terça-feira, 14 de julho de 2020

A máquina de surrar e matar pobre


Essa é uma chaga de décadas no Brasil

*Fernando Brito

O melhor diagnóstico do que levou ao monstruoso caso da mulher que teve o pescoço demoradamente pisado por um policial militar em São Paulo foi feita pelo ex-ouvidor geral da polícia paulista, Benedito Mariano. Ele lembrou que a “ocorrência” para a qual os PMs foram chamados era um simples caso de “perturbação do sossego” que nem crime é, mas simples contravenção penal (art. 42 da LCP) e que, nas áreas ricas, não gera outra atitude senão a abordagem e o pedido para que, como acontecia ali, de baixar o volume da música.

Tudo o que as imagens mostram, ali, porém, são armas sacadas e apontadas, pessoas jogadas ao chão e manietadas, submetida a toda a sorte de agressões. Aliás, o “poderoso armamento” com que um dos presentes à cena filmada por câmaras de segurança era um rodo de chão, algo que não pode ser ameaçador para quem tem uma pistola na cintura.

João Doria reagiu dizendo que agressões policiais “não serão toleradas”. Reação que deveria ser gravada num disco arranhado de tantas vezes que é repetido, sem nenhuma consequência, exceto o fato de que a polícia, cada vez mais, tornou-se uma máquina de bater e de matar pobre. E porque pobres, em maioria negros e pardos.

No Fantástico, o PM disse que usou os “meios necessários”. Pisar o pescoço – e ficando num pé só, colocando todo o peso do corpo – de uma mulher de 51 anos é um meio necessário apenas para matar, como ficou evidente no caso do norte-americano George Floyd, cujo assassinato abalou os EUA e do mundo.

A polícia brasileira, sob os aplausos de uma elite que acham mesmo que “com pobre é na porrada”, tornou-se um escândalo de proporções mundiais.

Em tempo de pandemia, com as pessoas retidas em casa e impedidas de oferecer resistência, saltamos de patamar. Um levantamento de O Globo registra 1.198 mortes em decorrência de intervenções policiais em março e abril, 26% mais que as ocorridas nestes meses em 2019.

Essa é uma chaga de décadas no Brasil, que se desenvolveu com a demagogia ou a intimidação do governo e dos políticos, que ou prometiam mais polícia e mais brutalidade (mirar na cabecinha, não é?) ou se intimidavam ante o seu dever de puni-la.

Um único enfrentou – e pagou caro por fazer isso – esta vergonha. Faltam muitos, muitos Brizola para dizer que polícia não pode ser isso, mas há muitos dos que hoje se horrorizam com estas cenas que durante muito tempo se enganaram com o discurso de uma mídia que construiu, com sua cumplicidade, algo tão monstruoso.

*Fernando Brito é jornalista.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

África: falta de registro de óbito dificulta monitoramento de covid-19

Na Etiópia, menos de 2% das mortes são registradas


Agência Brasil 

Reuters
 

Muito tempo depois de o financiamento de seu projeto ser congelado, o médico Bilal Endris mantém uma vigilância solitária nos cemitérios da capital da Etiópia dando dinheiro aos sepultadores para que eles alertem sua equipe para qualquer salto repentino nos enterros.

Em uma nação onde menos de 2% das mortes são registradas, um aumento de enterros pode ser um dos primeiros sinais de que uma doença fatal está se alastrando.

O programa foi criado para monitorar óbitos ligados ao HIV e à AIDS uma década atrás. Agora, o doutor Endris monitora um aumento de fatalidades ligadas à covid-19.

Projetos como este estão sendo montados em outros países da África em que muitas mortes não são registradas, o que torna difícil avaliar a escala de uma doença. Em alguns casos, países estão reativando programas criados durante surtos de Ebola.

O próprio Endris conseguiu um financiamento adicional para reativar o programa em todos os 73 cemitérios de Adis Abeba, e não somente nos 10 atuais.

Sozinhos, oito países africanos - Argélia, Cabo Verde, Djibouti, Egito, Ilha Maurícia, Namíbia, Seychelles e África do Sul - concentram mais de 75% das mortes ligadas à pandemia, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Em outras regiões nas quais dados oficiais estão disponíveis de imediato, pesquisadores usaram o número de mortes de todas as causas que ultrapassam a média daquele período do ano para ajudar a calcular o número relativo à pandemia de coronavírus.

"Na Etiópia, e em todo canto da África... estamos ficando cegos", disse Endris à Reuters. "Eu queria fazer com que o sistema de saúde se baseasse em indícios."

Na capital Adis Abeba, menos de 20% das mortes ocorrem em hospitais, disse Endris, por isso monitorá-las exige conversar com líderes comunitários e locais de enterro.

Na Nigéria, a nação mais populosa do continente, reportagens que citaram sepultadores alertaram as autoridades para um surto não detectado de covid-19 em Kano, uma cidade do norte, em abril, quando as mortes saltaram da média diária de 11 para 43.

Embora as cifras oficiais ainda sejam baixas - 7.650 casos confirmados e 127 mortes até a noite de domingo - o surto etíope está se acelerando. Agora a Universidade de Adis Abeba está dando apoio suficiente para Endris reativar o programa em todos os 73 cemitérios da cidade.

Proposta limita capital estrangeiro a 49% em empresas consideradas estratégicas

A intenção é apoiar o desenvolvimento econômico e social e preservar a segurança nacional


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

O Projeto de Lei 3122/20 limita a participação de capitais estrangeiros a, no máximo, 49% do controle efetivo de empresas brasileiras que atuam em atividades consideradas estratégicas. O investimento deverá ainda ter como objetivo o apoio ao desenvolvimento, à redução das desigualdades, à ordem pública e à segurança no Brasil.

O texto em tramitação na Câmara dos Deputados insere dispositivos na Lei do Capital Estrangeiro. Ato do Poder Executivo federal determinará as atividades estratégicas indispensáveis ao desenvolvimento, à ordem pública e à segurança nas quais haverá restrições à presença de capital estrangeiro em empresa brasileira.

“Para não haver dúvidas sobre essa limitação, a proposta define como controle efetivo da empresa a titularidade da maioria do capital votante e o exercício, de fato e de direito, do poder decisório para gerir as atividades”, explica o autor, deputado Santini (PTB-RS).

Segundo o deputado, o projeto assegura o respeito a compromissos internacionais assumidos pelo País.

Redução das desigualdades
O deputado ressalta que a proposta tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento brasileiro, a segurança nacional e a redução das desigualdades econômicas e sociais.

"O momento de crise pelo qual passamos, decorrente da pandemia de Covid-19, evidencia a necessidade de regular os capitais estrangeiros em nosso País. Devemos lembrar que blocos como a União Europeia e países como EUA, Alemanha, França e Austrália têm avançado discussões e leis para reforçar normas que limitam a participação de investimentos estrangeiros em suas economias", afirma Santini.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

Álcool e drogas poderão levar à perda do porte de arma de fogo por 10 anos


Proposta altera o Estatuto do Desarmamento


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

O Projeto de Lei 1898/19 determina a cassação do porte de arma de fogo, por 10 anos, da pessoa que for flagrada com a arma consumindo bebida alcoólica ou drogas. O texto, que tramita na Câmara dos Deputados, altera o Estatuto do Desarmamento.

Pela proposta, a ingestão de bebida alcoólica ou o uso de substância psicoativa poderá ser verificada por meio de teste, exame, perícia ou instrumento que detecte a sua presença no corpo.

A medida prevista no projeto é mais rígida que a regra atual do estatuto. Segundo a lei, a perda da autorização do porte só ocorrerá se a pessoa for encontrada embriagada ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas.

Procedimentos
A proposta é de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Segundo ele, o projeto busca sanar as omissões quanto aos procedimentos que devem se seguir à perda do porte prevista no estatuto.

Para isso, o texto estabelece regras como a exigência de comunicação imediata do fato à Polícia Federal (PF), para a suspensão automática do porte. A PF é o órgão responsável pela autorização de porte de arma de fogo no País.

O projeto determina ainda que a PF deverá instaurar procedimento administrativo de averiguação do caso, intimando o proprietário da arma a apresentar sua defesa. Após a comprovação da conduta irregular, será cassada a autorização de porte de arma de fogo por 10 anos.

“Aliado ao direito de portar arma de fogo, deve marchar a responsabilidade de conduta da pessoa autorizada a portá-la, conscientizando-se de que, nessas circunstâncias, deve-se sempre se manter sóbrio”, disse Marcos do Val.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

Negro, pobre e favelado são inimigos da PM???


Desde a época do Regime Militar de 1964, a doutrina da Segurança Nacional tornou o povo inimigo político do governo

Luís Alberto Alves/Hourpress

Estamos no século 21, mas as Polícias Militares, em diversas regiões do Brasil, continuam agindo iguais os capatazes que perseguiam os escravos fugitivos das fazendas, para não morrerem de tanto trabalhar sob o jugo dos senhores de engenho. Não é coincidência que a maioria das vítimas seja negra e pobre.

É vergonhoso olhar a imagem ou o vídeo de uma mulher, a caminho de se tornar idosa, deitada no chão e um soldado pisando com sua botina sobre o pescoço da vítima. Não existe desculpa para tamanho descalabro. É alguém que precisa ficar fora das ruas. Do contrário colocará em risco a vida da população.

Pobre

Mas a prática de maus tratos de parte dos soldados e até oficiais da PM não é de agora. Desde a época do Regime Militar de 1964, a doutrina da Segurança Nacional tornou o povo inimigo político do governo. Caso seja negro, pobre e more numa favela, será a presa fácil nas mãos destes horrorosos policiais.

Sem querer ministrar opinião na cadeira de Psicologia, os últimos atos de violência praticados pela PM em várias cidades do Brasil, revela que esses homens estão fora de controle. O seu sistema nervoso está destroçado. É alguém que necessita de tratamento psiquiátrico. Do contrário vai matar um inocente, manjando ainda mais a imagem da PM.

Fuzil

No mês de junho, nove soldados torturaram um pizzaiolo no bairro do Jaçanã, Zona Norte de SP e o obrigaram a mentir na elaboração do Boletim de Ocorrência na delegacia. Felizmente as imagens das agressões explodiram nas redes sociais e eles foram afastados das ruas e nesta segunda-feira (13) acabaram soltos pela Justiça Militar.

O que dizer do menino João Pedro, 14, morto com tiro de fuzil dentro de sua casa em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Sua residência foi alvejada 70 vezes com disparos desta arma de fogo. Não muito distante dali, em março, o jovem Iago César dos Reis Gonzaga, 21, perdeu a vida através de tiro disparado pela PM na favela do Acari.

Negras

São diversos registros de abuso de autoridade, agressões, torturas e mortes a sangue frio, como ocorreu com o adolescente Guilherme Silva Guedes, 15, na cidade de Diadema, Grande SP, onde um soldado e um sargento são acusados de agredi-lo e depois matá-lo.

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) evidencia que 75,4% das pessoas mortas em intervenções policiais nos anos de 2017 e 2018 eram negras. Ao todo,  11% das mortes violentas intencionais reportadas em todo o Brasil, no período, foram cometidas pela polícia.

 

Sobrevivência

Ao agir desta forma, a instituição PM perde a credibilidade junto à população, que passa a vê-la como inimiga, que pode colocar a sua vida em risco, quando o dever da Polícia é proteger o cidadão, seja pobre ou rico, morador na periferia ou nas regiões abastadas das cidades. Cada vez que alguém é vítima de maus Pms, o crime organizado ganha mais status.

Não é novidade que na periferia, boa parte do povo não goste da Polícia. Prefere, erradamente e por questão de sobrevivência, simpatizar-se com criminosos, que os ajudam, para não ter seus pontos de drogas prejudicados. Esta cultura de violência enraizada nas Polícias Militares precisa ser extinta, para o bem da própria Segurança Pública.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!


quinta-feira, 9 de julho de 2020

Número de empregados nas estatais caiu 3,7% em 2019


Quadro de funcionários caiu 18,3 mil pessoas no ano passado




Agência Brasil 

As desestatizações e a realização de programas de desligamento voluntário enxugaram o quadro de pessoal das estatais federais em 3,7% no ano passado, divulgou hoje (9) o Ministério da Economia. Segundo o 13º Boletim das Estatais Federais, o número de empregados caiu de 494.919 em 2018 para 476.644 em 2019, diferença de 18,3 mil pessoas.

Segundo a pasta, do total de desligamentos, cerca de 3,5 mil decorreram de desestatizações (venda de subsidiárias) e o restante, em grande parte, decorreu de programas de desligamentos voluntários de empregados (PDV). Somente esses programas reduziram os gastos das empresas em R$ 2,1 bilhões.

Entre as principais empresas, as maiores reduções de quadros foram observadas nos Correios, com 5.866 empregados a menos em 2019, Banco do Brasil (4.235 desligamentos) e Petrobras (1.030). Em quarto lugar vem a Caixa Econômica Federal, que dispensou 860 funcionários. As demais estatais enxugaram o quadro em 6.284 pessoas.

Desde 2014, o número de funcionários de estatais vem caindo ano a ano. Naquele ano, o total de empregados das empresas federais bateu recorde, chegando a 552.856. Em 2019, o efetivo estava 13,7% menor.

Nas estatais não dependentes, que têm fonte própria de receita e não dependem diretamente do Tesouro Nacional, os gastos com pessoal caíram 1,2% em termos reais em 2019. Essa conta considera a inflação.

Inverno exige mais cuidados para evitar problemas respiratórios em idosos


Ela destaca que o Covid tende a agravar os sintomas respiratórios 

Redação/Hourpress

O inverno é a época do ano em que as doenças respiratórias mais se exacerbam. Nos idosos, as infecções virais são mais comuns. E ainda podem se confundir com os efeitos trazidos pelo Covid-19. Para a geriatria Simone Henriques, do Residencial Club Leger, instituição voltada ao acolhimento de pessoas da terceira idade, em caso de sintomas gripais, é importante procurar atendimento médico para melhor avaliação. Ela destaca que o Covid tende a agravar os sintomas respiratórios após o sétimo dia de evolução, tornando imprescindível o tratamento precoce.

- Por isso, é fundamental a imunização contra influenza. Há também a necessidade de fazer a imunização para o pneumococo, pois reduz a chance de pneumonia bacteriana, que pode complicar bastante o quadro de saúde do idoso - acrescenta a médica.

Ela também destaca a necessidade de reforçar o cardápio com alimentos que melhoram a imunidade, como as frutas cítricas, gengibre, alho, brócolis, cenoura e castanhas, entre outros.

- É fundamental não esquecer da atividade física, que, mesmo em casa, ajuda a manter a imunidade. Assim como repor vitamina D, principalmente nesse momento de pandemia, em que a exposição ao sol está ainda mais difícil pelo isolamento - ressalta a geriatria do Residencial Club Leger.


Rio tem mais de 11 mil mortes e 128 mil infectados pela covid-19



Em 24 horas foram registrados 145 óbitos pelo novo coronavírus



Agência Brasil 

O estado do Rio do Janeiro registrou 145 óbitos por covid-19, nas 24 horas entre o boletim divulgado ontem (8) e o de hoje. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, desde o início da pandemia até esta quinta-feira (9) foram registrados 11.115 óbitos pelo novo coronavírus no estado e 128.324 casos confirmados da doença. Há ainda 998 óbitos em investigação. Entre os casos confirmados, 106.678 pacientes se recuperaram da doença.

Óbitos

Dos 11.115 mortos de covid-19 no estado, o município do Rio de Janeiro tem o maior número de mortos pela doença, 7.178 vítimas. Em seguida,  vem São Gonçalo ( 493); Duque de Caxias (468); Nova Iguaçu (361); São João de Meriti (248); Niterói (234); Belford Roxo (186); Magé (140); Itaboraí (135); Campos dos Goytacazes (126); Mesquita  (112); Petrópolis (98);  Angra dos Reis e Macaé ( 89) estão entre as cidades com maior número de mortes.

Infectados

Entre os infectados pela covid-19 no estado, a cidade do Rio de Janeiro lidera com 63.396 casos confirmados da doença. Depois vem Niterói (6.969); São Gonçalo (6.020); Nova Iguaçu (3.589); Duque de Caxias (3.506); Macaé (3.186); Itaboraí (2.738); Angra dos Reis (2.427); Campos dos Goytacazes (2.141);  Volta Redonda (2.090); São João de Meriti (1.826); Queimados (1.820); Magé (1.783); Itaguaí (1.649);  Belford Roxo (1.576) e Maricá ( 1.509), estão entre os municípios com maior número de infectados.

Informações

Para mais informações, acesse o painel de monitoramento de casos no estado do Rio de Janeiro em painel.saude.rj.gov.br.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Fogo da lava jato chega às penas do tucano José Serra


Liso, escapava sempre. Até que o fim da linha chegou para ele

Luís Alberto Alves/Hourpress

Hoje (3) as penas do tucano José Serra foram chamuscadas por uma operação da Polícia Federal. Como sempre acontece, quando representantes da elite viram alvo da Justiça, a mesma conversa se repete: “isto é caça às bruxas, não devo nada a ninguém”, repetem os acusados.

Engraçado, desde que comecei a exercer a profissão de jornalista em 1987, ouço a velha história de que bandidos só existiriam nos partidos de esquerda. Nos de direita, só reina a honestidade. Ao revisar os últimos 50 anos, para ser modesto, muito peixe graúdo de direita esteve na rede dos crimes de colarinho branco.

Verônica

No caso de Serra, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviários S/A), homem de confiança em governos tucanos como operador do partido, resolveu abrir o bico em mais essa denúncia contra o ex-governador de São Paulo e atual senador pelo PSDB/SP.

Serra e sua filha Verônica Allende Serra, são acusados de lavagem de dinheiro transnacional. Souza, conhecido nos bastidores políticos como Paulo Preto, demorou a cair na rede da polícia. Liso, escapava sempre. Até que o fim da linha chegou para ele.

Palocci

Ao perceber que iria tomar banho frio durante muitos anos e tomar chá de canequinha e ter como colchão, uma laje de concreto, numa cela, contou tudo que sabe sobre o esquema de propina cobrada por Serra de empreiteiras.

Embaixo deste angu tem muito caroço. Serra seria apenas a ponta do iceberg que envolve o tucanato, assim como ocorreu com o PT, quando Palocci começou a falar tudo o que sabia. O resultado todos sabem. O problema é que político brasileiro só vai em cana, quando o processo já prescreveu.

Tucano mor

Se fosse na Europa ou Estados Unidos, muitos tubarões do PSDB, PMDB, Democrata e de outras siglas de aluguel, já estariam na cadeia há muito tempo. Infelizmente, só ladrões de celulares e de xampu sofrem os rigores da Justiça no Brasil. Vou aguardar o que vai acontecer com o tucano mor José Serra.

Antes que joguem pedras em mim, não sou favorável a nenhum partido que assumiu o poder no Brasil, nos últimos 25 anos. Bandidos existem em todos eles. Usam o Congresso Nacional para ganhar dinheiro. Quanto ao povo, para essa turma não passa de um punhado de gente sem qualquer importância.

Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

 


quinta-feira, 2 de julho de 2020

Pesquisa revela que isolamento social nas favelas chegou a 68%


O principal motivo para ficar em casa é o medo de ficar doente (68%)


Luís Alberto Alves/Hourpress

Arquivo

Pesquisas inéditas produzidas pelo Outdoor Social®, realizadas com moradores das principais favelas do Brasil: Cidade de Deus (AM), Pirambú (CE), Sol Nascente (DF), Coroadinho (MA), Aglomerado da Serra (MG), Baixada da Estrada Nova Jurunas (PA), Baixada da Condor (PA), Casa Amarela (PE), Rocinha (RJ), Complexo do Alemão (RJ), Complexo Maré (RJ), Rio das Pedras (RJ), Paraisópolis (SP) e Heliópolis (SP) revelaram dados interessantes. 

As  favelas  mantiveram um índice de 68% de isolamento social. O principal motivo para ficar em casa é o medo de ficar doente (68%). Os que saem de casa (32%), e declaram que o fazem por necessidade de trabalhar (84%);

•A existência do vírus é percebida por 90 % dos entrevistados, com uma preponderância das mulheres (54%) em detrimento dos homens (46%);
•O Covid-19 é uma realidade para 79% dos entrevistados. A doença chegou perto das pessoas conhecidas. A crença na existência do vírus é mais forte quando há pessoas infectadas no círculo social dos entrevistados;

•Mesmo desempregados, moradores das comunidades estão esperançosos de conseguir um trabalho quando a pandemia passar - 62% dos entrevistados, sem vínculo empregatício, acreditam que vão ter um emprego quando a pandemia passar. Destes, 59% são mulheres;
•40% dos que confiam em conquistar uma vaga acreditam que terão um salário menor quando a pandemia passar. As mulheres estão mais otimistas quanto ao aumento do valor do salário.