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Radiografia da Notícia
* Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia afirma que as pessoas
dessa faixa-etária precisam redobrar os cuidados para enfrentar essesdias
* Apesar de o Sol ser um aliado da saúde, é preciso cuidado,
especialmente para a população 60+
* Entre os mais comuns estão a tontura, a dor de cabeça e o mal-estar
Redação/Hourpress
Durante alguns em fevereiro, as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e
Nordeste foram afetadas por uma onda de calor, cuja sensação térmica
chegou a 70º C. A projeção foi baseada na tabela de Climatologia
Aplicada da Universidade de São Paulo (USP). Esse calor excessivo
prevaleceu durante vários dias em fevereiro.
Apesar de o Sol ser um aliado da saúde, é preciso cuidado,
especialmente para a população 60+, que pode sofrer mais com os
efeitos do calor. De acordo com o geriatra e presidente da SBGG, Dr.
Marco Túlio Cintra, a desidratação e a hipertermia, quando o corpo
atinge uma temperatura mais elevada que o normal, além do próprio
câncer de pele, são os principais problemas que o idosos podem
enfrentar com a exposição errada ao Sol.
Ele explica que se deve atentar aos sintomas desse aumento da
temperatura. Entre os mais comuns estão a tontura, a dor de cabeça e o
mal-estar. “Estes sintomas podem evoluir para situações mais graves,
como desmaios e crises convulsivas. Por isso, todo cuidado e atenção
são necessários”, explica.
Água
A questão da hidratação precisa ser levada a sério. Dr. Cintra revela
que pessoas idosas tendem a ter a sensação de sede reduzida, além da
dificuldade de troca de calor. Segundo ele, o mecanismo da sede pode
estar reduzido na pessoa idosa, o que pode levá-la a uma diminuição na
ingestão de líquidos e, por essa razão, há a necessidade de estimular
esse consumo. “Artifícios como água saborizada, sucos leves, chás
frios e água de coco podem ser usados, pois garantem a hidratação
adequada”, afirmou o geriatra, ratificando que é importante evitar
bebidas alcoólicas, cafeinadas ou muito açucaradas, pois podem
contribuir para a desidratação.
Alimentos ricos em água, como frutas, entre elas melancia, melão e
laranja auxiliam na hidratação, assim como alguns vegetais, como
pepino e abobrinha. “É fundamental estar atento a sinais como lábios e
língua secos, diminuição do volume da urina, alterações de
comportamento, confusão mental, tontura e fadiga. Tudo isso pode
indicar que o idoso está desidratado.”
Manter uma alimentação balanceada fará a diferença na estação mais
quente do ano. Dr. Cintra relata que o ideal é dar preferência a
refeições leves e de fácil digestão, evitando alimentos gordurosos e
pesados. Por essa razão, saladas, frutas frescas e proteínas magras
são bem-vindas. “O armazenamento adequado dos alimentos precisa de
atenção a fim de prevenir intoxicações alimentares, que são comuns no
Verão”, disse.
Idoso
Outro ponto importante é a temperatura. Manter a pessoa 60+ em
ambientes frescos e ventilados é outro cuidado fundamental para
garantir a melhor qualidade de vida durante o Verão. Assim, o uso de
ventiladores ou ar-condicionado estão liberados, principalmente para
evitar que os locais fiquem abafados, especialmente nos dias mais
quentes. E caso o idoso não tenha acesso a ambientes climatizados,
vale um passeio a espaços públicos refrigerados, como shoppings.
“Soma-se a isso o fato de não o expor ao Sol durante o horário de
pico, entre 10h e 16h, além do uso de protetor solar com fator de
proteção alto (FPS 30 ou superior) em todas as áreas expostas da pele,
mesmo nos dias nublados, e usar as chamadas proteções físicas, como
roupas leves, claras e de tecido natural, como o algodão, que facilita
a transpiração, boné, chapéu e óculos de sol para proteger a cabeça e
os olhos da radiação solar”, observa, o geriatra e presidente da SBGG,
ao comentar que o Brasil tem um clima que é quente não apenas no Verão
e, por essa razão, esses cuidados precisam ser tomados durante todo o
ano, independentemente da estação.
“Em um país topical e com dimensões continentais como o Brasil é
difícil delimitar os cuidados apenas durante um período do ano. O fato
é que a pessoa idosa é mais suscetível a temperaturas extremas, tanto
as mais elevadas quanto as mais baixas, por isso devem estar atentas,
inclusive familiares e cuidadores”, alertou.
Atenção
Já as atividades físicas devem ser realizadas apenas nos horários mais
frescos, como início da manhã ou final da tarde, dando preferência a
exercícios leves, entre eles caminhadas, alongamentos e
hidroginástica. “Mesmo com a temperatura mais amena, não se pode abrir
mão da garrafa de água para manter a hidratação”, orienta o geriatra,
ao explicar que momentos de socialização em ambientes seguros e
frescos devem ser incentivados com o intuito de evitar o isolamento,
algo comum em períodos de calor extremo.
De acordo com o Dr. Cintra, atividades relaxantes que não exigem
esforço físico excessivo, como leitura, jogos de tabuleiro e assistir
filmes cumprem muito bem essa tarefa. “Para os idosos acamados ou como
mobilidade reduzida, a família ou os cuidadores devem mudá-los de
posição várias vezes ao dia para evitar desconforto e lesões na pele.
Além disso, é preciso checar se o colchão e as roupas de cama são
confortáveis para a estação, redobrando os cuidados com a hidratação e
a ventilação do ambiente.”
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