Radiografia da Notícia
* No entanto, alguns nomes femininos também foram valiosos para a história automobilística
* Com o passar do tempo, a inserção feminina no mundo dos motores foi acontecendo
* O número ainda é pequeno em comparação com a inserção masculina
Redação/Hourpress
O mercado automobilístico, tradicionalmente, foi desenvolvido e dominado por homens ao longo dos anos; Henry Ford, Enzo Ferrari, Ferruccio Lamborghini e Carroll Shelby são algumas das personalidades masculinas que moldaram o setor da forma que o conhecemos hoje.
No entanto, alguns nomes femininos também foram valiosos para a história automobilística, como Laura Dominica Garello, que teve papel fundamental na criação do império da Ferrari; e claro que não poderíamos deixar de citar Bertha Benz, a primeira pessoa no mundo a dirigir um automóvel.
Com o passar do tempo, a inserção feminina no mundo dos motores foi acontecendo, mas ainda é um cenário adverso. Segundo uma pesquisa realizada pela Data OLX Autos, reunindo informações da plataforma e de dados recentes do mercado de trabalho formal (RAIS – Relação Anual de Informações Sociais), no intervalo de 2011 para 2021, o número de mulheres trabalhando em montadoras cresceu quase três pontos percentuais, em 16,8% da presença feminina estava nas fábricas, já em 2021, as mulheres representavam 19,4% da força de trabalho.
O número ainda é pequeno em comparação com a inserção masculina, muitos são os desafios das mulheres para trabalharem neste mercado. Nesse sentido, a YPF Brasil, que dá forças ao potencial feminino, reuniu algumas de suas colaboradoras, desde o alto escalão da empresa, até o time de produção, para contar o cotidiano das mulheres numa empresa automobilística.
Aline Lipske - Operadora de Produção
“É gratificante ser mulher e executar as mesmas funções que os outros operadores homens, mesmo sendo mulher, me sinto um exemplo de que o gênero não determina a capacidade da pessoa, mas sim, a aptidão e força de vontade.
O maior desafio é o preconceito, apesar de ter sido bem aceita pela YPF Brasil, tenho ciência que no mercado não é bem assim, a mulher sempre será julgada pelo porte físico quando se trata de trabalho pesado”, comenta.
Silmara Grandberg, Gerente de Suprimentos
“Ser mulher é um presente, é uma oportunidade de exercitar as várias facetas da vida com excelência e conquistar grandes alegrias.
Nem sempre é fácil, são muitos os obstáculos visíveis e invisíveis. A liberdade e o direito de trabalhar em condições iguais e em dignidade, segurança, remuneração e justiça. Tudo isso são fatores fundamentais para o bem-estar de qualquer indivíduo na sociedade.
A conquista do espaço feminino é uma jornada em desenvolvimento, e requer de cada uma, a clareza diária de poder realizar qualquer meta que propuserem.
Em uma indústria dominada historicamente pelos homens, poderão haver momentos de impotência ou de sentir de não estar progredindo tão rapidamente quanto poderiam estar.
Mas é importante manter o foco nos objetivos e seguir em frente, não ter medo de falar e fazer sua voz ser ouvida, não parar de se aperfeiçoar, e estar aberta a aprender sendo flexível às mudanças, e claro, não desistir dos desafios!”, afirma.
Elaine Quirino – Diretora Lubrificantes
“O papel da mulher no mercado de trabalho, seja qual for o segmento, é desafiador! E claro que existem segmentos/empresas que são ainda mais difíceis, como é o caso das Petroleiras, predominantemente preenchidas por homens.
Para mim, ter conquistado a posição de diretora de Lubrificantes, dentro de uma empresa Petroleira, é uma grande vitória, mas é um constante desafio, pois existem muitas situações onde eu preciso estar me auto afirmando, comprovando a capacidade e habilidades que tenho, pelo simples fato de ser mulher. Confesso que é um mercado com muito preconceito e que vem, lentamente, evoluindo”, finalizou..
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