segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Aviões ilegais entram diariamente no Território Yanomami

    Polícia Federal


Radiografia da Notícia

Informação faz parte de levantamento do setor de inteligência da PF

* Os voos ilegais continuam ocorrendo diariamente dentro do território, mesmo um ano após o início de ações de emergência para conter a crise humanitária 

Há ainda cerca de 40 pistas de pouso que servem ao garimpo e que não foram desativadas

Agência Brasil 

Principal apoio logístico para entrada de armas e suprimentos e para retirada de ouro e minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami (TIY), os voos ilegais continuam ocorrendo diariamente dentro do território, mesmo um ano após o início de ações de emergência para conter a crise humanitária vivida pelas populações indígenas locais.

A informação foi dada pelo diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire de Barros, com base em monitoramento e levantamentos de inteligência feitos pela corporação.   

Brasília (DF) 19/01/2024 - O diretor de Amazônia da Polícia Federal (PF), Humberto Freire de Barros, concederá entrevista para a Agência Brasil, fala sobre um ano das operações de desintrusão e combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
O diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire de Barros - José Cruz/Agência Brasil

"Diariamente, há registro de voos ilegais. Nós temos filmagens, e há pessoas que postam, inclusive, aquele fato que aconteceu, em novembro do ano passado, de garimpeiros que filmaram uma comunidade indígena sobrevoando terra yanomami. Não há dúvida de que há esses voos ilegais acontecendo", revelou o diretor da PF, em entrevista exclusiva à Agência Brasil. O caso mencionado por Freire de Barros foi divulgado por garimpeiros em rede social enquanto sobrevoavam uma comunidade de indígenas isolados Moxihatëtë.

"Nós temos acompanhamentos de inteligência, levantamentos de inteligência. E as equipes [da PF] que atuam lá, não raramente, cruzam com voos em alturas diferentes. Eu, pessoalmente, em um dos sobrevoos que fiz na Terra Indígena Yanomami, avistei uma aeronave clandestina. Eu reitero: é preciso ter um controle efetivo do espaço aéreo sobre o território", acrescentou Barros.

controle do espaço aéreo sobre o território foi intensificado no início do ano passado pela Força Aérea Brasileira (FAB), para impedir a entrada de aeronaves não autorizadas dentro do território. Desde então, nenhum balanço mais amplo das operações foi divulgado, como o número de aeronaves interceptadas em voos ilegais, por exemplo. Há ainda cerca de 40 pistas de pouso que servem ao garimpo e que não foram desativadas. A reportagem da Agência Brasil procurou a FAB e o Ministério da Defesa para comentarem o monitoramento da PF que aponta a persistência na entrada de aviões ilegais no território, mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.

 

Em nota, a FAB apenas informou ter ativado uma nova operação de apoio logístico na distribuição de cestas de alimentos, no período de 17 de janeiro e 31 de março de 2024. A previsão é que cerca de 15 mil cestas sejam distribuídas nas próximas semanas.

"Embora boa parte dos garimpeiros tenha saído depois dessas ações do governo no primeiro semestre do ano passado, uma parte deles, em uma escala menor, tem voltado desde o segundo semestre, com o enfraquecimento das ações do controle do espaço aéreo", disse à Agência Brasil o geógrafo e analista do Instituto Socioambiental (ISA) Estevão Senra. "Existe dificuldade de entender o que eles [FAB] fizeram, e por que o que eles fizeram não deu certo. Eles não detalham qual é a estratégia, nem nada, e alegam que isso é tecnicamente impossível, fazer o controle do espaço aéreo de uma área tão grande", afirmou Senra.

Com quase 10 milhões de hectares, maior do que Portugal, a Terra Indígena Yanomami é a mais extensa do país, e tem população estimada em cerca de 27 mil pessoas, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ligadas

No auge da atuação garimpeira recente dentro do território, especialmente entre 2018 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, havia ainda uma população extra estimada de 20 mil pessoas, entre garimpeiros e pessoas ligadas às atividades ilegais. Por ser região de fronteira com a Venezuela, cabe às Forças Armadas a defesa do território em uma faixa que se estende por até 100 quilômetros. Há dois pelotões de fronteira das Forças Armadas dentro do Território Yanomami, um no polo base de Surucucu, e outro no de Auaris.

Em julho do ano passado, um relatório lançado por três associações indígenas – Hutukara Associação Yanomami (HAY), Associação Wanasseduume Ye’kwana (SEDUUME) e Urihi Associação Yanomami – denunciava a volta do garimpeiros ao território, apesar dos alertas feitos por um sistema de satélites da Polícia Federal ter indicado redução de 85% nessa atividade.

"O que o nosso monitoramento indica, combinando relatos de área com interpretação de imagens de satélite, é que, apesar de haver uma redução significativa da atividade garimpeira na TIY neste primeiro semestre, há ainda a persistência de alguns núcleos de exploração que resistem à ação das forças de segurança, além do retorno de alguns grupos de garimpeiros que lograram esconder os seus equipamentos durante as operações", diz trecho do relatório.

Alto Alegre (RR), 10/02/2023 - Áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami vistas em sobrevoo ao longo do rio Mucajaí. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami vistas em sobrevoo ao longo do rio Mucajaí. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Redução do garimpo

Humberto Freire de Barros reconhece que há uma persistência da atividade garimpeira na área em torno de 15% do que se tinha no fim de 2022, mas cita os avanços das operações realizadas. "Uma coisa que precisa ficar clara é que a Operação Libertação nunca parou e não vai parar."

O diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal lembrou que foram realizadas 13 grandes operações que resultaram em quase R$ 600 milhões em apreensões. "Nessas operações, houve ordens de bloqueio que chegam a mais de R$ 1 bilhão, R$ 1,5 bilhão. Isso foi feito, e efetivamente nós avançamos", afirmou. Segundo Freire de Barros, um dos focos da PF agora é atingir ao máximo o capital que sustenta o garimpo, o que inclui não apenas a destruição de equipamentos, mas investigações que identifiquem, processem e punam financiadores do garimpo ilegal.  

Em balanço da semana passada, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou ter realizado 205 vistorias em pistas de pouso na terra indígena e entorno. Com isso, 31 pistas foram embargadas e 209 monitoradas. A força-tarefa envolveu também a PF, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Força Nacional de Segurança Pública e outros órgãos de governo.

Entre apreensão e destruição de bens, os fiscais interditaram 34 aeronaves, 362 acampamentos, 310 motores, 87 geradores de energia, 32 balsas, 48 mil litros de combustível, 172 equipamentos de comunicação e mais de 150 estruturas logísticas e portos de apoio. Houve ainda apreensão de 37 toneladas de cassiterita, o principal minério extraído da região, 6,3 quilos de mercúrio e pequenas porções de ouro.

Há dez dias, o governo federal anunciou a construção de uma estrutura permanente na Terra Indígena Yanomami, envolvendo diversos órgãos. Há previsão de construção de três novas bases logísticas na região.

Saúde indígena

Quanto à saúde indígena, a atuação federal no território evitou uma tragédia sem precedentes, disse Júnior Hekurari Yanoami, líder indígena no polo de Surucucu . "Muitas crianças foram salvas pela força aérea de saúde do governo, voluntários vieram a Surucucu, Auaris, Missão Catrminani, para salvar o povo Yanomami", reconheceu o líder indígena. Em entrevista à Agência Brasil, Júnior Hekurari afirmou que a assistência foi retomada em boa parte do território, mas ressaltou que ainda há dezenas de localidades que não estão assistidas, muitas delas pela falta de segurança no acesso, já que são áreas controladas pelo garimpo.

Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) está apoiando as ações de distribuição de cestas de alimentos na Terra Indígena Yanomami. Foto FAB.
Força Aérea Brasileira apoia ações de distribuição de cestas de alimentos na Terra Indígena Yanomami - Divulgação FAB

"Quando chegou a emergência Yanomami, tinha mais de 300 comunidades não assistidas pela saúde indígena. Eu pensei que meu povo ia morrer muito. Alimentação e cestas básicas foram distribuídas pela Funai e pelo Exército durante seis meses, mas ainda há cerca de 50 comunidades onde a saúde não conseguiu chegar, por causa do garimpo." Segundo o indígena, o caso mais preocupante é o polo base Caianaú, que está fechado. "As crianças e os idosos, principalmente, ainda estão pagando um preço alto."

Em nota, o Ministério da Saúde informa que ter investiu mais de R$ 220 milhões para reestruturar o acesso à saúde dos indígenas da região, um valor 122% mais alto que o do ano anterior.

"Em 2023, houve uma ampliação do número de profissionais em atuação no território (+40%, passando de 690 profissionais para 960 entre 2022 e 2023).  Também foram reabertos sete polos-base e unidades básicas de saúde indígena, que estavam fechados por ações criminosas, totalizando 68 estabelecimentos de saúde com atendimento em terra Yanomami. Nestas localidades, onde é possível prestar assistência e ajuda humanitária, 307 crianças diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada foram recuperadas. Além disso, o governo federal, através do Programa Mais Médicos, permitiu um salto de 9 para 28 no número de médicos para o atendimento aos yanomamis em 2023. Três vezes mais médicos em atuação", diz a pasta.

Em relação à morte de indígenas, o ano de 2023 ainda registrou 308 óbitos, um número menor, mas não muito distante das 343 vítimas registradas em 2022.

Em transmissão nas redes sociais na última semana, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, admitiu que a crise humanitária dos yanomami não será resolvida tão cedo, apesar dos esforços do governo federal.

Aprovação da Política Nacional de Cuidados Paliativos eleva qualidade no SUS


EBC


 Radiografia da Notícia

* Estas diretrizes preconizam a disponibilização de equipes de assistência domiciliar e de nível hospitalar

* Os Cuidados Paliativos foram formalmente estabelecidos como uma Resolução no âmbito do SUS

 Isso contrasta com doenças indolentes que se comportam como condições crônicas 

Redação/Hourpress

O Conselho Nacional de Saúde ratificou a implementação da Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) nesta semana. A resolução correspondente, divulgada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (15), marca o início do processo de organização desse serviço em todo o território nacional.


 
A implementação da política pública visa alinhar os serviços oferecidos no País com as diretrizes dos organismos internacionais, com foco na melhoria da qualidade dos cuidados paliativos. Estas diretrizes preconizam a disponibilização de equipes de assistência domiciliar e de nível hospitalar, proporcionalmente, para cada 100 mil habitantes.

 

A Associação Brasileira de Hematologia e Terapia Celular (ABHH) mantém um Comitê de Cuidados Paliativos com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida e impactar, de maneira positiva, o curso das doenças em pacientes hematológicos. Coordenadora do Comitê de Cuidados Paliativos da ABHH, a Dra. Amanda Pifano destaca que a hematologia enfrenta desafios constantes, relacionados a doenças graves e potencialmente fatais, tanto em casos de neoplasias hematológicas quanto em diversas condições classificadas como benignas.


Política
 

“Atualmente no Brasil, a maior parte da oferta de serviços de Cuidados Paliativos é concentrada no Estado de São Paulo e, por isso, desigual. A implementação de uma política pública federal permitirá mapear e ter uma visão mais precisa dos recursos disponíveis no SUS, oferecendo serviços e treinamento especializado em regiões carentes, além de fortalecer os serviços existentes e desenvolver programas de educação continuada. A possibilidade de transformar a cultura nacional em relação aos Cuidados Paliativos, entendendo o conceito pragmático desses cuidados na melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares, e não apenas como assistência limitada ao final da vida, permitirá que pacientes, familiares e profissionais de saúde se beneficiem da integração”, destacou a hematologista.


 
Em outubro de 2018, os Cuidados Paliativos foram formalmente estabelecidos como uma Resolução no âmbito do SUS, comprometendo-se a oferecer este tipo de cuidado em toda a rede de atenção à saúde. Contudo, é importante observar que essa resolução não possui força de lei e somente após a aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde, que ocorreu em dezembro de 2023, os serviços serão devidamente estruturados e organizados na rede pública de saúde. Isso incluirá, especificações detalhadas sobre os dados a serem monitorados, indicadores a serem analisados e mecanismos de financiamento do programa. Assim, estaremos avançando do plano teórico para a efetiva implementação dos Cuidados Paliativos no âmbito da saúde pública.


 
Desafios 


 
Entre os principais desafios enfrentados pelos hematologistas, segundo a coordenadora do Comitê, destacam-se as trajetórias imprevisíveis das doenças, incluindo aquelas tratadas com o intuito de alcançar a cura, mas com a possibilidade de uma deterioração rápida e inesperada. Isso contrasta com doenças indolentes que se comportam como condições crônicas e em um cenário de constante aumento de novas opções de tratamento.

 

"O conceito ultrapassado de que os cuidados paliativos são destinados apenas a pacientes sem opções de tratamento modificativo da doença subjacente, o sólido vínculo estabelecido entre hematologista e paciente, a escassez de serviços especializados em Cuidados Paliativos e a falta de profissionais capacitados nessa área, capazes de lidar com doenças de natureza peculiar, torna desafiadora a integração desses cuidados”, pontua a médica.


 
Expectativas 


 
A especialista da ABHH reforça ainda que os cuidados paliativos constituem uma abordagem que, em conjunto com o tratamento direcionado à doença principal, tem como objetivo aprimorar a qualidade de vida dos pacientes. Isso é alcançado por meio da prevenção e controle dos sintomas físicos, emocionais, espirituais e sociais ao longo do processo de adoecimento.

 

Tal abordagem oferece também, suporte aos familiares e cuidadores, estendendo-se ao período de luto, se necessário. Acreditamos que, ao estruturar os serviços, fornecer treinamentos e manter os profissionais atualizados, os pacientes hematológicos e seus familiares não apenas viverão melhor, mas talvez até por um período mais longo do que o inicialmente previsto, como estudos em oncologia clínica e cuidados paliativos integrados ao tratamento quimioterápico têm demonstrado. É importante destacar que, quando quem recebe cuidados se beneficia, quem presta os cuidados também experimenta uma maior realização e satisfação no processo de assistência.


Prefeitura de SP oferece curso de planejamento estratégico e presença digital para artesãos

    Pixabay


Radiografia da Notícia

Qualificação gratuita tem como foco o desenvolvimento dos negócios dos empreendedores artesanais

 * Após o curso, o credenciado tem acesso a outros benefícios como a possibilidade de expor e comercializar seus produtos


O curso oferece uma capacitação completa voltada à gestão e desenvolvimento do negócio artesanal

Redação/Hourpress

A Prefeitura de São Paulo oferece nesta semana os módulos de Planejamento de futuro e Presença digital do curso para os artesãos da Capital. A ação é do Mãos e Mentes Paulistanas, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que atua no desenvolvimento do setor de artesanato e manualidades da Capital, promovendo acesso ao mercado e capacitação profissional.

 

“O Mãos e Mentes Paulistanas tem diversos eixos de atuação e um deles é a qualificação profissional, que é fundamental para apoiar o artesão no crescimento e aprimoramento do seu negócio. As aulas, que são totalmente online e gratuitas, têm como objetivo capacitar os empreendedores para que eles possam fazer uma melhor gestão do seu empreendimento, tornando-o cada vez mais sólido e estável. Após o curso, o credenciado tem acesso a outros benefícios como a possibilidade de expor e comercializar seus produtos em grandes eventos e pontos fixos de vendas”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

 

O curso oferece uma capacitação completa voltada à gestão e desenvolvimento do negócio artesanal ao longo de sete módulos, divididos pelos temas: modelagem de negócio, desenvolvimento de coleção, planejamento de futuro, presença digital, planejamento financeiro, formalização e segurança no trabalho.


Produtos

 

Durante a formação, o participante vai aprender a definir metas e objetivos, a organizar o setor financeiro e a produção artesanal, a comercializar em diversos canais de venda (offline e on-line), a estabelecer parcerias e a colocar preço em produtos artesanais.

 

Toda semana, alguns módulos serão liberados para participação. Cada módulo ficará aberto para acesso e conclusão por uma semana, de segunda-feira a domingo. Depois de encerrados, serão abertos novamente em momento posterior. Nesta semana, os empreendedores poderão assistir às aulas de Planejamento de futuro e Presença digital.

 

Metas, objetivos e como alcançá-los é o foco do módulo “Planejamento de futuro”, que mostrará como um planejamento estratégico é a chave para o sucesso do seu ateliê. Já “Presença digital” irá trazer um conteúdo completo sobre como posicionar um negócio artesanal na internet e, principalmente, como vender artesanato no ambiente digital.


Módulo

 

Para participar, é necessário criar um cadastro na plataforma para depois acessar os módulos disponíveis. Os interessados podem fazer o cadastro pelo link quando preferirem, uma vez que o curso estará disponível continuamente com conteúdo sendo liberado toda semana. Não é necessário concluir um módulo anterior para acessar os próximos, todos são independentes entre si.

 

Aulas de revisão ao vivo
Com conteúdo gravado, as aulas poderão ser feitas em qualquer dia e horário, por meio de dispositivos fixos e móveis, durante o período que o módulo permanecer aberto na plataforma. Também será oferecida uma monitoria on-line ao vivo com revisão de cada módulo, com o objetivo de complementar o conteúdo, tirar dúvidas e promover a interação dos participantes. Nesta semana, as aulas de revisão serão realizadas no dia 24 de janeiro, quarta-feira.


A revisão do módulo “Planejamento de futuro” irá ao ar às 19h, pelo link. Enquanto a live de “Presença digital” começará, às 20h, por este outro link do canal do Mãos e Mentes Paulistanas do YouTube.

Não é necessário ser artesão ou manualista credenciado no Mãos e Mentes Paulistanas para participar do curso. Empreendedores manuais interessados em participar de outras ações do programa podem fazer o credenciamento pelo link.

 

Serviço
 

Qualificação empreendedora - Mãos e Mentes Paulistanas
 

Cadastro para os módulos abertos pelo site: Link

 

Aulas de revisão ao vivo e on-line

24/01 - 19h - Planejamento de futuro, pelo link:
Link


24/01 - 20h - Presença digital, pelo link:
Link 


Lubrificação e Manutenção: Por que as máquinas falham e como evitar?

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Radiografia da Notícia

Especialista explica fatores que levam a pausas na produção e recomenda algumas práticas para minimizar problemas da indústria

* Um pequeno defeito nos mecanismos pode causar grandes transtornos na produção do empreendimento

Toda falha tem sua origem específica

Redação/Hourpress

A presença de máquinas e automação na indústria contribui para reduzir os custos trabalhistas e a melhorar as condições de trabalho, proporcionando também, um ambiente mais seguro e favorável para a inovação sustentável. O investimento em tecnologias industriais promove a modernização dos mais variados setores, incentivando o desenvolvimento de novos mercados e oportunidades de negócios.

Mas em meio a tanta demanda, um pequeno defeito nos mecanismos pode causar grandes transtornos na produção do empreendimento. Na verdade, falhas e mau funcionamento de máquinas e equipamentos são comuns no dia a dia de uma indústria. Mas esses episódios causam grandes custos de reparo, períodos prolongados de inatividade, redução na produção e diminuição da rentabilidade.

Segundo Luiz Maldonado, CEO da Lubvap Special Lubricants, uma empresa de distribuição com mais de 15 anos de experiência no mercado de soluções em lubrificação industrial, estabelecer um plano preventivo de falhas depende da compreensão das causas e consequências do problema.

Comuns

As falhas podem ser entendidas em diferentes níveis de gravidade, incluindo não apenas as críticas, que interrompem completamente a produção, mas também as não críticas, que resultam na perda de eficiência ou funcionalidade”, explicou Luiz.

Toda falha tem sua origem específica. Embora as causas possam parecer imprevisíveis, com atenção adequada é possível identificar o ponto de partida. A seguir estão listadas as causas mais comuns:

  • Erro do operador: independentemente do treinamento, os operadores são propensos a cometer erros devido a esquecimento, distração, preguiça, más decisões ou fadiga. Isso inclui o uso incorreto de equipamentos, sobrecarga, uso inadequado e até mesmo deixá-los cair no chão. As falhas também podem surgir quando um operador é designado para operar uma máquina para a qual não foi treinado;
  • Pouca manutenção: a falta de manutenção regular pode levar a problemas não detectados. A maioria dos equipamentos requer manutenção periódica para funcionar corretamente, mas é fácil negligenciar essa necessidade quando tudo está funcionando bem;
  • Muita manutenção: cada vez que um operador mexe em uma máquina, ela fica exposta a vários riscos, seja devido a danos, modificações ou esquecimento de peças. O excesso de lubrificação, por exemplo, pode ser tão prejudicial quanto a falta de lubrificação;
  • Desgaste físico: isso inclui abrasão, corrosão, fadiga, adesão, cavitação, erosão e deposição. Essas falhas afetam quase todos os sistemas mecânicos e elétricos e ocorrem não apenas devido a condições precárias do equipamento, mas também devido ao desgaste normal;
  • Confiabilidade: empresas que pressionam os operadores por soluções rápidas ou para atender metas de produção podem resultar em soluções de curto prazo que eventualmente causam mais problemas. Soluções eficazes exigem tempo para serem desenvolvidas;
  • Falha de monitoramento: o monitoramento deve se basear nas condições ideais do equipamento para detectar mudanças sutis que podem indicar futuras falhas. Empresas com recursos digitais têm mais facilidade para realizar esse monitoramento.

Para evitar falhas no equipamento, algumas ações podem ser adotadas:

  • Manutenção regular: substituir a manutenção reativa por preditiva ajuda a evitar falhas intermitentes e graduais. É importante compreender a vida útil esperada de cada peça para substituí-la antes que ocorra uma falha;
  • Monitoramento: inspeções regulares das máquinas, controle de contaminação, desgaste e outros fatores ajudam a monitorar o estado das peças, assim como a eficiência do filme lubrificante;
  • Lubrificação: uma lubrificação adequada reduz o atrito dos elementos móveis e controla o desgaste. Embora restrições orçamentárias possam levar à compra de lubrificantes com base no preço, é importante considerar a confiabilidade gerada a longo prazo pelo uso de lubrificantes especiais de qualidade.

Luiz ressalta que embora seja impossível evitar todas as falhas, a maioria delas pode ser prevenida antes que cause problemas mais sérios ou resulte em períodos prolongados de inatividade.

 



A história da cidade de SP contada pelo design autoral da Fahrer

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Radiografia da Notícia

As peças de mobiliário capturam a essência de lugares icônicos

A riqueza cultural e arquitetônica desses pontos turísticos serve como fonte de inspiração

 A mesa de jantar Liberdade leva o nome do bairro que enaltece a cultura oriental em São Paulo

Redação/Hourpress

No coração da quarta maior metrópole do mundo, a Fahrer, renomado estúdio de design de mobiliário autoral, presta homenagem à cidade que abraça sua essência criativa. Em comemoração ao aniversário de São Paulo, celebrado no dia 25 de janeiro, a Fahrer selecionou algumas das peças inspiradas em espaços emblemáticos que moldaram a identidade da cidade paulista, criadas ao longo da história da marca.

As peças de mobiliário capturam a essência de lugares icônicos, como o histórico bairro da Liberdade, o imponente edifício Copan, o lendário estádio do Pacaembu e o majestoso Edifício Martinelli. A riqueza cultural e arquitetônica desses pontos turísticos serve como fonte de inspiração para o design autoral e a qualidade artesanal que são marcas registradas da Fahrer. As peças não apenas celebram a cidade, mas também reafirmam o compromisso do estúdio com a preservação da herança urbana por meio de móveis que contam histórias e perpetuam a memória dos lugares que moldaram os 470 anos de São Paulo. Confira:

Mesa Liberdade

Com pés torneados cuja composição remete aos ideogramas japoneses, a mesa de jantar Liberdade leva o nome do bairro que enaltece a cultura oriental em São Paulo. “O traço forte e preciso da escrita tradicional japonesa é o ponto de partida para a criação do desenho desta peça”, afirma Jack Fahrer, um dos designers por trás da marca.

Banco Copan

Inspirada em um dos grandes símbolos da cidade, o Edifício Copan, maior estrutura de concreto armado do país, a peça remete aos brises da construção projetada por Oscar Niemeyer, trazendo leveza através de suas formas orgânicas, tão fortemente presentes no trabalho do arquiteto.

Cadeira e Poltrona Charles Miller

 

Tendo a ergonomia como premissa, os desenhos da cadeira e da poltrona Charles Miller prestam homenagem à arquitetura do Pacaembu, na praça Charles Miller, cenário de muitas memórias afetivas dos irmãos Fahrer. Feita com tauari maciço e lâmina de madeira natural, curvada por meio da técnica de multilaminação patenteada pela Fahrer, a peça que se tornou um clássico da marca tem os pés torneados e o encosto com linhas orgânicas que fazem referência à imagem do estádio.

Mesa de Centro Martinelli

Inspirada pela arquitetura do famoso edifício homônimo, inaugurado em 1929 e situado no triângulo formado pela Rua São Bento, Avenida São João e Rua Líbero Badaró, a peça celebra a ousadia e técnica presentes no trabalho do arquiteto húngaro William Fillinger responsável pelo famoso mirante.


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Consumo de água mineral tem aumento expressivo


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 Radiografia da Notícia

* Verão registra procura 50% maior do consumidor na estação mais quente do ano

*  O brasileiro, de fato, tem demonstrado maior preocupação com a hidratação como hábito essencial à saúde

* A ingestão de água tem evoluído de recomendação médica para hábito natural e saudável

Redação/Hourpress

O Verão, que convida a atividades ao ar livre e transforma piscinas e praias em ponto de encontro, tem contribuído para uma mudança importante nos hábitos dos brasileiros. De dezembro de 2023 até o início de janeiro, a estação espelha a primavera não apenas nas sucessivas ondas de calor: à medida que as temperaturas aumentam, o consumo de água mineral também cresce no País de forma expressiva. Esta boa notícia não é exclusiva das empresas que comercializam o produto. O brasileiro, de fato, tem demonstrado maior preocupação com a hidratação como hábito essencial à saúde.

Durante a Primavera e no início do Verão, sob a influência do fenômeno El Niño, as ondas de calor motivaram sucessivos alertas vermelhos emitidos pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). No dia a dia, a ingestão de água tem evoluído de recomendação médica para hábito natural e saudável que contribui para o adequado funcionamento do organismo diante das altas temperaturas.

De acordo com Marcos Angeli, diretor-geral da Lindoya Verão, uma das primeiras águas minerais comercializadas no Brasil, comparando-se o verão iniciado em 2022 e a estação que começou em 2023, o aumento de consumo é 50% maior. “Com as várias ondas de calor, somente no período de novembro do ano passado até o início de janeiro, o crescimento foi de 50%, um resultado maior que toda a média do ano”, comparou.

Qualidade

Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), órgão da União Europeia, o ano de 2023 vai entrar para a história como o mais quente dos últimos 125 mil anos. No entanto, projeções da NASA, agência espacial norte-americana, consideram que as temperaturas de 2024 devem superar os recordes do ano passado. Este é um indicativo de que o consumo de água mineral deve aumentar ainda mais no Brasil? “Sem dúvida, a expectativa em 2024 é de crescimento de 30% a 35%, para as empresas que fizeram investimentos com o propósito de atender, com qualidade, à alta demanda”, avaliou Angeli.

No mercado desde 1951, comercializando água mineral, natural de fontes da Serra da Mantiqueira, no interior de São Paulo, a Lindoya Verão investiu em máquinas e equipamentos, tecnologia, infraestrutura e logística.

Mas é no aumento de contratações e nos programas de treinamento que Angeli elenca os principais investimentos. “Aumentamos nosso quadro de colaboradores em 30% para acompanhar as demandas de produção, com treinamento da liderança e da parte operacional, responsável por operar equipamentos de alta tecnologia que requerem mão de obra especializada”, destaca o executivo, que completa: “O investimento em pessoas continua como foco em 2024 e também em 2025.” A partir destas transformações, pontua Marcos Angeli, a Lindoya Verão se encaminha como indústria 4.0, com tecnologias de ponta aplicadas à produção e gestão.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Comissão do Idoso aprova projeto que regulamenta desaposentação no INSS

    EBC


Radiografia da Notícia

* Texto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado por outras três comissões

 A versão original do PL 2567 ampliava os benefícios destinados aos aposentados que voltam a trabalhar

Em 2016, sob argumento de que não havia lei a respeito, o Supremo decidiu pela inconstitucionalidade da desaposentação

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

 Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados aprovou em novembro projeto de lei que permite a renúncia de aposentadoria pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e o recálculo do benefício para o segurado que ficou trabalhando, ou voltou, e contribuiu por mais 60 meses.

A medida foi aprovada na forma do substitutivo do relator, deputado Castro Neto (PSD-PI), para o Projeto de Lei 2567/11, do Senado, e 30 outros que tramitam em conjunto. A versão original do PL 2567 ampliava os benefícios destinados aos aposentados que voltam a trabalhar. Atualmente, eles têm direito, se for o caso, apenas ao salário-família e à reabilitação profissional.

“Pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), compete ao Poder Legislativo definir se há o direito à desaposentação”, disse Castro Neto. Segundo o relator, a medida é necessária para que as novas contribuições obrigatórias pagas pelos aposentados que trabalham tenham reflexo no valor dos benefícios.

Em 2016, sob argumento de que não havia lei a respeito, o Supremo decidiu pela inconstitucionalidade da desaposentação – a possibilidade de o aposentado pedir e obter na Justiça a revisão do benefício por ter voltado a trabalhar e contribuir obrigatoriamente para a Previdência Social. A decisão foi reiterada em 2020.

Mais 60 meses
O substitutivo aprovado prevê que somente as pessoas que voltaram a trabalhar e contribuíram por mais 60 meses para a Previdência Social poderão renunciar à aposentadoria e pedir ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o recálculo do benefício. Um segurado poderá fazer pedidos semelhantes até duas vezes.

A regra não valerá para todas as aposentadorias. Os casos de incapacidade permanente, por exemplo, não terá o recálculo admitido. O segurado que tenha obtido aposentadoria especial também terá regras específicas, não sendo admitido o recálculo com base em tempo e salário de contribuição decorrente do exercício de atividade com exposição a agentes prejudiciais à saúde.

Por outro lado, pensionistas também terão direito a requerer o recálculo, caso o segurado não tenha feito antes o pedido. O texto aprovado não altera outros benefícios, e o aposentado que trabalha seguirá apenas com direito ao salário-família e à reabilitação profissional.

Tramitação
O projeto tramita em
caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Comissão aprova inclusão de jovens de 18 a 21 anos no Bolsa Família

    Pixabay


Radiografia da Notícia

* Projeto inclui essa faixa etária no Benefício Variável Familiar, de R$ 50, desde que comprovada frequência escolar; texto segue em análise na Câmara

*  Atualmente, o Benefício Variável Familiar, no valor de R$ 50, é destinado às famílias beneficiárias do Bolsa Família

O benefício seria de R$ 90, limitado a dois por família

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou em dezembro projeto de lei que inclui os jovens com idade entre 18 e 21 anos incompletos entre os beneficiários do Benefício Variável Familiar, previsto na Lei do Programa Bolsa Família.

Para receber o benefício, jovens que não tenham concluído a educação básica terão de comprovar frequência escolar de 75%.

Atualmente, o Benefício Variável Familiar, no valor de R$ 50, é destinado às famílias beneficiárias do Bolsa Família que possuem em sua composição gestantes, nutrizes, crianças com idade entre 7 e 12 anos incompletos ou adolescentes com idade entre 12 e 18 anos incompletos.

Substitutivo
O texto aprovado é um
substitutivo apresentado pela relatora, deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), ao Projeto de Lei 6608/19, do ex-deputado Dr. Gonçalo (MA).

Originalmente, a proposta de Dr. Gonçalo cria o Programa Bolsa Educação destinado a jovens desempregados com idade entre 16 a 20 anos que estejam regularmente matriculados e frequentando a rede pública de ensino fundamental, médio ou superior. O benefício seria de R$ 90, limitado a dois por família.

Rogéria Santos, no entanto, considerou melhor alterar a Lei do Bolsa Família para incluir os jovens de 18 a 21 anos entre os beneficiários.

“Não se justifica a criação de programa específico, pois já está em funcionamento o Bolsa Família, que destina benefícios a 21,2 milhões de famílias e que tem entre suas condicionalidades a frequência escolar de crianças e adolescentes que ainda não tenham concluído a educação básica”, argumentou a relatora.

“No Bolsa Família, já estão definidos aspectos fundamentais para a transferência de renda e que não constam do Projeto de Lei 6608/19, como o critério de renda para acesso ao benefício e a frequência escolar”, acrescentou.

Desemprego
Por outro lado, Rogéria Santos considerou a proposta meritória, por haver uma lacuna na legislação no que diz respeito a incentivos para a permanência de jovens no ensino. “Embora o Bolsa Família conceda benefícios a famílias com crianças e adolescentes, o limite de idade para sua concessão é de 18 anos incompletos”, observou Rogéria Santos.

A deputada ressaltou ainda que a faixa etária adotada pelo projeto é um momento crítico na vida do indivíduo, no qual a educação desempenha um papel fundamental.

“É justamente entre os adolescentes e os jovens que estão as maiores taxas de desemprego. De acordo com pesquisa do IBGE, na faixa de 18 a 24 anos, a taxa de desocupação foi de 16,6% no segundo trimestre de 2023, mais do que o dobro da taxa média total, de 8%”, disse.

Tramitação
O projeto tramita em
caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.