domingo, 26 de janeiro de 2025

Dengue: 2025 começa com o 2º maior recorde de casos da história

    EBC


Radiografia da Notícia

Em um cenário alarmante, com cinco óbitos confirmados e 69 sob investigação apenas nas primeiras semanas do ano

Esses números podem ser ainda maiores, já que 761 casos de óbitos por dengue estão em investigação

É fundamental evitar a aplicação de repelentes sobre lesões ou ferimentos

Redação/Hourpress

O início de 2025 no Brasil é marcado por um preocupante cenário: o país registra o segundo maior número de casos de dengue da história. Nas duas primeiras semanas do ano, foram confirmadas cinco mortes pela doença, enquanto outras 69 estão sob investigação. Apesar de uma redução de 48,7% nos casos prováveis em comparação ao mesmo período de 2024, os números ainda preocupam as autoridades de saúde.


Óbitos por dengue em 2024 superam os da Covid-19


Em 2024, os óbitos por dengue no Brasil ultrapassaram os causados pela Covid-19, segundo o Ministério da Saúde. Até o momento, foram registradas 6.103 mortes por dengue, enquanto a Covid-19 resultou em 5.959 óbitos. Esses números podem ser ainda maiores, já que 761 casos de óbitos por dengue estão em investigação.


O aumento é expressivo quando comparado a 2023, que registrou 1.179 mortes pela doença. Em termos de casos prováveis, o salto foi de 302%, com 6.629.595 ocorrências, contra 1.649.146 no ano anterior.

Diante desse cenário, a pediatra Dra. Elisabeth Fernandes, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), reforça a importância de proteger as crianças, que estão entre os grupos mais vulneráveis. "O uso de repelentes é uma medida eficaz, mas deve ser feito com critérios específicos para cada faixa etária", explica a médica.


Confira as orientações da Dra. Elisabeth:

  • Bebês acima de 2 meses: Icaridina na concentração de 10%.
  • Bebês acima de 6 meses: Icaridina na concentração de 20% e IR3535.
  • Crianças acima de 2 anos: DEET.

É fundamental evitar a aplicação de repelentes sobre lesões ou ferimentos e garantir que o produto não entre em contato com olhos ou boca. "A manipulação deve ser feita por um adulto para maior segurança", orienta.

A vacina contra dengue representa um avanço significativo no combate à doença, mas enfrenta baixa adesão. Até 12 de janeiro, apenas 2,3 milhões de brasileiros tomaram a primeira dose, e apenas 900 mil completaram o esquema vacinal.
Em 2024, as crianças de 10 a 14 anos foram priorizadas pelo SUS para receberem a vacina, com duas doses aplicadas em um intervalo de três meses. Este grupo é o mais impactado em termos de hospitalizações, após os idosos. A distribuição começou por 686 municípios com alta transmissão e predominância do sorotipo DENV-2.
"Pais e responsáveis precisam levar as crianças aos postos de saúde para garantir a imunização. Cada dose pode significar uma vida salva", enfatiza a Dra. Elisabeth. Para os menores de 10 anos e idosos, a vacina está disponível na rede particular para pessoas de 4 a 60 anos.

A médica também destaca a importância de manter o ambiente doméstico seguro. "Não acumular água em vasos, tampar caixas d'água e usar inseticidas são medidas essenciais para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti", finalizou.

Jovem do Ensino Médio desenvolve tecnologia que transforma a borra de café em produtos biodegradáveis



 Radiografia da Notícia

Projeto de iniciação científica de Alex Kim descarta o uso de polímeros de plástico no processo e pode assegurar renda extra para população vulnerável

Hoje, devidamente adaptado, o jovem de 17 anos se prepara para entrar na universidade

A solução inovadora já está em processo de registro de patente

Redação/Hourpress

Há 10 anos, quando imigrou com sua família para o Brasil devido a uma oportunidade profissional para seu pai, Seokhun Alex Kim não imaginava os desafios culturais que encontraria no novo país. Hoje, devidamente adaptado, o jovem de 17 anos se prepara para entrar na universidade. Neste meio tempo, graças a atividades extracurriculares de estudo e percepção da nova realidade que o cercava, o sul-coreano desenvolveu uma tecnologia que utiliza exclusivamente materiais vegetais naturais e transforma a borra de café em uma substância totalmente biodegradável, sem necessidade de interferências industriais.

 

Atualmente, os processos para reutilização da borra de café adotam, em sua maioria, o Ácido Polilático (PLA), também conhecido como bioplástico. No entanto, o PLA só se decompõe completamente em condições específicas, como em instalações industriais de compostagem. Em ambientes comuns, não se degrada totalmente, e pode ser tão prejudicial ao meio ambiente quanto os plásticos derivados de petróleo.


Kim, radicado na cidade de São Paulo, realizou uma série de experimentos até alcançar a fórmula que dá um destino diferente aos resíduos do tradicional cafezinho. Com a aplicação da tecnologia, a borra que seria enviada a aterros sanitários ou à queima e se tornaria um grande passivo para o planeta, assume um novo papel ao ser modificada para um substrato 100% biodegradável. A solução inovadora já está em processo de registro de patente e é considerada uma alternativa viável para substituir bioplásticos sintéticos.


Renda

 

“O hábito de tomar café é uma tradição ao redor do mundo e me chamou atenção que das cerca de 10,3 milhões de toneladas produzidas anualmente no planeta apenas 0.2% é consumida e o restante, 99,8%, são descartadas na forma de resíduos e enviados para aterros ou incineradas, liberando gases de efeito estufa e prejudicando o meio ambiente. Foi de onde partiu a ideia de pesquisar e desenvolver uma solução que pudesse trazer benefícios à natureza e ainda ter um papel social gerando renda para as pessoas”, explicou Alex.

 

Além da capacidade de se decompor totalmente em poucas semanas quando descartada no meio ambiente, a técnica criada por Alex para a borra do café pode significar uma opção de renda extra para famílias em condições de vulnerabilidade econômica-social. O que era resíduo, vira matéria-prima para a confecção de novos produtos amigáveis à natureza, como sabão em barra, esfoliante para pele, vasos para plantas, sabonete esfoliante para os pés, entre outros.

 

 

E graças a essa percepção, o jovem fundou a startup Recafenet. A empresa, que funciona por meio do princípio da economia circular, estabelece parcerias em três frentes para a disseminação da tecnologia: com restaurantes e estabelecimentos comerciais para a coleta de resíduos; com cooperativas de artesãos para a produção das mercadorias; e com sites e lojas locais para venda dos produtos.

No Brasil, contratação de seguro residencial requer cuidados

     Pixabay


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A destruição patrimonial ocorrida nos Estados Unidos levanta alerta sobre cobertura de seguros

Embora esse crescimento seja positivo, ainda existem muitas dúvidas sobre quais apólices são mais adequadas para cada situação

A cobertura contra incêndio é essencial também

Redação/Hourpress

Os recentes incêndios na Califórnia, costa oeste dos Estados Unidos, reacenderam a discussão sobre a importância de proteger residências contra desastres naturais. De acordo com dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a adesão ao Seguro Residencial aumentou 25% nos últimos quatro anos (de 2017 a 2021). Embora esse crescimento seja positivo, ainda existem muitas dúvidas sobre quais apólices são mais adequadas para cada situação. Especialista da Alper Seguros, uma das maiores corretoras do país, destaca a importância de entender as necessidades específicas de cada residência para contratar melhores coberturas, evitar custos desnecessários e até mesmo ter uma consultoria prévia antes de se adquirir um imóvel que pode estar em área de risco agravado.
 

Antes de adquirir um imóvel, é fundamental investigar o histórico da área onde ele está localizado. "Você precisa saber onde está se colocando. Por exemplo, analisar se o local é passível de inundações. Às vezes, uma simples pesquisa revela que há cinco anos a área foi alagada", destaca Paulo Davidoff, diretor de Seguros Pessoais e Massificados da Alper Seguros. Essa análise não apenas orienta a escolha do imóvel como também ajuda na definição das coberturas do seguro residencial.
 

"Se você contratar todas as coberturas possíveis, o seguro fica muito caro. É essencial contratar aquilo que realmente faz sentido para a sua situação", explica o executivo. Um exemplo prático é a cobertura contra roubo: "É muito raro fazer um seguro para cobrir o roubo de tudo que há dentro da casa. É mais importante pensar nos itens com valor significativo que são fáceis de levar, como eletrodomésticos.


Alerta
 

A cobertura contra incêndio é essencial também, principalmente em regiões com grande histórico de desastres naturais como este. Apesar de não acontecer com tanta frequência no Brasil, como vemos em outros países, é um sinistro que o segurado pode perder todo o imóvel em uma única ocorrência. “Apesar do grande prejuízo, é importante também estar atento na proteção de sinistros mais frequentes, como danos elétricos e roubos menores”, alerta o Davidoff.
 

A cobertura de responsabilidade civil é um exemplo de benefício pouco conhecido, mas altamente relevante. "Ela te protege em situações nas quais você teria que responder civilmente, como danos causados a terceiros pela sua residência. Muitas pessoas não sabem disso, por exemplo: você viaja e, durante sua ausência, ocorre um problema no encanamento, causando um alagamento na casa do vizinho. É um exemplo de situação que o segurado estaria coberto”, explica a corretora.
 

Contratar um seguro residencial não é apenas proteger sua casa, mas também garantir tranquilidade financeira. "É importante analisar sua realidade e personalizar o seguro para que ele atenda a sua necessidade", conclui Paulo Davidoff, diretor de Seguros Pessoais e Massificados da Alper Seguros. Dessa forma é possível proteger o que realmente importa sem comprometer o orçamento.
 

Dicas para contratar um seguro residencial com melhor custo-benefício

  1. Avalie os riscos reais: analise o histórico da área onde você mora ou pretende morar, além das características da casa. Imóveis com 25% a 30% de madeira em sua construção são considerados de alto risco, o que pode aumentar o valor do seguro. O mesmo ocorre em áreas propensas a alagamentos ou furtos.
  2. Invista em prevenção: medidas como instalação de alarmes, sensores de fumaça e câmeras de segurança ajudam na aceitação do risco pela seguradora.
  3. Escolha coberturas prioritárias: priorize coberturas para eventos que possam gerar maiores prejuízos, como incêndios, mas considere também aquelas mais comuns, como danos elétricos e roubos pequenos.
  4. Considere o valor dos bens: faça um inventário do que há em sua casa e contrate a cobertura de roubo para itens mais valiosos e fáceis de transportar.

Para saber mais sobre as diferentes coberturas do seguro residencial, acesse Link.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Trump, o dono do mundo

EBC


Radiografia da Notícia

*A arrogância foi tão grande que Trump disse que não precisa do Brasil e da América Latina

* Para fazer o jogo do ódio já assinou decreto autorizando a deportação de imigrantes ilegais

*De alguém que imagina que a força das armas e chantagem financeira são instrumentos de controle

Luís Alberto Alves/Hourpress

 A posse de Donald Trump, como 47º presidente dos Estados Unidos reforçou o conceito norte-americano de ser a nação dona do mundo. O restante dos países deve se curvar diante dos Estados Unidos e fazer o jogo capitalista da Casa Branca. Do contrário sofrerão sanções econômicas. Afinal é o maior mercado consumidor do mundo.

A arrogância foi tão grande que Trump disse que não precisa do Brasil e da América Latina. São as nações deste continente que dependem do irmão do Norte para continuar sobrevivendo. É discurso típico de ditador. De alguém que imagina que a força das armas e chantagem financeira são instrumentos de controle.

Para fazer o jogo do ódio já assinou decreto autorizando a deportação de imigrantes ilegais. Inclusive adotando a postura de separar pais de filhos rumo ao embarque de volta ao país de onde saíram em busca de vida melhor. Não importa, agora milhões de imigrantes na vala da ilegalidade retornarão como párias ao lugar de onde ousaram sair.

Cofres

Enfim, a política de conversar, de costurar acordos que seja boa para os dois lados, na era Trump ficou na lata do lixo. O negócio é pegar o porrete e bater na cabeça de quem disser não. Autorizou a exploração de petróleo em áreas indígenas e em locais de meio ambiente. O importante é extrair o ouro liquido do solo e encher os cofres das empresas do setor.

A época da caça às bruxas começou, igual no período triste do Macartismo, na década de 1950, onde pessoas que tivessem pensamentos socialistas eram banidas dos Estados Unidos ou impedidas de entrar naquele país. O cineasta Charles Chaplin entrou neste círculo por causa de uma cena do seu filme O grande ditador.

Hoje com Trump no poder, a democracia está sendo banida dos Estados Unidos. A Constituição que nunca sofreu mudança desde 1776 é carta fora do baralho. O que vale é a opinião de um homem que se julga o comandante do mundo. Considera-se um deus, porém com pés de barro. Hitler tinha o sonho de dominar todas as nações e acabou recorrendo ao suicídio quando viu o seu castelo de sonhos desabar. O tempo vai mostrar a Trump que nem tudo que sonhamos vira realidade.

Luís Alberto Alves, jornalista, é editor do blogue Cajuísticas. Autor dos livros "O flagelo do desemprego" (2022), "Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador" (2023), "Internet: o pesadelo de quem trabalha entregando mercadoria comprada online" (2024)

 

Triste: 33,5% dos médicos brasileiros sofrem de ansiedade; mulheres são maioria

    EBC/Arquivo


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* Estudo mostra os principais problemas de saúde enfrentados pela classe; Anadem reforça necessidade de medidas e cuidados

O estudo também revela que esses profissionais são afetados por ansiedade, depressão e burnout

Segundo o especialista, jornadas de longas horas e as formas de trabalho nem sempre favoráveis contribuem para esse esgotamento mental


Redação/Hourpress

 

No mês em que o tema “saúde mental” ganha ainda mais destaque, é importante lembrar que, muitas vezes, quem cura necessita de cuidados. Pesquisa realizada em 2024 pela Afya, hub de educação em saúde e healthtechs do Brasil, mostra que 40% dos médicos brasileiros apresentam quadro de transtorno mental. O estudo também revela que esses profissionais são afetados por ansiedade, depressão e burnout.

 

“Esses dados são preocupantes e servem de alerta para todos. Afinal, médicos e outros profissionais de saúde lidam cotidianamente com pessoas doentes e em tratamento. Eles também adoecem e precisam ter suas condições de trabalho e saúde avaliadas regularmente”, enfatiza o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.

 

Segundo o especialista, jornadas de longas horas e as formas de trabalho nem sempre favoráveis contribuem para esse esgotamento mental, além do fato de lidar com diferentes problemas no dia a dia. “O paciente e seus familiares depositam a esperança de cura nas mãos dos médicos. Mas, infelizmente, nem sempre há o que se fazer e esse sentimento de ‘incapacidade’ também afeta o emocional do profissional”, afirma.

 

Atenção, mulheres

A pesquisa aponta ainda que duas em cada três pessoas afetadas são mulheres e que elas são maioria entre os médicos com problemas nos três quadros de transtornos mentais. Outro ponto que chama a atenção é que 33,5% dos profissionais responderam que são diagnosticados com ansiedade. A depressão está em segundo lugar, com 22,1%, e o burnout aparece com 6,7% dos casos.

 

Embora a maioria tenha afirmado estar em tratamento, mesmo com o diagnóstico, nem todos estão se cuidando. “Um fator é a falta de tempo, já que os médicos trabalham em média 57,2 horas por semana, cerca de sete horas a mais que a média geral. Com isso, é necessário rever as jornadas de trabalho e implementar políticas públicas que instituam um piso salarial para que os profissionais não precisem fazer longas jornadas em diferentes hospitais, por exemplo”, explica o especialista em Direito Médico, ao afirmar que esses problemas afetam não apenas o lado profissional, mas também o pessoal. “É preciso humanizar a figura do médico e entender que ele também precisa de auxílio.”