terça-feira, 21 de outubro de 2025

Comissão aprova destinar para reforma agrária imóvel apreendido do tráfico

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Assentamento precisa ter viabilidade econômica

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4882/19, do deputado Beto Pereira (PSDB-MS), que permite destinar para a reforma agrária imóveis rurais apreendidos por uso relacionado ao tráfico de drogas. O imóvel irá para projetos de assentamentos rurais, desde que tenha viabilidade econômica e potencialidade de uso dos recursos naturais para sustentar as famílias de trabalhadores rurais.

A proposta inclui a destinação na Lei 11.343/06, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). Atualmente, bens apreendidos podem ser leiloados, vendidos, incorporados ao patrimônio da administração pública, destruídos ou inutilizados.

O projeto aprovado tramita junto com outras duas propostas (PLs 9050/17 e 9795/18) que foram rejeitadas pela relatora na comissão, deputada Coronel Fernanda (PL-MT). O texto original, do PL 9050/17, destina para a Política Nacional de Reforma Agrária preferencialmente os imóveis rurais oriundos de atos de corrupção perdidos por empresa ou pessoa física em favor da União.

Segundo Coronel Fernanda, as outras propostas refletem um desajuste do governo para a política de reforma agrária. "Temos presenciado uma constante desvirtuação da política pública, que se volta a atender interesses escusos, deixando de lado aqueles que dela mais necessitam", disse.

Coronel Fernanda citou dados do governo para avaliar que a política de reforma agrária precisa ser revista. Já foram distribuídos cerca de 88 milhões de hectares, com a criação de 9.541 projetos de assentamento, de acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A Embrapa registra que a área plantada do Brasil totaliza cerca de 70 milhões de hectares. "Criar novos assentamentos sem olhar para os 90 milhões de hectares de terra já distribuídos é um atestado de que a política pública está a servir para a fabricação de números e para o apoio político partidário, deixando de lado o trabalhador que necessita da terra para dela retirar o sustento próprio e de sua família", disse. Segundo ela, mais do que novos assentamentos, o campo precisa de infraestrutura, assistência técnica, crédito rural e uma seleção de beneficiários.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em
caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.


Dia Mundial da Alimentação: pequenas atitudes que transformam a relação com a comida

    Arquivo/Hourpress


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Gisele Pavin, head de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Nestlé Brasil, compartilha orientações práticas para uma alimentação equilibrada e consciente

Redação/Hourpress

O Dia Mundial da Alimentação, lembrado em 16 de outubro, é um momento para refletir sobre os hábitos alimentares e adotar uma relação mais equilibrada com a comida. Criada pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), a data chama atenção para a importância de garantir o acesso a alimentos nutritivos e sustentáveis para todos – um desafio que envolve governos, empresas e famílias.

De acordo com Gisele Pavin, head de Nutrição, Saúde e Bem-Estar da Nestlé Brasil, cuidar da alimentação é um ato de responsabilidade consigo mesmo e com o planeta. Pequenas mudanças de atitude, sejam elas no prato, na rotina e na forma de olhar para os alimentos, podem gerar grandes transformações na saúde e no bem-estar. A seguir, três caminhos possíveis para começar essa mudança hoje:

  1. Comece pelo básico: variedade e equilíbrio: Manter uma alimentação saudável não é sobre eliminar alimentos, e sim sobre encontrar equilíbrio. Apostar em refeições coloridas, com frutas, verduras, proteínas e grãos integrais, ajuda o corpo a receber diferentes nutrientes. Gisele explica que quanto mais colorido o prato, mais completo ele tende a ser, e que pequenas trocas, como priorizar alimentos frescos, já fazem diferença no dia a dia.
  2. Valorize o começo da vida e o cuidado contínuo: A boa alimentação começa cedo, ainda na gestação. A fase desde a gravidez até os 2 anos de vida da criança, é decisiva para o desenvolvimento físico e cognitivo. Investir em alimentos de qualidade nessa fase é uma forma de construir saúde para o futuro. “Mas o cuidado deve seguir em todas as etapas da vida: respeitar os sinais de fome e saciedade, hidratar-se bem e manter uma rotina regular de refeições são atitudes que fortalecem o corpo e a mente”, reforça a Head. 
  3. Pense no impacto: Escolher bem o que vai ao prato é uma forma de cuidar não só de si, mas também do planeta. Gisele destaca que refletir sobre a origem dos alimentos e evitar o desperdício são hábitos que contribuem para um futuro mais equilibrado. Valorizar produtores locais e aproveitar integralmente os alimentos são formas de promover impacto positivo e fortalecer um ciclo de bem-estar coletivo.

Neste Dia Mundial da Alimentação, a mensagem é simples: alimentar-se bem é um gesto de cuidado com o corpo, com as pessoas e com o planeta. Pequenas atitudes diárias têm o poder de transformar vidas, começando pela sua.


Brasil enfrenta queda na cobertura vacinal infantil nos últimos 10 anos

      EBC


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Especialista destaca que o cenário pode favorecer o retorno de doenças erradicadas

Redação/Hourpress

Nesta sexta-feira, (17), Dia Nacional da Vacinação, dados do Anuário VacinaBR 2025 revelam um cenário preocupante: o levantamento, elaborado pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) com apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e parceria do UNICEF, aponta uma queda contínua e generalizada nas coberturas vacinais infantis a partir de 2015 — tendência que se agravou após 2020, possivelmente em função da pandemia de Covid-19.
 

Apesar de uma recuperação iniciada em 2022, nenhuma vacina infantil do Calendário Nacional atingiu as metas de cobertura do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em todos os estados em 2023. Um dos casos mais alarmantes é o da poliomielite: desde 2016 o Brasil não atinge a meta de 95% de cobertura, e em 2023 menos de 20% da população vivia em municípios que cumprem esse índice. Para efeito de comparação, entre 2001 e 2010, a cobertura variava entre 60% e 75%.
 

Para a biomédica Gabriela Maira Pereira de Assis, coordenadora e professora do curso de Biomedicina do Centro Universitário UniBH - integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima - o dado preocupa não apenas pela queda em si, mas pelas consequências a médio e longo prazo. “Quando uma doença deixa de circular por muitos anos, as pessoas tendem a acreditar que o risco desapareceu. Mas o que some não é o vírus, e sim a proteção coletiva. Baixar a guarda agora pode trazer de volta problemas que julgávamos superados”, alerta.

Como nasce uma vacina

Segundo Gabriela, o desenvolvimento de uma vacina começa na chamada fase pré-clínica, quando cientistas identificam qual parte do vírus, bactéria ou outro patógeno pode estimular o sistema imunológico, nos dando proteção contra aquele agente. Primeiro, os testes são feitos em células e depois em animais para avaliar a resposta imune e descartar reações indesejadas. Nessa etapa, também se desenvolve a formulação com adjuvantes — substâncias que potencializam a resposta do organismo. “Superada essa fase, iniciam-se as análises em humanos: na primeira avalia-se a segurança em poucas pessoas; na fase 2, o número de voluntários é ampliado e há ainda a testagem da imunogenicidade e dosagem. Já a terceira e última etapa envolve milhares de participantes para medir eficácia e segurança do imunizante em larga escala”. Concluídos os testes, um dossiê completo é submetido às agências regulatórias, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para avaliação técnica e liberação.
 

Após aprovação, a vacina entra em produção de larga escala, passa por controle de qualidade e só então chega aos serviços de saúde. “Mesmo liberada, toda vacina continua sendo monitorada. A farmacovigilância serve para identificar efeitos adversos raros, acompanhar a eficácia no mundo real e atualizar formulações quando necessário”, explica a biomédica.
 

Ainda segundo a professora do UniBH, alguns imunizantes demandam múltiplas doses para reforçar a resposta imunológica e garantir maior duração da proteção. “Algumas doenças ainda sofrem mutações, o que exige atualização periódica das vacinas, como ocorre com a gripe e a Covid”.
 

A especialista também acrescenta que o benefício da vacinação vai além do indivíduo. Isso porque quando grande parte da população está imunizada – termo conhecido como imunidade de rebanho - a circulação do vírus diminui. Nesse cenário mesmo aqueles que não se vacinaram ficam protegidos indiretamente. “A queda nas internações e mortes por doenças como sarampo, difteria, poliomielite e tétano é reflexo direto das campanhas de vacinação das últimas décadas. Quando a população deixa de se proteger, o perigo volta. O Brasil já viu isso acontecer antes. Não podemos repetir a história”.

Combate às Fake News

A biomédica reforça ser essencial ainda combater a disseminação de notícias falsas sobre as vacinas, prática que se tornou comum durante e depois da pandemia. “Entre os boatos mais frequentes está a informação de que as vacinas causam a própria doença ao invés de preveni-las, sobrecarregam o sistema imunológico, alteram o DNA e produzem efeitos adversos graves. Esses mitos, que se sustentam na falta de conhecimento e no medo, são, na verdade, um grande obstáculo que impede as pessoas de se imunizarem”.
 

A orientação, segundo a especialista, é clara: “É preciso recorrer a fontes oficiais, como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), Anvisa, além médicos e profissionais especializados. Em conversas com pessoas hesitantes, o ideal é ouvir, contextualizar dados e comparar riscos reais.”

Pacientes com câncer de mama podem se afastar do trabalho pelo INSS?

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Entenda os critérios exigidos pelo INSS e as alternativas para quem não contribui ou enfrenta sequelas após o tratamento

Redação/Hourpress

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo que mais causa mortes entre mulheres no Brasil. Até o fim deste ano, estima-se o registro de 73.610 novos casos no país.

 

Os diagnósticos em mulheres jovens — muitas delas em plena atividade profissional — também vêm crescendo desde 2009. Naquele ano, 7,9% dos casos eram em pacientes com menos de 40 anos; em 2020, esse percentual chegou a 21,8%, um aumento de 14,8%.

 

Diante desse cenário, surge uma dúvida recorrente: pacientes com câncer de mama podem se afastar do trabalho com amparo do INSS?


Quem tem direito ao afastamento? 

De acordo com a especialista em Direito Previdenciário e professora licenciada da Faculdade Milton Campos, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima, Dinorá Carla, para que uma paciente com câncer de mama tenha acesso a um benefício previdenciário, é necessário que seja segurada do INSS — ou seja, contribuinte da Previdência Social — ou que esteja no período de graça, conforme o artigo 15 da Lei nº 8.213/91. Esse período garante a manutenção da qualidade de segurado mesmo sem contribuições, podendo variar de 3 a 36 meses, dependendo do caso.

 

A especialista explica que o diagnóstico da doença, por si só, não garante o benefício. É preciso comprovar incapacidade para o trabalho ou para as atividades habituais. “A paciente precisa estar temporariamente ou permanentemente impossibilitada de exercer suas atividades habituais ou qualquer outra compatível com sua condição”, detalhou Dinorá.

 

Essa regra se aplica a todos os segurados, inclusive os contribuintes individuais e facultativos. Por exemplo, uma dona de casa que contribui como segurada facultativa e, em razão do tratamento, fica incapacitada para suas atividades diárias, pode ter direito ao benefício.

 

Como comprovar a incapacidade?

A incapacidade deve ser comprovada por laudos médicos e pela perícia do INSS, conforme previsto no artigo 60 da Lei nº 8.213/91 e no artigo 71 do Decreto nº 3.048/99.

 

A paciente deve apresentar exames, relatórios clínicos e atestados médicos detalhados, descrevendo o diagnóstico (com CID), o tratamento e os impactos na capacidade laboral.

 

Com essa documentação, a segurada solicita o Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença). O INSS, então, agenda uma perícia médica para avaliar o caso.

 

Em situações específicas — O exame médico-pericial poderá ser realizado com o uso de tecnologia de telemedicina ou por análise documental conforme situações e requisitos definidos em regulamento próprio que dispensa a perícia presencial. “O perito do INSS analisa a documentação e define o prazo de afastamento”, explicou a professora Dinorá Carla.

 

Quem define o período de afastamento?

O perito médico federal é quem determina o tempo de afastamento. O prazo pode ser prorrogado caso a paciente ainda não tenha condições de retornar ao trabalho ou às atividades habituais. “A prorrogação pode ser solicitada pelo aplicativo “meu INSS”, site do INSS ou pelo telefone 135. Será marcada nova perícia, e o processo pode se repetir durante o tratamento”, complementou a especialista.

 

Quem paga o benefício? 

Durante o período de incapacidade, o pagamento é feito pelo INSS, a partir do 16º dia de afastamento para segurados empregados. Os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, conforme o artigo 60, § 3º, da Lei nº 8.213/91. Nos demais casos, o pagamento é feito diretamente pelo INSS desde o início do afastamento.

 

Há estabilidade após o retorno ao trabalho? 

A legislação previdenciária não prevê estabilidade automática para pacientes com câncer. Quando o afastamento for decorrente de acidente de trabalho ou doença equiparada (art. 118 da Lei nº 8.213/91), a segurada tem garantia provisória de emprego de 12 meses após o retorno.

 

O que fazer se o benefício for negado?

Caso o pedido seja indeferido, a segurada pode apresentar pedido de reconsideração dentro do prazo estabelecido pelo INSS. Se a negativa persistir, é possível interpor recurso administrativo (art. 305 do Decreto nº 3.048/99) ou ajuizar uma ação.

 

E quanto às profissionais autônomas e MEIs? 

As contribuintes individuais e microempreendedoras individuais (MEIs) também são seguradas obrigatórias da Previdência Social, conforme o artigo 11, inciso V, da Lei nº 8.213/91. Elas têm direito aos mesmos benefícios, desde que comprovem incapacidade e qualidade de segurado.

 

E se restarem sequelas após o tratamento? 

Quando o tratamento causa sequelas que impedem o retorno definitivo ao trabalho ou às atividades habituais, o benefício pode ser convertido em Benefício por Incapacidade Permanente (antiga aposentadoria por invalidez), previsto no artigo 42 da Lei nº 8.213/91. Essa conversão depende de nova avaliação pericial.

 

Quem não contribui tem algum direito?

Pessoas que não contribuem para o INSS e não estão no período de graça podem requerer o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), previsto no artigo 20 da Lei nº 8.742/93 (LOAS). Trata-se de um benefício assistencial, não contributivo, pago a idosos e pessoas com deficiência ou doença incapacitante e em situação de vulnerabilidade social, com renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário-mínimo. “Nesses casos, é essencial comprovar tanto a incapacidade quanto a situação de vulnerabilidade econômica”, finalizou Dinorá Carla.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Como o tempo passa Moisés da Rocha

Jornal da USP


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Chega o século 21, com o Brasil Pentacampeão sob comando do técnico Felipão

 Luís Alberto Alves/Hourpress

Nesta quinta-feira (16/10) estava passando por uma rua paralela à Avenida Brigadeiro Luís Antônio, próximo à #avenida #Paulista, quando de repente olhei para dentro de um barzinho e sentado numa mesa se encontrava sentando alguém que lutou e ainda luta pela preservação da cultura popular, principalmente do samba: o radialista #Moisés da #Rocha.

O conheço há 40 anos e acompanhei durante décadas o seu programa na Rádio USP/FM, “O Samba pede passagem”, no ar desde 1978. Foi pioneiro numa época que samba não fazia parte das programações das rádios FMs. Cantores e conjuntos que tocavam esse estilo de música raramente apareciam nas rádios e programas de televisão. Só no #Carnaval e rapidamente.

Nos poucos minutos que conversamos um filme passou pela minha mente. Quantos fatos históricos aconteceram desde que “O samba pede passagem” nasceu no estúdio e mente de Moisés da Rocha. Em 1978, o Brasil perdeu a Copa do Mundo na #Argentina, mas voltou invicto para casa. Por causa o disso o técnico Cláudio Coutinho criou a frase: “campeão moral”.

Bordão

No ano seguinte o #Corinthians seria campeão paulista, contra a mesma #Ponte #Preta que havia perdido esse título no dia 13 de outubro de 1977, quando tinha um time superior à equipe de Parque São Jorge. Em 1980, no MPB Shell, festival promovido pela #Rede #Globo, o terceiro lugar entrou para galeria dos sambas inesquecíveis por causa do bordão: “se gritar pegar ladrão/não fica um meu irmão....”

Nesse mesmo ano de 1980, a banda norte-americana Earth, Wind & Fire iria sacudir os ginásios #Ibirapuera e do #Maracanãzinho com grandioso show, com direito aos vocalistas desse grupo cantar a canção “Realce” de #Gilberto #Gil em português e sem sotaque. Dois anos depois, em janeiro o Brasil perderia #Elis #Regina. Em 1984, o País seria sacudido pelo movimento das Diretas Já, reunindo multidões em diversas cidades do #Brasil.

Tancredo Neves

 Em 1985 o Congresso Nacional aprova eleições indiretas e o candidato da ditadura Paulo Maluf é derrotado pela chapa Tancredo Neves/José Sarney. Mas em abril daquele ano, Tancredo Neves não assumiria a presidência, morreu no dia 21 daquele mês. Inflação alta leva a criação do Plano Cruzado que durou pouco apesar do esforço do ministro da Fazenda, Dilson Funaro. Em 1989 no voto direto, Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta o candidato das elites, Fernando Collor de Mello. Entra para história, a manipulação do debate entre ambos pela Rede Globo.

Chega a década de 1990. A alegria de Collor vira tristeza em setembro de 1992, quando o Congresso Nacional vota o seu impeachment. Itamar Franco, o vice, assume e em junho de 1994 nasce o Plano Real, liderado pelo ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. Antes em 1º de maio daquele ano o Brasil perderia num acidente, o piloto Ayrton Senna, morto durante o Grande Prêmio de Ímola na Itália.

Mas a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, colocaria o Brasil novamente na galeria dos campeões mundiais. A alegria iria durar pouco, pois em 1998, quem ganharia esse título seria a França, com apagão do atacante Ronaldinho Fenômeno.  Chega o século 21, com o Brasil Pentacampeão sob comando do técnico Felipão e duas tragédias se tornaram terríveis marcas nesses 25 anos: a morte de 3 mil pessoas no atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 e a pandemia em 2020 com milhões de mortos em todo o mundo. Como se vê meu caro Moisés da Rocha, quanta água passou embaixo da ponte nestes 47 anos de “O samba pede passagem”.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Cajuísticas.