quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Tenho dó de quem é empresário!





De várias empresas brasileiras, quantas terão condições de pagar o 13º Salário neste final de ano?


Luís Alberto Alves/Hourpress

Quando falamos de empresários, a primeira imagem que vem à mente é de alguém rico, desfrutando das boas regalias oferecidas pelo dinheiro farto. Neste artigo minhas palavras são para aquela parcela de brasileiros que ainda acredita neste País, ainda tão explorado.

Alguém que preferiu investir seu dinheiro na compra de máquinas e capital humano para contribuir para o progresso desta nação. Aquele sujeito que chega primeiro à fábrica e o último a sair, após apagar todas as luzes e levar o restante do serviço para concluir em casa, quando já se encontra no quarto tentando pegar no sono.

É desumana a carga de impostos paga por trabalhador e empresários. Calculo de cada R$ 10,00 o governo morde pelo menos quase R$ 5,00 para o poço sem fundo da máquina pública, sem devolução em melhorias na infraestrutura. O empresário precisa trabalhar para o governo, depois para os fornecedores de sua matéria-prima, em seguida para o pagamento de salários, aluguel e por último para ele e sua família.

Neste mês de novembro até no máximo dia 30, é preciso pagar a primeira parcela do 13º Salário e no dia 15 já tem o famoso “vale”. Com a economia em queda livre, pouco se vende. O resultado é menos dinheiro em caixa para pagar as contas, que nunca se atrasam e caso não sejam quitadas, o título vai a protesto no cartório e o nome sujo no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou Serasa.

O empresário é diferente do banqueiro. Não vive da especulação financeira. Não ganha dinheiro com o dinheiro dos outros. Precisa suar a camisa e muito. Do contrário engrossa o time dos falidos. Em vez de bom tratamento, recebe do governo cada vez mais chicotadas. Lógico que existem os canalhas, aproveitadores do suor dos seus funcionários. Felizmente este tipo de gente é minoria.

Com a Selic fixada em 5% ao ano (nos Estados Unidos não chega a 2%), os bancos têm a audácia de cobrar mais de 300% no cartão de crédito e taxa semelhante no cheque especial. Por mês algumas instituições financeiras assaltam o bolso dos seus clientes com juros de até 14%! É o Brasil nas mãos dos especuladores.

De várias empresas brasileiras, quantas terão condições de pagar o 13º Salário neste final de ano? Quantas não irão à lona, porque não conseguem mais resistir de pé, por causa de política econômica suicida? Para esse caldo ficar mais grosso, correndo por fora estão 13 milhões de desempregados. Eles vão apelar para a informalidade, os famosos bicos, visando garantir, pelo menos, o básico para sua família.





Nenhum comentário:

Postar um comentário