sexta-feira, 29 de abril de 2022

Vladimir Putin está louco!

  Outros alegam que a guerra na Ucrânia é o pano de fundo para os Estados Unidos destruir a Rússia

   Twitter

A intenção de Putin erra assassinar Guterres e o presidente da Ucrânia, Zelensky


Luís Alberto Alves/Hourpress

Bombardear Kiev, durante a visita do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, nesta quinta-feira (28) é a prova de que o ditador russo, Vladimir Putin, perdeu a juízo. Ele sabia que Guterres estaria reunido com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Talvez estivesse tentando assassinar ambos.

O representante da ONU deixou bem claro que não vai desistir de lutar para final da guerra entre Rússia e Ucrânia, além de trabalhar com medidas imediatas para salvar vidas e reduzir o sofrimento daquela nação.

Infelizmente a internet é terra de ninguém. Algumas pessoas escrevem besteiras que considero absurdas. São aqueles adeptos da teoria da conspiração. Repetem o mantra de que na siderúrgica onde estão cercados soldados e civis na Mariupol, ali existe um laboratório de armas biológicas.

Otan

Outros alegam que a guerra na Ucrânia é o pano de fundo para os Estados Unidos destruir a Rússia, usando a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como isca. Não querem reconhecer que Vladimir Putin é doido. Levou as Forças Armadas de seu país para uma “roubada”. Já perdeu cerca de 20 mil soldados e teve parte do seu arsenal destruído.

Conseguiu colocar o mundo civilizado contra si, num boicote sem precedentes. O sistema financeiro russo perdeu a sintonia ao ser excluído do Swift (Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). Fora deste sistema, nenhum banco da Rússia consegue enviar ou receber informações no mercado internacional de valores.

A birra de Putin provocou a saída de inúmeras multinacionais do seu país. O resultado disto é aumento do desemprego. A taxa de juros subiu de 9% para 20% numa canetada, como recurso para impedir a dilapidação do sistema financeiro. Parte da população, enquanto pode, retirou o seu dinheiro existente nos bancos.

Moscas

Apelou para a censura como recurso para impedir que a população saiba o que está acontecendo na Ucrânia. Como não existe nada que fique escondido durante muito tempo que não seja descoberto, aos poucos o povo russo descobre que jovens recrutados pelo Exército estão morrendo iguais as moscas nos combates com os ucranianos.

Pior: inúmeros feridos estão com medo de retornar à Rússia, pois correm o risco de enfrentar fuzilamento. A fome, corrupção e falta de profissionalismo são as marcas do Exército de Vladimir Putin na Ucrânia. A frota, que no dia 24 de fevereiro, era vendida como máquina de destruição rápida virou sucata. Se estivesse diante do armamento sofisticado dos países que compõem a Otan, o massacre ocorreria rapidamente.

Putin ameaça com armas nucleares caso a temperatura aumente. Papo furado! Ele sabe que o seu parceiro, a China, já disse que essa hipótese não deve ser usada. É igual furar o piso do navio que está transportando refugiados. Este barco é o planeta Terra. O problema é que estamos diante de um louco. Esse é o risco que todos nós corremos.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas

Consagração da Rússia e Ucrânia, por quê?

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Soldados ucranianos na luta contra os russos

Dom Pedro Carlos Cipollini -- Bispo de Santo André

Alguém disse que os buracos negros, estudados pela Física, fornecem perspectiva da nossa insignificância. O filósofo Blaise Pascal, inventor da máquina de calcular, observa que a principal doença do homem é a curiosidade inquieta das coisas que ele não pode conhecer. No entanto, sabemos que o ponto alto da inteligência humana é saber que não se consegue saber tudo, há limites. Não só a constatação da nossa incapacidade de conhecer o Universo da matéria nos interpela, mas também a percepção do mistério de um mundo invisível, real e espiritual. E aqui me vem à mente a frase mil vezes repetida de Saint-Exupéry: “O essencial é invisível aos olhos”.
 

Ao vermos pela televisão a imensidade da destruição que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia provoca, mais facilmente avaliamos os danos materiais. Nesta loucura da guerra, porém, há um imenso dano invisível, um imenso dano espiritual que vai secando a seiva da árvore da humanidade. Com todo respeito aos que não acreditam, o ser humano tem uma “alma” de valor infinito, uma consciência que jamais morrerá, e que adentra a eternidade, quando passa pela porta da morte. A alma é a causa eficiente e o princípio organizador do corpo vivo, afirmou Aristóteles.
 

Tudo isto reflito porque é muito normal pensarmos a guerra em termos econômicos ou perdas materiais. Raramente pensamos a partir do mistério que nos envolve por dentro e por fora de nossa existência. Não me refiro somente ao mundo dos sentimentos, já que o coração tem razões que a própria razão desconhece. Refiro-me ao mundo interior, mundo do mistério que habita em nós e que na Sagrada Escritura, nos Evangelhos, Jesus chama de “Pai”. Um Deus Pai criador que não abandona a sua criação, embora não seja escravo das leis da mesma, que ele criou, pelo que podemos sim falar em milagre. Por outro lado, Deus respeita nossa liberdade.


Guerra
 

A partir do reconhecimento da existência do Mistério, da Revelação de Deus aos seres humanos que Ele criou por amor, e redimiu através de Jesus Cristo, seu Filho feito homem, é que podemos falar em “consagração”. O Papa Francisco convidou as pessoas de fé e as pessoas de boa vontade a se unirem a ele na consagração da Rússia e Ucrânia a Deus pelas mãos de Nossa Senhora de Fátima, a mãe de Jesus, Filho de Deus. Assim ele coloca na frente da humanidade suplicante pelo fim da guerra, a Maria de Nazaré, que aceitou colaborar com Deus na história da salvação. 


Ela aceitou a missão de ser mãe de Jesus, o redentor, e por isso também mãe dos redimidos. Foi a primeira que acreditou, sendo fiel até o fim. O evento de Fátima recorda-nos a primazia de Deus, em um mundo que aos poucos vai se esquecendo Dele. Dizer primazia de Deus quer dizer primazia do ser humano também, criado à sua imagem e semelhança. Sem Deus o homem não se explica, se complica.
 

Consagrar a Deus estas duas nações, através do Imaculado Coração de Maria, é olhar esta guerra num nível mais alto, profundo e misterioso. O mundo do transcendente, mundo espiritual, esta “eletricidade” que ninguém vê, mas nos envolve o tempo todo e nos ilumina a partir de dentro. Esta consagração é um chamado a ver este conflito por outro ângulo, o das coisas que valem a pena, daquilo que permanece. E o que permanece é o que pertence a Deus, tudo o mais está fadado a desfazer-se em nada. Pertencer é o significado de consagração. De fato, consagrar significa “separar para”, tornar sagrado, e no caso aqui, tem o sentido de reservar para Deus. Fazer voltar a ser de Deus o que o homem lhe rouba espalhando a morte.


Vaidade
 

E o que é de Deus, o que pertence a Ele? A vida, a paz, a fraternidade universal, a civilização do amor. Tudo isto não só é plano de Deus, Reino de Deus como diz a Bíblia, mas é aspiração mais profunda do ser humano, quando não está embebedado pela busca do poder, ganância e vaidade.
 

O pedido do Papa Francisco, ao consagrar a Ucrânia e a Rússia à intercessão da Mãe de Jesus é chamar à consciência de que o verdadeiro poder é o poder de Deus que se difunde pelo amor que gera vida, e não pela violência que gera morte. E Maria por ter aceito a missão de mãe do Filho de Deus, pode agir para que Ele seja acolhido como salvador, pois “Ele é a nossa Paz”, diz o apóstolo São Paulo. O mundo espiritual pode assim intervir na realidade da história, colaborando com a humanidade para ajudá-la na sua realização.
 

Esta consagração é uma chamada a respeitar a ordem estabelecida por Deus e impressa na consciência de cada pessoa. Consciência de que, com a guerra todos perdem e se perdem, com a paz todos ganham e se salvam. A reconstrução material depois de uma guerra é relativamente rápida. A reconstrução moral e espiritual demora gerações para acontecer, dado que, com a guerra há uma degradação profunda que atinge o espiritual. E aqui cabe a pergunta de Jesus: “O que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 16,26).
 

E é justamente a força interior de cada um e de cada povo, é a força espiritual que pode proporcionar a esperança, capaz de fazer renascer a vida onde foi espalhada a morte. Consagrar é acreditar na força das sementes do bem, espalhadas no coração do homem, sementes que passando pela morte, ao morrerem, fazem brotar a vida.

 

Como chegamos à crise entre Executivo e Judiciário

 Havia um clima de que estava havendo um combate à corrupção sistêmica no Brasil

   EBC

Sérgio Moro deixou o governo fazendo acusações contra Bolsonaro


Francisco Gomes Júnior

De início, bom esclarecer que este texto não tem caráter político, mas quer abordar fatos ocorridos que acabaram gerando a crise institucional que o país atravessa. Não se quer tomar partido de nenhum dos lados, mas dizer verdades sobre todos mesmo sob o risco de desagradá-los.

Condenado em várias instâncias por corrupção e outros crimes, Lula não concorreu nas eleições de 2018 e foi preso em abril daquele ano. Em decorrência da Lava-Jato, foi exposto o Petrolão (escândalo envolvendo diretores da Petrobrás de nomeação política) que levou à cadeia muitos políticos de variados partidos, como PT (Partido dos Trabalhadores) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Havia um clima de que estava havendo um combate à corrupção sistêmica no Brasil e a punição dos envolvidos confirmava isso.

Nessa atmosfera de combate à corrupção e rejeição às velhas práticas políticas, foi eleito Jair Bolsonaro. Iniciou-se o mandato com nomes técnicos nomeados para Ministérios e sem o tradicional loteamento de cargos de primeiro escalão. Entretanto, ao perceber que com essa composição não iria contar com uma maioria parlamentar que desse segurança para chegar ao final do mandato, Bolsonaro cedeu a seus conselheiros militares e fez uma série de composições políticas com o denominado Centrão.

Moro

Frustrou-se a expectativa inicial de eliminar a velha política.  Com a ida de Sérgio Moro para o governo, a operação Lava Jato começa a desacelerar e suspeitas começam a surgir sobre a imparcialidade do juiz que, após julgar opositores a Bolsonaro, acabou aceitando fazer parte do governo dele. Falava-se muito que Moro teria aceitado o cargo diante de uma promessa para ocupar uma das vagas futuras no STF (Supremo Tribunal Federal), versão desmentida pelo governo e por Moro.

No Judiciário, em abril de 2019, foi instaurado Inquérito pelo Presidente do STF, Ministro Dias Toffoli, para investigar a existência de notícias falsas contra membros da Corte Constitucional. O próprio Ministro Toffoli nomeou como relator do Inquérito o Ministro Alexandre de Moraes. Desde a abertura do inquérito muito se questionou sobre sua legalidade e o Ministério Público por meio da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, requereu o arquivamento da investigação por considerá-la inconstitucional.

O Ministro Alexandre de Moraes recusou o arquivamento e deu seguimento às investigações, levando a questão da validade do Inquérito à votação do plenário do STF. Deu-se aval para a continuidade das apurações e validou-se os atos passados. A partir de então, uma série de operações foram deflagradas e conduzidas pela Polícia Federal atingindo empresários, influenciadores digitais e parlamentares, a maioria deles apoiadores do governo Bolsonaro.

STF

Em novembro de 2019, em uma reviravolta do STF, considera-se a prisão em segunda instância ilegal e Lula é liberado da prisão. Partidários de Lula criticam o STF por tê-lo impedido de concorrer nas eleições de 2018 e partidários do governo e outros setores da sociedade ficam com  sensação de insegurança jurídica e impunidade.

Em abril de 2020, Sérgio Moro deixou o governo fazendo acusações contra o Presidente, reclamando de interferência do Presidente junto à Polícia Federal. A Lava Jato é praticamente enterrada para novas apurações e surgem gravações clandestinas denominadas como Vaza Jato, que demonstram condutas reprováveis do Juiz Moro. Com isso, Ministros do STF que reprovavam a operação começam a explicitar que a operação foi toda conduzida de forma ilegal, com atropelo das leis e procedimentos.

Chega 2021 e o Presidente adota um tom político agressivo, comparecendo a manifestações que defendem intervenção militar e acusando o STF de ativismo judicial. Os ânimos ficam acirrados até o dia 7 de setembro, mas não há ruptura. Governo e STF vivem uma trégua por meses, mas o país está polarizado, não entre partidos políticos, mas entre o Executivo e o Judiciário.

Fiel

Deixando paixões de lado, é óbvio que Bolsonaro abandonou o discurso que o elegeu. Não é um novato antissistema, mas um político do velho sistema. Decepcionou muitos, mas manteve uma parcela do eleitorado fiel e que se mantém engajado através das mídias sociais.

O Judiciário, por sua vez, deu andamento ao inquérito com vício de origem, decretou depois de 5 anos a incompetência e imparcialidade de Moro para julgar as ações de Lula. Ajudou a instalar uma visão de que privilegia a impunidade, corroborada ainda pela soltura de um conhecido traficante. Passou a ser criticado por governistas e a ser alvo de constantes recursos da oposição. Perdeu credibilidade.

Óbvio que o Executivo tem as suas justificativas políticas para seus atos, assim como o Judiciário tem leis que justificam suas decisões. Mas o fato é que, com exceção daqueles seguidores menos críticos que tudo aceitam, há uma frustração com o Executivo e com o Judiciário. 

Motivos

E agora, em novo round da “guerra”, o Judiciário julga e condena um deputado com base em investigação realizada no inquérito com vício de origem e o Executivo decreta uma graça (indulto individual) anulando a condenação. Ao que tudo indica, não teremos um consenso entre as partes. Assistindo a tudo, um Legislativo pouco ativo que se alia ao Executivo por interesses questionáveis e mantém interlocução com o Judiciário por motivos idem.

Como dito, este texto não opina, não toma partido, apenas relata. Há muito mais a relatar, mas a extensão do texto não permite. Continuemos acompanhando o jogo político, a fogueira das vaidades, o oportunismo e aguardando o próximo dia 7 de setembro. 

Francisco Gomes Júnior - Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor

Mulheres não querem emprego, querem ser donas do próprio negócio

Pixabay


  • Nas regiões Nordeste e Sul, 56% e 45% das mulheres, respectivamente, as demonstram mais desejo de empreender
     
  • A atividade de motorista parceira tem sido uma oportunidade para começar o próprio negócio Há tempos, as mulheres deixaram o papel exclusivo de cuidar da casa, e conquistaram o direito ao trabalho

  • Redação/Hourpress 

Elas querem ser donas do próprio nariz e do próprio negócio. Pelo menos é o que demonstra uma pesquisa encomendada pela 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, e desenvolvida pela Consumoteca. 78% das mulheres brasileiras participam diretamente das despesas da casa, arcando com os custos sozinhas ou compartilhando com companheiros, companheiras, familiares ou amigos e quase metade delas quer empreender, ou ser autônomas, sem patrão.


Segundo a pesquisa, 44% das brasileiras têm como maior sonho trabalhar por conta própria. Essa meta atinge números ainda maiores na região Nordeste, onde empreender é desejo da maioria das mulheres (56%), seguida pelas regiões Sul (45%), Centro- Oeste e Norte (41%) e Sudeste (37%). Dentro desse objetivo, muitas encontram nos aplicativos de transporte uma resposta para a independência financeira.


Isso explica o crescimento de pedidos para inserir a indicação de EAR (Exercício de Atividade Remunerada) na carteira de habilitação. Só em São Paulo, segundo o Detran, entre 2019 e 2021, houve crescimento de 17% no número de mulheres que solicitam carteira de motorista. Atualmente, as motoristas que trabalham com condução de veículos representam quase um quarto (23%) do total de pessoas com EAR em São Paulo.


Exemplo


É o caso da motorista parceira da 99, Jaqueline Ramos da Silva. Segundo ela, a atividade permite que ela estabeleça a sua jornada e possa ter mais controle sobre seu tempo para se dedicar aos estudos, por exemplo. “Dirigir me proporciona um ganho e a flexibilidade de tempo que preciso”, disse.


Apesar de grandes conquistas, há muito caminho pela frente. Para permitir ainda mais oportunidades às mulheres que buscam seus sonhos, a 99 lançou, neste mês de março, o DriverLAB, uma área dedicada 100% a motoristas parceiros, com a finalidade melhorar a experiência das mulheres motoristas parceiras na plataforma, oferecendo uma vida melhor para elas.


DriverLAB visa gerar soluções que reduzam custos e ajudem parceiras a terem ainda mais segurança, diálogo e comunicação transparentes, reduzindo seus custos. Nos próximos três anos, a 99 investirá R$250 milhões em iniciativas e projetos para essas finalidades, sendo R$100 milhões somente em 2022. O Kit Gás, que converte carros em GNV, é um dos projetos que estão em teste já em duas cidades: São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).


Direção


“Apesar de representarem 51,8% da população brasileira e 60% da base de passageiros da 99, as mulheres representam, ainda, somente 5% da base de motoristas parceiras do app. Esses dados deixam claro que elas estão buscando atividades que são, culturalmente, ocupadas por homens. Tais fatos reforçam a importância da 99 continuar na busca de soluções para garantir que as mulheres ocupem o lugar que elas quiserem e para que possam, cada vez mais, tomarem a direção dos seus carros e da sua vida”, afirmou Juliana Biasi, diretora de Marketing da 99.

 

A pesquisa foi realizada pela Consumoteca a pedido da 99, em 14 de fevereiro de 2022, por meio de questionários online por todo o país. Foram ouvidas 1.110 pessoas com mais de 18 anos, sendo 800 mulheres e 300 homens das classes A,B e C.


Motorista 


Jaqueline Ramos da Silva é motorista parceira da 99 há quatro anos, e arca sozinha com as despesas de onde mora. Para ela, dirigir permite que estabeleça a sua jornada e possa dividir o tempo do dia com outras atividades que gosta de fazer como, por exemplo, estudar. “Terminei recentemente um curso de psicanálise e já posso começar a atender. Foi dirigindo que descobri esse talento da escuta empática, o que me levou para o curso. Além disso, como sou formada em produção audiovisual e uso parte do dia para fazer alguns Jobs (os conhecidos bicos). Dirigir me proporciona um ganho e a flexibilidade de tempo que preciso”, diz.


Jaqueline foi recentemente homenageada pela 99 na campanha #ElasChegamJuntas, sob iniciativa do 99 Mais Mulheres, que tem como objetivo trazer mais segurança, liberdade e autonomia para motoristas parceiras e passageiras. Ela ganhou um painel em uma das empenas do viaduto João Goulart, mais conhecido como “Minhocão”, a cidade de São Paulo Desde 2019, a plataforma desenvolve o 99 Mais Mulheres com inúmeras iniciativas internas e externas para reforçar o debate da igualdade de gênero.


O empoderamento feminino e iniciativas empreendedoras para mulheres. Além de campanhas, somam-se ações como botão de denúncia contra violências em parceria com o projeto Justiceiras, a doação de corridas para Delegacias das Mulheres, o 99Mulher e o +Mulher360.  

Qual será o futuro da gestão de pessoas?

 Preocupadas em como garantir sua continuidade

Muitos aprendizados foram sentidos durante este período

Ricardo Haag

As relações entre as empresas e colaboradores mudaram drasticamente durante a pandemia. Em meio ao distanciamento ocasionado pelo isolamento social, a reinvenção na gestão de pessoas se tornou uma estratégia primordial para garantir a perpetuidade das operações com a mesma qualidade do presencial. Muitos aprendizados foram sentidos durante este período, com importantes perspectivas do que ainda veremos no futuro.

Preocupadas em como garantir sua continuidade em meio à tamanha crise, ações direcionadas para o aprimoramento dos processos com foco em melhores resultados, se tornaram estratégias comuns entre muitos empreendedores. Claramente, buscar um aperfeiçoamento constante dos produtos e serviços ofertados sempre é uma medida obrigatória de crescimento organizacional. Contudo, essa demanda não foi a única.

Todo processo envolve uma série de profissionais qualificados por trás, desempenhando suas funções com êxito para a conquista das metas estipuladas. Quando satisfeitos com suas posições e conscientes da importância de seu trabalho para a empresa, a produtividade e ganho operacional são vantagens consequentes para toda companhia – feito que depende, indiscutivelmente, de uma gestão de pessoas marcante e de líderes preparados para conduzir os times rumo à jornada desejada.

Perfil

Os funcionários devem ser os protagonistas das estratégias corporativas. É preciso remodelar o olhar interno com lentes voltadas à empatia e sensibilidade, motivando cada um para que entregue seu melhor, independentemente do nível hierárquico ou conhecimento técnico. Diante de uma geração marcada pela ampla consciência individual e seu valor como integrante de uma comunidade, saber como lidar com cada perfil se tornou essencial – assim como integrá-los às equipes em prol de um trabalho colaborativo e com relações próximas.

Felizmente, a boa liderança é uma habilidade que pode ser adquirida. Para se destacar e adentrar esta nova era da gestão de pessoas, todo líder deve ser um ponto de convergência e alinhamento entre o gerenciamento emocional de todos, e os interesses dos acionistas. Um intermediário no caminho a ser percorrido para que as expectativas de todos sejam atendidas e mantidas a longo prazo.

Segundo um estudo da Gallup, um líder assertivo tem influência de até 70% no engajamento dos funcionários com o negócio. Mas, grande parte ainda não está preparada para isso. É preciso entender a fundo o perfil e preferências de cada um – e, acima de tudo, como unir e transformar estas diferenças em competências promissoras para o desenvolvimento do negócio.

Empresas

O senso de pertencimento e o propósito de seu trabalho para o crescimento da companhia são fatores primordiais que devem integrar a liderança na gestão de pessoas. Quando bem desenvolvidos, são capazes, até mesmo, de superar a valorização da remuneração ofertada – afinal, o legado das empresas já se tornou um fator decisivo para muitos candidatos.

A cada nova geração de profissionais, liderá-los se torna mais desafiador. Diante de constantes mudanças, o carisma, a proximidade e empatia serão as grandes chaves de sucesso para aqueles que assumem este papel. A gestão de pessoas de sucesso no futuro, depende de um aprendizado contínuo para que a empresa atraia candidatos cada vez mais qualificados para o seu destaque no mercado.

Ricardo Haag é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Emicida revisita carreira em EP auto intitulado

 Composto por seis faixas, o trabalho reafirma a conexão do artista com o segmento gamer 

    Divulgação



Redação/Hourpress

"É necessário voltar ao começo" é um verso que marca a primeira mixtape de Emicida, mas que, ao longo dos anos, também se tornou uma espécie de tônica para que o rapper paulistano pudesse construir uma carreira sólida e condizente com as suas convicções. Hoje, sexta-feira, o artista disponibilizou nas plataformas de streaming de áudio um EP auto intitulado e que, por meio de seis faixas, traça uma linha narrativa do caminho percorrido por ele até aqui (ouça aqui). O trabalho chega pela Laboratório Fantasma, empresa que Emicida toca ao lado do seu irmão, Evandro Fióti, e que completa 13 anos de existência no dia 1 de maio. A distribuição do EP fica aos cuidados do da Sony Music Brasil.

O repertório ganhou nova produção musical pelas mãos do renomado produtor Damien Seth e reforça a conexão de Emicida com o segmento de games, tecnologia e cultura geek. A iniciativa partiu da Laboratório Fantasma no intuito de levar para o público uma coletânea que marca os seus 13 anos de história. "Gueto", que tem a participação de MC Guimê e foi lançada originalmente no disco O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui (2013), é responsável por abrir a trilha do EP,  reforçando que, independente do meio, o gueto sempre estará presente. Na sequência, "Triunfo", "A Chapa é Quente" (com participação de Rael), "Eminência Parda" (com participação de Dona Onete, Jé Santiago e Papillon) e "Levanta e Anda" (também com Rael) entregam linhas de vitória, contestação e também superação.

O EP é encerrado por "AmarElo", canção que é um marco na música brasileira e que traz sample de Belchior (de "Sujeito de Sorte") e as vozes de Pabllo Vittar e Majur.

 Ouça o EP Emicida aqui

 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Torturadores precisam ser condenados e presos!

 

A máquina de dar choque, tenebrosamente conhecida como “pimentinha”, ao girar a sua manivela, liberava descarga elétrica

Neste prédio morou um dos acusados de torturar o metalúrgico Manoel Fiel Filho no DOI/Codi em 1976


Luís Alberto Alves/Hourpress

O acusado de ser opositor ao Regime Militar de 1964, quando caia na casa de horrores, na Rua Tomaz Carvalhal, nº 1.030, Paraíso, Zona Sul de São Paulo, a poucos metros do Parque Ibirapuera, estava entrando no inferno. Sem roupas e descalço era pendurado no pau de arara.

Tinha vários fios elétricos desencapados amarrados no pênis, orelhas, língua, enfiados embaixo das unhas dos pés e mãos e logo começavam o interrogatório. “Quero fulano de tal”, gritava o torturador, geralmente PM, delegado ou investigador ou militar do Exército, Marinha ou Aeronáutica.

A máquina de dar choque, tenebrosamente conhecida como “pimentinha”, ao girar a sua manivela, liberava descarga elétrica por alguns segundos, mas suficiente para vítima balançar na barra de ferro em que estava pendurado através do vão de suas pernas amarradas sob um cavalete ou duas mesas que serviam de suporte. O organismo reagia liberando urina ou fezes.

Tortura no pau de arara


Sofrimento

Às vezes a sessão de tortura durava horas, com o preso desmaiando várias vezes. Para acelerar o sofrimento, os torturadores agrediam o suspeito com uma pesada palmatória, nas articulações dos braços e pernas, e também nas costas, na região dos pulmões e rins. Poucos conseguiam resistir muito tempo, sem confessar algo. O sofrimento contribuía.

A cada descarga elétrica, a morte passeava na sala de horrores onde funcionou o famigerado DOI/Codi  (órgão de investigação da ditadura militar de 1964 que matou inúmeros opositores). Dessa equipe de troglodita pertenceu, segundo o grupo de Direitos Humanos Tortura Nunca Mais, o delegado Edevarde José, já falecido, que em 16 de janeiro de 1976, então com 45 anos, ao lado do tenente da PM, Tamotu Nakao, que se mudou para Ribeirão Preto (SP), torturar e matar o metalúrgico Manoel Fiel Filho.

Por causa da Lei de Anistia, aprovada no final da década de 1970, ele e outros acusados de tirar a vida de inúmeros opositores do Regime Militar de 1964, escaparam da prisão. O que não ocorreu no Chile, Argentina e Uruguai. Durante os seus últimos anos de vida, Edevarde viveu no apartamento 23, da Rua Brigadeiro Galvão, 247, Barra Funda, Zona Oeste. Talvez muitos moradores nunca prestaram atenção naquele velhinho de 85 anos, em 2016, tomando café na padaria da esquina.

Terroristas

Desconhecia que ele, na década de 1970, principalmente no período entre 1973 e 1977, fazia parte do grupo de trogloditas usado pelo ditador de plantão Ernesto Geisel, no comando do País, naquela época, para através do sofrimento arrancar confissões dos opositores, denominados pelo regime, como terroristas. Neste time estavam inclusos jornalistas, metalúrgicos, estudantes universitários como Alexandre Vannuchi, políticos cassados, sindicalistas.

Sem comer, beber e com sono (não permitiam os presos dormirem), os suspeitos, segundo a Ditadura de 1964, eram torturados horas e até dias. As mulheres eram abusadas sexualmente. Depoimentos de algumas delas, relatam que alguns torturadores sentiam prazer em se masturbar e espalhar espermatozoide sobre os locais machucados das vítimas. O coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra, após ser emissário de satanás na vida dos torturados, aos domingos assistia culto na igreja Metodista, onde era membro.

É triste ouvir do vice-presidente Mourão, em tom de ironia, que os torturadores que fizeram o trabalho sujo da Ditadura, não podem ser presos, porque agora são cinzas.  Ele sorriu ao saber da recente descoberta de aproximadamente mais de 10 mil áudios de conversas de ministros do Supremo Tribunal Militar (STM) a respeito das vítimas que passavam por aquele órgão, acusadas de crimes contra o regime militar. Essa página precisa ser virada, com a punição desses assassinos. Alguns estão vivos, já com cerca de 90 anos. Nazistas, com essa idade, quando presos, são condenados.  No Brasil, precisa ocorrer o mesmo.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas.


segunda-feira, 11 de abril de 2022

Conheça "O flagelo do desemprego"

 Tony Fernandes


Luís Alberto Alves/Hourpress

O que descrevo neste livro é mais que economia real. É a realidade. Quando lemos sobre o desemprego ou fechamento de uma fábrica, nem sempre lembramos que aqueles números são pessoas. Gente como você, ou eu, que saía de casa para trabalhar e se vê sem trabalho, sem recursos, sem respeito, sem chão.

O próprio trabalho pode ser uma fonte de sofrimento mental. Há estudos que tratam disso. E a falta de trabalho, de emprego, pode desestruturar uma pessoa ou uma família. Em minha narrativa, mostro o que pensa, sente e sofre um desempregado.

É fato que o mundo do trabalho mudou muito. Automação, terceirização, novas modalidades. Fábricas produzem muito mais com muito menos gente. O setor financeiro, de lucros extraordinários, nas últimas décadas reduziu significativamente sua mão de obra, com o avanço dos serviços digitais.

Olhos

Agora também cresce o que se chama de trabalho por aplicativos, a “uberização” do trabalho, que ainda carece de regulamentação, mas expõe transformações que nem sempre nos damos conta. O “apito da fábrica de tecidos” da canção de Noel Rosa já não se escuta – foi substituído por um iphone.

Em meu relato direto, mostro os olhos de um desempregado (que procura uma vaga), as pernas de um desempregado (que se desloca para todo lugar em busca de uma vaga) e os dilemas de quem encontra apenas portas fechadas.

Em tempo: o Brasil fechou 2021 com taxa média de desemprego de 13,2%, a segunda maior da série histórica do IBGE. Isso equivale a 13,9 milhões de pessoas desempregados. Há ainda os chamados subutilizados (gente que gostaria de trabalhar mais), os desalentados (aqueles que desistiram de procurar trabalho) e uma imensa massa de informais, que compõem 40% da população ativa.

O livro O flagelo do desemprego pode ser comprado através da plataforma digital amazon.com.br, por meio do link O flagelo do desemprego: https://www.amazon.com.br/dp/B09XN6PNV7/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=BBP55VVPJBGE&keywords=O+Flagelo+do+desemprego&qid=1649700230&sprefix=o+flagelo+do+desemprego%2Caps%2C210&sr=8-1 ou edição de papel pelo whatsapp 11 95691-4434, onde será passado o endereço para a entrega e a forma de pagamento. No amazon, a edição sai por R$ 24,00 e a de papel, R$ 35,00, incluído o preço do frete.

Histórico

Em 35 anos de profissão trabalhei no Diário Popular, DCI, Folha da Tarde, Metrô News, Folha Metropolitana, Imprensa Oficial do Estado de SP, revista Noivas, Revista Cipa, Revista TruckMotors, Revista Revenda Construção, assessoria de imprensa no SindiQuímicos Guarulhos e CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico). Em paralelo escrevo para dez blogues, que juntos somam cerca de 1,7 milhão de acessos, entre eles hourpress, blackmusicworld, sallcompimenta, cajuisticas etc.

Luìs Alberto Alves é editor do blogue cajuísticas. 



quarta-feira, 6 de abril de 2022

Rússia continua chacina na Ucrânia

 

 Perícia independente comprova a veracidade das imagens

    Twitter

Ciclista foi alvejado com vários tiros de alto calibre disparados por blindados russos


Luís Alberto Alves/Hourpress

Na guerra, a primeira derrotada é a verdade. Após a divulgação das imagens feitas por satélites mostrando diversos corpos espalhados pelas ruas de uma cidade na próxima a Kiev, o ministério da Defesa da Rússia alegou que a Ucrânia estaria fazendo propaganda falsa, jogando a culpa os soldados do seu exército que se retirava das proximidades de Kiev. Infelizmente as imagens são verdadeiras. Os militares russos executaram mais de 400 civis, alguns com os punhos amarrados às costas.

Hoje (6) surgiu mais evidência dessa chacina autorizada pelo regime sanguinário de Vladimir Putin, herdeiro de Adolf Hitler na triste arte de cometer atrocidades. Uma filmagem feita por moradores da cidade de Bucha, a 100 km de Kiev, mostra um ciclista sendo alvejado por um blindado russo ao virar a esquina de uma rua.  Perícia independente comprova a veracidade das imagens. Um cidadão receber vários tiros de alto calibre por estar andando de bicicleta. Que perigo ele oferecia aos soldados russos?

Nesta quarta-feira (6), os bombardeios voltaram às cidades de Mariupol (completamente destruída) e Kharkiv. No leste da Ucrânia, próximo à localidade de Dnipro, um depósito de petróleo foi alvo dos ataques. Estas ações mostram que o governo russo é mentiroso, quando prometeu retirar as suas tropas em busca de cessar-fogo. Mentiroso é igual cobra: quando a pessoa se distrai ou vira as costas, ela ataca. Essa máxima deve ser aplicada ao ditador Vladimir Putin.

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue cajuísticas.

Tanque de guerra dispara várias vezes contra ciclista

Corpos são encontrados nas ruas de Bucha, na Ucrânia

sexta-feira, 1 de abril de 2022

A capacidade de se adaptar à tristeza

Nos primeiros dias, essas cenas provocavam impacto


Numa guerra, dor de um pai ao ver a filha perto da morte não choca mais 


Luís Alberto Alves/Hourpress

A guerra na Ucrânia já passou de um mês. A violência, as explosões das bombas, os crimes de guerra, as pessoas feridas, os corpos dos mortos espalhados pelas ruas. Nos primeiros dias, essas cenas provocavam impacto. Mas agora tudo isso cai na rotina. Algo que não mexe mais com o emocional. Porém, qual a razão para tudo isto?

Nós temos a capacidade de adaptação a qualquer situação. Lembre-se quando comprou o seu primeiro automóvel. O cuidado para colocá-lo na garagem, para dirigir nas ruas e até para abastecer. Tudo era novidade. Passados alguns meses, ele já não desperta atenção. Caiu na rotina. Lembra-se dos primeiros dias de casado? A paixão e o carinho. E após dez anos de casamento? Continua o mesmo clima?

Com a morte ocorre o mesmo. Você fica sem chão quando recebe a notícia de que alguém da família morreu. Pai, mãe, filho, esposa, irmão. A tristeza machuca o coração. O apetite e a sede desaparecem, junto com o sono. No velório, o clima é de final de mundo. Parece que a vida perdeu o sentido. Após alguns anos, essa sensação não é a mesma. Ocorreu a adaptação!

Síria

Tanto para tristeza ou para alegria, nós conseguimos nos encaixar. Poucas pessoas ficam presas nestas situações. O luto passa. Com a guerra é a mesma coisa. Quantos se lembram que a Síria está mergulhada há 11 anos num conflito que já dizimou parte de sua população, inclusive com a ajuda das Forças Armadas russas?

Não sei quanto tempo vai durar a guerra na Ucrânia. Porém, aos poucos ela se encaixa na rotina das pessoas. Por causa da dureza de coração, muitos deixam de olhar para o drama que aquela população enfrenta ao ver o seu país invadido pelo exército inimigo. Não ficam chocados ao ver um filho chorando ao lado do corpo do pai morto, nem da mãe em prantos ao perder o filho.

É como se aquilo não tivesse nenhuma ligação conosco. Lembro-me de uma frase escrita na lápide de um túmulo que dizia o seguinte: “Não se preocupe, você será amanhã, o que sou hoje”. No velório poucos imaginam que em algum dia, mais a frente, ele estará naquela situação. Algo certo! Porém, não pensamos nisto. Como se fosse algo distante, sem nos atingir. Infelizmente com a guerra na Ucrânia ocorrerá o mesmo.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue cajuísticas.