Quantos casais, deitados na cama, estão separados pelo celular
EBC
Casais juntos, mas separados pelo celular.... |
Luís Alberto
Alves/Hourpress
Hoje, com o celular
é possível transferir dinheiro rapidamente, pagar contas, tributos, pedir
comida e quitar rapidamente por meio de cartão ou PiX, usar o cartão de débito
para comprar qualquer objeto no comércio. Enfim, é possível por meio de
videoconferência conversar com qualquer pessoa na maioria dos países. Os fãs da
pornografia também podem utilizar o celular para saciar as suas fantasias
sexuais e alimentar os desvios de personalidade.
Por meio deste tipo
de telefone é possível conhecer o trajeto que algum familiar faz, além de
registrar nos seus arquivos informações a respeito da saúde, para os atletas de
final de semana. Este pequeno aparelho conseguiu reunir diversos avanços da
tecnologia que seduziu bilhões de pessoas ao redor do planeta. Virou até babá
eletrônica nas casas onde as mães não encontram tempo para cuidar das crianças.
O lado mau é que o
celular, ao mesmo tempo em que coloca informações de todo o mundo e de pessoas
em nossas mãos, nos mantém afastados dos outros. Quantos casais, deitados na
cama, estão separados pelo celular, deixando de lado o diálogo e os momentos de
carinho e amor! Muitos preferem ceder às fofocas destacadas nos aplicativos.
Muitas pessoas
deixaram de ir aos restaurantes, optando pelos aplicativos nos celulares. Até a
leitura de livros acabou simplificada neste tipo de aparelho. Aos poucos
diversas pessoas se tornaram reféns da tecnologia e esqueceram-se de que os
seres humanos são animais políticos que não conseguem viver isolados. Precisam
de alguém do lado.
Mesmo com a
facilidade de ter, literalmente, o mundo na palma das mãos, multiplicaram os
casos de milhões de depressivos. Os consultórios de psicanalistas ganharam inúmeros
clientes. Todos em busca de driblar a solidão. Poucos perceberam que o
convívio, reduzindo a dependência da tecnologia, é chave para continuarmos
humanos, Afinal de contas, ainda não inventaram aplicativo que leva o caixão
sozinho para o túmulo.
Luís Alberto Alves,
jornalista, editor do blogue Cajuísticas
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