de pessoas.
Quem esteve nesta linha de
frente, após fazer o serviço sujo, logo saiu do local. Deixou os bobos da corte
para segurar o rojão, para depois cair nas mãos da #polícia. Aliás, muitos deles, não tiveram noção do que realmente
estavam fazendo nestes lugares. Porém, acabaram detidos ali, na cena do crime e
acabarão julgados e condenados até a 30 anos de reclusão.
Quando a polícia, por ordem
do #STF, obrigou a desmontagem dos
acampamentos diante do #QG do #Exército, os “cabeças” já estavam
longe. Alguns saíram dos hotéis na noite daquele domingo (8), outros logo no
final da madrugada. Provavelmente não vieram de ônibus, mas de carros
particulares. Sem camiseta amarela ou qualquer prova que os ligassem à baderna
em que participaram, não foram incomodados por nenhum policial no retorno para
casa.
Ralé
Como diz o ditado popular: “em
casa de criminoso, bandido não pede emprego”, os atentados terroristas teve
dedo de pessoas experientes. Profissionais que sabem como atingir o alvo, sem
desperdício de tempo. Os financiadores deste triste projeto são pessoas com
muito dinheiro na conta corrente. Não é “pé rapado”, não é ninguém da ralé. O
investimento neste atentado #terrorista
visava não só a queda do #governo
eleito democraticamente, mas também a senha para estabelecer o arbítrio, outro
regime igual ao que vigorou de 1964 a1985.
Engana-se quem pensa que
somente peixe pequeno abriu o cofre para bancar essa empreitada. Por questões
de #segurança não é permitido que
pare ou estacione em locais onde existem instalações militares. Como
manifestantes bolsonaristas conseguiram permanecer acampados mais de 70 dias
diante de vários #QGs em todo o
Brasil? Não se tem notícia de que foram incomodados ou ameaçados de prisão
neste período.
É um cordão que une
empresários civis, militares e os bois de piranhas que alimentavam as redes
sociais com fake news a respeito da suposta fraude eleitoral envolvendo as
urnas eletrônicas. É possível descobrir e prender todos os financiadores destes
atos terroristas. O problema é quando a Polícia Federal colocar as mãos em
pessoas de grande influência política e econômica. Quanto aos profissionais do
terror, talvez já estejam foram do Brasil, após cumprir outra missão suja para
tentar destruir um governo democrático.
Luís Alberto Alves é
jornalista, editor do blogue Cajuísticas
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