De várias empresas brasileiras, quantas terão condições de pagar o 13º Salário neste final de ano?
Luís Alberto Alves/Hourpress
Quando falamos de empresários,
a primeira imagem que vem à mente é de alguém
rico, desfrutando das boas regalias oferecidas pelo dinheiro farto. Neste
artigo minhas palavras são para aquela parcela de brasileiros que ainda
acredita neste País, ainda tão explorado.
É
desumana a carga de impostos paga por trabalhador e empresários.
Calculo de cada R$ 10,00 o governo morde pelo menos quase R$ 5,00 para o poço
sem fundo da máquina pública, sem devolução em melhorias na infraestrutura. O empresário precisa trabalhar para o
governo, depois para os fornecedores de sua matéria-prima, em seguida para o
pagamento de salários, aluguel e por último para ele e sua família.
Neste
mês de novembro até no máximo dia 30, é preciso pagar a primeira parcela do 13º
Salário e no dia 15 já tem o famoso “vale”. Com a economia em queda
livre, pouco se vende. O resultado é menos dinheiro em caixa para pagar as
contas, que nunca se atrasam e caso não sejam quitadas, o título vai a protesto
no cartório e o nome sujo no SPC
(Serviço de Proteção ao Crédito) ou Serasa.
O
empresário é diferente do banqueiro. Não vive da especulação financeira. Não
ganha dinheiro com o dinheiro dos outros. Precisa suar a camisa e muito. Do
contrário engrossa o time dos falidos. Em
vez de bom tratamento, recebe do governo cada vez mais chicotadas. Lógico
que existem os canalhas, aproveitadores do suor dos seus funcionários.
Felizmente este tipo de gente é minoria.
Com
a Selic fixada em 5% ao ano (nos Estados Unidos não chega a 2%), os bancos têm
a audácia de cobrar mais de 300% no cartão de crédito e taxa semelhante no cheque
especial. Por mês algumas instituições financeiras assaltam o bolso
dos seus clientes com juros de até 14%! É o Brasil nas mãos dos especuladores.
De várias empresas brasileiras,
quantas terão condições de pagar o 13º Salário neste final de ano? Quantas não
irão à lona, porque não conseguem mais resistir de pé, por causa de política
econômica suicida? Para esse caldo ficar mais grosso, correndo por fora estão
13 milhões de desempregados. Eles vão apelar para a informalidade, os famosos
bicos, visando garantir, pelo menos, o básico para sua família.
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