quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Trump, o dono do mundo

EBC


Radiografia da Notícia

*A arrogância foi tão grande que Trump disse que não precisa do Brasil e da América Latina

* Para fazer o jogo do ódio já assinou decreto autorizando a deportação de imigrantes ilegais

*De alguém que imagina que a força das armas e chantagem financeira são instrumentos de controle

Luís Alberto Alves/Hourpress

 A posse de Donald Trump, como 47º presidente dos Estados Unidos reforçou o conceito norte-americano de ser a nação dona do mundo. O restante dos países deve se curvar diante dos Estados Unidos e fazer o jogo capitalista da Casa Branca. Do contrário sofrerão sanções econômicas. Afinal é o maior mercado consumidor do mundo.

A arrogância foi tão grande que Trump disse que não precisa do Brasil e da América Latina. São as nações deste continente que dependem do irmão do Norte para continuar sobrevivendo. É discurso típico de ditador. De alguém que imagina que a força das armas e chantagem financeira são instrumentos de controle.

Para fazer o jogo do ódio já assinou decreto autorizando a deportação de imigrantes ilegais. Inclusive adotando a postura de separar pais de filhos rumo ao embarque de volta ao país de onde saíram em busca de vida melhor. Não importa, agora milhões de imigrantes na vala da ilegalidade retornarão como párias ao lugar de onde ousaram sair.

Cofres

Enfim, a política de conversar, de costurar acordos que seja boa para os dois lados, na era Trump ficou na lata do lixo. O negócio é pegar o porrete e bater na cabeça de quem disser não. Autorizou a exploração de petróleo em áreas indígenas e em locais de meio ambiente. O importante é extrair o ouro liquido do solo e encher os cofres das empresas do setor.

A época da caça às bruxas começou, igual no período triste do Macartismo, na década de 1950, onde pessoas que tivessem pensamentos socialistas eram banidas dos Estados Unidos ou impedidas de entrar naquele país. O cineasta Charles Chaplin entrou neste círculo por causa de uma cena do seu filme O grande ditador.

Hoje com Trump no poder, a democracia está sendo banida dos Estados Unidos. A Constituição que nunca sofreu mudança desde 1776 é carta fora do baralho. O que vale é a opinião de um homem que se julga o comandante do mundo. Considera-se um deus, porém com pés de barro. Hitler tinha o sonho de dominar todas as nações e acabou recorrendo ao suicídio quando viu o seu castelo de sonhos desabar. O tempo vai mostrar a Trump que nem tudo que sonhamos vira realidade.

Luís Alberto Alves, jornalista, é editor do blogue Cajuísticas. Autor dos livros "O flagelo do desemprego" (2022), "Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador" (2023), "Internet: o pesadelo de quem trabalha entregando mercadoria comprada online" (2024)

 

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