Uma posse com 12 mil policiais não é sinônimo de alegria
Luís Alberto Alves/Hourpress
A posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL) mostrou que o
Brasil está em 2019, mas com a cabeça na década da ditadura que se acabou em 1985, porém ameaça retornar velozmente.
Uma posse com 12 mil policiais não é
sinônimo de alegria. É algo triste. Igual casamento de obrigação, como ocorria
nos sertões deste imenso país, quando o homem engravidava a namorada e era forçado a casar-se ou perdia a vida.
O discurso raivoso contra
outras tendências políticas. A ordem de que o extermínio será a palavra de ordem, ao liberar o porte de arma, aumentando a violência,
que já é grande. Os valentões de plantão não aceitarão pacificamente levar
qualquer fechada no trânsito e descerão dos seus carros de revólver em punho para mostrar que são “machos”. Qualquer atrito
dentro de casa poderá acender o estopim da bomba guardada no formato de arma de
fogo dentro do guarda-roupa.
Neste novo governo, os gestos
são do passado, da triste época em que os militares colocaram o bloco na rua
para saírem de cena em 1965 e só 20 anos depois voltaram aos quarteis, de onde
nunca deveriam ter colocado os pés para fora. Não é aconselhável administrar uma
nação alimentada pelo ódio. É
preciso temperança. Até na família é preciso pisar no freio várias vezes. Ferro
e fogo não funcionam. Só aumenta o ódio.
Quanto à população, é preciso
permanecer de cabeça erguida. Não deixar o desânimo abater. De um solitário limão,
encontrar versatilidade para encher a jarra com delicioso suco, tomando o
cuidado de não apagar o sabor desta fruta. Ou seja, é preciso apresentar
propostas viáveis para o sonho não
parar na galeria da utopia. Afinal de contas, o erro de todo esperto é pensar
que a maioria é burra. Feliz 2019
para todos nós!
Nunca
se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!
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