domingo, 27 de julho de 2025

Como Henry Ford realizou o seu sonho com duas corridas históricas

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Com a vitória do Sweepstakes, carro que ele mesmo construiu e pilotou, Henry Ford atraiu investidores para fundar a Henry Ford Company, em 1901, após a falência da Detroit Automobile Company

* Essa sociedade também não foi adiante, mas Ford construiu outro carro, o 999, e venceu novamente o campeão norte-americano da época, em 1902

* Após esse triunfo, o empresário conquistou 11 sócios para fundar a Ford Motor Company, em 1903, e popularizou o automóvel com a produção em massa

Luís Alberto Alves/Hourpress 

Vencer uma corrida pode representar muita coisa para um piloto, como fama, prestígio e dinheiro. Mas, para Henry Ford, duas vitórias foram cruciais para realizar o seu sonho de fundar a Ford Motor Company e, nas décadas seguintes, revolucionar a indústria com a produção em massa do automóvel.


Henry Ford construiu seu primeiro carro, o Quadriciclo, no galpão de casa, em 1896. O desfile da máquina nas ruas o tornou conhecido em Detroit e, em 1899, ele criou a Detroit Automobile Company com apoio do prefeito William Maybury. Mas a empresa foi fechada um ano depois, sem fabricar um único carro e com prejuízo de US$86.000. Os investidores eram contra o plano de Ford de criar um automóvel barato e ele se demitiu.


Esse fracasso, no entanto, só aumentou a sua determinação. Ele decidiu construir um carro de corrida e pilotá-lo pessoalmente para mostrar a confiança no produto. “Jamais pensei em correr, mas o público se recusava a pensar no automóvel como algo além de um brinquedo veloz. Tínhamos de correr”, comentou.


Desafio


Com a ajuda de uma equipe de engenheiros, Ford construiu um veículo rápido, batizado como Sweepstakes, e o inscreveu numa corrida patrocinada pelo Detroit Driving Club, em 1901. A pista oval de terra em Grosse Pointe, Michigan, tinha um percurso de 1.600 metros e o desafio era enfrentar o campeão norte-americano, Alexander Winton.


Winton, um bem-sucedido construtor de carros de Cleveland, estava tão certo da vitória que lhe permitiram até escolher o troféu, uma poncheira de cristal lapidado. Seu carro, Bullet, já era um vencedor experiente, com 70 cv, enquanto o Sweepstakes tinha apenas 26 cv, mas novidades importantes: o motor de dois cilindros usava uma forma inicial de injeção de combustível e bobinas de ignição isoladas em porcelana feitas à mão (uma precursora da vela de ignição). Ford era indiscutivelmente o azarão, mas também o preferido dos 8 mil espectadores.


A corrida tinha dez voltas e Winton abriu uma vantagem de mais de 300 metros nas três primeiras, a caminho da vitória. Mas após cinco voltas, Ford se aproximou. Na sétima volta, o Bullet começou a ratear e o motor soltou uma nuvem de fumaça. Ford ultrapassou Winton em frente às arquibancadas lotadas de fãs e venceu com enorme vantagem. Sua esposa, Clara Ford, escreveu ao irmão: “Um homem jogou o chapéu para o alto e, quando caiu, o pisoteou de tanta empolgação.”


Carro


Ford ganhou a poncheira de cristal e um cheque de US$1.000 – uma ninharia, já que ele gastou cinco vezes mais para construir o carro. Mas ganhou um prestígio incalculável: um carro projetado e construído por Henry Ford tinha vencido um Winton, o melhor automóvel dos Estados Unidos.


Após a grande vitória, diversos espectadores se apresentaram para oferecer apoio financeiro ao campeão e, em poucas semanas, a Henry Ford Company foi criada. Porém, houve novamente atrito entre Ford e seus investidores. Ele queria construir carros de competição, enquanto seus sócios preferiam que ele se concentrasse na produção de automóveis de passeio.


O conflito se agravou quando os acionistas contrataram os serviços de outro mecânico, Henry M. Leland, para aconselhá-los sobre o projeto do motor de Ford. Quando Leland desaprovou, Henry demitiu-se em março de 1902, levando no bolso US$900 e os planos de outro carro de corrida.


Ironia


A Henry Ford Company foi rebatizada como Cadillac Automobile Company, em homenagem ao fundador de Detroit. A General Motors comprou a Cadillac em 1909, uma ironia histórica.


Ford se aliou ao campeão de ciclismo Tom Cooper para projetar e construir dois carros de competição, o vermelho Arrow e o amarelo 999 – número do trem famoso por um recorde no percurso de Nova York a Chicago. A distância entre-eixos e a bitola eram maiores que nos carros anteriores e os motores de quatro cilindros geravam 70 cv. “O ronco daqueles cilindros era suficiente para matar um homem”, disse Ford.


Para pilotar as máquinas, ele chamaram outro ciclista campeão, Barney Oldfield. Só havia um problema: ele nunca tinha dirigido um carro na vida. E esses carros eram muito diferentes do Sweepstakes, eram força bruta.


Recorde

Em 25 de outubro de 1902, houve uma revanche com Winton em Grosse Pointe. Outros quatro carros estavam inscritos na corrida. Nenhum chegou perto: Oldfield venceu os 8.000 metros em tempo recorde, de 25 minutos e 28 segundos.


A Ford Motor Company foi fundada em 16 de junho de 1903, por Henry Ford, então com 39 anos, e mais 11 sócios. Eles tinham apenas US$28.000 em dinheiro, algumas ferramentas e projetos, mas muita fé.


Os acionistas incluíam um negociante de carvão, Alexander Malcomson; o gerente administrativo do negociante de carvão, James Couzens; um banqueiro; dois irmãos proprietários da oficina que construía os motores; um carpinteiro; dois advogados; um funcionário de escritório; o dono de uma loja de aviamentos; e um construtor de moinhos de vento e espingardas de ar comprimido.


Isso ajuda a entender por que, ao longo dos seus 122 anos de existência, a Ford continua a ter as competições como laboratório e fonte de inspiração.


Programa de Aquisição de Alimentos chega aos 22 anos

    Arquivo/Hourpress


Radiografia da Notícia

Desde a retomada, em 2023, são mais de 288 mil toneladas de alimentos adquiridos e distribuídos a cerca de 16 mil entidades socioassistenciais e escolas

Em um país tão diverso como o Brasil, o PAA proporciona o acesso à alimentação saudável para pessoas em situação de insegurança alimentar

O programa foi determinante para a saída do Brasil do Mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014

Redação/Hourpress

Ao longo de 22 anos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) reflete a força da parceria entre governo e sociedade no enfrentamento do desafio de promover a segurança alimentar e nutricional. Em um país tão diverso como o Brasil, o PAA proporciona o acesso à alimentação saudável para pessoas em situação de insegurança alimentar e o fortalecimento da agricultura familiar, gerando trabalho, renda e inclusão social e impulsionando a economia nos municípios, promovendo o desenvolvimento local.

 

O programa foi determinante para a saída do Brasil do Mapa da Fome, da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, porém, foi sendo desconfigurado nos últimos anos. Em 2023, com a reformulação por meio da Lei nº 14.628/2023 – que nesta semana completa dois anos de vigência – o novo PAA se destaca pelo caráter transversal, que hoje se traduz na participação no processo de implementação de diversos programas de promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada, como a Estratégia Alimenta Cidades, o Programa Cozinha Solidáriaas ações de promoção da alimentação adequada e saudável no ambiente escolar, entre outros.

 

Desde o início da execução do novo PAA, há dois anos, o investimento total do Governo do Brasil foi de R$ 2,8 bilhões, com acúmulo de resultados positivos na promoção da segurança alimentar e nutricional. Cerca de 112 mil famílias agricultoras forneceram para o programa 288 mil toneladas de alimentos, que foram distribuídos localmente para organizações da rede socioassistencial, públicas e filantrópicas de ensino e saúde e justiça e para equipamentos de segurança alimentar e nutricional, como Restaurantes Populares, Cozinhas Comunitárias, Bancos de Alimentos. Ao todo, foram beneficiadas no período cerca de 16 mil organizações que atendem pessoas em vulnerabilidade e insegurança alimentar, ou seja, que não têm acesso à alimentação de forma regular e adequada.

 

Entre outras finalidades, o PAA foi instituído para contribuir com a promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável (previsto no art. 6º da Constituição Federal), incentivar o consumo e a valorização dos alimentos produzidos localmente, pela Agricultura Familiar, promover o abastecimento alimentar (que envolve as compras governamentais de alimentos), promover e valorizar a biodiversidade e a produção orgânica e agroecológica de alimentos.


 Além disso, visa incentivar hábitos alimentares saudáveis tanto local quanto regionalmente, incentivar o cooperativismo e o associativismo e a produção de alimentos por povos indígenas, comunidades quilombolas e tradicionais, assentados da reforma agrária, pescadores artesanais, negros, mulheres, juventude rural e agricultores familiares urbanos e periurbanos e reduzir as desigualdades sociais e regionais brasileiras.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Teoria da Geladeira Vazia: este #livro vai impactar a sua #fé em #Deus


Luís Alberto Alves/Hourpress

Comissão aprova inclusão de educação financeira no currículo dos ensinos Fundamental e Médio

    EBC


Radiografia da Notícia

* Proposta segue em análise na Câmara dos Deputados

O texto original previa a inclusão da nova disciplina na base curricular

Para virar lei, precisa ser aprovada na Câmara e no Senado

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para incluir a educação financeira no currículo dos ensinos Fundamental e Médio.

O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Maurício Carvalho (União-RO), ao Projeto de Lei 2979/23, da deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). O texto original previa a inclusão da nova disciplina na base curricular, mas abrangia outros temas como a criação da "Campanha Nacional Pró Ensino da Educação Financeira" e do selo "Escola Amiga da Educação Financeira". Essa parte foi excluída por Carvalho em sua versão.

Segundo o relator, a inclusão da educação financeira no currículo escolar incentiva o desenvolvimento de hábitos de consumo e de poupança mais equilibrados. "Os conceitos de educação financeira repercutirão na vida adulta, gerando maior autonomia para lidar com diferentes situações financeiras, desde o planejamento de metas de curto e longo prazo até a escolha de investimentos adequados", disse.

Atualmente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece a importância da educação financeira e da educação para o consumo, orientando as escolas a abordarem esses temas como parte do currículo. 

Próximos passos
A proposta, que tramita em
caráter conclusivo, ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisa ser aprovada na Câmara e no Senado.


O impacto das deepfakes e da desinformação digital na economia

    EBC


Radiografia da Notícia

Além disso, o uso de IA pode alimentar campanhas de desinformação

* Impactam o mercado segurador não apenas como um risco para os clientes, mas como uma realidade

* Narrativas falsas sobre a saúde financeira de uma seguradora ou decisões judiciais

Redação/Hourpress

Deepfakes (falsificações) e desinformação digital nas redes sociais impactam o mercado segurador não apenas como um risco para os clientes, mas como uma realidade para as próprias seguradoras, que enfrentam demandas operacionais e custos crescentes para detectar e mitigar esses riscos.

Além disso, o uso de IA pode alimentar campanhas de desinformação em larga escala, minando a confiança no setor segurador.

Saiba mais:

·         Fraudes cada vez mais sofisticadas: deepfakes estão sendo usados para forjar provas em sinistros de seguros – de imagens adulteradas a vídeos manipulados. No Reino Unido, já se observa um aumento expressivo de fraudes de baixo valor baseadas em evidências falsas.

·         Reputação sob ataque: narrativas falsas sobre a saúde financeira de uma seguradora ou decisões judiciais influenciadas por conteúdos enganosos podem comprometer a imagem e a confiança no setor.

·         Impacto operacional e regulatório: as seguradoras enfrentam pressões crescentes para investir em novas tecnologias de verificação, sob risco de aumento da litigiosidade, exigências regulatórias e custos de compliance – todos fatores que podem ser mitigados por soluções específicas de seguro cibernético.

·         Ameaça aos ativos digitais e à cadeia de TI: já há registros de hackers utilizando deepfakes para simular entrevistas de emprego e obter acesso a sistemas críticos das empresas – cenário que representa riscos diretos à infraestrutura digital e financeira das companhias seguradas.

·         Indústrias mais expostas: companhias mais suscetíveis a perdas financeiras com deepfakes e desinformação incluem bancos, fintechs e empresas de investimento, devido ao volume de dinheiro controlado e à dependência de transações digitais. Também são vulneráveis os setores de mídia e telecomunicações, tecnologia e indústria farmacêutica, devido ao risco de conteúdo manipulado que possa destruir a confiança, espalhar desinformação e gerar perdas reputacionais ou de receita publicitária.

 

·         Perdas do setor financeiro apontadas no Sonar 2025: o relatório destaca informação do Wall Street Journal (abril de 2024) de que o setor financeiro registrou um aumento de 700% nos incidentes com deepfakes nas fintechs em 2023.  Também ressalta os dados da pesquisa global de 2024 da Regula Forensic, com mais de 1 mil tomadores de decisão: mais de 92% das empresas relatam prejuízos com deepfakes — e 10% superam a marca de

US$ 1 milhão em danos.