quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Operadora São Francisco desrespeita médicos de São Paulo



Eles já estão sem reajustes há dois anos – contrariando o que dita a Lei 13.003/2014. A empresa também pratica valores degradantes de honorários, com consultas girando em torno de R$ 44 a R$ 57

Redação/Hourpress

Conforme denuncia Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina, essa é uma situação que se estende sem diálogo. “Já os chamamos para renegociar honorários de procedimentos e consultas médicas, exigindo o reajuste anual previsto na Lei 13.003, mas eles simplesmente se negam, nem ao menos sentam para conversar conosco.”

Ruy Charles Cardoso de Souza, presidente da APM Pirassununga, diz que anualmente eles também solicitam aos representantes da operadora um acordo para negociar reajuste, sem sucesso. “Desde 2017, com apoio da diretoria de Defesa Profissional da APM Estadual, tentamos estabelecer esse contato localmente e não conseguimos”, explica.

Segundo Souza, os médicos ficam presos a contratos ruins, já que a São Francisco tem comprado diversas carteiras de clientes na região. “Aqui, assumiram a da Santa Casa e de convênios menores Assim, estipulam um contrato básico e o médico tem de aceitar para seguir trabalhando.”

Na visão dos diretores da APM, a situação torna-se crítica também para os pacientes. Isso porque muitos dos médicos, desde 2017, deixaram de atender na região diante da falta de reajustes, negociações e diálogo. “Além disso, a operadora tem recorrido à rede própria e causado alguns transtornos. Um paciente que faz acompanhamento em determinada especialidade muitas vezes se vê obrigado a trocar de profissional, devido ao descredenciamento do médico, tendo de ser atendido pela rede própria.”

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