Radiografia da Notícia
Chega o século 21, com o Brasil Pentacampeão sob comando do
técnico Felipão
Nesta quinta-feira (16/10) estava passando por uma rua
paralela à Avenida Brigadeiro Luís Antônio, próximo à #avenida #Paulista,
quando de repente olhei para dentro de um barzinho e sentado numa mesa se
encontrava sentando alguém que lutou e ainda luta pela preservação da cultura
popular, principalmente do samba: o radialista #Moisés da #Rocha.
O conheço há 40 anos e acompanhei durante décadas o seu
programa na Rádio USP/FM, “O Samba pede passagem”, no ar desde 1978. Foi
pioneiro numa época que samba não fazia parte das programações das rádios FMs.
Cantores e conjuntos que tocavam esse estilo de música raramente apareciam nas
rádios e programas de televisão. Só no #Carnaval e rapidamente.
Nos poucos minutos que conversamos um filme passou pela minha
mente. Quantos fatos históricos aconteceram desde que “O samba pede passagem” nasceu
no estúdio e mente de Moisés da Rocha. Em 1978, o Brasil perdeu a Copa do Mundo
na #Argentina, mas voltou invicto para casa. Por causa o disso o técnico
Cláudio Coutinho criou a frase: “campeão moral”.
Bordão
No ano seguinte o #Corinthians seria campeão paulista, contra
a mesma #Ponte #Preta que havia perdido esse título no dia 13 de outubro de
1977, quando tinha um time superior à equipe de Parque São Jorge. Em 1980, no
MPB Shell, festival promovido pela #Rede #Globo, o terceiro lugar entrou para galeria
dos sambas inesquecíveis por causa do bordão: “se gritar pegar ladrão/não fica
um meu irmão....”
Nesse mesmo ano de 1980, a banda norte-americana Earth, Wind
& Fire iria sacudir os ginásios #Ibirapuera e do #Maracanãzinho com
grandioso show, com direito aos vocalistas desse grupo cantar a canção “Realce”
de #Gilberto #Gil em português e sem sotaque. Dois anos depois, em janeiro o
Brasil perderia #Elis #Regina. Em 1984, o País seria sacudido pelo movimento
das Diretas Já, reunindo multidões em diversas cidades do #Brasil.
Tancredo Neves
Chega a década de 1990. A alegria de Collor vira tristeza em
setembro de 1992, quando o Congresso Nacional vota o seu impeachment. Itamar
Franco, o vice, assume e em junho de 1994 nasce o Plano Real, liderado pelo
ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. Antes em 1º de maio daquele ano
o Brasil perderia num acidente, o piloto Ayrton Senna, morto durante o Grande
Prêmio de Ímola na Itália.
Mas a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, colocaria o
Brasil novamente na galeria dos campeões mundiais. A alegria iria durar pouco,
pois em 1998, quem ganharia esse título seria a França, com apagão do atacante
Ronaldinho Fenômeno. Chega o século 21,
com o Brasil Pentacampeão sob comando do técnico Felipão e duas tragédias se
tornaram terríveis marcas nesses 25 anos: a morte de 3 mil pessoas no atentado
terrorista de 11 de setembro de 2001 e a pandemia em 2020 com milhões de mortos
em todo o mundo. Como se vê meu caro Moisés da Rocha, quanta água passou
embaixo da ponte nestes 47 anos de “O samba pede passagem”.
Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Cajuísticas.
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