quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Brasil é o 3º país em que pessoas passam mais tempo em aplicativos


O download anual de aplicativos cresceu 45% nos últimos três anos

Agência Brasil

As pessoas passaram 3 horas e 40 minutos, em média, utilizando aplicativos (também conhecidos como apps) em 2019. O índice é 35% maior do que em 2017. As informações são do principal relatório sobre o tema no mundo, da consultoria App Annie. A edição de 2020 foi divulgada ontem (15).
O Brasil ficou na terceira colocação no ranking dos países em termos de tempo gasto em apps, levemente acima da média, com 3 horas e 45 minutos.
O país foi superado pela China, onde as pessoas mexem com esses programas durante quase 4 horas, e a Indonésia, onde o tempo diário chegou a 4 horas e 40 minutos. Em seguida, vêm a Coreia do Sul (3h40) e Índia (3h30).
Na comparação entre 2019 e 2017, a China obteve a maior ampliação (60%), seguida pela Índia, o Canadá e a França (25%), a Indonésia (20%) e o Brasil, a Alemanha, Coreia do Sul, o Japão e Reino Unido (15%).
No recorte por idade, a chamada geração Z (nascida entre 1997 e 2012) passou 3 horas e 46 minutos por app por mês e teve 150 sessões por mês nos principais aplicativos.
download anual de aplicativos cresceu 45% nos últimos três anos: saiu de 140 bilhões em 2016 para chegar a quase 204 bilhões em 2019.
No Brasil, esse aumento foi de 40%, atingindo cerca de 5 bi no ano passado. Entre as nações, o maior aumento no período foi da Índia: 190%.

Tipos

Os apps de finanças foram acessados 1 trilhão de vezes em 2019, um crescimento de 100% na comparação com 2017. O Brasil também ficou em terceiro no ranking desse tipo de programa, atrás apenas da Índia e da China.
Mas enquanto alguns países já têm a maioria de acessos em carteiras virtuais (China e Coreia do Sul), no Brasil e em outros (como Indonésia, França e Alemanha) as transações digitais são realizadas em sua maioria por apps de bancos. Os apps mais baixados nessa categoria foram Nubank, FGTS, Picpay, Caixa e Mercadopago.
O Brasil seguiu na terceira colocação também no ranking do crescimento em tempo gasto em apps de compras, atrás da Índia e Indonésia.
Entre 2018 e 2019, os brasileiros ampliaram em 32% a sua presença nesse tipo de ferramenta. Os apps mais baixados com essa finalidade foram Mercadolivre, Americanas, Magazine Luiza, AliExpress e Wish.
A colocação foi mantida também no caso dos apps de entrega de comida. O número de sessões nesse tipo de ferramenta entre os usuários daqui foi de 8 bilhões, ficando atrás dos Estados Unidos (10 bi) e da Indonésia (20 bi).
Nas aplicações voltadas ao entretenimento, o Brasil ficou em 7º lugar no ranking de crescimento entre 2018 e 2019, ainda assim com um índice de 32%.
Entre os locais onde o uso desse tipo de app foi maior estão Índia (78%), França (60%) e Japão (58%). Os mais baixados dessa modalidade foram Netflix, Youtube Go, Amazon PrimeVideo, Globoplay e Viki.
Entre as redes sociais, o estudo não divulgou ranking mundial, mas registrou a força do app chinês Tik Tok. A lista de mais baixados no Brasil é formada por Whatsapp, Status Saver, Snapchat, Telegram e Hago.

Investimentos

Já os gastos com aplicativos aumentaram 110%, passando de US$ 55 bilhões para US$ 120 bilhões no mesmo período. Os jogos são responsáveis por 72% do faturamento. A China aumentou 190% nos últimos três anos, chegando a acumular 40% do mercado mundial.
Em 2019, foram gastos US$ 190 bilhões em publicidade em dispositivos móveis. Neste ano, a projeção da consultoria é de que essa movimentação chegue a US$ 240 bilhões.

Internet das Coisas

O documento destaca o papel dos apps no ambiente interconectado que vem sendo chamado de Internet das Coisas. Nos Estados Unidos, os apps mais baixados para esse tipo ecossistema foram os assistentes Alexa e Google Home, o agregador de serviços audiovisuais Roku, o sistema de videogame Xbox, o sistema de segurança doméstica Ring e o aplicativo vinculado a um relógio conectado Fitbit.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

PL pode ampliar divulgação de informações sobre crianças desaparecidas


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pode votar em 2020 projeto para ampliar a divulgação de informações sobre crianças e adolescentes desaparecidos



O PL 2.099/2019 torna obrigatória a inclusão das informações sobre o desaparecimento no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos e no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. Se foi aprovado pela comissão, o projeto seguirá para a análise do Plenário.

O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90). Atualmente, o estatuto já determina a notificação do desaparecimento a portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais. Com a mudança, o desaparecimento deverá ser notificado e incluído também nos dois cadastros.

Originalmente, o projeto, da ex-deputada Laura Carneiro, obriga a notificação apenas para inclusão no cadastro de crianças e adolescentes desaparecidos. Na CDH, foi aprovado o relatório da senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que propôs a substituição desse  cadastro pelo de pessoas desaparecidas, criado em 2019, depois da aprovação do texto pela Câmara. Para ela, o segundo cadastro é mais abrangente.

Já o relator na CCJ, senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), altera novamente o texto, para que a notificação seja feita aos dois cadastros. Segundo o senador, o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas ainda está em implementação, e, por isso, o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos não foi extinto. Ele afirmou que os dois cadastros podem atuar em cooperação mútua, com retroalimentação. A recomendação é pela aprovação do texto com essa alteração.

“Quanto ao mérito, o projeto é valioso, pois busca soluções para o enfrentamento do grave problema do desaparecimento de crianças e adolescentes, que tantos desgostos causam ao nosso povo”, afirmou o senador. 


Projeto concede direitos a passageiros e motoristas de aplicativos


Está em análise na Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) uma proposta (PL 6.476/2019) que busca conceder mais direitos aos passageiros e uma maior segurança aos motoristas que trabalham para aplicativos de transporte individual

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Senado

Passageiros

Caso o motorista cancele uma viagem que já havia aceitado fazer pelo aplicativo, o passageiro terá direito a receber uma multa equivalente a 5% do salário mínimo em vigor. Esse valor corresponde hoje a R$ 51,95. E, caso o motorista se atrase, a multa será de 1% do salário mínimo, o equivalente hoje a R$ 10,39. Essas multas ocorrerão quando o serviço for prestado por empresas por meio de motoristas a ela vinculados contratualmente e que disponibilizam plataformas eletrônicas aos passageiros na contratação dos serviços.

Motoristas

O projeto também traz medidas para dar mais segurança aos motoristas desses aplicativos diante do aumento de casos de violência. O PL determina que a empresa deverá rastrear as rotas do motorista para, em caso de desvios inesperados que causem suspeitas de alguma ameaça contra ele (como sequestros ou assaltos), expedir alertas às autoridades e adotar outras medidas visando à proteção tanto do motorista como de algum eventual passageiro que também seja vítima.
O PL 6.476/2019 ainda obriga as empresas a contratarem um seguro para reparar prejuízos sofridos pelo motorista em casos de furtos ou roubos do veículo.

Justificativa

O autor da proposta, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), explica que sua intenção é proteger as partes mais vulneráveis na prestação do serviço.
"As empresas que prestam serviços de transporte individual através de plataformas eletrônicas, contratando inúmeros motoristas, têm cometido alguns abusos. Há poucas garantias aos consumidores e aos motoristas. Enquanto a empresa tem lucros, as partes mais vulneráveis lidam com riscos e prejuízos. Busco equilibrar a relação negocial, possibilitando aos consumidores receber multas em casos de cancelamentos indevidos ou atrasos. E por outro lado, o PL também cria regras para a proteção do motorista, diante de perigos de sequestros e assaltos", explicou na justificativa.

PL inclui trabalho multifuncional na CLT



O Projeto de Lei 5670/19 inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a regulação do trabalho multifuncional

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Pelo texto, que tramita na Câmara dos Deputados, a relação de emprego poderá ser admitida no contrato individual de trabalho tanto por especificidade ou predominância de função como por multifuncionalidade.
Outro ponto da proposta passa a não considerar unilateral a determinação do empregador para que a atividade do empregado seja multifuncional, nos termos definidos em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Ainda segundo o projeto, não será exigido do empregado contratado por multifuncionalidade o desempenho de atividade mais complexa do que a sua competência principal.
O autor da matéria, deputado Glaustin Fokus (PSC-GO), aponta a necessidade de regulação da multifuncionalidade no contexto da nova organização do trabalho contemporâneo, a fim de gerar segurança jurídica.
“É comum nos dias atuais a função da secretária que não é só secretária, pois atende as ligações da empresa, serve cafezinho e ainda dá suporte à equipe, sem que isso gere qualquer discriminação entre os trabalhos”, exemplifica o parlamentar. “No entanto, segundo nossa legislação, o empregado não pode ser contratado para ficar à mercê do empregador”, observa.
Segundo Fokus, a contratação de empregado na forma multifuncional não é para ser admitida em todos os casos, mas apenas nas situações que levem em consideração a necessidade da empresa, a racionalidade do serviço e as demais competências do trabalhador. Ele também ressalta que os trabalhadores participarão do processo por meio de sua representação sindical, para a definição de critérios.
Ele lembra ainda que a multifunção já tem previsão legal na nova Lei dos Portos, que prevê o treinamento multifuncional do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso.
Tramitação
O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Projeto estabelece garantias mínimas em plano de demissão voluntária


O Projeto de Lei 5730/19 estabelece garantias mínimas a favor do trabalhador nos planos e programas de demissão voluntária ou incentivada. A proposta tramita na Câmara dos Deputados


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Pelo texto, do deputado Geninho Zuliani (DEM-SP), os programas de demissão serão objeto de convenção ou de acordo coletivo de trabalho. Tais acordos deverão estabelecer incentivos econômicos equivalentes a pelo menos um mês de remuneração por ano de trabalho na empresa e a extensão do plano de saúde do trabalhador por no mínimo o prazo máximo de carência estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Além disso, o empregado que aderir a tais planos ou programas fará jus aos direitos concedidos aos trabalhadores na extinção do contrato por acordo, ou seja: metade da indenização do aviso prévio e sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, pagamento integral das verbas trabalhistas e movimentação da conta vinculada no FGTS.
O projeto acrescenta um artigo à Consolidação das Leis do Trabalho e revoga, ao mesmo tempo, o dispositivo da CLT que trata do plano de demissão voluntária ou incentivada. Pela regra vigente, a demissão justifica a quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.
Na visão de Zuliani, a disposição atual restringe o acesso a direitos que não tenham sido admitidos pela empresa no tempo correto. “Tal norma não pode prevalecer, visto que tão somente compensa essa dívida com os incentivos recebidos pela demissão e pela perda do emprego”, afirma.
Tramitação
O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Projeto garante medicamentos a paciente com quadro irreversível que tenha alta hospitalar



Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
O Projeto de Lei 5890/19 obriga a administração pública a fornecer medicamentos especiais a pessoas com quadros de saúde irreversíveis mesmo durante o tratamento fora do hospital. Segundo o autor, deputado Charles Fernandes (PSD-BA), o objetivo é assegurar condições dignas de sobrevivência a pacientes que recebem alta e não dispõem de meios para seguir o tratamento em suas próprias residências.
“Pretende-se também a redução das internações hospitalares. Acredita-se que, por meio dessa iniciativa, seja possível reduzir gastos e aliviar de alguma forma a carência do paciente que passa por esse tipo de tratamento”, justifica o autor.
De acordo com o texto, o fornecimento dos medicamentos está condicionado à comprovação de necessidade a ser atestada por autoridade competente. A proposta determina ainda que as famílias deverão ser assistidas, apoiadas e orientadas sobre o uso dos medicamentos fornecidos aos pacientes.
Caberá às instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS) a distribuição correta dos medicamentos.
Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Em nota técnica, Dieese condena fim de ganho real no salário mínimo


Em nota técnica publicada em seu site, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) faz dura crítica à interrupção da “política de valorização do salário mínimo”, que vinha sendo adotada em governos anteriores e servia como espécie de “gatilho” 
salario minimo dinheiro
Luís Alberto Alves/Hourpress/Diap
“A LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias - para 2020, aprovada pelo Congresso Nacional recentemente, definiu que o Salário Mínimo será reajustado somente pelo índice de inflação (INPC) de 2019, sem aumento real”, observa o Dieese. “A interrupção do processo de resgate do valor histórico da remuneração mínima do trabalhador brasileiro, agora anunciada, deixa pelo caminho uma esperança de melhor condição de vida para milhões de pessoas e uma visão de civilização, em que as diferenças se estreitariam em benefício de todos”, condenou a entidade.
Contexto histórico
A política de valorização do salário mínimo foi conquistada como resultado da ação conjunta das centrais sindicais, por meio das “Marchas a Brasília”, realizadas anualmente, no fim de cada um dos anos entre 2004 e 2009.
As 2 primeiras marchas, em 2004 e 2005, resultaram em reajustes e aumentos reais expressivos para o salário mínimo nos anos seguintes (2005 e 2006), ainda sem um critério definido. Com a 3ª marcha, no final de 2006, e por meio de complexas negociações que resultaram, inicialmente, em acordo entre as centrais sindicais e o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou-se a adotar sistemática, em princípio informal, de correção do salário mínimo com base na inflação do período desde o reajuste anterior (INPC), acrescido de aumento real com base no crescimento da economia (Produto Interno Bruto) de 2 anos antes.
Ficou definida, também, a antecipação em 1 mês, a cada ano, da data do reajuste, até que a mesma se fixasse em 1º de janeiro, a partir de 2010. Esse mecanismo de valorização seria incorporado, depois, em 2011, pela Lei 12.382, de 25 de fevereiro de 2011. Além disso, ficou estabelecido longo processo de valorização, que deveria perdurar até 2023, renovado a cada 4 anos. Com efeito, a política foi renovada em 29 de julho de 2015, com a aprovação da Lei 13.152, para vigorar até 1º de janeiro de 2019. Desde então, portanto, do ponto de vista legal, não existe mais política de valorização do salário mínimo.
Mesmo se houvesse a manutenção da política de valorização, entretanto, a remuneração mínima ainda está muito longe de atingir o patamar ideal. Há muitos anos, o Dieese estima o valor do salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais. Os cálculos mais recentes indicam que tal valor deveria ser R$ R$ 4.342,57, para atender a uma família de 2 adultos e 2 crianças.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Ministério da Saúde quer zerar fila de espera por cirurgias eletivas



Municípios terão R$ 250 milhões a mais para procedimentos

Agência Brasil

O Ministério da Saúde reservou R$ 250 milhões a mais para aumentar o número de cirurgias eletivas a serem realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os repasses começam a ser feitos já em janeiro para diminuir as filas para 53 tipos de procedimentos que incluem catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, além de cirurgia de astroplastia de quadril e joelho, entre outras com grande demanda.
Os procedimentos com maior demanda são os oftalmológicas, para tratamento de catarata e de suas consequências, e para tratamento de doenças da retina, seguida de cirurgia para correção de hérnias e retirada da vesícula biliar.
De acordo com o Ministério da Saúde a expectativa é zerar a fila de espera de pacientes que aguardam por esses procedimentos, que não têm caráter de urgência e são de média complexidade.
As cirurgias eletivas, fazem parte do atendimento diário oferecido à população em hospitais de todo o país. Dados registrados no sistema de informação do SUS mostram que ao longo de 2018 foram realizadas 2,4 milhões de cirurgias eletivas em todo país. Até outubro de 2019, foram 2 milhões de procedimentos realizados em todos os estados brasileiros.
Os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal, responsáveis pela organização e a definição dos critérios que garantam o acesso do paciente aos procedimentos cirúrgicos eletivos, podem se programar para utilização os recursos de acordo com as demandas da população de cada estado. Confira o valor do repasse por estado.
Ministério da Saúde/divulgação
Ministério da Saúde/Divulgação

Gestão do estoque: necessidade ou prioridade?



DPK traz algumas dicas para te ajudar nessa questão


Redação/Hourpress

Sabemos que para uma oficina, seja ela do tamanho que for, a organização do estoque é quase que uma questão de sobrevivência e acaba fazendo parte da fidelização do cliente. 

De acordo com o tamanho da sua oficina você pode escolher qual é a melhor forma de gerenciar seu estoque. Seja manual, através de planilhas ou sistema de gestão, o importante é começar organizando todos os recibos das peças que o compõem.

Para oficinas de porte menor, com apenas um funcionário, o sistema manual pode ser o mais indicado. Basta um espaço organizado por peças iguais, mesmo que de marcas diferentes, e uma pasta onde podem ser colocadas as notas arquivadas para consulta de quantas ainda têm e quais são as de saída. Assim é possível fazer um controle de quanto sai por semana e por mês, o que facilita na hora de solicitar peças novas. 

Mas, para modernizar, esse sistema pode ser realizado em uma simples planilha no computador. A vantagem é saber quanto entrou financeiramente, qual o valor total do seu estoque e quanto do que entrou precisará ser remanejado para a aquisição de novas peças. 

“Para oficinas mecânicas maiores, um sistema pronto de gestão passa a ser crucial. Esta é apenas a porta de entrada para a organização dos estoques. Organizar fisicamente, e criar etiquetas em sistemas de cores, facilita muito na hora do pedido ao fornecedor”, explica Armando Diniz, diretor de negócios da DPK.

Além disso, o sistema de contagem precisa ser diário ou em dois horários do dia, dependendo do tamanho da sua oficina. Para ajudar o seu negócio, separamos algumas dicas importantes e, que precisam fazer parte da sua rotina: 

  1. Organize seu estoque de maneira lógica e funcional;
  2. Controle a entrada e saída: se te ajudar, você pode separar por setores de cor dentro do seu estoque com as peças que mais saem diariamente, semanalmente e mensalmente;
  3. Treinamento de pessoas: é crucial para que qualquer sistema funcione de acordo; 
  4. Planejamento financeiro: vai te ajudar e muito na hora de investir e no momento de entrada e saída de peças da sua oficina; 
  5. Preveja um salário para você e nunca misture contas pessoais com as do negócio, isso pode acabar confundindo sua organização;
  6. Mantenha um bom relacionamento com clientes e fornecedores;
  7. Realize promoções quando tiver muitas peças do mesmo tipo sem saída, isso te ajudará a organizar o estoque de maneira mais eficiente.

Planejar seu estoque te ajudará a ter mais ganhos do que gastos! Você poderá controlar de uma forma que nunca falte o que precisa, sem gasto excessivo com o que sai menos. 

Mulheres alcançam postos de liderança no setor de tecnologia; mas representatividade ainda é baixa


Elas representam apenas cerca de 20% das posições da área, apesar de melhorarem desempenho das companhias em até 50%


Redação/Hourpress

Quando Sheynna Hakim trocou o mercado financeiro pelo de tecnologia, esperava encontrar um ambiente diverso, com mais mulheres em cargos de chefia. “Estava acostumada a ser a única presente em reuniões de diretoria e sentia falta de uma maior representatividade”. Infelizmente, a atual diretora geral do aplicativo Chama foi surpreendida negativamente. “Por ser um setor que trata de inovação e por ser novo, achei que seria diferente e encontraria mais mulheres na liderança. Mas, em geral, não é. Quando vim para o Chama, essa foi uma das coisas que me surpreendeu positivamente, temos o diferencial em ter tantas mulheres em posições de liderança”, afirma.

A sua sensação é compartilhada por muitas mulheres ao redor do mundo. Embora o setor de tecnologia tenho sido o que mais evoluiu em contratações, com 18% de aumento no número em cargos de liderança de 2008 a 2016, as mulheres ainda representam apenas 20,6% das posições na chefia. De forma geral, elas estão em 25% das posições de liderança no mundo. No Brasil, estão em 39% desses cargos. No país, apesar de terem mais tempo de estudo, em média, do que os homens, elas ainda recebem 76,7% da remuneração deles, segundo o IBGE.

Esses números, segundo Sheynna, mostram não só uma realidade difícil para a mulher no mercado de trabalho, mas também uma grande perda para as próprias empresas, que deixam de ter, em sua equipe, as qualidades da mão de obra feminina. “Em geral, as mulheres passaram por mais provações para alcançar os postos que ocupam, tiveram que batalhar mais, enfrentar preconceitos. Acho que temos uma noção mais ampla dos objetivos e de como alcançá-los de forma mais global, enxergar talentos, trabalhar em conjunto. As empresas perdem muito sem as mulheres e sem a diversidade”, comenta.

Por sorte, muitas empresas despertaram para essa potencialidade feminina e têm buscado diversificar cada vez mais o ambiente de trabalho. É o caso do Chama, aplicativo que conecta revendedores de botijão de gás aos consumidores, onde Sheynna comanda um time de líderes em que 80% são mulheres.

Quando o assunto é a alta liderança da empresa, Vivian Bernardi é uma das mulheres que ocupa uma posição de C-Level com o cargo de CFO da empresa e ela acredita que a gestão das mulheres tem um grande diferencial: em geral, as mulheres na liderança têm maior jogo de cintura, e acrescenta: “A mulher tende a demonstrar maior empatia fazendo com que as equipes possam expressar suas opiniões de forma livre e verdadeira, o que permite que as empresas inovem e prosperem cada vez mais”.

Sua impressão também é confirmada por números. Segundo uma pesquisa realizada pelo site Linkedin, startups do Vale do Silício fundadas por mulheres têm cerca de 50% de chances a mais de sobreviver.

Maternidade precisa ser discutida
“Quantas vezes as mulheres não ouvem, já na entrevista de trabalho, se pretendem ou não ter filhos e, se tem, com quem vão deixá-los. É como se o pai não existisse na vida das crianças, como se a única responsável fosse ela. São perguntas pessoais, com um cunho até invasivo. E precisamos falar sobre isso. As mulheres podem e devem ter família, se quiserem e vão precisar se ausentar, é claro, mas voltam, e costumam voltar ainda mais produtivas. Essa é uma característica da vida das mulheres que precisa ser respeitada”, afirma Sheynna.

Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 247 mil mulheres entre 25 e 35 anos, apontou que metade das que tiveram filhos perderam o emprego até dois anos depois da licença-maternidade. No segundo mês após o retorno ao trabalho, a probabilidade de demissão chega a 10%.

Auto confiança é fundamental
“Acho que isso parte também dessa questão de que a mulher, exatamente por ter ouvido muitos nãos, só se sente confiante para investir, para se arriscar, com mais certezas. O homem é incentivado desde sempre a se atirar, aventurar, ser dinâmico e corajoso. É algo que temos que começar a fazer também com as nossas meninas desde sempre”, acredita Sheynna.

Filha de egípcio com catarinense e casada com um francês, Sheynna, que tem uma filha, já morou em diversos países, fala seis idiomas e acumula experiência no setor, é a prova de que dá para “ter quase tudo”. “A gente dá conta. Acho que, além dos preconceitos estruturais, das dificuldades, acho que falta para essa mulher autoconfiança para saber que sim, ela pode tentar mais, ir além, conquistar, buscar outros espaços, sem perder o direito de ter sua vida pessoal. Basta ela pedir ajuda, se preparar e trabalhar que ela pode. Ter essa autoconfiança na sua capacidade é fundamental”, finaliza.

Sobre o Chama
Disponível no Google Play e na App Store, o Chama é um marketplace que conecta revendedores de botijões de gás a clientes. Lançada em dezembro de 2016, a empresa reúne em um único ambiente mais de 2.000 revendedores regulamentados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em apenas alguns cliques o usuário pode solicitar o serviço oferecido pela empresa e escolher o fornecedor que mais lhe agradar - selecionando informações como: valor cobrado, tempo de entrega e marca do produto. O serviço está presente em São Paulo, Recife, Florianópolis, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.

“Quantas vezes as mulheres não ouvem, já na entrevista de trabalho, se pretendem ou não ter filhos e, se tem, com quem vão deixá-los. É como se o pai não existisse na vida das crianças, como se a única responsável fosse ela. São perguntas pessoais, com um cunho até invasivo. E precisamos falar sobre isso. As mulheres podem e devem ter família, se quiserem e vão precisar se ausentar, é claro, mas voltam, e costumam voltar ainda mais produtivas. Essa é uma característica da vida das mulheres que precisa ser respeitada”, afirma Sheynna.

Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 247 mil mulheres entre 25 e 35 anos, apontou que metade das que tiveram filhos perderam o emprego até dois anos depois da licença-maternidade. No segundo mês após o retorno ao trabalho, a probabilidade de demissão chega a 10%.

Auto confiança é fundamental
“Acho que isso parte também dessa questão de que a mulher, exatamente por ter ouvido muitos nãos, só se sente confiante para investir, para se arriscar, com mais certezas. O homem é incentivado desde sempre a se atirar, aventurar, ser dinâmico e corajoso. É algo que temos que começar a fazer também com as nossas meninas desde sempre”, acredita Sheynna.

Filha de egípcio com catarinense e casada com um francês, Sheynna, que tem uma filha, já morou em diversos países, fala seis idiomas e acumula experiência no setor, é a prova de que dá para “ter quase tudo”. “A gente dá conta. Acho que, além dos preconceitos estruturais, das dificuldades, acho que falta para essa mulher autoconfiança para saber que sim, ela pode tentar mais, ir além, conquistar, buscar outros espaços, sem perder o direito de ter sua vida pessoal. Basta ela pedir ajuda, se preparar e trabalhar que ela pode. Ter essa autoconfiança na sua capacidade é fundamental”, finalizou.