Os dois cães ignoraram a crise econômica do seu dono e permaneceram ao seu lado |
Deixar de lado o nosso egoísmo, a sede de vingança, ódio, a inveja e a idolatria pelo consumismo
Luís Alberto Alves/Hourpress
Na bonança todos são fieis,
porque a comida é farta, os presentes massageiam o coração, as viagens inebriam
a mente, e tudo se parece com o mar de águas azuis numa praia paradisíaca. E na
falta de dinheiro, prevalece o mesmo sentimento? Infelizmente não!
Muitas vezes ofendemos alguém o
chamando de cachorro. Errado! Quem dera o ser humano fosse parecido com os
cães. Que ama o seu dono independente da situação econômica ou mesmo do
estresse provocado pelo desemprego ou por alguma situação sentimental que
desgasta o seu coração.
Os cães não olham para cor,
idade, sexo, religião ou posição social. Simplesmente amam os seus donos. Nunca
os recebe xingando ou de mau humor. Ao abrir a porta, ele aparece balançando o
rabo, às vezes até pula com as duas patas esperando receber carinho. Não
reclamam.
Quando vejo dois cães dormindo
junto com o seu dono no frio da Praça da República, esquina com a Rua 7 de
Abril, Centro de SP, percebo o quanto a humanidade se deixou contaminar pelo
consumismo e ódio. Talvez nem jantaram na noite anterior, igual à pessoa que
escolheram para amar. Estão ali ao seu lado.
Mesmo assim não o abandonaram.
Permaneceram junto dele. Quantos casais decretam o final do casamento quando
surge a primeira crise econômica. Outros não suportam ver o esposo ou esposa
doente e entregam os pontos. A fidelidade só existiu enquanto o dinheiro era
farto e alegria era constante.
Precisamos aprender muito com
os cães. Deixar de lado o nosso egoísmo, a sede de vingança, ódio, a inveja e a
idolatria pelo consumismo. Devemos amar o nosso próximo de verdade. Com ou sem
dinheiro, ele vai continuar merecendo o amor que precisa brotar, cada vez mais,
de dentro de nós. Sermos fieis de verdade.
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