segunda-feira, 27 de maio de 2019

Isabel Loureiro resgata o conceito de emancipação em Rosa Luxemburgo


Redação/Hourpress









A fundadora do Partido Comunista Alemão Rosa Luxemburgo, em 1915, resumiu os dilemas da civilização na sentença “socialismo ou barbárie”. Hoje, ao olhar para sentimentos como nacionalismo, xenofobia e racismo, pertencentes àquela época, mas que parecem assombrar o século XXI, Isabel Loureiro oferece na 3ª edição revista de Rosa Luxemburgo: os dilemas da ação revolucionária, uma perspectiva para se discutir as ideias e as ações dessa polonesa radicada na Alemanha.

Empreendedorismo na sala de aula: mitos e verdades sobre empreender


Essa é uma medida que dialoga com a demanda de uma escola que capacita o aluno a gerir conflitos e a propor soluções

*Eduardo Bontempo
Os educadores têm sido influenciados, sobretudo pelas famílias, a levarem o empreendedorismo para dentro da sala de aula. A cobrança é reflexo de uma preocupação concreta com o futuro profissional dos filhos: o país conta com mais de 13 milhões de desempregados, sendo 4 milhões de jovens com idade entre 18 e 24 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em um cenário de poucas oportunidades profissionais, empreender passou a ser associado a uma força econômica que permite o Brasil gerar empregos e vislumbrar um novo patamar de desenvolvimento econômico.  A escola, com o papel de formar cidadãos e capacitá-los profissionalmente, passa a ser desafiada a criar uma educação empreendedora – embora muitas não tenham vivência prática na temática.
Um dado relevante é que o empreendedorismo, a investigação científica, os processos criativos e a mediação e intervenção sociocultural são eixos que surgem fortemente no novo Ensino Médio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – modelo que deve ser implementado nas escolas públicas e privadas do país até 2021. A proposta é que essas temáticas orientem os itinerários formativos, ou seja, as atividades que os estudantes poderão escolher para serem objeto de aprofundamento de conhecimentos referentes ao mundo do trabalho e à gestão de empresas. Essa é uma medida que dialoga com a demanda de uma escola que capacita o aluno a gerir conflitos e a propor soluções para problemas socioculturais e ambientais nas comunidades nas quais o estudante vive. Na prática, uma postura perante a vida que tem muitos pontos em comum com o empreendedorismo.
Perante a urgência da demanda de preparar o aluno dentro de uma lógica de educação empreendedora – e diante de estudo da Dell Technologies que aponta que 85% das profissões que teremos em 2030 ainda não foram inventadas –, vemos surgir inúmeras iniciativas para levar a temática do empreendedorismo para dentro da sala de aula. Alguns, inclusive, com um viés pedagógico que não reflete a realidade das startupse empresas brasileiras. Parte desse equívoco reside na distância entre o ambiente e processos educacionais e os adotados no universo empreendedor. As novas formas de aprendizagem e competências levadas para o espaço escolar sobre o cotidiano de um empreendedor mostram esse abismo quase intransponível ensino e realidade.
Para se ter uma noção sobre essa distância entre escola, profissão e empreendedorismo, cito uma pesquisa conduzida pela Udemy com mil brasileiros com idades entre 21 e 35 anos. Esse mapeamento apontou que os jovens profissionais se ressentem do déficit de habilidades fundamentais para a vida profissional. Para dois terços dos entrevistados, o que mais faz falta não é o conhecimento técnico, mas capacidades que deveriam ser desenvolvidas no ambiente escolar como inteligência emocional, comunicação, gestão do tempo e pensamento crítico. Aliás, essas são capacidades fundamentais tanto para o trabalho em grandes empresas, quanto para o empreendedor. A falta da habilidade de liderar também foi apontada por um terço dos participantes da pesquisa como uma lacuna importante dentro das habilidades profissionais – temática que tem muito a ver com levar inovação, tecnologia e empreendedorismo para dentro da sala de aula. 
Nos últimos sete anos, como cofundador da Geekie, tenho trabalhado com toda a comunidade escolar para projetar e implementar estratégias de aprendizagem, apoiadas por soluções tecnológicas, metodologias inovadoras e formação continuada do corpo docente. Com a experiência de ter impactado mais de 12 milhões de estudantes e 5 mil escolas de todo o país, vejo a importância de criar um ambiente escolar no qual o cotidiano do aluno na escola esteja conectado com as demandas não apenas do futuro – mas, principalmente, do presente.
Nessa conjuntura é importante abordar os seis mitos que permeiam o imaginário dos alunos sobre o empreendedorismo. Embora haja um enorme glamour em torno do ato de empreender – muitos jovens acham que ter o próprio negócio é sinônimo de não ter chefe e ter uma rotina flexível –, a verdade é bem diferente. Há de se considerar, também, que o fato é que muitos educadores não têm como se contrapor a esse repertório equivocado sobre criar e gerir uma empresa, pois não têm vivência que ofereça suporte para aulas baseadas em evidências sobre a temática.
O primeiro mito que destaco é que não é possível ganhar dinheiro e mudar o mundo. Com uma nova geração pautada pela empatia e pela preocupação com o legado pessoal, essa é uma questão cotidianamente presente. A boa notícia é que é possível conciliar essas duas coisas. O país é o celeiro de uma série de negócios que surgiram para resolver problemas que atingem uma parcela grande da população. A Geekie, por exemplo, surgiu dessa forma; uma empresa conectada com o desafio de contribuir para melhorar a qualidade da educação no Brasil.
O segundo mito é que empreender garante uma rotina mais flexível. Alguns especialistas dizem que ter uma startupvirou um sonho tão popular entre os jovens de hoje como era, nas décadas de 1980 e 1990, montar uma banda de rock. Parecia que a questão se resumia a reunir os melhores amigos, compor as músicas mais bacanas e aguardar ser descoberto para virar um astro. Sabemos que a teoria na prática é outra! Não há uma rotina queseja adequada ao estilo de vida que o empreendedor quer levar. O terceiro mito reside na ideia de que para empreender nunca devemos desistir de uma ideia original. Esse é um completo e complexo mito. O empreendedor não pode se apaixonar pela própria ideia; a busca deve ser por resolver um problema. A partir daí vários ajustes devem ser feitos até tornar o produto ou serviço adequado ao consumidor que se deseja conquistar.
O quarto mito que precisa ser desfeito é que a entrega precisa ser perfeita logo no início do negócio. Essa lógica está equivocada porque é a partir do feedbackdos consumidores em potencial que o empreendedor pode melhorar o produto ou serviço. Esse tema nos remete ao quinto mito do empreendedorismo. Você precisa escutar o seu cliente para conhecê-lo. A questão é complexa porque não deveríamos focar apenas em escutar, sim de calçar os sapatos dele; observar e vivenciar o cotidiano desse cliente. O sexto mito é, na minha opinião, muito emblemático: o empreendedor é o melhor funcionário que a empresa pode ter. O empreendedor precisa contratar pessoas melhores que ele em determinadas especialidades, ou seja, tem que ter humildade para conseguir fazer o melhor para a empresa ou startup– e isso passa pela contratação correta de talentos.
Para finalizar, trago uma ideia do professor José Moran, doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) e uma das maiores referências no Brasil sobre metodologias ativas e inovação na educação. Em conversa com equipe da Geekie, Moran afirmou que a escola se transforma mais lentamente do que desejamos e emritmos diferentes.O professor aponta que o empreendedorismo e a mudança de mentalidade são essenciais para transformar a escola tradicional em um ambiente inovador; salienta, entretanto, que esse fazer empreendedor deve ser associado à humanização. Concordo plenamente. Como a inserção da tecnologia, o empreendedorismo na sala de aula deve estar conectado com a intencionalidade pedagógica e com um conteúdo ancorado em evidências; na experiência de empreendedores que lidam com luzes e sombras; com desafios e alegrias de tornar um desafio em negócio.       
*Eduardo Bontempo é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e iniciou MBA no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Por entender que estava diante de uma janela de oportunidade para para empreender, deixou o MBA e fundou a Geekie com Claudio Sassaki. Menos de três anos depois, teve a certeza de que a difícil decisão foi a certa: foi reconhecido comoInovador do ano pelo próprio MIT, na publicação global MIT Technology Review

E a periferia ficou de fora no ato pró Bolsonaro


Cachorro com camiseta do Brasil


Usando a matemática, de cada dez simpatizantes de Bolsonaro, oito eram brancos



Luís Alberto Alves/Hourpress

Ontem (26) na Avenida Paulista era nítida a ausência de eleitores da periferia no ato pró Bolsonaro. Sem a multidão, no meio da semana, que marcou o protesto contra os cortes na Educação, onde era difícil andar; neste domingo desde a Rua Teixeira da Silva até a Alameda Campinas, ou seja, quatro quarteirões, inclusive contando a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, era baixa a concentração de fãs de Bolsonaro.
Nem o domingo de sol ajudou na manifestação


Da Alameda Campinas até a Rua Augusta era visível a presença de homens e mulheres, quando jovens, se encaixando no estilo Mauricinho ou Patricinha e diversas pessoas acima dos 50 anos de idade. Usando a matemática, de cada dez simpatizantes de Bolsonaro, oito eram brancos.

Em nada lembravam a população da periferia, de semblante cansado por causa da dureza de enfrentar transporte coletivo de péssima qualidade, ganhar baixos salários e fazer mágica para não deixar faltar comida em casa, quando conseguem ter uma própria. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 7,5 milhões de brasileiros estão no grupo dos sem-moradias e 11 milhões se encontram inseridos na população favelada.

Entrevistei vários camelôs, vendedores de bebidas, churrasquinhos e milho verde. Muitos reclamavam das poucas vendas. Talvez as cerca de 150 mil pessoas, presentes ao ato pró Bolsonaro estejam acostumadas a tomar água mineral francesa, cerveja importada e comer churrasco de vitela de carneiro. O que se encontrava na Paulista era comida de pobre.
Poucos simpatizantes de Bolsonaro experimentaram churrasquinho na Paulista

Para evitar problemas, por causa da aversão à imprensa dos fãs de Bolsonaro, vesti uma camiseta esportiva distribuída aos atletas que correm na São Silvestre. Mesmo assim despertava olhares suspeitos em minha direção, principalmente quando fotografava. Inclusive um cachorro com uma camiseta amarela escrito Brasil. Essa nação não merece este tratamento, principalmente por setores da sociedade que sempre lucraram ainda lucram com a miséria da população.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!
Abaixo o link que mostra o número de simpatizantes de Bolsonaro na esquina da Paulista com a Brigadeiro Luiz Antonio, ontem à tarde.




quarta-feira, 15 de maio de 2019

Que tipo de chefe é você?

Chefe artista demite funcionário igual o personagem Rambo eliminava adversários

A cada hora interpreta um personagem




Luís Alberto Alves/Jornalista

Em 45 anos de caminhada já tive vários tipos de chefe. Autoritário: o mais comum nas empresas. Grita com todos, não admite erros, conversa pouco e quando o faz é só para humilhar o funcionário. Paizão: sempre se preocupa com o empregado. Pergunta como está o casamento, a família e o andamento do serviço. Tudo na educação.

Democrático: para tomar decisão reúne o pessoal. Expõe sua opinião e trabalha, sutilmente, para sua aprovação. Deixa todos participarem, mesmo os traíras, para que se queimem em público. Vaselina: de manhã está de um jeito, elogiando o departamento, depois do almoço fecha com a diretoria da empresa e no final do expediente diz que vai tirar o time de campo, pois ninguém reconhece seu esforço.

Artista: este é difícil de compreender.  A cada hora interpreta um personagem. Quando recebe um aviso da presidência sobre queda no faturamento, deixa o semblante triste e passa a impressão de que o barco vai afundar rápido. Consegue fingir que gosta de todos os funcionários. Costuma chorar em público para tentar convencer a turma a sacrificar o horário, principalmente em época de balanço. Mas na hora de demitir, é igual um Rambo eliminando adversários.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

terça-feira, 14 de maio de 2019

Sem normas de segurança, acidentes de trabalho vão disparar

Este trabalhador sem proteção nos olhos, correria sério risco de sofrer acidente com fagulhas nos olhos


É uma NR que reprova o piso liso num ambiente de grande trânsito de pessoas


Luís Alberto Alves/Jornalista

Imagine alguém pretendendo apagar incêndio de grandes proporções com mangueira de regar jardim. Esta é a minha definição para proposta suicida do presidente Bolsonaro de reduzir em 90% as Normas de Segurança no trabalho. Ato impensado. Proposta de alguém sem qualquer conhecimento do chão de fábrica ou de escritório.

Durante mais de 15 anos escrevi diversas reportagens de economia com enfoque sindical. Descobri o quanto é importante as NRs, como são conhecidas essas normas no linguajar dos engenheiros e médicos de Medicina do Trabalho. Aliás, é com base nestas normas que funcionam as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

É uma NR que reprova o piso liso num ambiente de grande trânsito de pessoas dentro da empresa para evitar acidentes. A altura ideal do corrimão da escada no escritório ou chão de fábrica, o uso de óculos diante de equipamentos que soltam resíduos ou faíscas, protetor auricular em ambiente barulhento, calçados de solado reforçado para evitar entrada de material pontiagudo nos pés, luvas nas mãos para proteção na pele e das unhas.

São várias as aplicações das NRs, visando sempre o bem estar do funcionário, em diversos setores da economia. Já imaginou um hospital, na ala de pacientes com doenças contagiosas, os médicos e enfermeiros não usarem roupas e equipamentos adequados para exercer as funções? Sãos as NRs que recomendam o acondicionamento de material infectante em embalagens especiais, para evitar vazamento ou exalar cheiro no transporte.

Em nome de uma economia burra, o presidente Bolsonaro demonstra que está no lugar errado e cercado de pessoas sem qualquer conhecimento das regras trabalhistas. Com aplicação de apenas 10% das NRs, os acidentes vão triplicar no interior das empresas e o prejuízo cairá nos cofres da Previdência Social, com pagamento de auxílio-doença, cada vez mais frequentes.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!
#NRsMenosAcidentes

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Mulheres são mais cuidadosas no trânsito



Segundo relatório da Seguradora Líder, apenas 25% das indenizações pagas em 2018 foram para acidentes envolvendo vítimas do sexo feminino


Luís Alberto Alves/Hourpress

Os dados do Relatório Anual da Seguradora Líder revelam que as mulheres são mais cuidadosas no trânsito. E, para os especialistas, a maternidade incentiva ainda mais uma atitude prudente ao dirigir. Das mais de 328 mil indenizações pagas pelo Seguro DPVAT no ano passado, apenas 25% foram destinadas a acidentes envolvendo vítimas do sexo feminino. Além disso, dos motoristas indenizados em 2018, 15% eram mulheres, enquanto os homens representaram 85%. O cenário reforça o perfil mais cauteloso das mulheres na direção.
Apesar da baixa participação das mulheres em acidentes de trânsito, as jovens de 18 a 34 anos são as mais atingidas quando as colisões acontecem. A faixa etária, considerada a população economicamente ativa, concentrou 47% dos pagamentos destinados às vítimas mulheres.  O segundo grupo de idade mais afetado integra as mulheres de 45 a 64 anos (22%).
Fonte: Seguradora Líder / Divulgação
Quando analisados os números por estado, Rondônia, Roraima e Mato Grosso registram os maiores índices de ocorrências no trânsito com mulheres (31% e 30%, respectivamente). Na sequência estão Rio Grande do Sul (28%), Goiás e Acre, ambos com (27%), Rio de Janeiro (26%) e Mato Grosso (25%). Apesar do Ceará representar alto índice de sinistralidade quando comparados ambos os sexos, o estado registra apenas 21% de benefícios pagos a vítimas mulheres.  Os últimos lugares, no entanto, são ocupados por Pernambuco (18,6%) e Alagoas (18,7%).

Quanto às regiões brasileiras, o Centro-Oeste tem o maior número de indenizações pagas por acidentes envolvendo mulheres, com 27% do total de pagamentos por ocorrências com o sexo feminino. Na sequência, estão Sul e Sudeste com 26%, Norte (27%) e Nordeste (21%).
Fonte: Seguradora Líder / Divulgação
Em relação ao período do dia, o anoitecer foi responsável por cerca de 23% das ocorrências que tiveram benefícios pagos às vítimas do sexo feminino. Já a madrugada concentrou o menor número de sinistros, com apenas 9% dos pagamentos.

O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, explica que a companhia não apura as causas dos acidentes. No entanto, alguns estudos indicam que os índices de imprudência no trânsito são maiores entre o sexo masculino, como a desobediência às leis de trânsito, o desrespeito à sinalização e a falta dos equipamentos de segurança.

"As mulheres, além de serem mais cautelosas e pacientes, costumam estar mais atentas às normas. Quando são mães, o cuidado aumenta, principalmente em relação ao uso do cinto de segurança nas crianças e da cadeira infantil, e também no alerta aos filhos sobre o perigo da combinação álcool e direção", ressalta Arthur Froes.
O Relatório Anual da Seguradora Líder 2018 contribui para dimensionar a extensão dos danos causados pela violência no trânsito em todo o país, bem como progressos alcançados pela educação e conscientização da população. Com a divulgação dos dados, a companhia também espera ajudar no desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e educação no trânsito.
O Relatório Anual da Seguradora Líder-DPVAT completo está disponível no link.

Sobre o Seguro DPVAT
O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 209 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.

Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações.

Sobre a Seguradora Líder-DPVAT
Em operação desde janeiro de 2008, a Seguradora Líder-DPVAT é uma seguradora privada responsável pela administração do Seguro DPVAT no Brasil. A seguradora se tornou uma das principais fontes para dados relacionados a acidentes de trânsito. No site www.seguradoralider.com.br estão disponíveis para o cidadão diversas informações sobre o Seguro DPVAT e estatísticas.
#acidentesnotrânsito

Hipertensão arterial se alastra entre os mais jovens



Especialistas relacionam crescimento à obesidade. Em 17 de maio, fazem mutirão gratuito de exames para alertar a população gratuitamente   

Luís Alberto Alves/Hourpress
A hipertensão arterial configura como o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares que mais matam no Brasil: infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Segundo dados do Ministério da Saúde, a pressão alta (PA) chega a afetar 30 milhões de brasileiros adultos, em uma proporção de um a cada quatro. Com números tão alarmantes, não só aqui, mas em todo o mundo, fez-se necessária a institucionalização do Dia Mundial da Hipertensão, em 17 de maio. 

A classe médica está bem preocupada com a situação e se mobiliza para conscientizar a população. No 17 de maio, das 10h às 17h, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) fará um mutirão gratuito de atendimento/exames no Terminal Jabaquara – EMTU e na Estação Santo Amaro – Linha Lilás do Metrô. A meta é orientar os passantes sobre as melhores formas de prevenção, fornecendo apoio psicológico em relação ao enfrentamento da doença, juntamente a dicas nutricionais e de atividades físicas. Além de claro, oferecer a medição da pressão arterial.  

CUIDADOS NA INFÂNCIA 

Chamada pelos médicos de “inimigo oculto” dos adultos e idosos, por sua ação silenciosa, a doença tem se tornado mais preocupante ao atingir, cada vez mais, os jovens. Atualmente, estima-se que a hipertensão já atinja três milhões de crianças e adolescentes dos 3 aos 18 anos de idade, no país.  
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), dra. Frida L. Plavnik, o aumento exponencial de crianças hipertensas pode ser explicado pelo crescimento da obesidade em todo o mundo. A nefrologista ainda destaca que para a definição de pressão arterial normal ou elevada há de se levar em conta variáveis, como sexo, peso, altura e idade, tanto nos mais jovens quanto nos mais velhos. 

“É importante frisar que o sedentarismo e hábitos alimentares inadequados têm contribuído diretamente para o aumento dos casos de elevação pressórica, principalmente entre as crianças. Ainda, dados de uma pesquisa americana recente sugerem que a PA elevada é maior em meninos (15%-19%) do que em meninas (7%-12%)”, afirma dra. Frida. 
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De acordo com as recomendações das diretrizes brasileiras e internacionais a pressão arterial deve ser medida em crianças a partir dos três anos de idade, a fim de detectar precocemente a elevação da mesma: “Quando não diagnosticada, a hipertensão arterial promove alterações nos chamados órgãos-alvo da doença hipertensiva. Desse modo, a presença de hipertrofia ventricular esquerda durante a adolescência, por exemplo, pode ser um precursor de arritmias e insuficiência cardíaca na idade adulta, entre outras complicações”. 

Dra. Frida finaliza reforçando que as preocupações devem envolver não apenas a criança, mas toda a família no que diz respeito à mudança alimentar e de estilo de vida. “Os jovens devem ser estimulados a praticar atividade física e manter-se na faixa de normalidade para o peso, dando preferência a alimentos in natura e evitando o consumo de produtos industrializados, embutidos, junk food, etc.”, pontua. 

CAMPANHA MEÇA SUA PRESSÃO 2019 

Com realização anual, a campanha Meça sua Pressão, da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), recebe, em 2019, a atriz global Isabela Garcia como embaixadora oficial. Sob o slogan Menos Pressão nas Mulheres, a ação visa alertar os cidadãos sobre a importância de verificar, frequentemente, a quanto anda a pressão arterial assim como manter hábitos saudáveis, com uma dieta equilibrada e a prática de exercícios.  

No Dia Mundial da Hipertensão, 17 de maio, das 10h às 17h, a SBH atuará no Terminal Jabaquara – EMTU e na Estação Santo Amaro – Linha Lilás do Metrô, orientando os passantes sobre as melhores formas de prevenção, fornecendo apoio psicológico em relação ao enfrentamento da doença, juntamente a dicas nutricionais e de atividades físicas. Além de claro, oferecer a medição da pressão arterial gratuitamente. Saiba mais em sbh.org.br .   
#pressãoalta

Você guarda tua língua onde trabalha?




O prazer é colocar no ventilador o que deveria permanecer em oculto


Luís Alberto Alves/Hourpress

Existem informações profissionais que nunca devem sair da sala onde trabalhamos. Nem pelo whatsapp ou qualquer tipo de rede social, muito menos compartilhar com nossos familiares. Mas existem pessoas que não conseguem segurar a língua.

Não é novidade para ninguém que a nova geração, nascida da década de 1990 em diante, é acesa para passar adiante qualquer novidade. Concorrência ganha pela empresa, futura lista de demitidos, blitz da Receita Federal, fritura de algum diretor ou mesmo do CEO. O prazer é colocar no ventilador o que deveria permanecer em oculto.

Não é sábio agir assim. Certos assuntos precisam permanecer em nossa mente para não virar dor de cabeça. Pouca gente sabe que este tipo de postura pode resultar em demissão por justa causa e uma mancha no currículo, prejudicando o futuro profissional.

 É só lembrar-se da médica que compartilhou na rede social o estado de saúda da ex-primeira-dama, Marisa, então esposa do ex-presidente Lula. Caldo de galinha e prudência nunca fizeram mal a ninguém.
Nunca se esqueça: em terra de cego, que tem um olho enxerga tudo!!!

#bocafechada


sábado, 11 de maio de 2019

Não verás país nenhum




Antônio C. Alkmim

Vivemos os dias dos mais tristes para o IBGE em seus quase 83 anos de existência


Nem a ditadura militar ousou tanto.

Demissão do Diretor de Pesquisa. Quebra da autonomia técnica. Intervenção externa. Corte drástico do orçamento do Censo. Redução de um questionário fundamental para o diagnóstico social e demográfico do país e planejado há dois anos pelo corpo técnico. Proposta de redução inexplicável da amostra. Indicação de um Diretor de Pesquisa de fora da Instituição, combinada com a emergência de um personagem, que viveu no lusco-fusco técnico e de poder há mais de 30 anos no  Instituto e que se presta a assumir a Diretoria de Informática, ao mesmo tempo em que passa  a deter o controle operacional da pesquisa.

Resumindo, violação incondicional do que dita a missão do Instituto:
"Retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania.".

Coisa para o Ministério Público e para o TCU.

O Censo proposto pelo governo Bolsonaro, que já manifestou pessoalmente seu descontentamento e desprezo pelo IBGE, assim como pelo ministro Guedes, coloca-se no quadro da destruição do país.

Um presidente que chafurda na sua total ignorância conceitual e metodológica a respeito do substantivo denominado desemprego.

Um ministro mercador e tresloucado que na posse da presidente, propôs vender prédios para fazer o Censo e afirmou que as mudanças propostas para a realização da pesquisa obedece o mesmo critério da democratização da telefonia celular para prostitutas.

É a mesma lógica que vem sendo observada  na condução da política nacional na área da educação com os cortes orçamentários, na cultura, no meio ambiente, na agricultura agrotóxica, na previdência social, na venda dos ativos nacionais, nas relações internacionais, na fissura ideológica, astrológica e militar provocada por um inexplicável guru, radicado nos EUA, no massacre contra segmentos sociais como mulheres, negros, índios, homossexuais, idosos, trabalhadores desempregados, desalentados, precarizados, nas favelas, que vivem neste momento sob sistemáticas chuvas de tiros difusos de metralhadora, nas áreas dominadas pelas milícias,  com seu poder incontido, na corrupção ativa, que passou a ser novamente posta para baixo do tapete.

Um quadro aterrorizador, mas coerente, promovido por uma elite predatória, promotora do caos.

Fazer o Microcenso, como o proposto pela presidente do IBGE, Suzana Cordeiro, será o mais restrito e  pior Censo desde 1878, quando foi realizado, ainda no império, e pela primeira vez.

Não se trata tão somente de contrariar as rígidas orientações e práticas do Sistema Estatístico Internacional, seguidas até aqui, nem o ritual de planejamento e testes até o momento executado pelos envolvidos diretamente no Censo, mas, principalmente, jogar o país em um apagão estatístico, na mais profunda escuridão da desinformação, em um mundo onde a informação vale mais do que a moeda. E o Não Censo ajudará a aprofundar as condições de um país indigente, miserável, injusto, desigual, violento, antidemocrático.

Cego
Destituído da sua enorme vocação e potencisl para o desenvolvimento econômico, social e cultural.

Se a sociedade não se der conta do que está acontecendo neste momento, não veremos e não teremos país nenhum.

E a responsabilidade será de todos nós.

#Bolsonaro#Cortedeverbauniversidades#violência#Perseguiçãopolítica#ditaduramilitar

Economistas apontam prós e contras da reforma da Previdência



O Executivo também enviou ao Congresso uma proposta de mudança no sistema de proteção social dos militares (PL 1645/19)O Executivo também enviou ao Congresso uma proposta de mudança no sistema de proteção social dos militares (PL 1645/19)


Redação/Hourpress
O orçamento e o financiamento da Previdência Social no Brasil foram debatidos na quinta-feira (9) pela comissão especial da Câmara que analisa a proposta do Executivo para reforma da Previdência (PEC 6/19). A economia prevista pelo governo é de R$ 1,236 trilhão em dez anos, caso o texto seja mantido, como defendeu na quarta-feira (8) o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Participaram do debate quatro economistas: o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani; o consultor Eduardo Moreira; o servidor aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atual pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) Paulo Tafner; e o consultor legislativo do Senado Pedro Fernando Nery.
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o orçamento e financiamento da Previdência Social
Economistas e deputados discutem o impacto financeiro da reforma da Previdência
Fagnani e Moreira apresentaram visões críticas em relação à proposta do Executivo, que segundo eles poderá aprofundar as desigualdades sociais. “Do jeito que está, essa proposta não melhora a vida de ninguém”, opinou Moreira. Já Tafner e Nery, autores do livro “Reforma da Previdência: Por que o Brasil não pode esperar?” (Editora Elsevier, 2019), defenderam a necessidade de mudanças. “Somos um país jovem, mas o gasto com idosos é elevado”, disse Nery.
O professor da Unicamp sugeriu uma reforma tributária para gerar receitas previdenciárias e sustentou que não há hoje necessidade de revisão nas despesas. Além de propor um sistema de seguridade social focado nas crianças, o consultor do Senado ressaltou que o Tribunal de Contas da União (TCU) vem sistematicamente reconhecendo a existência do déficit previdenciário no País.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS), um dos parlamentares que pediram a realização do debate, elogiou a participação dos quatro economistas, que demonstraram, segundo ele, diferentes visões de mundo. Ele lembrou que mudanças nas aposentadorias e pensões foram realizadas nos governos Lula e Dilma, mas criticou trechos da reforma que dificultam o acesso aos benefícios apenas com objetivo de promover ajuste fiscal.
Além de melhorar as contas públicas, o governo sustenta que os pilares da reforma são o combate a privilégios e a busca da equidade; o combate a fraudes, previsto na Medida Provisória 871/19; e a cobrança de dívidas previdenciárias, com o Projeto de Lei 1646/19

O Executivo também enviou ao Congresso uma proposta de mudança no sistema de proteção social dos militares (PL 1645/19).
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o orçamento e financiamento da Previdência Social. Dep. Samuel Moreira (PSDB-SP)
Samuel Moreira: "Há déficit e é crescente"
Contas
O deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator na comissão especial, voltou a insistir na importância de “fazer as contas” sobre a Previdência Social. “Pessoalmente tenho convicção de que há déficit e é crescente”, afirmou. 

Ele lamentou ainda a falta de educação previdenciária no País e reconheceu que há outras dificuldades. “Quem ganha bem às vezes até consegue fazer poupança, mas como vai poupar quem ganha salário mínimo?”
Audiências e mudançasA comissão especial analisará o mérito, podendo modificar a proposta do Executivo, e 13 legendasjá manifestaram intenção de alterar o texto. O governo já admitiu que devem ser excluídas do texto as mudanças nas aposentadorias rurais e no Benefício Assistencial de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos carentes. A aprovação no colegiado exigirá pelo menos 25 votos favoráveis.
Se aprovada na comissão especial, que pretende realizar audiências públicas até o final do mês, a reforma da Previdência será analisada pelo Plenário da Câmara. A aprovação exigirá pelo menos 308 votos, em dois turnos de votação. Caso isso aconteça, o texto seguirá para o Senado.
A proposta
A Proposta de Emenda à Constituição 6/19 pretende alterar o sistema de Previdência Social para os trabalhadores do setor privado e para os servidores públicos de todos os Poderes e de todos os entes federados (União, estados e municípios). A idade mínima para aposentar será de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres. Há regras de transição para os atuais contribuintes.
O texto retira da Constituição vários dispositivos que hoje regem a Previdência Social, transferindo a regulamentação para lei complementar. O objetivo, segundo o governo, é conter a diferença entre o que é arrecadado pelo sistema e o montante usado para pagar os benefícios. Em 2018, o déficit previdenciário total – setores privado e público mais militares – foi de R$ 264,4 bilhões.

O debate de hoje, o segundo realizado pela comissão especial, foi proposto por diversos parlamentares: Diego Garcia (Pode-PR), Vinicius Poit (Novo-SP), Pastor Eurico (Patri-PE), Henrique Fontana, Alice Portugal (PCdoB-BA), Paulo Teixeira (PT-SP), Eduardo Cury (PSDB-SP), Professor Israel Batista (PV-DF), Jorge Solla (PT-BA), Tiago Mitraud (Novo-MG), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Carlos Veras (PT-PE), José Guimarães (PT-CE), Pedro Uczai (PT-SC), Rubens Otoni (PT-GO), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Ivan Valente (Psol-SP) e Luiza Erundina (Psol-SP).