segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Fogos de artifício: 5 dicas importantes para proteger os pets


 A queima de fogos nas festas de fim de ano pode assustá-los e causar acidentes
Pixabay
A queima de fogos é bela para os humanos e tortura para os animais


Redação

 Tradicionais nas festas de fim de ano, as queimas de fogos e rojão podem até ser um show à parte para humanos, mas para os pets, o estouro é quase que ensurdecedor. O som desses artefatos tem um nível que já é excessivo para nós, mas para os animais é ainda pior, e podem causar mudanças no comportamento, como agressividade, agitação, salivação em excesso, postura encolhida, tremores, hiperatividade e até a fuga.

A médica veterinária Karina Mussolino, gerente do Centro Veterinário Seres, rede de saúde do Grupo Petz, explica que o estampido dos fogos pode lesionar o tímpano e levar a quadros mais sérios, como a perda total de audição. "Há outros riscos importantes, que precisam ser considerados, como a tentativa de fuga, atropelamento ou mesmo se machucar em portões e janelas", comenta.

Para ajudar os tutores a aproveitar o momento ao lado dos melhores amigos, e em segurança, durante as festas, a profissional elenca cinco cuidados básicos e fundamentais para tranquilizar os pets.



Sozinhos não: estar perto dos bichinhos neste momento faz com que eles se sintam protegidos. Caso seja necessário deixá-los, a dica é espalhar pela casa alguma peça de roupa, toalha ou coberto com o cheiro do tutor.

Ambiente seguro: ao sair, feche portas e janelas. Os felinos gostam de se esconder, para isso, o ideal é restringir o espaço colocando caixas que possam servir de abrigo a eles, principalmente em pontos altos da casa.

Ligue o som: tente ir acostumando os bichos aos barulhos dentro de casa. Vale ligar TV e música com volume alto; fazer sons que simulem estouro com frequência e, enquanto faz isso, procure interagir e desviar o foco dos pets.

Sem punições: esse é um momento de muito estresse para cães e gatos, portanto, nada de demonstrar indiferença ao comportamento deles. Ao invés disso, ofereça recompensas, carinho e fique sempre por perto.

Nada de medicamentos: evite medicar os pets sem orientação de um veterinário na tentativa de acalmá-los. Para gatos, os tutores podem espalhar feromônios pela casa; para cães, deixe ao alcance brinquedos interativos para mantê-los entretidos.

Vigilância em Saúde organiza ação para coibir a venda de animais em feira clandestina

 Ofereceria muitos filhotes para venda na semana do Natal

   Arquivo

Muito consumidor não sabe a origem da carne que leva para casa



Redação

Agentes públicos ocuparam as calçadas do Aquário de Itaquera e os quarteirões adjacentes para impedir a montagem da feira clandestina e prestar serviços de orientação em saúde à população
A Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), em parceria com a Subprefeitura de Itaquera, realizou neste domingo (19) mais uma ação de combate aos maus-tratos e à venda clandestina de animais domésticos.

A operação ocorreu na região do Aquário de Itaquera e teve apoio da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), da Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) Itaquera. Também participaram a Guarda Civil Metropolitana (GCM), Guarda Civil Metropolitana Ambiental, Polícia Militar Ambiental e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além de equipes de autoridades sanitárias, veterinários e agentes de controle de endemias.

Antes das 6 horas da manhã, os agentes públicos ocuparam as calçadas em frente ao Aquário de Itaquera e os quarteirões próximos para impedir a montagem de uma feira clandestina de animais que, segundo informações, seria a maior do ano e ofereceria muitos filhotes para venda na semana do Natal. Devido à chegada antecipada e montagem de tendas do poder público municipal, no mesmo lugar em que seria realizada a feira clandestina, foram oferecidos serviços de orientação em saúde à população.

Em novembro deste ano, as equipes da Covisa e da Cosap já haviam feito uma megaoperação de resgate de filhotes no mesmo local, na qual mais de 50 gatos, coelhos e cachorros foram resgatados, alimentados, hidratados e atendidos por veterinários. Eles também foram vacinados, registrados, castrados, microchipados e encaminhados para adoção (clique aqui e acesse mais informações sobre o procedimento de adoção).

A Prefeitura de São Paulo esclarece que o comércio de animais deve se dar em estabelecimentos devidamente regularizados e com nota fiscal. Dessa forma, qualquer comercialização que ocorra fora dos estabelecimentos regulares, e sem nota fiscal, é considerado comércio ilegal.

A Pasta também orienta que as pessoas que pretendem dar um animal doméstico de presente neste Natal procurem criadores e comércios legalizados e que prezam pela saúde e o bem-estar dos animais.

Não recebeu a segunda parcela do 13º Salário? Saiba o que fazer

 Ele lembra que a multa é administrativa em favor do Ministério do Trabalho

Por causa da crise econômica, muitos trabalhadores ficarão sem 13º salário


Redação

Hoje dia 20 de dezembro vence a data limite para pagamento da segunda parcela do 13º Salário, cujo pagamento é obrigatório. Mas, e se a empresa não pagou, o que fazer?

"O 13º salário é uma obrigação para todas as empresas que possuem empregados, e o seu não pagamento é considerado uma infração (Lei 4.090/62), podendo resultar em pesadas multas para a empresa no caso de autuada por um fiscal do Trabalho. Para se ter ideia, o valor é de 160 UFIRs (R﹩170,25) por empregado, e esse é dobrado em caso de reincidência", diz conta Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Contabilidade.

Ele lembra que a multa é administrativa em favor do Ministério do Trabalho e que, além dessa, dependendo da Convenção Coletiva da categoria, pode existir cláusula expressa retratando a correção do valor pago em atraso ao empregado. É importante lembrar que quem possui empregados domésticos também são obrigados a pagar esse valor.

Para entender melhor, a Confirp Contabilidade respondeu as principais dúvidas sobre o tema:

- O que fazer se a empresa não pagou o 13º salário? A quem recorrer?

Por haver previsão legal para o pagamento, o funcionário ativo que deixou de receber a primeira parcela do 13º salário até o dia 30 de novembro, ou a segunda parcela em 20 de dezembro, poderá ingressar com ação trabalhista no Mistério do Trabalho contra a empresa sendo representado por seu advogado ou sindicato da categoria. Mas, o recomendado é sempre buscar a área de recursos humanos da empresa antes, para entender o que ocorreu e buscar uma solução amigável.

- Quais são as punições para a empresa?

Não pagar ou atrasar o pagamento do 13º salário "gratificação natalina" é considerado uma infração, podendo resultar em pesadas multas. O valor da multa é de 160 UFIRs (R﹩ 170,25) por empregado e será dobrado em caso de reincidência.

- A companhia pode utilizar alguma desculpa, como a crise econômica, para deixar de pagar o benefício?

Até o momento, não há previsão legal para o não pagamento do 13º salário para funcionários ativos.

- Como calcular o 13º salário?

Primeira parcela, data de pagamento foi até 30 de novembro: O trabalhador recebe 50% do valor total do seu salário bruto, sem nenhum desconto.

Segunda parcela, data de pagamento é 20 de dezembro: A segunda parcela é descontada Imposto de Renda e INSS, ou seja, ela é menor do que a primeira. Quem pediu o adiantamento do 13º salário nas férias não recebe a primeira parcela, somente a segunda.

O cálculo do 13º salário deve considerar o salário do trabalhador e verbas como horas extras, comissões e adicional noturno ou de insalubridade. Benefícios como vale-transporte e participação nos lucros da empresa não entram na conta.

Cálculo do 13º proporcional quem não trabalhou o ano completo: Divida o seu salário bruto, ou seja, a remuneração registrada na carteira, sem descontar Imposto de Renda e INSS por 12 e multiplique o resultado pelo número de meses em que trabalhou com fração igual ou superior a 15 das dentro do mês. A primeira parcela será equivalente à metade desse valor, sem descontos.

O que diz a CLT sobre o descanso no fim de ano?

 O benefício é opcional para o empregador, mas deve seguir às leis quando oferecido ao empregado

    Agência Brasil

O período costuma ser benéfico para os dois lados


Redação

O mês de dezembro é sinônimo de descanso para muitos trabalhadores, já que diversas empresas oferecem o benefício de “férias coletivas” e paralisam suas operações até a chegada do próximo ano. O período costuma ser benéfico para os dois lados, já que oferece a possibilidade dos trabalhadores desfrutarem do descanso e a diminuição das atividades comerciais em períodos de menor atividade.

Pela lei, o benefício de férias coletivas deve ser oferecido para todos os colaboradores de determinados setores ou aplicável para toda a empresa/estabelecimento, desde que observado os requisitos mínimos que devem ser cumpridos pelo empregador. 

Segundo Bruna Cavalcante Kauer, advogada especialista em Direito Trabalhista do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados é necessário que a empresa comunique o representante local do Ministério da Economia, com quinze (15) dias de antecedência, sobre a intenção de oferecer as férias, o seu período de início e término, indicar os departamentos e setores contemplados e comunicar os respectivos sindicatos de classe. O ponto de atenção, segundo a especialista, está em “comunicar, com a mesma antecedência, todos os empregados que serão contemplados. Dessa forma, é possível manter a organização da rotina entre as duas partes”, disse.

Já a contagem dos dias deve observar as datas comemorativas, como 25 de dezembro (Natal) e 01 de janeiro (Confraternização Universal) e não devem ser descontadas em benefício do empregado - exceto se previsto em acordo ou convenção coletiva. 

Faltas

A incidência de faltas injustificadas pode prejudicar o período de férias a que o trabalhador tem direito. O artigo 130 da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) sinaliza que seis faltas injustificadas, por exemplo, são suficientes para que o trabalhador desfrute de 24 dias de férias - e não 30, como de praxe. O mesmo vale para as férias coletivas, como sinalizou Bruna. 

“Assim como as férias individuais, as coletivas observam as faltas injustificadas dentro do período aquisitivo do empregado, de forma que deverão ser abatidos dos dias de férias a que faz jus o empregado”, comentou.

Remuneração

Os vencimentos de direito do empregado devem seguir o estabelecido pela lei no que diz respeito ao período de férias. O empregado deverá realizar o pagamento do salário, em sua totalidade, acrescido de um terço e depositado em até dois dias antes do início das férias coletivas. 

Bruna Cavalcante Kauer diz que “benefícios como vale-transporte, vale-refeição/alimentação e outros pagamentos adicionais, não considerados de natureza salarial, não fazem parte da base de cálculo utilizado para a remuneração de férias''. No entanto, o empregador deve observar os acordos e convenções de trabalho sobre direitos específicos de determinadas classes profissionais. 


Estudo inédito revela médias salariais na área de tecnologia

 O conteúdo foi desenvolvido por meio de inteligência artificial

   Pixabay

O Guia Salarial analisou os cargos de especialista, coordenador, gerente e gerente sênior


Redação

Não há dúvida sobre o quanto a área de TI está em alta. Com a pandemia e a necessidade emergencial de adoção de novas tecnologias, a busca por esses profissionais aumentou de forma exponencial, assim como as remunerações de muitos dos cargos ligados a esta área. Buscando entender esse panorama, a Yoctoo, consultoria boutique em recrutamento e seleção de TI, inovação e digital, acaba de publicar o primeiro Guia Salarial exclusivo do setor.

A empresa utilizou o tipo de pesquisa exploratória, a fim de cruzar diferentes variáveis e sintetizar dados de diversas áreas de atuação, níveis profissionais e segmentos. “Utilizamos os dados coletados nas centenas de entrevistas feitas pela nossa equipe com profissionais de tecnologia ao longo de todo o ano de 2021”, explica Paulo Exel, diretor da Yoctoo na América Latina.

O mais interessante é que o conteúdo foi desenvolvido por meio de inteligência artificial, a partir do cruzamento da base de perguntas e respostas de centenas de profissionais e clientes da Yoctoo. “Com isso, conseguimos não apenas um panorama geral da área de tecnologia no ano de 2021, como também antecipar tendências para 2022”, acrescenta.

Cargos analisados – O Guia Salarial analisou os cargos de especialista, coordenador, gerente e gerente sênior, ou seja, da média à alta gerência, que é a área de atuação da Yoctoo. Os valores consideram apenas os salários brutos mensais, desconsiderando outros benefícios, como bônus e remunerações variáveis.

Foram analisados vários cargos dentro das áreas de segurança da informação, engenharia de software e ERP, infraestrutura, engenharia de dados, executivos de TI (como CTO, CSIO, CPO, CDO e CIO), inovação e digital (como Product Owner, Scrum Master, Agile Coach, UX e UI).

Dentre todos, o cargo com menor salário é o de especialista em infraestrutura de redes, a partir de R$ 7 mil. Entre os mais altos, estão os cargos de gerente sênior de todas as áreas, que variam entre R$ 22 e R$ 32 mil. Já os cargos executivos partem de R$ 28 e podem chegar a R$ 65 mil, de acordo com os especialistas desta consultoria. 

O estudo mostrou ainda que todas as posições ligadas a backend de Engenharia de Software, DevOps/Cloud em Infraestrutura, além de Engenharia e Ciência de Dados foram as que mais registraram fuga de talentos para o exterior. “Com o home-office, os profissionais têm liberdade para trabalharem de onde quiserem. É natural que muitos profissionais aproveitem esse momento de aquecimento do mercado global para trabalhar para uma empresa estrangeira, recebendo em Dólar ou Euro”, pontua Exel. Chama atenção ainda o fato de que, dos 39 cargos analisados, a pandemia gerou aumentou nas faixas salariais analisadas em 29 deles. Os outros 10 se mantiveram em estabilidade. Nenhum cargo registrou queda.

Por fim, o Guia mostrou ainda os cargos mais promissores para 2022. Entre eles, Arquitetura Enterprise/ Negócios, todas as posições na área de dados, e na área de segurança, especialmente as de governança e estratégia. “Essas áreas continuarão aquecidas para dar sustentação à transformação digital das empresas”, antecipa o diretor.

O Guia Salarial Yoctoo está disponível para download no https://bit.ly/guiasalarialyoctoo. “Nosso objetivo é oferecer ao mercado um material prático, capaz de ajudar as empresas na criação de políticas de cargos e salários na área de TI e os profissionais, no planejamento de suas carreiras para 2022. É a forma de contribuirmos com o nosso conhecimento e análise para esse setor tão fundamental para a economia nesse momento”, finalizou.

 

E la nave va

 O tom mais duro do comunicado da reunião do COPOM

A economia do Brasil está a caminho do brejo


Luis Otavio Leal

A tradução do título do italiano para o português seria algo como “e o navio vai”. Entretanto, ele também pode nos remeter ao famoso filme de Frederico Fellini que, em português, ficou conhecido como “O navio”.

Os dois conceitos se completam na análise das perspectivas para a economia brasileira a partir da decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do último dia 8. Por um lado, a analogia da visão de um navio seguindo o seu curso nos parece apropriada para a condução da política monetária por parte do Banco Central do Brasil (BCB); por outro, a situação distópica que vivenciamos diariamente, não só nas nossas vidas, mas também na economia, lembra o surrealismo do filme de Fellini. Talvez a cena final da película reflita de maneira perfeita essa conjunção de fatores: o protagonista Orlando, interpretado por Freddie Jones, está em um bote salva-vidas com um rinoceronte e, virando-se diretamente para a câmera, afirma: “Você sabia que rinocerontes fêmeas produzem um excelente leite?”. Nada mais bucólico e utópico ao mesmo tempo. 

Com o mundo real mais utópico do que bucólico, vamos tentar, a partir da análise das indicações dadas pelo BCB na reunião do COPOM do último dia 8, responder a várias perguntas que ainda pairam no ar sobre a política monetária: “os aumentos nos juros serão suficientes para trazer a inflação para a meta?”, ou “qual o custo em termos de crescimento desse aperto monetário?”.

O COPOM do último dia 8, voltou a elevar os juros em 1,5 p.p. (de 7,75% a.a. para 9,25% a.a.) como esperado. Também como esperado, comprometeu-se a dar mais uma rodada da mesma dose na reunião do início de fevereiro. Entretanto, nem tudo ocorreu “como esperado”. O tom do comunicado da reunião veio sendo bem mais duro do que estava precificado. 

Para entender o porquê disso, primeiro temos de observar que, ao contrário do que esperávamos, os recentes números de atividade piores do que o esperado não parecem ter tido muito peso na decisão do COPOM do último dia 8. Sobre o tema, o comunicado da reunião reservou apenas um parágrafo bem sucinto: “Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores divulgados desde a última reunião mostram novamente uma evolução moderadamente abaixo da esperada”. O resto do texto mostra um BCB muito mais preocupado com a possibilidade de a inflação sair de controle. 

A primeira indicação disso vem do seu próprio modelo básico. Considerando a premissa de que a trajetória de juros daqui para frente seguiria aquela projetada pelo boletim Focus (os juros chegando a 11,75% a.a. em março e fechando o ano em 11,25% a.a.), a inflação para 2023 ficaria em 3,20%, para uma meta de 3,25%. Juntando essa informação ao fato de que o BCB trabalha com um viés de alta nas suas projeções, podemos supor que os juros ao final do ano que vem teriam que ser maiores do que os 11,25% a.a. indicados pelo Focus. Mas “quanto” maiores?

Para responder a essa pergunta, devemos ir para o “coração” do comunicado dessa reunião: “O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. Ou seja, a questão-chave para prever a trajetória de juros daqui para frente é projetar o que seria, na visão do BCB, avançar "significativamente no território contracionista”.

O período entre 2016 e 2017, tem sido citado reiteradas vezes por Roberto Campos, como um exemplo de desinflação da economia brasileira, pois a Selic chegou ao seu nível máximo de 14,25% a.a. em julho de 2015, ficando estável nesse patamar até outubro de 2016, quando começou a ser reduzida. Ao considerarmos os cálculos para a taxa de juros nominal neutra de equilíbrio naquele período, chegamos à conclusão que avançar "significativamente no território contracionista” representou 5,25 p.p.. Assim, quando trazemos esse mesmo valor para os dias atuais, significaria uma taxa de 12,25% a.a., o que representaria mais duas altas no ritmo atual de 1,50 p.p.. Entretanto, ao considerar a fraqueza do nível de atividade, que já aparece nos dados, mesmo antes da política monetária ter um impacto mais relevante, acreditamos que o BCB não vai chegar a tanto, parando em 11,50% a.a.. Assim, é importante salientar que não é buscar um pouco mais de inflação para ter mais crescimento; é reduzi-la ao máximo sem colocar a economia em recessão. Lembrando a frase “para matar o carrapato, não precisa colocar fogo na vaca”. 

O tom mais duro do comunicado da reunião do COPOM do último dia 8 reflete a situação desconfortável do BCB. Ao mesmo tempo em que a inflação corrente não dá sinal de arrefecimento, já impactando as projeções de 2023 e de 2024, a atividade econômica dá repetidos sinais de fraqueza, antes mesmo de ser impactada pelas primeiras rodadas de alta dos juros. No entanto, acreditamos que os números de crescimento econômico divulgados nos próximos meses serão ruins o suficiente para, em conjunto com o discurso mais duro do BCB, trazer as projeções do IPCA, a partir de 2023, novamente para a meta, facilitando a condução da política monetária. Ainda assim, apesar de termos uma visão otimista (do ponto de vista do BCB) da relação “crescimento contra expectativa de inflação”, não nos parece utópico traçar cenários nos quais continuamos a importar inflação externa e, consequentemente, os índices de preços por aqui continuem pressionados, mesmo com a desaceleração acentuada do nível de atividade. 

O que o BCB faria nessa situação limite? Aumentaria mais os juros e colocaria a economia em recessão? Ou acomodaria parte dos choques externos e buscaria uma convergência mais longa da inflação para meta? Difícil dizer, assim como nos parece difícil se sentir confortável dividindo um bote salva-vidas com um rinoceronte fêmea, mesmo que ela dê um bom leite.

*Luis Otavio Leal é economista-chefe do Banco Alfa

Mais de 100 mil veículos ficaram expostos a cibercriminosos no Brasil e no mundo

 A falta de proteção e atualização das máquinas, na época realizada com padrões antigos, resultou no risco de vazamento 

    Arquivo

As informações obtidas permitiam identificar o proprietário pela placa do automóvel 


Redação

A partir de um levantamento na busca por computadores vulneráveis, a CySourcecentro de referência e pesquisa em cibersegurança israelense, identificou a exposição de dados em mais de 100 mil veículos de uma multinacional que possui atuação no Brasil, especializada em rastreamento por GPS e gerenciamento de frota, a Uffizio. As informações obtidas permitiam identificar o proprietário pela placa do automóvel em diversos países e interromper o seu percurso no meio da rua, além de fechar e abrir portas, desconectar sistemas e até ouvir a conversa das pessoas dentro dos carros.

Com a exposição de um arquivo conhecido como JSON (Notação de Objetos JavaScript), detalhes de um banco de dados espalhados por 20 países, localizados em 50 computadores diferentes, poderiam ter sido acessados facilmente por hackers mal-intencionados.

A falta de proteção e atualização das máquinas, na época realizada com padrões antigos, resultou no risco de vazamento de dados dos revendedores e, com eles, informações pessoais da carteira de clientes. A interface no gerenciamento da frota de veículos também poderia ter sido vítima dos ataques. “A falha possibilitaria que os hackers enviassem mensagens para o GPS, em forma de comandos, para também descontinuar o monitoramento”, explica Rustam Amin, hacker ético da CySource.

Segundo ele, após uma avaliação detalhada da infraestrutura das soluções fornecidas pela Izzio ao redor do mundo, foram detectadas as implantações de produtos hospedados nas máquinas. “Revertemos a situação ao bloquear o vazamento do JSON até a sua completa remoção. Por fim, recomendamos que as verificações e melhora da segurança do produto seja prioridade para a empresa após esse susto”, aponta Rustam Amin.

Além do Brasil, a falha ocorreu no Chile, Colômbia, Quênia, Índia, México, Catar, Nepal, Reino Unido, Gana, Arábia Saudita, Omã, Dubai, Tanzânia, EUA, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Nepal e Holanda.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Governo britânico entrega Julian Assange para o tio Sam comer

                                                                   Agência Brasil (AFP)

Assange poderá pegar 175 anos de cadeia nos EUA

A bronca do governo norte-americano é que #Assange revelou ao mundo #crimes de guerra

*Luís Alberto Alves

A Justiça do Reino Unido decidiu hoje (10) que o criador do #WikiLeaks, #Julian Assange, possa ser extraditado para os Estados Unidos e ali responder a acusações de espionagem. Ele poderá ser condenado nos EUA a 175 anos de prisão.

#Assange, fundador do #WikiLeaks, é acusado de violar a Lei de Espionagem dos Estados Unidos, ao divulgar documentos militares e diplomáticos secretos relacionados às guerras de #Iraque e do #Afeganistão.

A bronca do governo norte-americano é que #Assange revelou ao mundo #crimes de guerra cometidos por tropas americanas no Exterior. Também expôs detenções extrajudiciais na prisão de #Guantánamo, em #Cuba, e telegramas de diplomatas que descreviam abusos de direitos humanos partes do mundo, inclusive no Brasil.

As torturas praticadas pela #CIA (serviço de espionagem dos EUA) não escaparam das divulgações de #Assange, demolindo a imagem de que os Estados Unidos seriam os guardiães dos Direitos Humanos no mundo.

A Suprema Corte britânica considerou procedente um recurso movido pelo governo americano, anulando a decisão de um tribunal inferior que impedia a extradição de #Assange, com base, em parte, em preocupações com a saúde mental do ativista.

Como parte deste teatro de mentira, o governo norte-americano promete que #Assange terá a sua integridade física preservada caso seja extraditado. Mentira! Se realmente cair nas mãos da Justiça dos EUA, #Assange será devorado pelo lobo.

É tão nojenta a postura do governo #Joe Biden, que a decisão da Corte Britânica foi condenada pela #Rússia, comandada por outro mala sem alça, #Wladimir Putin, que classificou a decisão como vergonhosa em um caso político contra um jornalista e personalidade pública.

 *Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Doria aquece turbina para vender economia neoliberal na campanha presidencial

O que move os políticos brasileiros é a fome para obter mais dinheiro na conta corrente

    Casa da Moeda

De continuar sugando o Estado ao comprar a preço de banana empresas lucrativas

*Luís Alberto Alves

O governador #João Doria (PSDB), ao vencer as prévias como candidato dos #tucanos à presidência da República, vai tentar vender ao restante do País o neoliberalismo econômico como salvação da lavoura, como se o trabalhador fosse bobo. É a velha armadilha, desde a época de #FHC, na década de 1980, de reduzir ao mínimo a presença do #Estado, como se ele fosse culpado pelo caos #econômico.

Entra em cena a velha jogada de vender #estatais lucrativas, a preço de banana, e ficar com o osso nas mãos. No final de 2020 ele tentou fazer isto com o Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, com aproximadamente 100 mil m² de área, do qual faz parte o Ginásio Esportivo do #Ibirapuera, palco de inesquecíveis eventos esportivos e musicais.

#Doria tentou vender o peixe, de transformar o local numa arena multifuncional, com a construção de um #shopping center, tentando iludir o paulistano que já tem na região do Centro Expandido da #Paulista cinco shoppings. A mobilização da sociedade civil organizada, atletas e autoridades conseguiu barrar esta loucura.

Pandemia

A ladainha do #Estado mínimo é a velha tática do #PSDB quando assume o governo em qualquer região do #Brasil. Por outro lado sucateia o serviço público para forçar a imagem de que a iniciativa privada tem meios de oferecer algo melhor. Claro, desde que o cidadão pague a conta. Só não conseguiu liquidar com o #Instituto Butantã por causa do avanço da pandemia em 2020. Do contrário, ele estaria nas mãos das #multinacionais fabricantes de #medicamentos.

Não sou ingênuo a ponto de acreditar que a classe política é composta de santo. Ouso dizer, que infelizmente, a maioria está mais para demônio. Qual a qualidade dos concorrentes à cadeira de #presidente da República em 2022? #Lula, #Ciro Gomes, #Sergio Moro, #Doria e outros candidatos nanicos. Todos têm um pé no ilícito. #Lula para chegar ao poder no início dos anos 2000, se aliou à velha oligarquia, sob a benção de Don #Sarney e Cia.

#Ciro “pavio curto” Gomes na campanha proferiu a célebre pérola de que “mulher é boa só para a cama”. Na época ele era casado com a atriz #Patrícia Pillar. Ao perceber a gafe, tentou consertar o erro, mas já era tarde. Veio a segunda chance, para impedir que #Lula fosse reeleito, e numa coletiva de imprensa mandou um repórter, da região do #Amazonas, tomar naquele lugar.

Playboy

O ex-juiz #Sérgio Moro, que se julga paladino da #Justiça e acima do bem e do mal, embarcou na tenebrosa operação #Lava Jato, que deixou de fora os peixes graúdos do tucanato, inclusive o playboy #Aécio Neves, envolvido até o pescoço em atos ilícitos, para perseguir apenas políticos petistas, como se só existissem bandidos no Partido dos Trabalhadores. A loucura de #Moro resultou, no #STF (Supremo Tribunal Federal), na extinção de sentenças dadas pela então #“República de Curitiba”.

O grande problema político do #Brasil não é só de nomes bons para acabar com a roubalheira que existe nesta nação desde a invasão comandada por #Pedro Álvares Cabral em 1500, com os seus marinheiros, a maioria composta da ralé expulsa de Portugal, estuprando dezenas de índias, quando as caravelas chegaram a Porto Seguro na #Bahia.

A #elite brasileira é atrasada e corrupta. Como pode dar certo uma nação que até 1808 não tinha polícia? Como acreditar em mudança quando em 1534 Dom João VI resolveu dividir o país em capitanias hereditárias, com faixas de terra, variando de 150 a 600 quilômetros, entregues para sempre, aos puxa sacos da coroa portuguesa? Só em 1860 que o #Brasil teve o primeiro cartório de registro de imóveis!

África

Ou seja, até essa data qualquer um poderia se apossar de uma imensa gleba de terra e se tornar dono de forma hereditária, pois não existia escritura para comprovar a sua posse. Hoje, a maioria das grandes cidades, algumas até se tornaram capitais, têm gigantescos terrenos que se transformaram em bairros onde moram mais de 2 milhões de pessoas.

Quem são os donos delas? Herdeiros que nos últimos três séculos ganharam de Portugal o direito vitalício de explorar esses locais como bem entender. Muitos milionários, no auge da escravidão, mantinha a suas fazendas de cana de açúcar e café por meio de pessoas sequestradas da #África e trazidas à força ao #Brasil. Os descendentes dessas oligarquias não desejam mudanças neste quadro.

São dessas cabeças o amor pelo neoliberalismo. De continuar sugando o #Estado, ao comprar a preço de banana empresas lucrativas. Quanto ao povo, que mora nas periferias, anda espremido no péssimo transporte coletivo e não tem acesso ao estudo de qualidade, por falta de dinheiro, precisa continuar morrendo igual mosca. É nesta praia que o tucano #João Doria vai colocar a sua prancha e mergulhar no mar para tentar, como os demais políticos, iludir o eleitor mais uma vez.

*Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas.

 

Como reter profissionais qualificados em tempos de turnover?

   Arquivo

Uma das principais justificativas para a alta rotatividade tem a ver com o impacto da crise sanitária

Há um número considerável de pedidos de desligamentos por parte dos profissionais

Mauricio Pedro

Com a retomada do trabalho presencial e as mudanças que a pandemia trouxe, houve registros consideráveis de aumento de turnover no Brasil. Alguns fatores podem explicar, em parte, esse contexto. Porém, antes de aprofundarmos a reflexão, é importante destacar que turnover é a evolução de desligamentos que podem ter sido gerados por iniciativa do empregador ou do empregado.

Uma das principais justificativas para a alta rotatividade tem a ver com o impacto da crise sanitária na economia, afetando muitos negócios e fazendo com que empresas precisassem rever estruturas e tomar a decisão de demitir profissionais para cortar custos.

Por outro lado, mesmo com o desemprego em alta, temos observado alguns movimentos que podem ajudar a entender o motivo pelo qual há um número considerável de pedidos de desligamentos por parte dos profissionais. Um deles é que em todas as crises surgem oportunidades, e nessa, especialistas da área de tecnologia, por exemplo, estão sendo muito demandados.

Outro fator é que no Brasil também está havendo a ampliação da possibilidade do trabalho remoto ou híbrido por parte das empresas, que quando adotam regimes de trabalho mais flexíveis acabam se tornando mais atraentes, ocasionando uma migração natural de funcionários. Há ainda a questão da saúde mental, pois as pessoas puderam vivenciar uma vida cotidiana mais intensa com suas famílias e perceberam o benefício de estarem em casa, sem o deslocamento habitual e, muitas vezes, cansativo.

Então, por que a avaliação do modelo de vida, os questionamentos sobre os antigos trabalhos e a revisão das prioridades aconteceram só agora? Porque em momentos de crise – a pandemia se enquadra nesse contexto – as fissuras podem ficar mais expostas. Quando há certa normalidade, tendemos a manter as coisas como estão, seguindo a velha máxima de que ‘em time que está ganhando, não se mexe’. As pessoas quase que intuitivamente acabam produzindo ações que reforçam o status quo e a manutenção de qualquer sistema.

No país, a questão do trabalho remoto/home-office já vinha há algum tempo sendo discutida como uma possibilidade de modelo de trabalho para algumas funções, áreas e negócios. Contudo, como se trata de uma questão cultural e, sobretudo, relacionada às questões trabalhistas, não evoluiu. Com a pandemia, todos os setores econômicos, incluindo esferas pública, privada e não governamental vivenciaram o modelo. Isso ajudou a termos uma nova perspectiva. No entanto, vale a ressalva de que esse tema ainda não está pacificado e carece de compreensões e tomadas de decisões.

Ambiente de trabalho desejado

Devemos lembrar que a estrutura organizacional é reflexo da sociedade e existe um processo hierárquico intrínseco. De modo geral, as pessoas querem pertencer, ter oportunidades de contribuição e gerar mudanças, mas também buscam por norteadores, liderança e definições que facilitem sua participação na tomada de decisão e que contribuam para evolução do meio que estão: a isso podemos chamar de engajamento.

Pode parecer que não, mas o ser humano gosta de uma vida que traga rotina e que permita conforto no reconhecimento de onde estão e como as coisas funcionam. Por vezes, é desgastante trabalhar em um lugar em que seja necessário tomar uma decisão diferente a cada dia, sem alguma previsibilidade. O que não conflita com nossa característica inata de sermos curiosos, ávidos por descobrir coisas novas e pelo aprendizado.

Por fim, empresas são constituídas de pessoas e o fator humanização é central para a permanência dos funcionários nas companhias. As empresas precisam valorizar o quadro humano em todas as suas particularidades: trabalhar para o engajamento dos funcionários irá contribuir para a retenção e, sobretudo, para uma organização mais competitiva e duradoura.

Mauricio Pedro, gerente do atendimento corporativo do Senac São Paulo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Stalking é crime! Veja como se precaver nessas situações

 

Uma de suas intenções é marcar presença na vida da vítima

Perseguir a vítima sempre, seja homem ou mulher


Afonso Morais

Nos dias de hoje, em tempos de acesso fácil à internet e de divulgação de informações importantes a todo momento, manter a privacidade e a segurança tem sido tarefas difíceis, principalmente quando alguém passa a ser perseguido - virtualmente ou na vida real.

O termo "stalking" vem do inglês e significa o ato de perseguir alguém, de forma persistente e contumaz. E isso se dá quando uma pessoa cria uma obsessão por outra, e passa a persegui-la, seja presencialmente, seja online, seja em um condomínio, no trabalho ou em qualquer lugar.

E quando isso acontece, seja por qual motivo for, através dessa obsessão o perseguidor (stalker) passa a monitorar constantemente a vida da pessoa, coletando todas as informações sobre essa ela e cercando-a em vários espaços. Uma de suas intenções é marcar presença na vida da vítima, seja fisicamente ou na internet.

Sabe quando você coloca uma foto na internet e marca onde está e com quem está naquele momento? Um prato cheio para quem fica atento aguardando informações de uma forma geral. Com um simples ato assim, você informa para quem te segue "não estou em casa no momento", "estou com tais pessoas", "estas são minhas preferencias".

Sim, é assustador como uma simples postagem pode revelar muito sobre quem a fez. Por isso todo cuidado é pouco quando se trata de golpes e crimes, que podem até começar nas redes sociais, mas que são reais e perigosos.

Diante do aumento de registro de ocorrências e denúncias nesse sentido, entrou em vigor no último dia 31 de março, a Lei nº 14.132/21.Essa lei muda o status da perseguição, de contravenção penal para crime, incluindo o artigo 147-A ao Código Penal, sendo punido esse crime com reclusão de 6 meses a 2 anos, mais multa a ser fixada pelo Juiz. A pena pode aumentar, caso o delito seja cometido contra criança, adolescente ou idoso; mulheres, ou quando é executado por duas ou mais pessoas.

Perceba ainda que em variações situações de stalking o autor é conhecido da vítima. Pode ser um parceiro, ex-parceiro, colega de trabalho, mas o autor também pode ser um desconhecido, que por qualquer razão, desenvolveu algum tipo de amor platônico pela vítima, como no caso da atriz Anna Hickmann, que ganhou repercussão nacional.

O que é considerado stalking?

• O envio de inúmeras mensagens, e-mails, telefonemas, tentativas de invasão de contas virtuais, reclamações imoderadas em condomínios.

• A maioria das vezes, o stalker se esconde através de perfis falsos para perseguir a vítima na internet, também ocorre em condomínios, por moradores, colaboradores e, em muitos casos, o próprio síndico. Essa perseguição ocorre das mais variadas formas possíveis e em alguns casos, acaba gerando transtornos psicológicos na vítima.

• Seguir a vítima presencialmente, rondando sua residência e trabalho, e frequentando lugares comuns a vítima.

O que fazer se você se tornar uma vítima de stalking?

1-Colete todas as provas. Guarde o print de todas as mensagens, e-mail, ligações, bem como objetos que receber e apresente posteriormente à polícia.

2-Avise seus conhecidos, é importante não se sentir sozinha nessas situações.

3-Se notar que o agressor está te seguindo, tente fotografar, filmar ou obter testemunhas que possam atestar a situação e chame por ajuda.

4- Denuncie o stalking, dirija-se a uma delegacia de polícia munida das provas que possuir e registre um boletim de ocorrência.

5- Procure orientação de um advogado, que poderá auxiliar com um pedido de medidas protetivas de urgência.

6- Bloqueie o contato do stalker em suas redes sociais e o denuncie no próprio serviço.

Afonso Morais é advogado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Polícia age igual capitão do mato

 


Para levá-lo à delegacia um #Pm o algemou à #moto

    Redes Sociais

Suspeito algemado à moto do PM que o levava para a delegacia


*Luís Alberto Alves

A #polícia brasileira continua agindo igual capitão do mato, quando captura algum suspeito #negro nas ruas. Como na terça-feira (30) com um jovem acusado de #tráfico de drogas detido pela #PM na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello, Vila Prudente, Zona Leste de São Paulo.

Ele furou um bloqueio, bateu numa ambulância e fugiu até ser preso com vários tabletes de maconha na mochila. Para levá-lo à delegacia um #Pm o algemou à #moto. A conduta neste caso lembrou o modo de agir dos capitães do mato, que eram responsáveis pela captura dos #escravos fugitivos.

Trabalhadores detidos pela PM, no Rio de Janeiro, em foto publicada pelo Jornal do Brasil
Na década de 1980, policiais do Rio de Janeiro, blitz na Baixada Fluminense, por falta de #algemas, amarrou uma corda ao pescoço de vários suspeitos para evitar que eles fugissem até a chegada ao #DP. O problema que neste caso, todos eram trabalhadores. A foto publicada pelo Jornal do Brasil causou grande repercussão e os policiais afastados das funções.

Infelizmente desde o início do #Regime Militar, em 1964, a #polícia foi doutrinada a ver a população como inimiga do governo. Na periferia, quem não é branco e esteja em um automóvel novo ou mesmo andando de noite, é encarado como suspeito. Usam de truculência nas abordagens e na maioria das vezes, atiram primeiro para perguntar depois.

*Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Uzbequistão mantém um dos maiores grupos de prisioneiros religiosos do mundo

 

Ler a Bíblia no Uzbequistão é sinônimo de inimigo do Estado, com risco de prisão 

Mais de 2.000 pessoas estão presas por causa de suas crenças religiosas

Redação/Hourpress

Eles "são acusados de 'tentativa de derrubar a ordem constitucional', posse ou distribuição de literatura proibida ou filiação a grupos proibidos", disse um relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, uma entidade governamental independente.

Essas acusações restringem a liberdade de religião, consciência e expressão, disse a Comissão. Eles também violam a própria constituição do país e vários tratados internacionais de direitos humanos que o Uzbequistão assinou.

Quando se tornou o líder do país em 2016, o presidente Shavkat Mirziyoev libertou ou perdoou mais da metade dos prisioneiros religiosos que haviam sido encarcerados sob seu antecessor, o presidente Islam Karimov.

A maioria dos presos durante o governo de Karimov eram muçulmanos independentes e outros que se opunham ao regime. Embora muito poucos cristãos tenham sido presos durante esse período, “centenas foram submetidos a buscas e multas administrativas”, disse o relatório.

Ainda segundo o relatório, o Uzbequistão hoje ainda tem mais prisioneiros religiosos do que em todos os ex-estados soviéticos juntos. Muitos deles já estão na prisão há mais de 20 anos, o que “torna os prisioneiros religiosos do Uzbequistão uma das mais longas sentenças religiosas já registradas no mundo”, segundo o relatório.

Mirziyoev assumiu o cargo como "reformador", mas uma lei de religião de 2021 manteve a maioria dos antigos regulamentos em vigor, incluindo a exigência de permissão do estado para atividades religiosas e a proibição de compartilhar a fé com outras pessoas. Seu governo também estabeleceu pressão sobre jornalistas e restrições impostas às redes sociais e sites de mensagens.

Enquanto os EUA elogiaram o Uzbequistão no ano passado por fazer "progresso real" na liberdade religiosa, a Comissão por Liberdade Religiosa no início deste mês recomendou que o país permanecesse na Lista de Observação Especial de países que "se envolvem ou toleram violações graves da liberdade religiosa". A lista orienta o governo dos Estados Unidos na tomada de decisões que avançam e promovem a liberdade religiosa internacional.

O Uzbequistão está em 21º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, documento publicado anualmente pela Portas Abertas que aponta os 50 países onde é mais difícil viver como cristão.

Os cristãos de origem muçulmana são especialmente vulneráveis à pressão das autoridades, da família e da comunidade. As igrejas que não estão registradas no governo enfrentam batidas policiais, ameaças, prisões e multas. Entre 1 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, seis cristãos foram detidos, de acordo com dados compilados pela Portas Abertas.

Os jovens cristão uzbeques 

O Uzbequistão é um dos países da antiga União Soviética, e hoje conhecido pelos países livres da Ásia Central.

Na era soviética, os cristãos na Ásia Central já eram severamente perseguidos. Como pouco mudou com a dissolução da União Soviética, não é surpresa que nada melhorou desde a independência dos países. Antes de 1991, os cristãos eram quase exclusivamente não nativos, de origem russa, ucraniana, polonesa, alemã ou coreana. Mas depois muitos não nativos deixaram a região e diversos centro-asiáticos se converteram. Como resultado, a igreja na Ásia Central hoje é composta em sua maioria por nativos, o que aumentou a hostilidade aos cristãos.

Os negócios de cristãos na Ásia Central sempre experimentaram mais dificuldades que os comandados por outras pessoas. Por essa razão, muitos donos de negócios preferem não falar abertamente sobre suas crenças. A pressão aos comerciantes cristãos vem principalmente de autoridades locais e da comunidade muçulmana, não do governo central. Os ex-muçulmanos são ainda mais afetados.


 

Por que o 13º salário gera "confiança" nos brasileiros?

   Freepik

Com o dinheiro do 13º é preciso pagar dívidas, para começar 2022 de bem com a vida

É bem interessante quitar as dívidas atrasadas

*Thiago Martello

O fim do ano está chegando, mas antes de pensar no Natal as pessoas já estão de olho no 13º salário. Com o dinheiro em mãos, muitos se perguntam: como usar esse valor extra da melhor forma? 

O período dos últimos meses do ano é excelente para negociação de dívidas, pois muitas empresas estão fechando o exercício fiscal e apurando os resultados, por isso, o poder de barganha aumenta. Com a quantia do 13º em mãos, é possível estudar a possibilidade de realizar o pagamento das pendências à vista e isso promove mais descontos e facilidade na negociação.

É bem interessante quitar as dívidas atrasadas, principalmente pelo alívio psicológico e emocional envolvidos, para deixar de pagar juros abusivos e cortar de vez o mal pela raiz, de jogar “dinheiro fora”. 

No entanto, vale levar em consideração que os primeiros meses do ano merecem atenção especial pois chegam cheios de novos compromissos como IPVA, IPTU,  matrículas, uniformes e materiais escolares, por exemplo. Então não adianta usar todo o dinheiro disponível para quitar as contas e já no mês seguinte precisar de dinheiro emprestado, seja com uma amigo ou até com o próprio banco – o que certamente acarretará altos juros. 

 

Black Friday e Natal podem ser “vilões” do planejamento financeiro? 

Vale destacar que o salário extra no final do ano vai além de somente uma “segurança” para comprar ou quitar dívidas. Pelas pessoas ficarem no limite ou até mesmo no vermelho na maior parte do ano, elas enxergam no 13º uma salvação financeira e passam a contar com o dinheiro, antes mesmo de tê-lo em mãos. 

O uso do valor adicional, muitas vezes, é para satisfazer alguma demanda reprimida, colocar as contas em dia ou até para se permitirem certas indulgências ou extravagâncias. É difícil para nosso cérebro associar uma consequência ruim a determinado comportamento específico caso não aconteçam de imediato. Se o impacto negativo da ação não vem logo em seguida, acabamos atenuando e dando menor valor à sua causa real, ainda mais em períodos como a Black Friday e Natal, quando temos muitos “prazeres” associados. 

Abaixo, destaco os principais comportamentos econômicos que ficam ainda mais latentes no período de festas: 

  • Em geral, as pessoas se permitem certos “mimos” como justificativas de merecimento por um ano difícil, principalmente com a fala “eu posso, eu mereço”; 
  • É um período em que as pessoas querem aproveitar, se presentear, anseiam por mudanças, por confraternizações, por realizarem algumas demandas reprimidas e com muitas emoções envolvidas. 

Portanto, ao receber o 13º, a sensação de alívio naquele momento é o que mais conta, sendo que as consequências de gastá-lo sem estratégia só virão meses depois, tempo suficiente para não associar uma coisa a outra e repetir o mau comportamento no próximo ano. 

 

Comece o ano com o pé direito

É importante ter uma atenção especial para as contas no início do ano, pois o montante de débitos pode pesar para quem não se organizou durante o ano anterior. A dica principal para quitar esses débitos é juntar dinheiro ao longo dos meses para honrar com esses compromissos em dia e, de preferência, pagar à vista, de modo a aproveitar os descontos.

Já os parcelamentos devem ser evitados a qualquer custo, pois enquanto o brasileiro não inverter a lógica, ficará difícil ter saúde financeira. A ação correta é: primeiro guardar e depois comprar. 

Para quem está apertado e sabe dos compromissos nos primeiros meses do ano, o jeito é economizar com Natal e Ano Novo. O recomendado é usar do 13º salário com essas contas que chegarão em janeiro, por exemplo, ainda que isso implique em algumas renúncias no período de festas. 

 

13º como “salvador da pátria”

O salário extra no final do ano pode ser uma ótima oportunidade para começar a organizar um planejamento financeiro, tanto para quem tem as contas em dia ou para as pessoas que estão com dívidas. Em ambos os casos é preciso ter uma visão de futuro, de onde se quer chegar. 

Para quem tem dívidas, o 13º pode ser o salvador da pátria. Para isso, é ideal avaliar se o padrão de vida atual é o adequado para a realidade financeira, visto que para ficar no azul é necessário se planejar para quitar as dívidas, sair do vermelho, construir uma reserva de emergência e, por último, investir - assim será possível começar a realizar os sonhos. 

Agora, em um cenário em que o planejamento financeiro é feito de maneira antecipada e a pessoa não está no vermelho, é possível pular algumas etapas e aproveitar um grande benefício: investir o dinheiro guardado, ganhando juros ao longo do período aplicado. 

 *Thiago Martello é educador financeiro.