segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Pegadinhas do Home Office que poucos trabalhadores percebem

 


Mas a realidade é diferente da ficção, aonde tudo funciona perfeitamente

Luís Alberto Alves/Hourpress

O mundo do trabalho, principalmente no Brasil, é repleto de pegadinhas que prejudicam o funcionário desatento com as regras de proteção existentes e que precisam ser obedecidas por empresas privadas ou públicas.

Com a pandemia, o home Office, eufemismo para fazer o trabalho da empresa em casa, se tornou rotina em diversos segmentos. Primeiro o governo baixou leis autorizando o pagamento de 50% dos salários, depois lançou pseudo mecanismo para evitar a demissão deste empregado.

Feio

Mas a realidade é diferente da ficção, aonde tudo funciona perfeitamente, o corrupto é preso sempre, a garota bonitinha de corpo e rosto fica com o feio e ninguém é sacaneado. Será? Infelizmente não assim que a roda da vida gira.

Diversas empresas, nas mãos de pessoas ávidas pelos lucros e sem nenhum amor à ética, aproveitaram para enxugar a folha de pagamento. Entra em cena o escravo do home Office. Isto mesmo, o funcionário que não tem mais final de semana.

Extra

Pelos aplicativos, o chefe envia tarifas na hora do almoço (em home office você tem direito a hora de  se alimentar, como se estivesse no escritório da empresa), após o encerramento do expediente, o seu celular não para de receber mensagens de mais tarefas, às vezes até o início de madrugada.

Tudo sem direito a hora extra! Após o cumprimento de sua jornada, de 6 ou 8 horas, entra em cena a hora extra. Se passar das 22 horas é adicional noturno, válido até as 5h da madrugada. Por causa da pandemia esse direito é “esquecido”.

Patrão

Muitas pessoas passaram a usar o celular pessoal para receber recados da empresa, quando o correto seria o patrão entregar para cada funcionário um telefone corporativo. Porém, não estratégia de evitar despesa, esse segundo celular é ignorado.

No trabalho presencial você tem direito ao vale-alimentação (substituto da cesta básica), ao vale-refeição (pois precisa almoçar), vale-transporte (para se locomover de sua casa até a empresa e vice-versa) ou vale-combustível (caso use o carro próprio em vem do transporte público).

Direitos

Neste tempo de pandemia, os maus empresários “pisaram fundo na jaca”. Na ótica deles, funcionário em home office não precisa de vale-refeição, pois almoça ou janta em casa. Para que vale-transporte ou combustível se não vem à empresa? São direitos adquiridos violentados em nome da pandemia.

E o convênio médico como fica, se ao levantar da mesa para ir ao banheiro, bater com o braço na quina da mesa e quebrá-lo? É acidente de trabalho? Mas esse funcionário está casa! Outro detalhe: ele pode receber advertência da chefia? Por telefone ou e-mail?

Metas

Caso você seja demitido é válido o testemunho de seus familiares de que ficava trabalhando até após o expediente? A Justiça do Trabalho poderá aceitar ou recusar? Como comprovar esse serviço extraordinário? A marcação de tempo do computador é válida.

Pessoas que trabalham no cumprimento de metas. Neste caso de home office, elas poderão ser alteradas? Precisa cumprir o mesmo horário do serviço presencial? São perguntas que até agora poucos empresários respondem. Talvez para não dar milho a bode!

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

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