segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Política de Insegurança Pública em SP



Quatro vítimas sem passagem pela polícia em mais outra chacina na região de Osasco (SP)

Luís Alberto Alves

Em São Paulo vigora a política de Insegurança Pública. A população da periferia do estado mais rico do País passou a ter medo da Polícia Militar. Durante a noite, muitos cidadãos honestos são tomados pelo terror quando se deparam com algum carro da PM, principalmente da temível Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) ou da Força Tática, ambas da tropa de elite e treinada para execução.

 O mais curioso nesta triste história é presenciar o governador tucano Geraldo Alckmin fazendo corpo mole. Parece refém dos assassinos escondidos por trás de uma farda da instituição que deveria semear segurança e tranquilidade, não medo.

 Há 40 dias 19 pessoas perderam as vidas em chacinas ocorridas em Osasco, Carapicuíba e Barueri, todas cidades da Grande SP. Até agora apenas um soldado da Rota está preso, o restante dos criminosos continua nas ruas e talvez até usando carros oficiais do estado para executar civis, considerados por eles inimigos.

 Neste final de semana quatro adolescentes acabaram fuzilados na porta de uma pizzaria, local de trabalho do quarteto. Nenhum deles tinha histórico criminal. Tiveram de deitar no chão, de bruços, colocar as mãos na cabeça e receber os tiros fatais.

Num claro sinal de despreparo, a Secretaria de Insegurança Pública divulgou nota dizendo que por enquanto está afastada a participação de policiais neste crime. Pode até ser, mas o mesmo modo de agir é característico de quem trabalha na PM.


 Restar saber até quando vai continuar esse macabro festival de homicídios. Nos primeiros sete meses de 2015, a Polícia Militar já matou quase 500 pessoas. Em relação a 2014 houve aumento de 10%. É o maior número de mortos em confrontos com PMs em dez anos.

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