Radiografia da notícia
* Para os próximos meses há perspectivas de crescimento da inflação
* Mas, a economia estará ainda mais estabilizada, principalmente com a queda do dólar
* A capacidade de o país honrar suas dívidas e os fundos de investimento buscam países com as melhores notas
Alexandre Augusto Gaino
O Copom (Comitê de Política Monetária) fará sua próxima reunião nos dias 20 e 21 junho, para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil. Segundo Alexandre Augusto Gaino, professor de economia da ESPM, as perspectivas são de manutenção da atual taxa de juros. “Apesar de uma melhor sinalização dos dados econômicos, o comitê não deverá recuar a taxa de juros nessa reunião. Esse cenário mais positivo da economia brasileira, trazendo uma expectativa menor de inflação e, por consequência, uma possibilidade de queda dos juros, traz um clima mais positivo ao mercado”.
O especialista destaca também que o aumento dos juros americanos pelo Federal Reserve e a avaliação de risco Brasil, a agência de classificação da Standard & Poor's (S&P) que alterou a perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil de estável para positiva, contribui para a descida dos juros. “A classificação positiva para o país não acontecia desde 2019. A avaliação da classificação de risco significa na percepção da agência a capacidade de o país honrar suas dívidas e os fundos de investimento buscam países com as melhores notas”, disse Gaino.
Para os próximos meses há perspectivas de crescimento da inflação em virtude da taxa anualizada. “Teremos uma pequena elevação e o Copom, nessa perspectiva, deixará os juros no patamar que está. Mas, a economia estará ainda mais estabilizada, principalmente com a queda do dólar, e isso facilitará a redução da taxa nos meses seguintes para um patamar de até 12,5%”, concluiu.
Alexandre Augusto Gaino, professor de Economia da ESPM
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