segunda-feira, 13 de abril de 2020

De repente todos somos iguais






As Patricinhas das Zonas Sul deste imenso Brasil perceberam que viajar para os lugares top de linha não é mais motivo de ibope



Luis Alberto Alves/Hourpress


O coronavírus igualou todas as pessoas, invadiu o organismo de ricos, pobres, brancos, negros, famosos, desconhecidos. Ninguém escapou de suas garras. Não perdoou nem os médicos, acostumados com em ver o beijo gelado da morte nos rostos dos pacientes.

Até o jornalismo da Rede Globo, em horário nobre, “percebeu” a importância dos garis, policiais, caminhoneiros, profissionais da saúde, funcionários de supermercados, porteiros de prédios, todos ignorados e retratados de forma preconceituosa em suas novelas e programas de humor.

As Patricinhas das Zonas Sul deste imenso Brasil perceberam que viajar para os lugares top de linha não é mais motivo de ibope. A faxineira da favela, geralmente humilhada pelos ricaços, agora virou artigo de luxo. Ela pode levar ou trazer o coronavírus aos seus familiares.

O dinheiro, que sobra nas contas desta elite global, por enquanto não pode comprar a cura desta doença, que mata na rede dos SUS e dos hospitais de milionários. O mesmo caixão lacrado serve para todos, mesmo que mais decorado, porém com a chapa de zinco servindo com isolante contra o coronavírus.

Essa pandemia serviu para igualar pessoas que se achavam acima do bem e do mal. Mesmo que esta doença atinja em cheio o povão e isso vai acontecer, os ricos estarão no mesmo barco. Afinal de contas, burguês ainda não aprendeu a lavar pratos nem cozinhar arroz no micro-ondas. Nem Karl Marx imaginava um comunismo deste tipo!

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

Um comentário:

  1. É uma pena, pra ver a igualdade entro todos, tevê que ser pela doença!

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