sexta-feira, 10 de maio de 2024

Quase 70 mil pessoas estão em abrigos gaúchos por causa das fortes chuvas

EBC


 Radiografia da Notícia

Sobe para 113 o número de mortos por conta das enchentes no RS

O documento mostra também que 337.116 pessoas estão desalojadas em todo o estado

O dado consta no boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 9h desta sexta-feira (10)

Agência Brasil 

O Rio Grande do Sul contabiliza quase 70 mil (69.617) pessoas acolhidas temporariamente em abrigos, porque foram forçadas a sair de suas residências devido às fortes chuvas que caem no estado desde 29 de abril. O dado consta no boletim da Defesa Civil estadual atualizado às 9h desta sexta-feira (10).

O documento mostra também que 337.116 pessoas estão desalojadas em todo o estado. Além disso, o número de municípios gaúchos afetados pelos temporais chega a 435, o que representa 87,5% do total do estado (497).

Ao todo, 17,6% população total do estado, ou 1,916 milhão de pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pelos eventos climáticos, de um total de 10,88 milhões de habitantes do Rio Grande do Sul, conforme Censo de 2022  do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Até o momento, 113 vítimas fatais estão confirmadas e os nomes das pessoas mortas identificadas foram divulgados pela Defesa Civil estadual. 

Ainda há uma morte em investigação para confirmar se há relação com os eventos meteorológicos recentes. Porém, o número de óbitos pode aumentar porque 146 pessoas ainda estão desaparecidas. No levantamento oficial, em todo o estado, há 756 feridos.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Entrega do Imposto de Renda vai até 31 de maio: fique atento ao prazo

     Pixabay


Radiografia da Notícia

Especialista do Ceub aponta que atrasos podem levar a omissões ou erros na declaração, resultando em pagamento excessivo de impostos

Ele afirma ser comum os contribuintes encontrarem dificuldades para acessar essas informações referentes ao ano anterior 

Para utilizar esse recurso, é necessário ter acesso à conta 'Gov.br' nos níveis de acesso ouro ou prata

Redação/Hourpress

O prazo final de entrega do Imposto de Renda 2024 se aproxima, mas muitos contribuintes ainda não enviaram suas declarações e precisam cumprir suas obrigações fiscais dentro da data estipulada, que é 31 de maio. Para auxiliar nesse processo, o consultor empresarial e professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Max Bianchi Godoy, compartilha orientações importantes.
 
De acordo com o especialista, um dos principais motivos para atrasos na entrega das declarações é a falta de informações e comprovantes de pagamentos, que podem resultar em alterações ou redução do imposto a ser pago. Ele afirma ser comum os contribuintes encontrarem dificuldades para acessar essas informações referentes ao ano anterior - no caso, 2023 - ou até mesmo se esqueçam dos detalhes de onde e quando essas transações ocorreram. "Essas questões podem levar a omissões ou erros na declaração, resultando em pagamento excessivo de impostos ou reembolsos menores", explicou.
 
Para evitar problemas desse tipo, Bianchi destaca que a Receita Federal disponibiliza o recurso da declaração pré-preenchida, que permite importar dados diretamente para o programa do Imposto de Renda. Essa possibilidade proporciona uma economia de tempo significativa, evitando a buscar e inserção manual de cada informação.
 
Conferir

Para utilizar esse recurso, é necessário ter acesso à conta 'Gov.br' nos níveis de acesso ouro ou prata. “A declaração pré-preenchida permite recuperar automaticamente as informações lançadas por diversas empresas que envolvem o CPF do contribuinte, preenchendo os campos corretos da declaração eletrônica. Vale ressaltar que, mesmo com a declaração preenchida previamente, é responsabilidade do contribuinte conferir as informações e corrigir eventuais erros ou omissões”, alertou o consultor.
 
Para o contribuinte se sentir seguro, o professor do Ceub explica que há uma forma de verificar os dados de transações fiscais relacionadas ao CPF. "Basta acessar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento) por meio da senha do Gov.br. Lá é possível consultar os rendimentos tributáveis, rendimentos sujeitos à tributação exclusiva e outras informações enviadas por empresas. Essa consulta auxilia na assertividade da declaração e evita possíveis problemas”, completou.
 
Independentemente do método escolhido, Max Bianchi destaca que é fundamental verificar e validar os dados inseridos, analisando cuidadosamente as informações fornecidas pelos sistemas. Caso seja identificada alguma divergência ou informação ausente, deve-se fazer os ajustes necessários. O professor também alerta os contribuintes a se prepararem para o próximo ano, guardando os comprovantes de pagamentos e recebimentos conforme forem gerados.
 
A dica de ouro de Bianchi é aproveitar os recursos tecnológicos disponíveis para garantir o cumprimento eficiente e seguro das obrigações fiscais. "Assim, os contribuintes podem agilizar o processo de declaração do Imposto de Renda 2024, garantindo maior assertividade e evitando possíveis problemas com a Receita Federal", finalizou.


Fiat Comunità une esforços para arrecadação de doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

Divulgação


 Radiografia da Notícia

A Fiat, através da campanha “A Paixão é Solidária”, está se mobilizando em solidariedade à população atingida 

*  A marca está organizando ações de engajamento com sua rede de concessionários e funcionários da Stellantis, grupo do qual faz parte

A marca ainda usará suas redes sociais, capilaridade de rede e engajamento com seus funcionários para divulgar o canal oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para doações (https://sosenchentes.rs.gov.br/sos-rio-grande-do-sul).

Luís Alberto Alves/Hourpress

Como parte do seu compromisso de impactar positivamente toda a comunidade ao seu redor, a Fiat, por meio do projeto Comunità, começa a promover ações para ajudar as pessoas atingidas pelas fortes chuvas que afetam o Rio Grande do Sul. Através da campanha “A Paixão é Solidária”, a marca está organizando ações de engajamento com sua rede de concessionários e funcionários da Stellantis, grupo do qual faz parte, incentivando as pessoas a doarem alimentos e produtos de higiene pessoal e limpeza, que serão destinados aos atingidos pelas enchentes no estado.  

Iniciada na quinta-feira (9), a campanha acontece em quase 300 concessionárias Fiat dos estados de São Paulo (115 lojas), Paraná (37), Rio de Janeiro (35), Minas Gerais (56), Santa Catarina (34), Bahia (28), Pernambuco (17) e Distrito Federal (11), servindo como pontos de coleta para os itens doados. No Rio Grande do Sul também existem 43 concessionárias fora de áreas atingidas que farão parte da ação.  

A marca ainda usará suas redes sociais, capilaridade de rede e engajamento com seus funcionários para divulgar o canal oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul para doações (https://sosenchentes.rs.gov.br/sos-rio-grande-do-sul). 

Sobre o Fiat Comunità  

O programa Fiat Comunità é uma iniciativa da marca Fiat, que desde 2021 carrega a relevância social em seu DNA, para suporte à comunidade. A iniciativa é constituída por três pilares: Sustentabilidade, Diversidade e Social. São vários projetos e ações que ajudam a promover impactos positivos a toda a população.   

Em 2023, o Fiat Comunità teve outras iniciativas, como A Paixão é Solidária, em que foram doadas 29 toneladas de alimentos, roupas e produtos aos atingidos pelas chuvas do Litoral Norte de São Paulo em fevereiro do ano passado. A campanha também arrecadou em setembro diversos itens, como alimentos e produtos de higiene pessoal e limpeza, para a população gaúcha que foi vítima de um ciclone extratropical que atingiu a região. Além disso, também foi realizada a segunda edição da campanha A Paixão Aquece, que ajudou quase 30 mil pessoas. 

A importância da metodologia STEM aplicada ao ensino público

    EBC


Radiografia da Notícia

* Como também incentiva jovens estudantes a aplicarem seus conhecimentos de forma prática

Com seu foco na multidisciplinaridade, ela promove o desenvolvimento de habilidades essenciais

Existe, porém, a necessidade de maior estímulo para que metodologias como esta sejam cada vez mais presentes no ambiente escolar

Anna Karina Pinto

Há tempos se fala sobre abordagem STEM (sigla em inglês para os termos Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mas a partir de alguns anos é que a ferramenta começou a ganhar cada vez mais destaque como metodologia educacional. Com seu foco na multidisciplinaridade, ela promove o desenvolvimento de habilidades essenciais, como o pensamento crítico, a criatividade e a resolução de problemas. Quando pensamos no ensino público brasileiro, vemos espaço para que a metodologia STEM seja cada vez mais aplicada a projetos dentro e fora da sala de aula. Isso porque ela não apenas traz benefícios para a sociedade – ao estimular a criação de soluções para desafios reais –, como também incentiva jovens estudantes a aplicarem seus conhecimentos de forma prática.


Existe, porém, a necessidade de maior estímulo para que metodologias como esta sejam cada vez mais presentes no ambiente escolar, de modo a aumentar as oportunidades, a nível nacional, para os alunos que desenvolvem projetos com essa abordagem. Programas e iniciativas que abrem oportunidades para que esses alunos desenvolvam projetos com metodologia STEM contribuem para uma maior equidade educacional, além de promoverem a esses alunos a oportunidade de desenvolvimento de suas habilidades técnicas e de sociabilidade, e proporcionar-lhes uma vantagem competitiva no que diz respeito ao desenvolvimento de suas carreiras acadêmicas e profissionais no mercado de trabalho.


A experiência que adquirimos por meio da iniciativa Solve For Tomorrow Brasil, programa global de cidadania corporativa da Samsung, que está presente no país desde 2014, mostra que esse é um movimento promissor. Muitos dos projetos apresentados nas 10 edições do programa foram voltados a temas como sustentabilidade, saúde, educação, segurança pública e construção civil, por exemplo, trazendo resolução a demandas locais como acesso à água e à energia limpa, combate ao desperdício de recursos naturais e gestão de resíduos. Esses protótipos apresentados por alunos inscritos na iniciativa refletem uma gama diversa de soluções que geram maior qualidade de vida às comunidades em que estão inseridos.


Escolas


A Samsung ainda aponta dados interessantes, e que refletem o interesse da comunidade escolar da rede pública em participar dessas iniciativas: em suas 10 edições no Brasil, o Solve For Tomorrow Brasil já envolveu mais de 173 mil estudantes, mais de 36 mil professores, e mais de 6.600 mil escolas públicas. E, em 2023, registrou um aumento de 50,92% no número de alunos inscritos, em comparação ao ano anterior.


Ainda sobre os públicos a serem assistidos no processo de desenvolvimento desses projetos, os professores das instituições públicas são essenciais no que diz respeito ao incentivo para que jovens estudantes tenham interesse pela abordagem STEM, desenvolvendo ideias e colocando-as em prática para além da sala de aula. É importante que esses educadores tenham acesso a conteúdos e materiais que contribuam para sua atuação, de forma que essa e outras ferramentas de ensino alcancem cada vez mais alunos. Foi pensando nisso que foi desenvolvido para toda a América Latina uma plataforma que reúne materiais pedagógicos de referência em educação STEM nos idiomas português, espanhol e inglês.


Em suma, a metodologia STEM é uma ferramenta que desempenha um papel crucial na educação, principalmente no que diz respeito ao ensino público, ao preparar alunos e alunas para um futuro com mais oportunidades, em que seus conhecimentos podem ser aplicados de forma prática e significativa, além de contribuir para o avanço da sociedade inclusive nas regiões mais afastadas do país. Ao investir em iniciativas que promovam a abordagem STEM, estamos depositando esperança no futuro de nossa juventude e no desenvolvimento de uma sociedade cada vez melhor e mais igualitária.
 

*Anna Karina Pinto é diretora de Marketing Corporativo da Samsung Brasil.

Quem são os culpados pelas enchentes no Rio Grande do Sul?

Reuters/EBC


Radiografia da Notícia

 * O Rio Grande do Sul registra 459 mil pontos sem luz

A capital Porto Alegre só está conectada com o Interior apenas por duas rodovias, ERS-040 e ERS 118

A enchente começou há pouco mais de uma semana, provocadas pela alta do rio Guaíba

Luís Alberto Alves/Hourpress

 A tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, até essa quinta-feira (9), registra 107 mortos, 136 desaparecidos e 374 feridos. Aproximadamente 233 mil pessoas estão fora de suas casas. Dos 497 municípios gaúchos, 425 tem algum problema relacionado a forte chuva dos últimos dias que prejudicou 1,476 milhão de pessoas.

 Segundo as Polícia Rodoviária Federal e Estadual do RS, o estado tem 139 trechos de estradas bloqueados parcial ou totalmente. São 54 pontos em rodovias federais e 85 em estaduais. A capital Porto Alegre só está conectada com o Interior apenas por duas rodovias, ERS-040 e ERS 118. As outras quatro não oferecem condições de uso.

 O Rio Grande do Sul registra 459 mil pontos sem luz. Todas as três operadoras de telefonia celular (TIM, Vivo e Claro) enfrentam problemas no fornecimento de serviços de telefonia e internet.

 Tragédia

 A enchente começou há pouco mais de uma semana, provocadas pela alta do rio Guaíba. Logo 425 cidades do Rio Grande do Sul começaram a enfrentar problemas, com a água invadindo casas e estabelecimento comerciais, escolas e hospitais. A fúria das águas, até essa quinta-feira (9) já deixou 107 mortos, 136 desaparecidos e 374 feridos.

 Relatos de moradores descrevem que foi rápida a subida dos níveis de rios impactados pelas cheias do Guaíba. Muitos não tiveram tempo, sequer, de apanhar documentos. Saíram de suas casas apenas com a roupa do corpo. Do contrário poderiam perder a própria vida, se permanecessem no local.

 A meteorologia informou que 400 mm de água caíram sobre o Rio Grande do Sul. Este volume de água era previsto para três meses, mas veio numa semana. Essa quantidade de água equivale a 400 litros de água por metro quadrado. Por causa disto, muitos imóveis se encontram alagados, a maioria até o teto.

 Essa enchente deixou cerca de 233 mil pessoas fora de suas casas. Desse total, 67. 542 em abrigos e 164.583 desalojados (pessoas que se encontram em casas de familiares ou amigos). Igual numa guerra, o RS registra 459 mil pontos sem luz. As três operadoras de telefonia celular (TIM, Vivo e Claro) enfrentam problemas no fornecimento de serviços, inclusive de internet.

 Das seis rodovias que conectam o Rio Grande do Sul para o interior e outros estados, apenas duas oferecem condições de uso. Segundo a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, o RS tem 139 trechos de estradas bloqueados parcial ou totalmente, 54 em rodovias federais e 85 em estaduais.

 Motivo

 Com este cenário de guerra, a pergunta de muitos brasileiros é a seguinte: “por que choveu tanto sobre o Rio Grande do Sul, que poucos meses atrás enfrentou terrível seca, qual a razão para tamanha fúria das águas”?  Como pode 400 litros de água por metro quadrado, previstos para cair no formato de chuva num período de três meses, descer do céu numa semana?

 O impacto foi tão forte que aproximadamente 233 mil pessoas estão fora de suas casas. A maioria apenas com a roupa do corpo, muitos perderam documentos e tiveram prejuízos incalculáveis. A malha viária também acabou atingida, dificultado o acesso às áreas atingidas. Inclusive com mantimentos e roupas aos desabrigados.

 Émile Durkheim, sociólogo e psicólogo francês, fundador da sociologia, enfatiza que nenhum problema acontece sem causa. Algo contribuiu para o desfecho desta ocorrência. O meio ambiente foi agredido severamente no Rio Grande do Sul. Parte de sua floresta se transformou em madeira cortada e o solo deu lugar às plantações de soja e arroz.

 O volume de água, acima dos 5 metros, no rio Guaíba, inundando a capital Porto Alegre, assustou. Porém o Guaíba não invadiu as ruas e edifícios daquela cidade. Ele apenas ocupou o espaço, que um dia a especulação imobiliária tomou. No interior do RS diversas cidades foram construídas em áreas de pântano, área alagadiça, que córregos e rios utilizam para despejar o excedente de suas águas.

 Outro grave problema é o número reduzido de área verde na maioria dos imóveis, sejam casas ou edifícios ou mesmo estabelecimentos comerciais. Tudo é cimentado. Quando chove, a água não é absorvida pelo solo e chega rápido às galerias pluviais. Por sua vez entupidas de lixo. Sem espaço, essa água ocupa as ruas e avenidas. O grande culpado pelas enchentes do Rio Grande do Sul é homem. O Guaíba e demais rios e córregos do RS são inocentes.

 Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue Cajuísticas.