terça-feira, 9 de março de 2021

Plataforma revela desigualdade de conectividade e acesso à escola entre os jovens

 


As análises são feitas com base nos bancos de dados do IBGE, Inep, Ministério da Saúde e Ministério da Economia

Redação/Hourpress

Queda no acesso a computadores entre os jovens; forte desigualdade regional na conexão à internet; menor acesso a atividades escolares durante a pandemia entre estudantes negros e pobres. Esses são alguns dos novos dados disponíveis na atualização da Plataforma Juventude, Educação e Trabalho, ferramenta que reúne informações, análises e conteúdo audiovisual sobre esses três temas no país. A plataforma gratuita, desenvolvida pela Fundação Roberto Marinho com apoio do Itaú Educação e Trabalho, pode ser acessada em pjet.frm.org.br

Usuários de 32 países já acessaram a plataforma em busca de dados sobre o Brasil
Com gráficos, mapas, análises e uma navegação intuitiva e contextualizada, a plataforma traz dados sobre o cenário nacional e também segmentados por municípios, estados e Distrito Federal, além da comparação entre regiões do país. Também é possível filtrar por sexo, cor/raça, nível socioeconômico e renda domiciliar per capta e faixas etárias. As análises são feitas com base nos bancos de dados do IBGE, Inep, Ministério da Saúde e Ministério da Economia.

São três grandes seções: Educação, com indicadores como distorção idade-série/ano, acesso à escola, Ideb, rendimento, aprendizado adequado e formação de professores; Trabalho, com dados sobre a situação dos jovens no mercado de trabalho, informalidade e desemprego entre os jovens; e Juventudes, que aborda questões como gravidez na adolescência e violência e conectividade nos domícilios com jovens de 15 a 29 anos.

Na atualização da plataforma estão disponíveis informações sobre conectividade entre os jovens; atividades escolares durante a pandemia, de julho a novembro de 2020; e dificuldades estruturais como o percentual de jovens que não concluíram o Ensino Fundamental e Ensino Médio (2019) e o indicador de aprendizado adequado segmentado por cor/raça e gênero.

Veja abaixo alguns destaques
• Acesso a computador ficou mais desigual entre os jovens:
Na Região Sudeste, 55,2% dos jovens entre 15 e 19 anos têm computador, enquanto na Região Norte, esse número cai para 30,5%, o menor índice do país. A região com mais jovens com acesso a computador é a Região Sul, com 58,6% dos jovens (Pnad Contínua IBGE)

• Forte desigualdade regional no acesso à internet:
Na Região Sudeste, 94,4% dos jovens entre 15 e 19 anos têm acesso à internet. Na Região Norte, a menos conectada, esse número cai para 78,1% dos jovens (Pnad Contínua IBGE)

• 1 em cada 4 jovens de baixa renda não têm acesso à internet em seus domicílios (Pnad Contínua IBGE)

• Um em cada 4 estudantes do Ensino Médio não tinha atividade escolar nas regiões Norte e Nordeste em novembro/2020 (Pnad Covid/IBGE, novembro/2020).

• Jovens de famílias pobres e negros não tinham atividades escolares em % maior que jovens mais ricos e brancos (Pnad Covid/IBGE, Novembro/2020)

• Um em cada 3 jovens de 19 anos não terminou o Ensino Médio no país (Pnad Contínua/IBGE, 2019). A proporção varia desde a metade dos jovens (no Pará) a 1 em cada 5 jovens (Distrito Federal).

• Um em cada 5 jovens de 16 anos não terminou o Ensino Fundamental no país (Pnad Contínua/IBGE, 2019). A proporção varia entre 41% dos jovens (em Sergipe) e 5,5% dos jovens (São Paulo).


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