sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Pacientes com câncer foram prejudicados pela pandemia de Covid-19

 A realização de mamografias diminuiu 40% em 2020, e 18% em 2021

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

A pandemia teve impacto direto na realização de exames de rastreamento do câncer de mama. Em 2020, o número de mamografias realizadas caiu 40%; em 2021, a queda foi de 18%. O alerta foi dado pela representante da Sociedade Brasileira de Oncologia Luciana Landeiro em audiência pública na terça-feira (18) realizada pela Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Luciana Landeiro acrescentou que o fato de mulheres com menos de 50 anos não estarem na recomendação do Ministério da Saúde para a realização da mamografia deixa de fora os casos de câncer de mama diagnosticados em pacientes entre 40 e 50 anos (25%) e em mulheres com menos de 40 anos (17%).

A representante do Instituto do Câncer Liz Maria de Almeida afirmou que a recomendação da mamografia acima dos 50 anos prevista na Política Nacional de Prevenção ao Câncer se deve ao fato de que nessa faixa etária o exame é mais eficaz na prevenção da mortalidade.

Liz Maria afirmou que o Brasil precisa adotar o rastreamento organizado ao invés do rastreamento oportunista, que é quando alguém procura o serviço de saúde para então realizar seus exames. Ela explica que, no rastreamento organizado, existe um cadastro da população na clínica da família, mesmo se a pessoa tiver acesso a plano de saúde.

"Todas as pessoas tem que estar cadastradas, esse cadastro tem que ser sempre atualizado e essas pessoas tem que receber uma comunicação: tá na época de fazer seu exame. Ela recebe essa comunicação para que ela se dirija a um determinado posto, alguma unidade de saúde próxima da casa dela e possa realizar esse exame”, explica.

O representante da Femama Ricardo Caponero destacou que, após o represamento de exames e do tratamento de pacientes durante a pandemia, é preciso investir mais recursos para que os atendimentos sejam realizados dentro do prazo determinado pela legislação.

Cortes
A deputada Vivi Reis (Psol-PA) alertou para o fato de que o atendimento aos pacientes está sendo prejudicado pelos sucessivos cortes realizados pelo atual governo na área de saúde.

“Muito importante a gente falar do financiamento do SUS num contexto de um teto de gastos que atinge diretamente a questão do financiamento do SUS e do Suas (Sistema Único de Assistência Social). Muitas mulheres necessitam das políticas de assistência para poder cuidar da sua saúde e sustentar suas famílias. É um conjunto de políticas prejudicados pelo teto de gastos.

"A representante do Instituto Oncoguia Helena Esteves pediu ao Ministério da Saúde que agilize a compra dos inibidores de ciclina (usados na saúde suplementar para o tratamento de pacientes adultas com câncer de mama avançado ou metastático), aprovados há mais de seis meses pela Conitec, órgão que aprova novos medicamentos para o SUS.O governo tem prazo de seis meses para adquirir e disponibilizar esses medicamentos para a população.

 

 


Osteoporose atinge uma cada três mulheres

 O ginecologista têm um importante papel em promover a saúde óssea 




Redação/Hourpress

Dia Mundial e Nacional de combate à Osteoporose é lembrado no dia 20 de outubro, a data tem como objetivo a conscientização, prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença que pode ser entendida como uma patologia osteometabólica sistêmica, caracterizada pela redução na densidade e na qualidade óssea, e tem como consequência mais grave, a ocorrência de fraturas por fragilidade, particularmente no antebraço, coluna e no quadril.

 

A doença é silenciosa e atinge uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens, com mais de 50 anos, sofrerão uma fratura devido à fragilidade óssea, é o que mostrou a estimativa realizada pela International Osteoporosis Foundation (IOF).

 

A ginecologista Adriana Orcesi Pedro, presidente da Comissão Nacional Especializada em Osteoporose da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo), explica que “isso ocorre devido a vários fatores, destacando-se mudanças hormonais ocorridas na menopausa, pela parada da produção dos esteróides sexuais pelos ovários. No hipoestrogenismo, há um aumento do número e da sobrevida de osteoclastos, responsável pela reabsorção óssea, o que acarreta maior perda óssea predispondo a osteoporose e fratura por fragilidade”.

 

Diagnóstico

 

A médica da Febrasgo esclarece sobre a grande importância do diagnóstico precoce com a identificação de fatores de risco -- e, se indicado, a realização do exame de densitometria óssea. Uma vez diagnosticada, há uma variedade de tratamentos medicamentosos eficazes que deverão ser individualizados e contínuos.


 
As principais indicações para realizar densitometria óssea são:


 

Mulheres com idade ≥ 65 anos e homens com idade ≥70 anos;

Mulheres na pós-menopausa < 65 anos de idade e homens (50 a 70 anos)

com fatores de risco;

Adultos com fraturas de fragilidade;

Adultos com doença ou condição associada a perda de massa óssea;

Adultos em uso de medicações associadas com baixa massa óssea ou perda

óssea;

Pacientes onde a terapia farmacológica esteja sendo considerada;

Pacientes em tratamento, a fim de monitorar a eficácia da terapêutica.


 
Tratamento


 
O ginecologista e o obstetra têm um importante papel em promover a saúde óssea em fases da vida da mulher que requerem maior atenção e cuidado, consequentemente assumindo uma posição decisiva no diagnóstico, prevenção e tratamento da osteoporose.

 

“O tratamento deverá envolver cuidados como a orientação nutricional com ingestão de alimentos ricos em cálcio ou suplementação quando necessário, de acordo com as recomendações de adequação alimentar. A vitamina D deverá ser checada e suplementada quando necessário em pessoas de alto risco e naquelas que receberam tratamento farmacológico para osteoporose. A atividade física deverá ser realizada de forma persistente e progressiva, respeitando a capacidade motora e cardiovascular dos pacientes. Outras medidas são fundamentais, como as orientações para se evitar hábitos de vida danosos à saúde óssea e a prevenção de quedas” enfatizou a Dra. Adriana.


 
No paciente de alto para fratura, além das medidas gerais supracitadas, deverá receber o tratamento farmacológico com agentes antirreabsortivos que são efetivos em diminuir risco de fratura.

 

Estimule Sua Saúde Óssea


 
Visando fazer um alerta, a Febrasgo participa da campanha criada pela IOF “Estimule Sua Saúde Óssea”, que tem como objetivo destacar a importância de um estilo de vida saudável como a base para a manutenção de ossos fortes e um futuro com mobilidade, livre de dependências e de fraturas por fragilidade.


 
Ferramenta para prevenção e detecção precoce

 

Preocupada com os fatores de risco que contribuem para ocorrência da doença, a IOF criou

uma ferramenta on-line para ajudar a população a conhecer os fatores de risco que podem predispor ao surgimento da doença -- o questionário de Verificação de Risco de Osteoporose. Trata-se de uma rápida e dinâmica enquete programada para combinar diferentes marcadores biológicos e de hábitos de vida a fim de alertar os indivíduos sobre os riscos para osteoporose e a necessidade de buscar orientação médica.

 

Vale ressaltar que o resultado chega por e-mail, e o paciente pode imprimi-lo e levá-lo ao seu médico para obter informações sobre diagnóstico, prevenção e tratamento. Os principais fatores de risco estão expostos a seguir.

 

Disponível no link:

Link


Poliomielite ameaça retornar ao Brasil após 33 anos

 Paciente que teve paralisia na infância e especialista reforça a importância da vacinação

  EBC



Redação/Hourpress

Casos de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, ameaçam retornar ao país após 33 anos desde o seu último registro em território nacional. Com os primeiros surtos registrados no Rio de Janeiro no início do Século XX, o patógeno provocou epidemias no mundo todo ao longo dos anos. O último caso notificado no Brasil foi em 1989, porém, especialistas alertam que o país está sob o risco de circulação da pólio novamente.

 

A identificação de vírus ativo nos esgotos de Londres e Nova York, casos da doença confirmados em países como Malawi, Israel, Ucrânia e, mais recentemente, nos Estados Unidos, aliados à baixa cobertura vacinal no Brasil e ao redor do mundo, levaram a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a incluir o Brasil na lista de países que estão sob alto risco de retorno desta doença.

 

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato direto com o vírus presente no esgoto ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos, mas os músculos respiratórios também podem ser impactados, levando a casos de óbito.


Taxa

 

A imunização segue sendo a única forma de prevenir a doença. Apesar das graves consequências da pólio e da vacinação estar disponível gratuitamente nos postos de saúde, desde 2016 o Brasil não atinge a meta de 95% do público-alvo vacinado, taxa ideal para que a população esteja protegida.


O cenário de vulnerabilidade está ainda maior: neste ano, até o dia 30 de setembro, apenas 54,21% das crianças entre um e menores de cinco anos haviam sido imunizadas, e um estudo recente da Fundação Oswaldo Cruz destacou que apenas 2 em cada 5 delas estão protegidas contra a poliomielite.


 “A situação é grave. O Brasil sempre foi exemplo de sucesso por conseguir manter altas coberturas vacinais, mesmo com sua extensão e diversidade demográfica. Hoje, somos vítimas do nosso próprio sucesso. Graças à vacinação, a população não vê mais surtos epidêmicos, doenças, mortes, sequelas. Perdeu-se a noção do risco que as doenças preveníveis por vacina representam, mas essas doenças matam e deixam sequelas”, explica a Dra. Maria de Lourdes Sousa Mais, coordenadora da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos e do Projeto pela Reconquista das Coberturas Vacinais.


Gravidade

 

De acordo com a Dra. Luiza Helena Falleiros, pediatra e infectologista: “o século XX foi marcado por um terrível medo, justificável, da poliomielite. Milhares de crianças no mundo ou tiveram paralisia e sua vida impactada para sempre, ou mesmo morreram. Quando a vacina é disponibilizada, há uma resistência inicial, quebrada ao longo do tempo e, com o passar dos anos, a doença é controlada a tal ponto que as pessoas não se lembram de sua gravidade. É o que acontece hoje”, afirma.

 

Aos 54 anos, o médico pneumologista, Dr. Humberto Golfieri Júnior, conta sua experiência com a poliomielite: “Meus pais eram muito jovens e, como não havia muita informação sobre as vacinas na época, apesar do medo geral da doença, não fui imunizado contra a pólio”. Ele contraiu a doença, seguida por febre e paralisia ascendente, que afetou os músculos respiratórios e quase o levou à morte. Após a realização de cirurgias corretivas para recuperação funcional muscular, Humberto se tornou médico. “Hoje, eu tenho uma vida plena, apesar das consequências. Infelizmente, as gerações mais jovens não têm ideia do que é a poliomielite e sua gravidade. Acredito que seja parte da minha missão ser um exemplo e servir para conscientizar os pais da importância da vacinação, única maneira de evitar a doença”, ele complementa.

 

Ao redor do mundo, as nações já começaram a se mobilizar. No Reino Unido, o governo segue monitorando o vírus no meio ambiente, implementando campanhas de vacinação de reforço e solicitando aos profissionais de saúde que verifiquem se as vacinas de rotina de crianças e adultos recém-cadastrados estão em dia. Nos Estados Unidos, o governo está realizando testes e detectou a presença de poliovírus em amostras de águas residuais em Nova York e estados vizinhos, além de estar fornecendo dados atualizados sobre a doença para profissionais de saúde e hospitais.


Privado

 

Os casos de poliomielite, conforme reforçado pelas autoridades de saúde das Américas durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, serão combatidos apenas com vacinação e com o engajamento de todas as esferas da sociedade, incluindo líderes comunitários, organizações não governamentais, setor privado e instituições acadêmicas.

 

Vacinação contra a Poliomielite


Na rede pública de saúde, a imunização contra a poliomielite deve ser iniciada com a vacina inativada injetável (VIP) a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses desta vacina aos 4 e 6 meses. A partir de um ano de idade, as doses de reforço são feitas com a vacina atenuada oral (VOP), aos 15 meses, 4 anos de idade e em campanhas de vacinação para crianças de 1 a 4 anos.

 

O calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunização (Sbim) recomenda que a imunização contra a poliomielite seja realizada com a vacina inativada injetável (VIP), sendo iniciada a partir dos 2 meses de vida, com mais duas doses de reforço desta vacina aos 4 e 6 meses, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.
 

Quais são as necessidades específicas para cuidar do bem-estar da mulher no ambiente de trabalho

 Os números mostram que existem muitos problemas sistêmicos relacionados à falta de oportunidades e inclusão

   Pixabay

O excesso de tarefas causam sobrecarga às mulheres


Redação/Hourpress

Toda mulher enfrenta desafios diversos ao longo da vida. De modo geral, as mulheres crescem com um papel social muito definido, que inclui regras e expectativas diferentes das que são impostas para pessoas do sexo masculino. O acúmulo de demandas como tarefas domésticas, filhos, trabalho e vida social frequentemente causam uma sobrecarga às mulheres, que pode desencadear um adoecimento físico e mental, ou mesmo dificultar que elas olhem adequadamente para sua saúde de forma preventiva, colocando-se muitas vezes em segundo plano.

 

De acordo com um estudo feito pela psicóloga Mona Moieni, da Universidade da Califórnia, existe uma prevalência maior de doenças mentais, como ansiedade e depressão, nas mulheres. No caso da depressão, a taxa é duas vezes mais alta do que entre os homens. Com a ansiedade, essa taxa chega a ser três vezes maior. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram também a disparidade da carga de trabalho doméstico entre homens e mulheres que, por sua vez, passam quase o dobro do seu tempo em afazeres domésticos e cuidados de pessoas em comparação aos homens. Essa diferença se dá, inclusive, quando a mulher trabalha fora de casa.

 

Ao olhar para o mercado de trabalho, os números mostram que existem muitos problemas sistêmicos relacionados à falta de oportunidades e inclusão. No Brasil, por exemplo, as mulheres representam apenas 27% dos cargos gerenciais e ganham em média menos do que os homens. Segundo o estudo Estatísticas de Gênero, divulgado pelo IBGE em março de 2021, apenas 54,6% das mães entre 25 e 49 anos que têm crianças de até três anos em casa estão empregadas. A maternidade negra, nesta mesma situação, representa uma taxa ainda menor: menos da metade está no mercado de trabalho (49,7%).


Psicóloga

 

Além disso, mulheres também encaram fatores de risco diferentes no dia a dia e no ambiente de trabalho, que podem causar um desequilíbrio emocional ou até desencadear o desenvolvimento de uma doença mental. Quase metade das que atuam no mercado de trabalho sofrem ou já sofreram assédio sexual no ambiente corporativo, de acordo com uma pesquisa da empresa Think Eva realizada em parceria com o LinkedIn.

 

Ines Hungerbühler, psicóloga, PhD e líder do Time Clínico do Wellz, solução de saúde mental desenvolvida pelo time do Gympass que apoia as empresas na gestão do bem-estar emocional dos seus times, explica que o autocuidado e o apoio profissional são duas ferramentas fundamentais quando pensamos na qualidade de vida das mulheres. “Quando falamos da saúde mental da mulher, precisamos considerar diversos fatores externos, entre eles as condições de gênero que geram efeitos profundos e aumentam os riscos de sofrimento psicológico”, afirmou.

 

A especialista explica que é dever das organizações zelar pelo bem-estar e pela saúde mental de todas as pessoas colaboradoras. Promover um ambiente seguro psicologicamente é o primeiro passo para que as mulheres se sintam respeitadas, valorizadas e apoiadas.


Mental

 

Para dar início aos cuidados com a saúde mental das mulheres, Ines destaca que é preciso engajar as lideranças. “Ter benefícios de saúde mental é essencial, especialmente no tempo em que vivemos, mas ele será insuficiente se a liderança não participar ativamente”, disse.

 

A psicóloga reforça também que é necessário criar espaços seguros para que as pessoas colaboradoras falem sobre questões de saúde mental e, no caso específico da saúde mental das mulheres, é necessário ir além. A reflexão deve envolver também os assuntos estruturais e organizacionais da empresa, incluindo temas como planos de equidade para os cargos de gestão, políticas internas de maternidade e carreira, a criação de espaços seguros para conversas ou pedidos de ajuda sobre assédio moral e sexual, entre outros.

 

“Oferecer auxílio e acolhimento deve ser uma atividade contínua. Essa é a coisa mais importante a ser feita: dar espaço de escuta para entender o que as mulheres precisam, seus principais desafios e ambições e o que buscam. A regra de ouro da empatia é ouvir o que a outra pessoa expressa, reconhecendo as emoções como válidas e autênticas, sejam elas quais forem. Certifique-se de que as colaboradoras, especialmente as mães, possam ter oportunidades de dizer o que precisam, como estão se sentindo e se estão confortáveis com a situação de trabalho e suas demandas. Após essa escuta, analisar a possibilidade de flexibilizar demandas, horários de trabalho, e ajudar a estabelecer limites saudáveis”, finalizou Ines Hungerbühler.


Para que as empresas saibam como agir frente a este tema, Wellz também oferece um e-book gratuito. O material aborda diversos tópicos relevantes sobre o tema. O e-book está disponível neste site.

Economia e consumo consciente: como avançar no Brasil?

 O consumo consciente nada mais é do que um exercício diário




Pamela Paz
 

Produzir menos lixo, planejar as compras, conhecer a origem e os processos de fabricação dos produtos que adquirimos, entender os impactos que eles causam ao longo de toda sua vida útil. Da extração da matéria-prima ao descarte final, essas são algumas simples atitudes que colaboram com o consumo consciente, também conhecido como consumo sustentável.
 

Segundo a Pesquisa Vida Saudável e Sustentável 2021, desenvolvida pelo Instituto Akatu em parceria com a GlobeScan, 86% dos brasileiros desejam reduzir seu impacto individual sobre o meio ambiente e a natureza. Mas, afinal, como ser contrário ao paradigma comportamental de consumo imediatista?

 

O consumo consciente nada mais é do que um exercício diário que envolve repensar todos os nossos hábitos de consumo. Porém, embora a agenda ESG esteja em alta desde 2020, ainda há um processo árduo para que o consumo sustentável, de fato, fortaleça a economia brasileira. Inicialmente, o consumidor precisa ter em mente que as famosas compras por impulso, estimuladas pelas empresas e, principalmente, pela mídia, são as vilãs do consumo consciente. Quem começa a controlar o consumo, além de reduzir os impactos ambientais, faz diferença para o bolso.
 

Um ponto positivo é que as novas gerações priorizam marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caras. Intitulada a geração da sustentabilidade, a Geração Z, além de mais propensa a tomar decisões de compra com base em valores e princípios, também é a mais consciente em seus hábitos de consumo. Eles estão mais atentos às suas escolhas e, consequentemente, empresários e investidores deverão ouvir e mapear atentamente estas novas gerações para entender e atender suas reais necessidades e conseguir apoiá-las.

 

Outro ponto de reflexão é que o próprio consumo mundial, além de mal distribuído, está descontrolado: cerca de 20% da população mundial concentra o consumo de 80% de todos os produtos e serviços do planeta, segundo um levantamento do Akatu. Isto demonstra o quanto esse olhar atento ao consumo consciente, se tornou cada vez mais relevante para a construção e promoção da Economia Circular.

 

Mas, de fato, como avançarmos o consumo consciente no Brasil? Inicialmente, o ecossistema de negócio brasileiro deve estabelecer ambições claras vinculadas a agenda ESG, a partir de KPIs que compreendam essa transformação como uma jornada que necessita de inovação e consistência. Além disso, o mercado brasileiro precisa do apoio de todos os setores - público, privado e sociedade. Estas entidades possuem papel fundamental na disseminação do ESG e, principalmente, na mudança de mentalidade da população. O caminho ainda é longo, mas estamos na rota.
 

Pamela Paz é CEO do Grupo John Richard, detentor das marcas: John Richard, maior empresa de assinatura de móveis para escritórios do Brasil, e Tuim, primeira empresa de móveis residenciais por assinatura no País.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Endividamento em 80% das famílias - veja 7 passos para sair dessa situação


 

Os brasileiros estão mais endividados! Essa é a comprovação do levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta segunda-feira (10)


    Pixabay

Esse quando se agrava para as famílias de baixa renda



Reinaldo Domingos 
 

Segundo os dados relativos ao mês de setembro, 79,3% do total de lares no país possui dívidas. Outro dado preocupante é que esse quando se agrava para as famílias de baixa renda. O endividamento superou 80% nos lares com renda inferior a 10 salários mínimos.
 

O número é assustador, mas qual o caminho para sair dessa situação? O primeiro passo para quem enfrenta problemas financeiros é não entrar em desespero, colocar os pés no chão, encarar a realidade e, é claro, se planejar para sair dessa situação de forma definitiva.


"Sempre costumo dizer que ter dívidas não é um problema e muitos me questionam, mas a verdade é que o maior problema é não conseguir arcar com esse compromisso, que é justamente o que acontece atualmente com milhões de brasileiros. É preciso mudar o comportamento em relação ao uso do dinheiro para construir uma vida mais sustentável financeiramente, tratar o problema na raiz, evitando assim entrar num ciclo de endividamento", orienta Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin).
 

Para ajudar as famílias nessa situação, veja abaixo 7 passos preparados por Reinaldo Domingos para sair das dívidas definitivamente:


1- Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial), considerando essas como prioridade para pagamento. Antes de sair se enrolando para pagar, faça um diagnóstico financeiro, para saber como pode diminuir as despesas mensais, fazendo sobrar dinheiro para pagar as dívidas em atraso;


2- Anote durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos "pequenos", que podem até ser considerado menos importantes, como gorjetas e guloseimas, pois no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, seu dinheiro está sendo gasto. Reflita sobre os hábitos e comportamentos que o levaram a chegar nessa situação, assim saberá o que deve mudar e quais gastos irá reduzir ou eliminar;


3- Tenha em mente que só se deve negociar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar;


4- Trocar uma dívida pela outra nem sempre é a melhor alternativa. É claro que o crédito consignado, por exemplo, oferece juros baixos em comparação ao cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, já que o pagamento é retido diretamente do salário. Justamente por isso é preciso cautela, já que para quem já está com dificuldade em administrar as finanças, ter sua renda habitual reduzida pode desencadear novos endividamentos e problemas ainda maiores, virando uma bola de neve;


5- Para não agravar a situação, antes de realizar qualquer compra, se faça algumas perguntas como "Eu realmente preciso desse produto?", "O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?", "Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência, baixa autoestima ou influência de terceiros?". Ao fazer isso, terá uma grande surpresa sobre a quantidade de coisas adquirida apenas por impulsividade;


6- Em momentos de crise financeira, que são passageiros, é importante resgatar sonhos, objetivos que realmente importam e que farão a pessoa ter ainda mais motivos para "dar a volta por cima". É preciso relacionar no mínimo três sonhos: um de curto prazo (a ser realizado em até um ano), um de médio prazo (entre um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;


7- Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, é possível conhecer a sua força de poupança após os cortes para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida. Mês após mês, é preciso aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. Caso tenha dificuldade para investir, é válido consultar um especialista.
 

Reinaldo Domingos É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin - Link)

Três dicas para investir em um ambiente corporativo saudável e produtivo

 A qualidade do ambiente de trabalho é considerada um dos principais fatores que impactam diretamente a motivação e a produtividade

   Freepik

Os conceitos de liberdade, flexibilidade e tecnologia caminham lado a lado com este novo formato


 Redação/Hourpress


O escritório do futuro é um dos principais legados da pandemia. Os conceitos de liberdade, flexibilidade e tecnologia caminham lado a lado com este novo formato, ao passo que, atualmente, o ambiente corporativo se tornou um ponto de encontro, um local de treinamento, e por último, de fato um local de trabalho.
 

A qualidade do ambiente de trabalho é considerada um dos principais fatores que impactam diretamente a motivação e a produtividade de uma equipe. Mas, afinal, o que é um bom ambiente de trabalho? Basicamente, todo e qualquer espaço que motiva o profissional a oferecer e entregar sempre o seu melhor, não se limitando apenas ao ambiente físico. Isto é, alguns pontos como cultura organizacional, diversidade entre as equipes, comunicação fluida e aspectos sociais também refletem e auxiliam na estruturação do ambiente corporativo.
 

“Muito mais do que sofás para descanso, cadeiras ergonômicas, uma decoração lúdica e bons equipamentos, o ambiente de trabalho ideal é aquele capaz de se adequar aos colaboradores que possui. Os empresários precisam compreender que cada equipe demanda um local diferente para produzir mais e se desenvolver profissionalmente”, explica Pamela Paz, CEO da John Richard, maior empresa de assinatura de móveis para escritórios e residências do Brasil.


Saudável
 

A executiva listou abaixo três dicas simples para que todos os players do mercado possam investir em um ambiente corporativo saudável.

 

Aposte nos espaços de descompressão: A preocupação com a qualidade do ambiente de trabalho é um dos investimentos mais relevantes para o crescimento de qualquer negócio, ao passo que colaboradores felizes e motivados produzem mais e melhor: um colaborador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros, segundo um estudo realizado pela Universidade da Califórnia.

 

“Esteja sempre atento ao clima organizacional da empresa e procure promover um ambiente saudável e construtivo. As salas dinâmicas e espaços de descompressão ganharam destaque em grandes empresas como Google, Apple e Microsoft, mas também podem ser adotadas em algum espacinho do seu escritório. Investir no bem-estar do colaborador e em um ambiente que ele possa renovar suas energias, faz toda a diferença”, afirma Paz.

 

Não se esqueça da cultura organizacional: O trabalho é de certa forma nossa segunda casa, afinal, são tantas horas compartilhadas com nossos pares que acabam se tornando parte da rotina. Além disso, as empresas são feitas por relações pessoais e, consequentemente, a construção de uma convivência amistosa e benéfica, estabelece um ambiente de colaboração harmonioso e produtivo. Mas, para que isso aconteça, é necessário investir na cultura organizacional, a partir de boas relações sociais entre líderes e colaboradores.
 

Uma comunicação fluida aliada a cultura do feedback é essencial. O diálogo torna o ambiente de trabalho mais colaborativo, onde as pessoas aprendem, ensinam e possuem empatia para com o outro. Isto afeta de forma positiva a qualidade do trabalho executado.
 

Atenção à saúde mental dos colaboradores: A saúde mental dos colaboradores é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos e diversos são os fatores que impactam diretamente, como competitividade excessiva, altas exigências, falta de organização e flexibilidade, longas jornadas de trabalho, entre outros.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. Por isso, as ações voltadas para a saúde mental dos colaboradores merecem mais atenção no ambiente de trabalho. “Invista em planos de saúde, dinâmicas em grupo, confraternizações, coffee breaks, palestras motivacionais e atividades voltadas à melhoria do clima organizacional. Além disso, conhecer os sintomas das principais doenças mentais pode auxiliar na tomada de decisão e, principalmente, em ações que minimizem o problema em sua empresa”, concluiu a CEO.


Região Sudeste inicia outubro com gasolina R$ 5,13, e etanol, a R$ 3,95

 

Na região, o etanol apresentou vantagem para abastecimento nos Estados de São Paulo e Minas Gerais

EBC

Ambos os combustíveis fecharam o período com o preço abaixo da média nacional


Redação/Hourpress

O último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que a Região Sudeste fechou setembro com o litro da gasolina a R$ 5,13, valor 8,07% mais barato, se comparado a agosto; e o etanol, a R$ 3,95, com recuo de 10,90%. Ambos os combustíveis fecharam o período com o preço abaixo da média nacional, que ficou em R$ 5,33, para a gasolina; e R$ 4,41, para o etanol. O diesel na região foi comercializado a R$ 6,91, o tipo comum; e R$ 7,05, o S-10; com redução de 4,24% e 4,17% respectivamente. Os dois tipos de diesel também registraram valor abaixo da média nacional, que fechou a R$ 7,13 e R$ 7,23, respectivamente. 

“O recuo registrado na Região Sudeste no preço dos dois tipos de diesel foi o mais expressivo, se comparado às demais regiões. A gasolina é o combustível mais indicado para os motoristas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, enquanto o etanol é economicamente mais viável para Minas Gerais e São Paulo”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frotas & Mobilidade da Edenred Brasil.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

Populismo e Insustentabilidade

 O poder de sedução inerente ao populismo reside nesse fato

    Hourpress

A análise de diversos pontos de vista é fundamental ao desenvolvimento de atitudes sustentáveis


*André Naves 


Populismo costuma ser entendido como o conjunto de práticas e condutas políticas em que o líder da Nação estabelece uma relação direta, imediata e desinstitucionalizada com as massas populares, em contraste e contrapondo-se a uma suposta elite. Em resumo, o líder populista aposta no aprofundamento da conflituosidade entre os incluídos (“nós) e os excluídos (“eles”), transformando esse atrito em retórica justificadora de políticas públicas exclusivistas.
 

O poder de sedução inerente ao populismo reside nesse fato. Como o líder se apresenta como um integrante comum do povo, assume-se como verdadeira a aparência de que ele compreende os problemas sociais e os pode solucionar. Acontece que decorre do próprio pensamento populista o imediatismo, já que problemas estruturais e complexos são reduzidos a questiúnculas simples e menores que ainda padecem de solução por exclusiva falta de vontade. Daí saídas curtoprazistas e desplanejadas para as graves mazelas sociais.
 

Contrapondo-se ao charme sedutor do populismo, políticas públicas que efetivamente resolvam as questões da sociedade são aquelas racionalmente planejadas, que, geralmente, não dão frutos imediatos. Ao contrário, questões complexas são solucionadas por medidas igualmente complexas, que só produzem efeitos com a continuidade, no longo prazo. Ou seja, são políticas que, ao revés de seduzir e apaixonar, devem convencer.


Sociais
 

Esse convencimento daquilo que efetivamente soluciona os problemas deve ser buscado pela ampliação do diálogo, por meio da pluralidade de ideias e da inclusão. Cada indivíduo, portanto, de acordo com suas características intrínsecas, experiências pessoais e relações com as diversas coletividades, deve participar do debate público no sentido de construir as políticas que verdadeiramente superem as deficiências sociais.
 

Só assim, pelas luzes da razão e oposição às trevas das paixões e do populismo, será possível caminhar para além de práticas cosméticas que, ainda que perpetuem injustiças, são atenuadas enquanto soluções definitivas.


Nesse sentido, governos de matiz populista são completamente inábeis a construir políticas sustentáveis, que atendam aos requisitos e aos valores do paradigma “ESG”. Muitas vezes, para o florescimento de políticas sustentáveis, a inclusão, a pluralidade, e a fermentação planejada ao longo do tempo se fazem necessárias. A análise de diversos pontos de vista é fundamental ao desenvolvimento de atitudes sustentáveis. Dessa forma, a democracia liberal, enquanto potencializadora da institucionalidade social, é essencial à sustentabilidade. Por outro lado, o populismo, ao preconizar uma série de benefícios efêmeros e imediatos, é insustentável.


Política
 

Seja pelo projeto do “Green New Deal” nos Estados Unidos, que visa à retomada econômica e ao fortalecimento do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que opções produtivas ambientalmente sustentáveis são privilegiadas; seja pelo programa de transformar a França em uma Nação Ecológica proposto por Macron em seu discurso de vitória; seja pela transição energética anunciada pelo Japão e pela Alemanha, que visa cambiar a dependência do gás russo por opções mais limpas, encabeçadas pelo hidrogênio “verde”; percebe-se que uma política harmônica à conservação do patrimônio natural só pode ser construída harmonicamente por uma ação democrática e liberal, que, entre outras práticas, favoreça a concertação internacional, objetivando o aprofundamento da globalização.
 

Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o governo do Reino Unido encomendou à Universidade de Cambridge, sob coordenação do Professor Sir Partha Dasgupta, um relatório sobre as potencialidades econômicas da sustentabilidade, em que foi concluído que a degradação ambiental, ao afetar o acesso à água, à alimentação e aos serviços públicos de qualidade, aprisiona os seres humanos na armadilha da pobreza ambiental.
 

Resumindo: enquanto as alternativas populistas são ambientalmente nocivas, socialmente precarizantes e governativamente opacas, as opções liberal-democráticas provam que desenvolver os valores “ESG” é, em última análise, cuidar das pessoas.
 

*André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Sociais. Escritor, professor e palestrante.

 

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Você é livre para votar?

Afinal de contas não estamos numa democracia?

Numa eleição o que deve brilhar são as riquezas das boas ideias

Luís Alberto Alves/Hourpress

Nestas eleições o direito de votar parece deixar de ser livre. O brasileiro precisa definir em quem vai depositar a sua confiança na urna eletrônica. Não pode declarar neutralidade. Do contrário é alvo de patrulhamento. Se escolher a posição, é criticado! Caso opte pela oposição, também sofre críticas!

Afinal de contas não estamos numa democracia? Portanto temos o direito de escolher o candidato que nos agrade, dentro da galeria dos piores. Infelizmente essa regra deixou de funcionar neste 2022. Como se fosse o final dos tempos, o Apocalipse, como narrado na Bíblia, chegou.

Budistas

O brasileiro precisa escolher o melhor lado da história. Mas qual é? Para a extrema-direita é o atual presidente Bolsonaro. Na visão dos esquerdistas é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ambos teriam a chave de acesso à bonança, ao melhor dos mundos. Como dizem os budistas, trariam o nirvana à Terra!

A opinião do próximo perdeu a importância. Qualquer um dos candidatos escolhido é alvo de crítica e até de agressões verbais e físicas. O bom senso saiu da rota da convivência em sociedade. As redes sociais viraram depósito de fake news e extenso rosário de artigos de ofensas aos dois lados que disputam a cadeira de presidente da República.

Comunista

As religiões, até agora mantidas no campo da neutralidade, entraram neste intrigado jogo de poder. Cada um possa de dono da verdade, apossando-se do nome de Deus para tomar atitudes carregadas de ódio e rancor. Em diversas igrejas protestantes, os membros são coagidos a votar no atual presidente, ignorando as baixarias e atitudes que não estão de acordo com o Evangelho de Jesus Cristo.

Quem ousar sair deste cercadinho ganha o carimbo de comunista ou herege. Alguém que não pode merecer mais a confiança dos demais irmãos. Como fica o livre direito de voto? Alguém pode ser coagido a escolher determinado candidato sob ameaça de excomunhão? Estaríamos retornando à Idade Média, onde a igreja católica tinha poderes de tornar malditos quem não concordasse com os dogmas de Roma?

Política

Não é novidade de que o latino americano é emotivo. Facilmente deixa a razão de lado durante as discussões. Notícias de pessoas agredidas e até assassinadas por causa de divergências políticas estão mostrando que o brasileiro entrou na piscina do ódio, ignorando o pacifismo. Entre familiares virou rotina conflitos provocados por causa da escolha política de cada um.

É momento de serenidade. Político nenhum paga as nossas contas. Pensam apenas no interesse próprio. Têm na mente o desejo de atender os desejos do grupinho que joga no seu time ideológico. A grande massa de eleitores é algo sem importância. Portanto, cabe a você eleitor meditar. Não destrua amizades e entre em conflito com familiares por causa de políticos. Para eles, você é apenas número. Interessante somente em época de eleição.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas.