terça-feira, 28 de abril de 2020

Anvisa aprova testes rápidos para covid-19 em farmácias

Medida visa diminuir aglomeração de pesooas em hospitais


Agência Brasil 


A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje (28) a aplicação de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus (covid-19) em farmácias. Com a decisão, a realização deixará de ser aplicadas apenas em ambiente hospitalar e clínicas das redes públicas e privadas.
“O aumento [dos testes] será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, disse o diretor presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres.
As farmácias não serão obrigadas a disponibilizar o teste. O estabelecimento que optar pelo procedimento deverá ter profissional qualificado para realizar do exame.
A realização dos exames não servirá para a contagem de casos do coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo, destacou ainda que o teste não terá efeito de confirmação do diagnóstico para o coronavírus, uma vez que há a possibilidade de o teste apontar o chamado “falso negativo” quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas.
"Os testes imunocromatográficos não possuem eficácia confirmatória, são auxiliares. Os testes com resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser usados como evidência absoluta de infecção, devendo ser realizados outros exames laboratoriais confirmatórios”, disse.
A liberação dos testes rápidos em farmácias enfrentava resistências, devido a questões sanitárias e ligadas também à eficácia dos exames. Ao comentar a aprovação da realização dos testes em farmácias, Barra Torres lembrou que esses testes vem sendo feitos por determinação de alguns governos locais.
A liberação desses testes será temporária e deve permanecer no período de emergência de saúde pública nacional decretado pelo Ministério da Saúde, em 4 de fevereiro deste ano.

Ministro do STF abre inquérito para investigar declarações de Moro



Ex-ministro pediu demissão e fez acusações contra o presidente



Agência Brasil


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu hoje (27) abrir inquérito para investigar as declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, que pediu demissão do cargo e fez acusações contra o presidente Jair Bolsonaro. 
A decisão do ministro atendeu a um pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na semana passada. Com a abertura da investigação, uma das primeiras medidas será a convocação de Moro para prestar depoimento e entregar eventuais provas de suposta interferência na Policia Federal (PF). 
Na sexta-feira (24), durante pronunciamento, Bolsonaro negou que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.  

Bolsonaro nomeia André Mendonça para a Justiça e Ramagem para a PF



Os decretos com as nomeações são publicados no Diário Oficial


Agência Brasil 

André Luiz de Almeida Mendonça e Alexandre Ramagem Rodrigues são nomeados ministro da Justiça e Segurança Pública e diretor-geral da Polícia Federal (PF), respectivamente. Os decretos assinados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, estão publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (28). André Mendonça passa a ocupar o comando do ministério com a saída de Sergio Moro e Alexandre Ramagem a chefia da PF no lugar de Maurício Valeixo.
André Mendonça, de 46 anos, é natural de Santos, em São Paulo, advogado, formado pela faculdade de direito de Bauru (SP). Ele também é doutor em estado de direito e governança global e mestre em estratégias anticorrupção e políticas de integridade pela Universidade de Salamanca, na Espanha; é pós-graduado em direito público pela Universidade de Brasília.
É advogado da União desde 2000, tendo exercido, na instituição, os cargos de corregedor-geral da Advocacia da União e de diretor de Patrimônio e Probidade, dentre outros. Recentemente, na Controladoria-Geral da União (CGU), como assessor especial do ministro, coordenou equipes de negociação de acordos de leniência celebrados pela União e empresas privadas.
Solenidade de posse do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem
Alexandre Ramagem é noemado diretor-geral da Polícia Federal - Valter Campanato/Agência Brasil
Alexandre Ramagem, que exercia o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é graduado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Ingressou na Polícia Federal (PF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial. Sua primeira lotação foi na Superintendência Regional da PF no estado de Roraima.
Em 2007, ele foi nomeado delegado regional de Combate ao Crime Organizado. Ramagem foi transferido, em 2011, para a sede do PF em Brasília, com a missão de criar e chefiar Unidade de Repressão a Crimes contra a Pessoa. Em 2013, assumiu a chefia da Divisão de Administração de Recursos Humanos e, a partir de 2016, passou a chefiar a Divisão de Estudos, Legislações e Pareceres da PFl.
Em 2017, tendo em conta a evolução dos trabalhos da operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, Ramagem foi convidado a integrar a equipe de policiais federais responsável pela investigação e Inteligência de polícia judiciária no âmbito dessa operação. A partir das atividades desenvolvidas, passou a coordenar o trabalho da PF junto ao Tribunal Regional Federal da 2ª Regional, com sede no Rio de Janeiro.
Em 2018, assumiu a Coordenação de Recursos Humanos da Polícia Federal, na condição de substituto do diretor de Gestão de Pessoal. Em razão de seus conhecimentos operacionais nas áreas de segurança e Inteligência, assumiu, ainda em 2018, a Coordenação de Segurança do então candidato e atual presidente da República, Jair Bolsonaro.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Oposição quer CPI sobre denúncias de Moro e reforça gravidade de crise política


Os acontecimentos da semana passada demonstram que o Palácio do Planalto está descolado da realidade do resto do Pais


Agência Câmara

A crise política decorrente da demissão do ex-ministro Sérgio Moro levou a oposição a cobrar providências do Poder Legislativo durante a sessão virtual desta segunda-feira (27). É a primeira vez que o Plenário da Câmara dos Deputados se reúne após a demissão de Moro, que saiu do Ministério da Justiça e Segurança Pública denunciando tentativas de interferência do presidente da República na Polícia Federal.
A líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), afirmou que está colhendo assinaturas para que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) seja instalada para investigar as denúncias de Moro. “É impossível o Parlamento assistir, sem fazer nada, às denúncias contra Bolsonaro, de que o presidente tira chefes da Polícia Federal que não estão fazendo o que ele quer. É preciso investigar”, declarou.
O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) disse que o PSB está trabalhando em um novo pedido de impeachment. “Não é momento de omissão, é momento de debate e de decisão”, reforçou.
Para o líder do PDT, deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), os acontecimentos da semana passada demonstram que o Palácio do Planalto está descolado da realidade do resto do Pais, que lida com o combate ao coronavírus. “Enquanto ministro e presidente se digladiam, as pessoas morrem, a saúde nos estados está colapsada, e os recursos não chegam para as pessoas ou para as empresas. O Brasil oficial não quer saber do Brasil real”, criticou.
A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), ressaltou que a crise política criada pelo presidente da República coincide com a maior crise sanitária da nossa geração. “Bolsonaro é um elemento de instabilidade, agora se junta a Roberto Jefferson e Valdemar Costa Neto [condenados pelo mensalão] negociando cargos para uma base alugada na Câmara. E ainda temos a comprovação da interferência na Polícia Federal para proteger a família”, disse.
Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para votação de propostas legislativas. Dep. José Guimarães (PT - CE)
José Guimarães cobrou a volta dos trabalhos da CPI das Fake News
Crise política
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), também ressaltou que a crise política tira o foco do combate à pandemia. Ele afirmou que qualquer discussão de impeachment precisa ser bem analisada. "Não se faz impeachment sem saber o início, o meio e o final”, declarou.
Guimarães cobrou a volta dos trabalhos da CPI das Fake News para averiguar a rede de divulgação de notícias falsas que minam a estabilidade democrática.
Para o líder da oposição, deputado André Figueiredo (PDT-CE), o Parlamento precisa cobrar responsabilidade do presidente da República. “O ex-ministro Moro revela claramente as pressões a que estava submetido, porque as investigações estão chegando aos filhos do presidente e aos aliados do presidente. É inimaginável o momento politico em que vivemos e não podemos ficar silentes”, afirmou.
Um dos poucos parlamentares não alinhados à oposição a se pronunciar sobre o assunto, o deputado Daniel Coelho (Cidadania-PE) cobrou “esclarecimentos de todas as denúncias que foram feitas”.

E agora Bolsonaro?



Alguns até fingiram não ver as loucuras dele


Luís Alberto Alves/Hourpress

Jesus Cristo disse no seu Evangelho que não existe nada de oculto que um dia não seja revelado,  nem secreto que não seja descoberto. Esta máxima é agora aplicada ao presidente Bolsonaro.
Durante algum tempo, desde a campanha eleitoral vestiu a capa de cristão ou tentou fingir que praticava os mandamentos de amor estipulados por Jesus Cristo. Diversos cristãos acreditaram em Bolsonaro.
Alguns até fingiram não ver as loucuras dele de elogiar publicamente um homem, que a serviço do Regime Militar de 64 torturava pessoas. Esmagava com alicates bicos de seios de mulheres, dava choques elétricos nos órgãos genitais de homens ou mulheres.
Mentiras
Sorria ao ver unhas  de  opositores do Regime serem arrancadas e o sangue jorrar o chão ao som de gritos, seguido de desmaios. Jesus Cristo não concordaria com algo tão ruim. Por muito  menos ele livrou uma prostituta do linchamento.
Jesus Cristo jamais iria endossar qualquer campanha de ódio contra outra pessoa. Se você achar que estou mentindo,  leia o Novo Testamento e tente encontrar algum trecho aonde Jesus incentiva odiar o próximo.
 Alias, Ele recomenda que nós amemos quem nos odeia Tentando enganar os cristãos que acreditaram em suas mentiras, Bolsonaro continuou no seu teatro macabro. Demorou, mas as garras de lobo saíram de suas mãos.
Falhas
Pegou carona na fama do então juiz federal Sergio Moro, que soube usar muito bem o capital obtido no processo movido contra o ex-presidente Lula, onde foram cometidas diversas falhas, e o mandou ao cárcere.
Bolsonaro, sorrateiro, trouxe Moro ao seu lado, e logo o fez ministro. De inicio teria carta branca que logo perdeu a cor.Com o direito que todo presidente tem nas mãos barrou todas as propostas da então República de Curitiba, que Moro defende.
Moro pediu para sair e colocou no ventilador tudo o que viu enquanto ministro de um governo que até agora não tirou o Brasil do atoleiro. Mesmo quando teve grande apoio dos seus eleitores. Agora se uniu ao Centrão, grupo de deputados famosos por gostar de corrupção.
Nunca se esqueçam, em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

segunda-feira, 13 de abril de 2020

De repente todos somos iguais






As Patricinhas das Zonas Sul deste imenso Brasil perceberam que viajar para os lugares top de linha não é mais motivo de ibope



Luis Alberto Alves/Hourpress


O coronavírus igualou todas as pessoas, invadiu o organismo de ricos, pobres, brancos, negros, famosos, desconhecidos. Ninguém escapou de suas garras. Não perdoou nem os médicos, acostumados com em ver o beijo gelado da morte nos rostos dos pacientes.

Até o jornalismo da Rede Globo, em horário nobre, “percebeu” a importância dos garis, policiais, caminhoneiros, profissionais da saúde, funcionários de supermercados, porteiros de prédios, todos ignorados e retratados de forma preconceituosa em suas novelas e programas de humor.

As Patricinhas das Zonas Sul deste imenso Brasil perceberam que viajar para os lugares top de linha não é mais motivo de ibope. A faxineira da favela, geralmente humilhada pelos ricaços, agora virou artigo de luxo. Ela pode levar ou trazer o coronavírus aos seus familiares.

O dinheiro, que sobra nas contas desta elite global, por enquanto não pode comprar a cura desta doença, que mata na rede dos SUS e dos hospitais de milionários. O mesmo caixão lacrado serve para todos, mesmo que mais decorado, porém com a chapa de zinco servindo com isolante contra o coronavírus.

Essa pandemia serviu para igualar pessoas que se achavam acima do bem e do mal. Mesmo que esta doença atinja em cheio o povão e isso vai acontecer, os ricos estarão no mesmo barco. Afinal de contas, burguês ainda não aprendeu a lavar pratos nem cozinhar arroz no micro-ondas. Nem Karl Marx imaginava um comunismo deste tipo!

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Faturamento da indústria desacelera em fevereiro, diz CNI



Aumento de 0,2% foi considerado baixo ante alta de 2,3% em janeiro

Agência Brasil 

O faturamento da indústria sofreu uma desaceleração em fevereiro. O aumento de 0,2% em relação a janeiro é baixo na comparação da alta de 2,3% registrada de dezembro para janeiro, informou hoje (8) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Apesar da desaceleração, em relação ao mesmo mês de 2019, o índice de crescimento em fevereiro ficou em 0,9%.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registrou alta de 1,2 ponto percentual em relação a fevereiro de 2019. De janeiro para fevereiro, a UCI aumentou 0,5 ponto percentual, alcançando 78,7%, sem considerar os efeitos sazonais. Foi a segunda alta consecutiva nesse dado.

Emprego

Segundo a CNI, apesar de o emprego seguir praticamente estável, as horas trabalhadas tiveram queda. De janeiro para fevereiro, o emprego industrial não se alterou, considerando a série dessazonalizada.
Na comparação com o mesmo mês do último ano, houve um leve recuo de 0,1%. Nesse mesmo período, a queda de horas trabalhadas foi de 1,6%. A massa salarial paga aos trabalhadores da indústria também caiu. A redução foi de 0,8% usando como base janeiro e 2,2% na comparação com fevereiro de 2019.
O rendimento médio real foi o indicador com a maior perda acumulada. O recuo de 0,7% é o quarto resultado negativo consecutivo desse índice, que havia registrado redução de 0,1% em novembro de 2019, de 1,5% em dezembro, e novamente de 0,1% em janeiro de 2020. Na comparação com fevereiro de 2019 a queda foi de 2,1%.


















Covid-19 oferece risco maior para pacientes com insuficiência renal crônica





Especialista do Hospital 9 de Julho explica relação entre o novo vírus e a doença renal e como pacientes podem se prevenir



Redação/Hourpress

A disseminação do novo vírus Sars-Cov-2, que paralisou o mundo, colocou em alerta ainda maior as pessoas com mais de 60 anos e os portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Entre esses grupos de risco, estão aqueles que sofrem de insuficiência renal crônica, indivíduos que se tornam mais vulneráveis à nova doença por conta dessa condição.

Segundo a Dra. Maria Alice Barcelos, coordenadora do Centro de Rim e Diabetes do Hospital 9 de Julho, quem sofre de insuficiência renal crônica faz parte do grupo de risco porque o mau funcionamento dos rins compromete o sistema imunológico. Isso torna o organismo frágil à ação do vírus, que se multiplica rapidamente e pode levar a quadros mais graves da doença.

Para essas pessoas, a evolução da Covid-19 traz mais perigos. "Esse paciente pode ter que ser levado para a UTI, para tratar a infecção viral, e acabar tendo uma complicação por conta de infecção bacteriana e ir para quadro de choque séptico", explica.

De acordo com a nefrologista, outro dado que provoca preocupação é a relação entre a insuficiência renal e outras doenças. "Muitos pacientes renais crônicos são também diabéticos ou hipertensos, duas condições responsáveis por provocar a doença renal, e são idosas. Então elas apresentam mais de um fator de risco, isso aumenta a vulnerabilidade".
O Brasil tem hoje cerca de 130 mil pessoas que realizam diálise com regularidade. A Dra. Maria Alice afirma que, quem depende desse tratamento, não tem a opção de deixar de realizá-lo para ficar em casa, pois isso coloca sua vida em risco.

Por isso, todos que sofrem de insuficiência renal devem ter cuidados redobrados para evitar o contágio com o novo coronavírus. Além de adotar o isolamento social, saindo de casa apenas para realizar a diálise, é preciso seguir de forma rigorosa as demais recomendações válidas para toda a população, como higienizar as mãos com frequência com água e sabão ou álcool gel 70% e não compartilhar o uso de objetos pessoais. Já as unidades de diálise precisam seguir os protocolos definidos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia para preservar a saúde de quem depende do tratamento, como intensificar a higienização de todos os objetos e ambientes e avaliar casos suspeitos antes da entrada no local.

Se começar a apresentar sintomas comuns à gripe, como tosse e coriza, a indicação para esses pacientes é iniciar o tratamento em casa, pois a ida a uma clínica ou hospital aumenta o risco de contaminação pelo novo vírus. A Dra. Maria Alice alerta que os imunossuprimidos podem não apresentar febre em caso de infecção, e isso requer atenção redobrada. "A pessoa deve sair de casa e procurar atendimento de emergência no caso de sentir falta de ar ou queda no estado geral de saúde", diz.

http://www.sbn.org.br/fileadmin/user_upload/sbn/2020/03/18/COVID-19_SBN__em_18-3.pdf

A desigualdade na distribuição das UTIs em São Paulo




Três subprefeituras concentram 60% dos leitos de UTI no município


Redação/Hourpress
O cenário atual de pandemia e estado de emergência vivido na cidade de São Paulo têm colocado desafios a todos, com impactos sobre o ir e vir, o espaço público, a economia e, sobretudo, a saúde de cada um. Sabemos que estes impactos são vivenciados de maneira muito diferente a depender de onde se vive na cidade, e que a desigualdade experimentada diariamente no transporte público, no trabalho informal e nas oportunidades educacionais também se reflete neste momento de alta demanda por serviços de saúde.

Um mapeamento realizado pela Rede Nossa São Paulo, a partir de dados de fevereiro de 2020 do DATASUS, mostra a distribuição desigual dos leitos de UTI vinculados ao SUS no município, e os resultados são indicativos da exclusão vivida por cidadãos que moram nas periferias da cidade: apenas 3 subprefeituras (Sé, Pinheiros e Vila Mariana) - localizadas nas regiões mais ricas e centrais - concentram mais de 60% dos leitos em UTI do SUS no município. Enquanto isso, 20% da população (2.375.000 pessoas) vivem em 7 subprefeituras - localizadas nas periferias do município - em que não há um leito sequer.

A recente iniciativa da gestão municipal de ampliar o número de leitos por meio de hospitais de campanha é urgente e necessária. Além disso, espera-se a inauguração de um hospital na Vl. Brasilândia, em maio, o que aumentará significativamente o número de leitos na periferia. Mas vale lembrar que o hospital é uma demanda da população da Zona Norte há, pelo menos, 30 anos, e as obras, iniciadas em 2015, deveriam ter sido concluídas em 2017.

Este mapeamento revela, mais uma vez, a desigualdade estruturante na cidade mais rica do país. Nesse momento de crise, se por um lado São Paulo tem sido referência em medidas emergenciais, por outro os números atestam que estamos longe de atingir a equidade social. A desigualdade territorial segue acentuando as diferenças e tornando as populações ainda mais vulneráveis.
Distribuição dos leitos de UTI (públicos e conveniados ao SUS) por 100 mil hab./ subprefeitura

sábado, 4 de abril de 2020

Coronavírus continua letal em mortalidade


Conseguiu contaminar mais de 1 milhão de pessoas ao redor do mundo

Luís Alberto Alves/Hourpress


O coronavírus continua ceifando vidas numa velocidade que assusta até os médicos. Na sexta-feira retrasada (31/3) o Brasil registrava 92 mortos, na sexta-feira seguinte (4/4) este número subia para 359 até as 20h. Aumento de 294%! Algo assombroso.
Enquanto isto, o presidente Bolsonaro (sem partido) prossegue procurando queimar lentamente o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Como se ele fosse o culpado pelo aumento de vítimas fatais ou incompetente.

Chuva

Para aumentar o grau de loucura, Bolsonaro ameaça elaborar um decreto autorizando a suspensão do isolamento social, para que todos os trabalhadores voltem às suas funções, ignorando os alertas da OMS (Organização Mundial de Saúde”. Algo insano.
Ninguém pode negar que o coronavírus já entrou para a galeria das grandes tragédias deste século 21. Conseguiu contaminar mais de 1 milhão de pessoas ao redor do mundo. Mas para Bolsonaro, este vírus é igual chuva: vai atingir poucas pessoas.

Espanha

Os hospitais em diversos países estão superlotados. As UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) se tornaram tesouros para os milhares de doentes que chegam em grande número em busca de atendimento. Muitos morrem antes de colocar o rosto num respirador.

Como o Brasil ainda não atingiu o trágico número da Espanha, com quase mil mortes num só dia, Bolsonaro prossegue igual maluco que joga gasolina na fogueira, até a chama atingir o seu rosto e queimar. O tempo dá resposta na hora certa. Vamos aguardar.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!