Quatro vítimas sem passagem pela polícia em mais outra chacina na região de Osasco (SP) |
Luís
Alberto Alves
Em São Paulo vigora a política de
Insegurança Pública. A população da periferia do estado mais rico do País
passou a ter medo da Polícia Militar. Durante a noite, muitos cidadãos honestos
são tomados pelo terror quando se deparam com algum carro da PM, principalmente
da temível Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) ou da Força Tática, ambas
da tropa de elite e treinada para execução.
O mais curioso nesta triste história é
presenciar o governador tucano Geraldo Alckmin fazendo corpo mole. Parece refém
dos assassinos escondidos por trás de uma farda da instituição que deveria
semear segurança e tranquilidade, não medo.
Há 40 dias 19 pessoas perderam as vidas em
chacinas ocorridas em Osasco, Carapicuíba e Barueri, todas cidades da Grande
SP. Até agora apenas um soldado da Rota está preso, o restante dos criminosos
continua nas ruas e talvez até usando carros oficiais do estado para executar
civis, considerados por eles inimigos.
Neste final de semana quatro adolescentes
acabaram fuzilados na porta de uma pizzaria, local de trabalho do quarteto. Nenhum
deles tinha histórico criminal. Tiveram de deitar no chão, de bruços, colocar
as mãos na cabeça e receber os tiros fatais.
Num claro sinal de despreparo, a
Secretaria de Insegurança Pública divulgou nota dizendo que por enquanto está
afastada a participação de policiais neste crime. Pode até ser, mas o mesmo
modo de agir é característico de quem trabalha na PM.
Restar saber até quando vai continuar esse
macabro festival de homicídios. Nos primeiros sete meses de 2015, a Polícia
Militar já matou quase 500 pessoas. Em relação a 2014 houve aumento de 10%. É o
maior número de mortos em confrontos com PMs em dez anos.
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