Milhares de informações pessoais de brasileiros foram expostas e vendidos em fóruns hackers este ano
Redação/Hourpress
As notícias de grandes vazamentos de dados se tornaram uma rotina esse ano. Nos últimos meses, informações de milhares de pessoas foram comprometidas. Entre eles está o caso do maior vazamento registrado no país: o roubo de informações pessoais de 223 milhões de brasileiros. Um dos casos mais recentes envolve o maior conglomerado de redes sociais, o Facebook. O incidente expôs os dados de 530 milhões de usuários no começo de abril, pelo menos 8 milhões deles de brasileiros.
“Essas ocorrências não começaram agora, elas apenas têm ganhado a devida visibilidade nos últimos anos com a consolidação de legislações de proteção de dados no mundo”, afirma o especialista em Segurança da Informação e sócio fundador da Datalege Consultoria Empresarial, Mario Toews. De acordo com ele, o que soma para a incidência desses grandes casos de vazamento é o valor que os dados representam atualmente e as falhas nos protocolos de segurança das empresas.
As informações vazadas vão desde o nome completo e endereço de e-mail até endereço residencial e dados bancários. Esses dados geralmente são vendidos – ou até disponibilizados gratuitamente – em fóruns hackers e usados ilegalmente por empresas para obter vantagem de mercado e outras diversas finalidades.
“A diversidade de redes sociais, aplicativos e sistemas usados pelas pessoas é outro motivo para esse aumento de casos. Quanto mais lugares tiverem acesso aos nossos dados, maior a chance de que eles sejam expostos em algum momento”, explica.
CASOS EMBLEMÁTICOS
Desde o começo do ano foram diversos casos de vazamento de dados. Em janeiro deste ano, o megavazamento inicialmente atribuído ao Serasa Experian comprometeu os dados de mais de 200 milhões de brasileiros. Mas esse foi só o começo de um ano cheio de incidentes. Até então foram noticiados diversos vazamentos, entre eles os casos do Facebook e LinkedIn, que expuseram, cada um, as informações de cerca de 500 milhões de usuários.
Além disso, apenas esse ano foram comprometidos os sistemas de órgãos públicos como o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran-RS) e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. “Casos mais recentes, como do Club House e da fintech iugu demonstram que muita coisa pode acontecer até o fim do ano se medidas severas não forem tomadas”, afirma Toews”, referindo-se ao vazamento de dados de 1 milhão usuários do Club House e de mais de 1,7 terabyte de arquivos com dados financeiros da fintech.
RESPONSÁVEIS
No caso do megavazamento no Brasil, o Procon pediu esclarecimentos ao Serasa. Além disso, os hackers responsabilizados pelo ataque foram presos. No caso do Facebook, a União Europeia e a Rússia começaram a investigar o caso. O órgão regulador do Brasil ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Toews explica que é necessário que as autoridades nacionais se posicionem e ajam com rigor para que, além de penalizar essas empresas, outros vazamentos sejam evitados.
São mulheres perto dos 40 anos, casais receosos por garantir a gestação posterior à pandemia, entre outros vários casos de pacientes que precisam postergar a gravidez
Redação/Hourpress
Apesar da pandemia atrapalhar o sonho de quem deseja engravidar, muitas mulheres correm contra o relógio biológico e não contam mais com muitos anos de fertilidade. Por conta disso, o procedimento de congelamento de óvulos e embriões aumentou cerca de 30% de acordo com um levantamento feito entre as maiores clínicas do segmento no Estado de São Paulo. De acordo com o Dr. Marcos Moura, ginecologista especialista em reprodução humana, são mulheres perto dos 40 anos, casais receosos por garantir a gestação posterior à pandemia, entre outros vários casos de pacientes que precisam postergar a gravidez que fizeram esse movimento crescer nas clínicas de reprodução humana.
O último relatório da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já aponta aumento neste tipo de procedimento desde o começo da sua contagem em 2008, quando foram contabilizados o congelamento de 47.570 embriões, já em 2019 foram congelados 99.112 embriões em 157 (85,8%) das clínicas cadastradas na Anvisa e que responderam na elaboração dos dados, aumento de 11,6% em relação ao que foi congelado em 2018 (88.776). Especialistas em reprodução humana acreditam que os números de 2020 podem superar muito o último relatório.
“Quando a pandemia começou, percebemos que muitas pacientes queriam compreender a dinâmica da doença para engravidar com mais segurança, entretanto, muitas se preocupam com a continuidade da fertilidade, já que algumas têm patologias que interferem nesse processo e outras estão em idade que já podem considerar o risco de não terem mais óvulos saudáveis que garantam a gestação”, explica o Dr. Moura. Dentro deste cenário, a alternativa sugerida por especialistas é a criopreservação, popularmente conhecida como congelamento de óvulos.
Como funciona o procedimento
A mulher passa por uma indução de ovulação para se obterem mais óvulos e a seguir é feito, com a assistência de um ultrassom transvaginal, a aspiração desses óvulos sob sedação, procedimento que demora menos que 5 minutos. Em seguida, o embriologista congela os óvulos em um recipiente com nitrogênio líquido a -196°C. A mulher pode congelar seus óvulos em algumas situações que podem comprometer a fertilidade futura, como em realizações de tratamentos oncológicos, radioterapia, quimioterapia, etc. Nesses casos ela pode congelar os óvulos e engravidar futuramente. Esse procedimento também pode ser feito em mulheres que não desejam engravidar no momento (com ou sem companheiros) mas temem pelo avançar da idade. A idade ideal para o congelamento dos óvulos é até os 35 anos.
Infelizmente no #Brasil, a classe política prossegue no triste show de xingamentos
Luís Alberto Alves/Hourpress
Que a #economia brasileira está no abismo não é novidade para ninguém. Porém, é preciso reação. Não pode permanecer deste jeito. No ano de 2020, a #pandemia colaborou para a destruição de 1,2 milhão de empresas no País. Sem estes postos de trabalho, a taxa de #desemprego continuou subindo, atingindo 14 milhões.
No Exterior, diversas nações enfrentam dificuldades, mas os seus governantes criaram alternativas para socorrer empresários e funcionários. Têm consciência de que sem #capital e #trabalho, nenhum país se mantém de pé.
Infelizmente no #Brasil, a classe política prossegue no triste show de xingamentos, como se isto fosse a solução para os terríveis problemas que atingem a população. Já chegamos a segunda quinzena de abril, o quarto mês do ano, e nada de novo aparece no horizonte. Só conversa fiada.
Os mais de 370 mil mortos já serviram para mostrar a parte dos brasileiros que a covid-19 não é uma “gripezinha”, como disse o presidente #Bolsonaro (Sem Partido). É algo sério. Mata ou deixa sequelas nos pacientes que escaparam das garras da morte.
A #dor de perder alguém é terrível. Nos primeiros dias não é possível dormir direito, comer ou mesmo pensar na #vida. Mas o tempo, na sua marcha insuperável para o futuro, aos poucos vai nos colocando de pé. Passados meses, anos, a tristeza persiste, porém nos levantamos e caminhamos para a frente.
Com a economia esse processo precisa ocorrer. O #Governo não pode deixar que este importante meio de gerar riquezas e empregos seja aniquilado. Por meio de capital e trabalho é que um país existe. Não importa o regime político. É chegado o momento da reação, suportar o #luto e olharmos para a frente.
“A tontura também é sintoma do terrível inimigo invisível, covid-19.."
Dr. Saulo Nardy Nader:
“Sim, somos ainda poucos neurologistas capacitados para análise e tratamentos. Infelizmente, o termo “labirintite” vulgarizou a patologia, pois há mais de 40 tipos de doenças por trás de cada sintoma”, refletiu Dr. Saulo Nader, neurologista e membro titular da ABN – o médico foi apelidado pelo carinhosamente pelos pacientes e internautas como Doutor Tontura.
Segundo Nader, em pesquisas recentes cerca de 30% da população mundial sofre de tontura ao longo da vida (dados brasileiros apontam até 42%). O médico ressalta ainda que milhares de pessoas recebem diariamente diagnósticos erroneamente descritos como labirintite.
“A tontura também é sintoma do terrível inimigo invisível, covid-19. Ano passado, estudos internacionais apontaram que 16% dos pacientes tiveram algum episódio neste sentido. Recentemente, a revista especializada Lancet Psychiatry publicou que um em cada três infectados tiveram alterações neurológicas em até seis meses depois do ocorrido. AVC, perda de memória, ansiedade e depressão foram as mais frequentes”, explicou o neurologista.
Isolamento x tontura
E neste momento de quarentena e isolamento social, o emocional das pessoas está muito abalado, consequentemente, as pessoas mais propensas podem sofrer, por exemplo, de tontura perceptual.
“Ela está muito correlacionada com ansiedade ou estresse excessivo, acompanhada de sintomas como sensações diferentes na cabeça, piora da tontura em ambientes com muita poluição visual ( agora esse pânico de ser infectado na rua, nos supermercados), atordoamento, mal estar e insegurança, receios de caminhar mesmo dentro de casa. Com o tempo, as pessoas viram reféns da tontura delas, e se privam de fazer muitas coisas, impactando totalmente em sua qualidade de vida”, finalizou Doutor Tontura.
Dr. Saulo Nardy Nader:Um dos principais neurologistas do Brasil dedicados aos estudos e tratamentos das doenças Vertigens, Tonturas e Desequilíbrios (as erroneamente conhecidas como “labirintites”).
Novo levantamento mostra que anestésicos e itens do "kit intubação" têm estoque crítico para 30% das instituições
Redação/Hourpress
A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) fez um novo levantamento junto aos seus hospitais membros para identificar o atual cenário de falta de medicamentos e insumos para o tratamento de pacientes com Covid-19. Com a participação de 71 instituições, o material aponta que a situação ainda é crítica. Cerca de 30% dos hospitais têm estoque de anestésico e "kit intubação" para apenas cinco dias ou menos.
A alternativa que está sendo trabalhada pelos hospitais é a importação de insumos da Índia, único país capaz de ofertar a demanda necessária para o mercado brasileiro. Porém, por questões regulatórias, que estão sendo tratadas em reuniões junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o processo ainda não pode ser concretizado.
Os hospitais privados têm contado com grande suporte da Anvisa para a solução dos entraves burocráticos, que são decorrentes das diferenças entre os sistemas regulatórios do Brasil e da Índia.
Dados do levantamento:
Instituições de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP) estão com abastecimento crítico de oxigênio, sendo que 66,20% estão com estoque para uma semana e 11,27% com volume para cinco dias. Pelo menos nove hospitais estão em situação crítica, ou seja, com estoque inferior ou igual a cinco dias.
Sobre os anestésicos, hospitais privados de Atibaia (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Joao Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Niterói (RJ), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP) apresentam abastecimento crítico. No total, 20 instituições estão em situação grave em relação aos anestésicos, isso significa, com estoque inferior ou igual a cinco dias.
Sobre os remédios do "kit intubação", que representam um conjunto de anestésicos, sedativos e bloqueadores musculares, o levantamento aponta que estão com abastecimento no limite instituições de saúde das cidades Atibaia (SP), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cariacica (ES), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Joao Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Niterói (RJ), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Serra (ES), sendo que 22 hospitais estão em situação crítica - com estoque inferior ou igual a cinco dias.
O documento divulgado pela entidade também aponta que, em relação à disponibilidade de ventiladores, 10 instituições de saúde de Belém (PA), Brasília (DF), Cariacica (ES), Juiz de Fora (MG), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Joao Pessoa (PB), Salvador (BA), Serra (ES) e Uberlândia (MG) não possuem respiradores suficientes para a demanda de pacientes atendidos.
O material também mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI, destinados a pacientes com Covid-19, é de 85,14% nestes hospitais. Os números apontam para uma leve melhora em relação ao cenário da semana anterior (90,77%), porém, deve-se levar em consideração que o tratamento dos pacientes com Covid-19 é muito complexo, com alta taxa de permanência no leito, grande demanda de suprimentos e cuidados intensivos por equipe multidisciplinar.
A associação salienta que tem realizado levantamentos constantes entre os seus afiliados, visando identificar aqueles que apresentam cenários mais graves em relação à falta de insumos. Desta forma, consegue informar o Ministério da Saúde sobre o desabastecimento dos insumos e dar suporte aos seus membros, reforçando o objetivo de enfrentar a doença e salvar vidas.
As mutações que levam ao câncer podem estar ligadas a fatores ambientais
Dr. Marco Lipay
Os cânceres urológicos estão entre os tumores mais frequentes e podem ser diagnosticados em estágios iniciais, isto é, quando ainda estão confinados ao órgão e não causam sintomas. O diagnóstico precoce é a melhor forma de se obter um prognóstico favorável. Os cânceres de rim, adrenal, ureter e bexiga podem ocorrer tanto em homens como em mulheres; já os cânceres de próstata, pênis e testículos são específicos de homens.
Os rins filtram o sangue, produzindo a urina. A urina é conduzida pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada. A dinâmica miccional é finalizada quando a uretra elimina a urina para o meio externo e um novo ciclo recomeça para homens e mulheres.
Considerando especificamente o aparelho genital masculino, os testículos produzem os espermatozoides, que são conduzidos para as vesículas seminais pelos deferentes. A próstata produz o líquido que fica armazenado nas vesículas seminais, nutrindo os espermatozoides entre os intervalos sexuais.
As células desses órgãos têm a capacidade de se reproduzir e crescer, atributo fundamental de manutenção da vida. O estágio através do qual as células passam de uma divisão à outra é conhecido como ciclo celular.
O câncer é uma doença resultante da perda do controle da célula sobre sua própria capacidade de regular o processo de divisão, levando ao seu crescimento desordenado. Alguns dos principais mecanismos que afetam a sequência normal de eventos do ciclo celular envolvem mutações em dois grupos principais de genes: os oncogenes e os genes supressores de tumor. Os primeiros estão relacionados com a indução da divisão celular enquanto os outros, ao contrário, atuam sobre os primeiros, num sistema eficiente de controle de proliferação.
As mutações que levam ao câncer podem estar ligadas a fatores ambientais; estilo de vida; tabagismo; fatores hereditários e envelhecimento, entre outros.
Nos últimos anos, os métodos de detecção e tratamento de cânceres urológicos foram aprimorados e atualmente os pacientes têm uma variedade de opções visando o diagnóstico precoce.
Em uma consulta de rotina ou em um achado de imagem, pode-se fazer uma suspeita de câncer.
Hoje, o arsenal diagnóstico é bastante significativo, como por exemplo:
- Exames laboratoriais que são conhecidos como marcadores, como por exemplo: PSA, Alfa Feto Proteína, Beta HCG, Citologia Urinária Oncótica.
- Diagnósticos por Genética Molecular.
- Estudos de imagem que avaliam se há tecido anormal ao longo do trato urinário ou fora dele, como o Ultrassom, Tomografia Computadorizada, Angiografia, Doppler, Cintilografia, Ressonância Nuclear Magnética e Pet CT Scan.
- Procedimentos endourológicos como a cistoscopia ou ureteroscopia, que obtém imagens a partir de instrumento delicado que tem uma câmera acoplada, possibilitando a verificação de tumores na uretra, bexiga, ureter e sistema coletor de urina nos rins.
- Biópsias, procedimento pelo qual é possível obter uma amostra de tecido anormal e analisá-lo em busca de células cancerígenas.
Nem todos os cânceres são iguais. Portanto, o tratamento deve ser individualizado e em algumas situações será necessário envolver uma equipe multidisciplinar (urologia, oncologia, radioterapia, patologia, radiologia) na condução do caso.
Neste momento não podemos deixar de lembrar que, em recente publicação, a Sociedade Brasileira de Urologia - Seção São Paulo, mostrou queda significativa nos números de novos diagnósticos de tumores urológicos em 2020, quando comparado a igual período em 2019. Os dados analisados foram fornecidos por cinco instituições paulistas que realizam atendimento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) evidenciando que os diagnósticos de câncer de rim, próstata e bexiga diminuíram, em média, 26% no período da Pandemia (COVID-19). De acordo com o levantamento, o Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp) observou queda de 52% de novos casos de câncer de bexiga e de 63% de rim. O Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou redução em 35% de novos casos de câncer de rim neste período.
O diagnóstico de tumor de próstata, segundo câncer urológico de maior prevalência nos homens e a segunda maior causa de óbito nesta população, apresentou uma redução média de 33% nas instituições pesquisadas. Diante do apresentado, recomendamos que os pacientes não deixem de fazer suas consultas de rotina e, se você estiver em tratamento, nunca abandone a terapia.
A doença causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) não inibiu o aparecimento de novos casos de cânceres, apenas promoveu o afastamento dos pacientes dos consultórios médicos e hospitais, retardando o diagnóstico e reduzindo as chances de cura.
Durante a Pandemia, não deixe de usar máscaras, manter o distanciamento social, lavar as mãos frequentemente com água e sabão, usar álcool em gel quando não for possível lavar as mãos e vacinar-se assim que for convocado. Hospitais e consultórios seguem rigorosos protocolos de prevenção ao coronavírus, conforme orientações do Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária.
Assim, conclui-se que os tumores urológicos tem alta incidência de morbidade e mortalidade, mas com bons prognósticos quando diagnosticados precocemente. Na dúvida, não tenha receio em conversar com o seu Urologista (de modo presencial, por telefone ou videoconferência), ele vai saber lhe orientar.
Dr. Marco Aurélio Lipay é Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".
Movimento tem adesão de trabalhadores de 3 fornecedoras, diz sindicato
Agência Brasil
Na semana passada, a LG Eletronics informou que deixará de fabricar celulares, o que levaria ao encerramento de ao menos parte das atividades na planta de Taubaté.
A empresa, com sede na Coreia do Sul, informou que a decisão foi tomada por causa dos sucessivos prejuízos acumulados desde 2015 com a venda de smartphones. “O nosso negócio global de celulares tem sofrido uma perda operacional por 23 trimestres consecutivos, resultando em um acumulado de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares (US) até o final de 2020”, destacou a LG em comunicado à imprensa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (Sindmetau), além dos trabalhadores da própria LG, também aderiram a paralisação por tempo indeterminado os funcionários de três empresas fornecedoras da multinacional em Caçapava e São José dos Campos.
Veja reportagem na TV Brasil:
Em assembleia realizada ontem (12), os funcionários da LG recusaram a proposta de indenização aos trabalhadores que forem demitidos. De acordo com o Sindmetau, a empresa ofereceu valores adicionais nos acordos de rescisão entre R$ 8 mil e R$ 35,9 mil, calculados a partir do tempo de trabalho na fábrica.
A reportagem da Agência Brasil procurou a LG, mas a empresa ainda não respondeu com um posicionamento em relação à greve.
Médico analisa radiografia de pulmão infecionado pela covid-19
Traições são punidas com morte neste mundo cão
Luís Alberto Alves/Hourpress
Nos bairros periféricos da maioria das cidades brasileiras, a população despreza o risco de contágio da #covid-19. Bares abertos, aglomeração nas calçadas, nos balcões, nas feiras livres, nos pontos de #ônibus, no #trem e #Metrô. Poucos utilizam máscara ou passam #álcool gel nas mãos.
Mas qual a razão para este tipo de comportamento? Têm imunidade contra a #pandemia? Ou são super-homens e supermulheres derrotando o vírus da #covid-19, responsável pela morte de 355 mil brasileiros até a tarde deste 13 de abril? Enfim, porque a população pobre ignora a ameaça desta doença?
Nenhuma das alternativas citadas acima merece credibilidade! A periferia tem e muito medo de morrer sufocada pela #covid-19, porém precisam colocar a comida sobre a mesa. Não pode se dar ao luxo de ficar em casa, no tão falado #home Office. Inexiste este tipo de serviço para motorista de ônibus, pedreiro, faxineiro etc..
Bandido
Por outro lado, atualmente poucos adolescentes conseguem atingir os 30 anos de idade. A maioria, criminoso ou inocente, morre vítima da violência. Ou da cobrança a tiro pela droga não paga ao traficante ou alvo diante da #Polícia, seja civil ou militar, que visualiza cada negro, na periferia, como bandido.
Diversas meninas, na busca por dinheiro fácil, se envolvem com adolescentes e jovens integrantes do crime organizado. Poucas conseguirão passar das três décadas de vida. Morrem antes, ou contaminadas com doenças sexualmente transmissíveis, entre elas #Aids (ela não deixou de existir durante a pandemia) ou mesmo assassinadas. Traições são punidas com morte neste mundo cão.
Hospitais públicos, superlotados, viram miragens para essa parcela da população, carente de dinheiro, de moradia (maioria está em favelas), de emprego, de estudo (as crianças vão à escola para comer) e Justiça (#OAB só lembra-se deles nas chacinas). A probabilidade de qualquer dessas pessoas morrerem de #covid-19 é menor do que de fome, assassinadas pelo tráfico ou polícia.
Blaise Lempen referiu-se ainda à necessidade do uso de equipamentos de proteção e dos riscos a que os jornalistas estão submetidos
Luciana Gurgel
O Brasil atravessa este Dia do Jornalista (7 de abril) com pouco a celebrar. Além da tristeza de ler, escrever ou comentar sobre a notícia de mais de 4,2 mil vítimas do coronavírus em 24 horas, os profissionais de imprensa brasileiros têm mais um motivo a lamentar: o país voltou ao topo da lista de jornalistas mortos por Covid-19 feita pela organização Press Emblem, sediada em Genebra. Foram pelo menos 140 vítimas desde março de 2020.
A lista não pára de crescer. No momento do fechamento deste artigo eram 997, em 73 países. Brasil e Peru vêm se revezando na liderança da contagem. Juntos, os dois somam 277 profissionais que perderam a vida – mais do que a soma dos quatro países que vêm em seguida na lista.
Blaise Lempen, Secretário-Geral da entidade, comentou os resultados para o MediaTalks:
“Março foi o pior mês desde o início da pandemia, especialmente na América Latina, com pelo menos 91 jornalistas mortos pelo vírus. A média foi de 3 por dia. Só no Brasil, 30 jornalistas foram infectados pelo vírus – um por dia.
Esta tragédia precisa acabar. Chegaremos a 1 mil jornalistas mortos pela Covid-19 em 73 países, um número muito alto, o pior depois dos trabalhadores de saúde.”
Para ele, o acesso prioritário à vacina é o mais importante.
“Todos os jornalistas, independentemente da idade, devem ser vacinados o mais rápido possível.”
Segundo Lempen, a demanda para que os jornalistas sejam priorizados é amplamente sustentada. Ele cita como exemplos alguns países da África. Os governos de Uganda, Somália, Zimbábue e Malaui, decidiram incluir jornalistas entre os primeiros grupos de pessoas na fila para a vacinação contra a Covid-19.
Na Europa, jornalistas são considerados profissionais de linha de frente em muitos países na Alemanha, Irlanda, Holanda e Noruega. A Sérvia também decidiu em janeiro vacinar os jornalistas e outros profissionais da mídia com prioridade.
“Na América Latina, a Federação Nacional de Jornalistas do Brasil (FENAJ), a Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP) e a Diretoria Central da Associação Uruguaia de Imprensa (APU) recentemente instaram seus governos a considerarem os jornalistas como trabalhadores de linha de frente”, disse o Secretário-Geral.
Blaise Lempen informou que na Índia, a Press Association pressionou em março o governo a incluir jornalistas credenciados como prioridade para a vacinação contra a Covid-19. E que no Camboja, considerando que a mídia desempenhou um papel vital no combate à pandemia, o primeiro-ministro Hun Sen designou os jornalistas como grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19 em fevereiro. Em Bangladesh, os jornalistas também tiveram prioridade no programa de vacinação
Nos Estados Unidos, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) do Center for Disease Control (CDC) recomendou que a mídia fosse incluída na lista de “trabalhadores essenciais” que deveriam receber a vacina na Fase 1c. O pessoal da produção de jornais foi incluído na Fase 1 b.
Blaise Lempen referiu-se ainda à necessidade do uso de equipamentos de proteção e dos riscos a que os jornalistas estão submetidos:
Os jornalistas estão na linha de frente desde o início da pandemia. Muitos, especialmente freelancers, fotógrafos e cinegrafistas, tiveram que trabalhar no campo e não estavam devidamente equipados. As empresas de mídia não devem forçá-los a sair para o trabalho de campo se isso for perigoso.
Brasil e Peru na triste liderança
O total de mortos por país é: Brasil (140), Peru (137), México (93), India (60), Itália (51), Estados Unidos (46), Bangladesh (46), Equador (45), Colômbia (39), Reino Unido (28), República Dominicana (27), Paquistão (25), Turquia (22), Panamá (16), Rússia (15), Espanha (15), Bolívia (14) e Ucrânia (14).
A média de fatalidades em todo o mundo desde o início da pandemia é de 2,5 por dia. Segundo a organização, este é o pior registro de perda de profissionais de imprensa desde a Segunda Guerra Mundial.
A situação do Peru é dramátia para a imprensa, considerando o tamanho da população do país. Já nos Estados Unidos, apesar de uma população maior do que a do Brasil, foram 46 mortos. Dos 10 países com mais vítimas, cinco são da América Latina, que se destaca como a região que concentra mais da metade das fatalidades.
Em março, o Brasil também tinha superado o Peru durante alguns dias na lista de mortos contabilizada pela PEC. Na ocasião a organização destacou o avanço rápido da doença entre profissionais de imprensa no país. Nos primeiros dois meses do ano foram registradas mais de 50 mortes de jornalistas brasileiros. O ritmo segue o da população geral.
Mas o total de mortes no mundo pode ser muito maior. Os dados do PEC dizem respeito apenas a jornalistas que morreram com Covid-19 cujos casos foram divulgados na mídia local, referenciados por associações de jornalismo ou registrados por correspondentes regionais da entidade. Há países em que as informações são censuradas e possivelmente não reportam dados confiáveis.
Desde o início da crise de saúde pública, a Press Emblem Campaign passou a acompanhar o drama dos profissionais de imprensa vítimas da Covid-19. A lista da entidade inclui um perfil de cada vítima, como forma de humanizar os números da doença.
O exemplo do Zimbábue
O Zimbábue é um exemplo de país que deu prioridade aos jornalistas. Em um artigo no dia 4 de março, a organização informou que mais de 2 mil profissionais de imprensa entraram para a lista dos primeiros a serem vacinados, junto com 60 mil médicos e integranes de equipes de saúde.
“O importante de os jornalistas fazerem parte da campanha de vacinação é o fato de eles levarem mensagens a muitas pessoas”, disse Edwin Sibanda, médico que coordena o programa de imunização. “Muitas pessoas confiam nas informações dos jornalistas, eles as consideram autênticas”.
A matéria destacou o caso de Abigail Tembo, editora de saúde da Zimbabwe Broadcasting Corporation, uma das primeiras a serem vacinadas no país (ela própria na foto):
“Nós, como jornalistas, somos expostos todos os dias. O repórter, o cinegrafista, o editor,o produtor e o apresentador estão na linha de fogo no que diz respeito ao vírus”, disse ela.
“Interagimos com muitas pessoas diariamente, mas não temos condições de pedir um certificado de Covid-19 ou fazer verificações de temperatura enquanto conduzimos entrevistas e matérias na rua”.
Evolução da doença entre jornalistas
O acompanhamento da PEC mostra como a doença veio evoluindo entre jornalistas. Em maio de 2020 o registro já era alto: 64 mortes em 24 países. Em novembro subiu para pelo menos 462 jornalistas de 56 países − um aumento de mais de sete vezes. Nesse mesmo período, o número total de mortes por pandemia em todo o mundo aumentou cinco vezes, de acordo com o Johns Hopkins Coronavirus Resource Center.
“O que me surpreende é que, ao contrário da crença comum, muitos jornalistas morreram relativamente jovens”, disse Blaise Lempen em uma entrevista à Global Investigative Journalism Network.
Segundo Lempen, em países desenvolvidos como Itália, Estados Unidos e Grã-Bretanha, a maioria dos jornalistas que morreram de Covid-19 tinha mais de 70 anos, mas em países em desenvolvimento como Brasil, Índia ou África do Sul eles são mais jovens, a maioria deles na casa dos 50 ou 60 anos.
Os mais jovens e os mais velhos
Um dos mais jovens jornalistas a perder a vida para a Covid foi o brasileiro Taylor Abreu, de apenas 26 anos. Ele morreu em março em Campo Bom, no Rio Grande do Sul, depois de longa internação. Sua mãe tinha morrido nove dias antes.
E entre as mais velhas está uma referência no jornalismo indiano, Fatima Zakaria. Ela morreu aos 85 anos, no dia 6 de abril. Zakaria foi editora do Mumbai Times e do Sunday Times of India, e nos últimos anos dedicou-se a uma organização não-governamental na área de educação.
Era mãe de Fareed Zakaria, apresentador da CNN e escritor. Por ironia do destino, o último livro escrito por ele foi sobre a pandemia.
Ontem Zakaria postou no Twitter uma homenagem à mãe.
Navegando no mar de desinformação
As incertezas em torno da Covid-19 e a desinformação tornam o trabalho da imprensa ainda mais desafiante. Não é apenas o risco de contrair a doença, mas também a dificuldade de informar o público.
O Knight Center para o Jornalismo nas Américas está oferecendo um curso para ajudar os profissionais que cobrem as vacinas. E o IJNet fez recomendações sobre como melhorar a cobertura e evitar armadilhas. Veja aqui.
Não basta dizer ao idoso que todos precisam seguir as regras obrigatoriamente
Redação/Hourpress
Como lidar com a ansiedade dos idosos em ter a vida normalizada depois da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid? Segundo a psicóloga do Residencial Club Leger, instituição voltada ao acolhimento das pessoas da terceira idade, Daniela Bernardes, é preciso ter bastante atenção à informação passada a estas pessoas. A vacinação, por si só, não garante o retorno ao convívio com parentes e amigos. Os cuidados sanitários e o afastamento social continuam sendo fundamentais neste processo.
- Primeiramente devemos compreender que somos seres "imediatistas", temos enorme dificuldade de aceitar que ações presentes irão demorar para o efeito futuro desejado, fator esse que necessita de atenção redobrada quando se está cotidianamente em contato com idosos - explica Bernardes.
O Residencial Club Leger realiza um trabalho junto aos seus hóspedes baseado na empatia e informações constantes a cada um dos moradores. O objetivo é que cada idoso consiga aceitar a situação, a partir de recursos emocionais próprios.
- Não basta dizer ao idoso que todos precisam seguir as regras obrigatoriamente, mas ouvir as angústias dele diante dessa nova realidade e validar o sofrimento desse período duro. As chances de ser efetivamente ouvido e atendido em seu pedido, após uma escuta empática e acolhedora, aumentam consideravelmente - avalia a psicóloga.
Para ela, individualizar o sofrimento pode ser uma estratégia muito importante em momentos de sofrimento coletivo, pois cada um sofre a seu modo.
- Podemos identificar as reais necessidades de cada idoso e familiar envolvido nesse contexto desafiador de pandemia, em que todos nós estamos inseridos, e do qual sairemos, certamente, melhores e mais resilientes -, conclui Bernardes.