quinta-feira, 28 de março de 2024

Era da eletrificação dos transportes: desafios e oportunidades

    Arquivo/Hourpress


Radiografia da Notícia

Essa transformação não só redefine como nos deslocamos, mas também apresenta uma série de desafios e oportunidades

No entanto, a indústria automotiva persiste em vencer as dificuldades que se apresentam

Ao reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir a dependência de combustíveis fósseis, os carros elétricos desempenham papel fundamental

Fabiano Nagamatsu

A indústria automotiva está passando por uma transformação que irá redefinir a matriz energética do mundo. Com o aumento da conscientização ambiental, os avanços tecnológicos e as mudanças nas políticas governamentais, os carros elétricos estão retomando o centro das atenções, principalmente devido às montadoras como Tesla e BYD, que lideram o mercado. Essa transformação não só redefine como nos deslocamos, mas também apresenta uma série de desafios e oportunidades.

 

Um dos principais obstáculos diz respeito à infraestrutura de carregamento. Além disso, o custo inicial mais elevado dos veículos elétricos continua sendo uma barreira significativa para muitos consumidores. Outro entrave importante se volta à autonomia. Apesar de melhorias expressivas na área, essa questão continua sendo uma preocupação para muitos compradores potenciais.

 

No entanto, a indústria automotiva persiste em vencer as dificuldades que se apresentam, revelando inúmeras possibilidades para o setor. Desde o desenvolvimento de baterias mais eficientes até a criação de novos modelos de negócios para serviços de carregamento, a eletrificação está incentivando a criatividade e a inovação em toda a cadeia de valor.


Carros

 

Ainda uma das maiores vantagens em cena se volta à sustentabilidade. Ao reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir a dependência de combustíveis fósseis, os carros elétricos desempenham papel fundamental na luta contra as mudanças climáticas e na preservação do meio ambiente para as gerações futuras.

 

E enquanto os motores a combustão interna têm uma eficiência energética média de 20%, os motores elétricos podem converter mais de 60% da energia da bateria em movimento. Isso não só reduz o consumo, como também pode levar a economias significativas de custos em longo prazo.

 

A eletrificação também não se limita apenas aos veículos de passeio. Países como Chile e Colômbia estão investindo em frotas de ônibus totalmente elétricas para uso no transporte público, demonstrando o potencial existente em outras áreas da mobilidade urbana. Globalmente, o número de veículos elétricos já ultrapassou 20 milhões, com países como Noruega, Islândia, Singapura e Suécia liderando essa transição.


Vendas

 

Nesse contexto, o Brasil não ficou para trás. Desde 2022, tem registrado um crescimento exponencial na adoção de veículos eletrificados. De acordo com dados recentes do Ministério dos Transportes, a frota de híbridos e elétricos no Brasil praticamente triplicou em relação a 2020 e é cerca de 40 vezes maior se comparada a 2015. Esse crescimento é ainda mais expressivo quando observamos as vendas de carros elétricos, que tiveram um aumento de 272% em relação a 2022.

 

Uma das vantagens do país nesse cenário é sua expertise no desenvolvimento de recursos eletrônicos de potência e máquinas elétricas, o que confere uma posição privilegiada em relação a outros mercados. Os números, portanto, indicam uma mudança nos hábitos dos consumidores brasileiros e reiteram o potencial significativo do setor no território brasileiro.

 

*Fabiano Nagamatsu é CEO na Osten Moove

Artistas podem ter vontade contestada após a morte em testamento

Pixabay


 Radiografia da Notícia

Situações como a do colombiano Gabriel García Márquez, que teve livro publicado em 6 de março, são mais comuns do que parece

Dez anos depois, na data em que García Márquez completaria 97 anos, em 6 de março, o romance foi publicado

"Toda manifestação de vontade feita em vida, para surtir efeitos após a morte, deve ser feita por testamento"

Redação/Hourpress

O colombiano ganhador do Nobel de Literatura, Gabriel García Márquez, morreu em 2014, deixando uma obra inacabada. No entanto, ele verbalizou publicamente que não queria que o livro fosse lançado. “Deve ser destruído", disse o escritor, em menção aos próprios manuscritos.

Dez anos depois, na data em que García Márquez completaria 97 anos, em 6 de março, o romance foi publicado, a contragosto do escritor, sob o título “Até Agosto”.

E fica a pergunta: será que, mesmo o escritor tendo expressado sua vontade em vida (mas nada registrado oficialmente), a atitude dos filhos pode ser considerada legal?

Autoral

"Toda manifestação de vontade feita em vida, para surtir efeitos após a morte, deve ser feita por testamento", explicou Virgínia Arrais, 32ª Tabeliã de Notas do Rio de Janeiro e Professora de Direito Notarial e Registral.

Na avaliação de Luiz Fernando Plastino, especialista em Propriedade Intelectual do escritório Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW), deixar uma obra inédita, como essa de Gabo, não é um direito patrimonial. "É outro tipo de direito autoral, o qual a lei determina que será exercido pelos sucessores do autor após a sua morte. Assim, existe divergência sobre a necessidade de os herdeiros realmente respeitarem esse tipo de determinação de última vontade que não implica aproveitamento econômico", afirmou.

O especialista lembra de outros casos literários famosos sobre pedidos não atendidos. "Se alguém quer garantir que uma obra não seja publicada de jeito nenhum, precisa destruí-la. É possível dispor dos direitos de edição, reprodução e adaptação de uma obra em testamento, por exemplo, transferindo-os para alguém de confiança, mas temos exemplos famosos em que nem mesmo isso foi suficiente para evitar sua publicação, como as obras de Franz Kafka, poemas de Roberto Bolaño e, aqui no Brasil, o poema Os Filhos da Coruja, escrito por Graciliano Ramos sob pseudônimo e publicado este ano contra sua vontade manifestada em vida", relembrou.

Livre

E o que pode acontecer caso um dos irmãos não concordasse com a publicação desse livro odiado pelo colombiano? "Todo testamento ou escritura pública declaratória podem ser contestados, em função do livre acesso ao poder judiciário. Entretanto, isso não significa que a demanda será julgada procedente. Para que seja julgado procedente, o interessado deverá desconstituir a presunção de validade dos instrumentos públicos, provando a existência de vício de consentimento ou social na manifestação de vontade do autor do testamento ou da escritura pública no momento de suas lavraturas", finalizou Virgínia.

terça-feira, 26 de março de 2024

Ouvidoria e famílias denunciam execuções pela PM na Baixada Santista

Pixabay


 Radiografia da Notícia

Documento foi apresentado em audiência na Faculdade de Direito da USP

A região tem sido alvo de grandes operações policiais desde julho do ano passado

* Policiais militares em serviço mataram 69 pessoas nos municípios da Baixada Santista


Agência Brasil 

A Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (25) um relatório em que denuncia 11 casos em que a Polícia Militar (PM) teria feito execuções na Baixada Santista, no litoral paulista. A região tem sido alvo de grandes operações policiais desde julho do ano passado.

O documento foi apresentado em uma audiência pública na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, centro paulistano. Parentes e amigos das vítimas, assim como pessoas que residem em comunidades atingidas pela violência policial lotaram o salão nobre da faculdade. “Hoje, está aqui a população que chora”, disse Sandra, mãe de Luiz Fernando, morto pela polícia em fevereiro de 2023.

Durante o evento, os depoentes se identificaram apenas pelo primeiro nome e houve a solicitação de que não se divulgassem imagens que permitissem identificar possíveis testemunhas.

Operações

A primeira edição da chamada Operação Escudo, lançada após a morte de um policial militar em Santos (SP), resultou em 28 mortes em um período de 40 dias. Uma nova edição da operação foi iniciada no fim de janeiro deste ano e acumulava, até o último dia 18 de março, 48 mortes.

Nos três primeiros meses de 2024, policiais militares em serviço mataram 69 pessoas nos municípios da Baixada Santista, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério Público de São Paulo até o último dia 22.

No início de março, a Ouvidoria de Polícia esteve na baixada em uma missão conjunta com o Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe) e diversas entidades de direitos humanos, como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Instituto Sou da Paz e a Rede de Proteção e Resistência contra o Genocídio.

Foram colhidos depoimentos, analisados boletins de ocorrência, certidões de óbito e laudos necroscópicos. Foram identificadas 11 pessoas que morreram em situações com diversos indícios de execução. O relatório aponta ainda para um caso de uma mulher vítima de bala perdida e dois sobreviventes a tentativas de execução.

O Condepe também entrou com uma representação no Ministério Público pedindo que o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, seja investigado por não dar transparência às operações policiais. O órgão, vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania afirma que os pedidos de informação são sistematicamente negados.

São Paulo (SP), 25/03/2024 - Audiência Pública Operação Escudo/Verão, organizada pela Ouvidoria de Polícia de São Paulo e Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - USP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Audiência Pública Operação Escudo/Verão, organizada pela Ouvidoria de Polícia de São Paulo e Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, na Faculdade de Direito da USP - Rovena Rosa/Agência Brasil

Depoimentos

Em depoimento, Beatriz contou que a versão apresentada para a morte de seu marido Leonel, não é crível e não poderia ter acontecido. Segundo ela, ele não seria capaz de trocar tiros com os policiais militares por ser deficiente físico desde os 14 anos de idade. “Não teve troca de tiro, que nem o que o policial falou, porque ele mal conseguia segurar as muletas dele”, afirmou. “Ele deu entrada no hospital morto”, acrescentou.

“A gente veio aqui pedir força pra toda a minha família, para todas as minhas filhas. Todos os dias a gente chora”, disse Ana Alice ao narrar o assassinato de seu ex-marido, José Marcos, em fevereiro: “os policiais pegaram ele, na metade do beco, levaram para dentro da casa dele e deram três tiros.”

“A gente foi avisado pelo vizinho, que escutou os disparos de tiro. Chegando lá eles [policiais] pediram para a gente ‘sair fora’”, conta. O homem, segundo ela, fazia consumo abusivo de drogas, mas não tinha envolvimento com o crime e vivia de catar materiais recicláveis. “Eles fingiram socorro, levaram até o PS [pronto-socorro] de São Vicente”.

Secretaria

Em defesa dos policiais, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que “as mortes registradas decorreram de confrontos com criminosos, que têm reagido de forma violenta ao trabalho policial”.

Ainda segundo a pasta, “todos os casos de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário”.

Sobre a representação do Condepe, a secretaria diz que teve “conhecimento informal” da solicitação de investigação e que “irá responder aos questionamentos assim que acionada pelo Ministério Público”.


Projeto obriga laboratórios a informarem efeitos de remédios em motoristas

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 Radiografia da Notícia

* Entre efeitos colaterais estão sonolência, tontura, visão turva e lentidão de reflexos

Segundo o texto, as empresas ficam obrigadas a informar o consumidor sobre efeitos colaterais dos medicamentos 

O projeto estabelece que as informações sejam legíveis e de fácil compreensão

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 877/24 determina que os laboratórios farmacêuticos incluam, nos rótulos de medicamentos, alertas sobre os riscos de dirigir veículos após ingerir o produto, quando for o caso. A Câmara dos Deputados analisa a proposta.

Segundo o texto, as empresas ficam obrigadas a informar o consumidor sobre efeitos colaterais dos medicamentos que possam interferir na capacidade de dirigir veículos motorizados, como sonolência, tontura, visão turva, lentidão de reflexos, entre outros.

O projeto estabelece que as informações sejam legíveis e de fácil compreensão, podendo ser apresentadas na forma de texto ou símbolos.

“Ao tornar essas informações acessíveis, os usuários de medicamentos serão capazes de decidir se devem ou não dirigir após o uso das medicações, o que contribui para reduzir o número de acidentes de trânsito”, argumenta o deputado Juninho do Pneu (União-RJ), autor do projeto.

Próximos Passos
O projeto será analisado, em
caráter conclusivo, pelas comissões de Saúde; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Projeto garante exame para diagnosticar trombose em mulher

    EBC


Radiografia da Notícia

* A proposta está em análise na Câmara dos Deputados

A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, garante ainda a realização de terapias para tratar a doença

* Condição que pode causar coágulos sanguíneos e levar à morte

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 637/24 garante a todas as mulheres a realização de exames para descobrir se têm trombofilia – tendência ao surgimento de trombose, condição que pode causar coágulos sanguíneos e levar à morte.

Esses exames devem ser oferecidos nas seguintes situações:

  • antes da prescrição do primeiro anticoncepcional;
  • ao longo do pré-natal; e
  • antes da prescrição de reposição hormonal.

A proposta, em análise na Câmara dos Deputados, garante ainda a realização de terapias para tratar a doença, em hospitais ou clínicas públicas e particulares.

O Ministério da Saúde, junto com secretarias estaduais e municipais, deverá promover campanhas de conscientização sobre os riscos da trombofilia em mulheres que usam anticoncepcionais.

Vida

Já os hospitais e postos de saúde deverão divulgar em local visível e de fácil acesso o direito aos exames.

Segundo o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM), autor da proposta, alterações hormonais naturais ao longo da vida da mulher podem interferir na coagulação do sangue, tornando-se mais crítico quando associado à trombofilia. “É fundamental descartar o diagnóstico no início da vida adulta, antes de iniciar a utilização do medicamento”, alerta o parlamentar.

Mandel reforça que, durante a gestação, a trombofilia merece atenção redobrada, pois a gravidez é um dos fatores que causam distúrbios na coagulação. “Quando uma gestante desenvolve trombofilia, o risco é elevado colocando em perigo a vida da mãe e do feto.”

Próximos passos
A proposta tramita em
caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


segunda-feira, 18 de março de 2024

Consumidor ficou em média 10,4 horas sem energia em 2023, mostra Aneel

    Pixabay


Radiografia da Notícia

O levantamento representa dado médio, tempo e número de eventos de interrupções divididos pelo total de consumidores

Em 2023, as concessionárias pagaram R$ 1,08 bilhão à agência reguladora, contra R$ 765 milhões em 2022

Somente as distribuidoras com mais de 400 mil consumidores foram avaliadas

Agência Brasil 

Apesar de grandes apagões provocados por tempestades no ano passado, como em São Paulo e no Rio Grande do Sul, o brasileiro ficou, em média, menos tempo sem energia em 2023. Segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o consumidor ficou 10,4 horas sem eletricidade no ano passado, com cinco cortes de fornecimento no ano.

O levantamento representa dado médio, tempo e número de eventos de interrupções divididos pelo total de consumidores. Em 2022, o brasileiro ficou 11,2 horas sem energia, com 5,47 cortes de fornecimento, em média, para cada um.

Segundo a agência, houve melhora na qualidade de prestação do serviço entre 2022 e 2023, com redução no tempo médio e na frequência das quedas de energia.

Milhões

Mesmo com a redução do tempo sem eletricidade, as distribuidoras com níveis altos de interrupção de energia pagaram mais compensações à Aneel no ano passado. Em 2023, as concessionárias pagaram R$ 1,08 bilhão à agência reguladora, contra R$ 765 milhões em 2022.

As compensações são pagas por meio de descontos na conta da luz. Segundo a Aneel, o aumento é consequência do aperfeiçoamento das regras de compensação para destinar mais valores a consumidores com “piores níveis de continuidade”.

A Aneel também divulgou o ranking de avaliação de grandes distribuidoras de energia. As companhias são avaliadas com base no tempo médio em que cada unidade consumidora ficou sem energia e no número médio de interrupções ocorridas. Cada empresa tem uma meta estabelecida pela agência reguladora, que avalia se os critérios foram cumpridos.

Avaliadas

Somente as distribuidoras com mais de 400 mil consumidores foram avaliadas. Em 2023, a companhia mais bem avaliada foi a CPFL Santa Cruz, que atua no interior de São Paulo. A concessionária com pior avaliação foi a Equatorial Goiás.

Confira o ranking da Aneel, da melhor para a pior classificação. Em alguns casos, houve empate:

•    1: CPFL Santa Cruz;

•    2: Equatorial Pará;

•    3: Cosern;

•    3: Energisa Sul-Sudeste;

•    5: Energisa Tocantins;

•    5: EDP Espírito Santo;

•    5: Energisa Paraíba;

•    8: Energisa Minas Rio;

•    9: CPFL Piratininga;

•    9: RGE;

•    11: Energisa Mato Grosso;

•    12: EDP SP;

•    13: CPFL Paulista;

•    13: Energisa Mato Grosso do Sul;

•    15: Energisa Sergipe;

•    15: Coelba;

•    17: Light;

•    18: Celpe;

•    18: Elektro;

•    18: Enel CE;

•    21: Enel SP;

•    21: Enel RJ;

•    21: Equatorial MA;

•    24: Celesc;

•    25: Copel;

•    27: Neoenergia Brasília;

•    28: CEEE Equatorial;

•    29: Equatorial Goiás.

Projeto proíbe a exportação de animais vivos para abate

    Getty Imagens/Agência Câmara


Radiografia da Notícia

* A proposta está sendo analisada pela Câmara dos Deputados

Alguns países importam bovinos vivos para o abate somente no destino por motivos religiosos

 “As condições insalubres e os espaços reduzidos constituem maus-tratos evidentes”

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Lei 521/24 proíbe a exportação de animais vivos para abate ou reprodução. O texto em análise na Câmara dos Deputados altera a Lei da Política Agrícola, que trata do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

“Atualmente, o transporte de animais por via marítima para exportação levanta preocupações”, disse o autor da proposta, deputado licenciado Célio Studart (CE). “As condições insalubres e os espaços reduzidos constituem maus-tratos evidentes”, criticou.

Alguns países importam bovinos vivos para o abate somente no destino por motivos religiosos. Em 2023, as exportações brasileiras ultrapassaram US$ 474 milhões, o equivalente a 6% das vendas de carne bovina desossada congelada.

Atualmente, a Coordenação de Boas Práticas Agropecuárias do Ministério da Agricultura e Pecuária oferece orientações para o transporte de cargas vivas, visando aumentar a segurança, evitar a dor e reduzir o estresse desses animais.

Tramitação
O projeto tramita em
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Como conectar sua marca à Geração Z?

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 Radiografia da Notícia

Maneira como o público jovem interage com suas marcas favoritas exige ações personalizadas e menos genéricas

As novas gerações representam uma enorme força no mercado que, aliada a expectativas únicas, pressionam as empresas para que estabeleçam conexão e diálogo com os jovens

Além disso, 57% dos consumidores demonstraram lealdade às empresas que possuem preocupação com essas questões

Redação/Hourpress

A dinâmica do mercado está em constante mudança, exigindo que as marcas se adaptem a novos públicos e tendências. As novas gerações representam uma enorme força no mercado que, aliada a expectativas únicas, pressionam as empresas para que estabeleçam conexão e diálogo com os jovens, em prol de prosperarem.

Os jovens nascidos entre 1998 e 2010, membros da “Geração Z”, são conhecidos por serem "nativos digitais", ou seja, aqueles que já nasceram dividindo a atenção com a internet. Além disso, se caracterizam por seu senso crítico apurado. São exigentes, valorizam a autenticidade e buscam experiências inclusivas e diversas.

De acordo com os resultados da pesquisa Global Marketing Trends 2022, realizada pela Deloitte, 94% dos consumidores entre 18 e 25 anos expressaram o desejo de que as empresas se envolvam em discussões sobre questões sociais. Além disso, 57% dos consumidores demonstraram lealdade às empresas que possuem preocupação com essas questões. Para eles,  identidade e posicionamento vindos das marcas são indispensáveis, à medida que procuram se conectar emocionalmente com marcas que se alinhem ao seu lifestyle, promovam experiências e tenham missão, visão e valores bem definidos. 

Atenção

“Hoje, podemos dizer que a Geração Z tem uma conexão especial com o live marketing, esse grupo valoriza o relacionamento com as marcas de um jeito diferente. É importante que as marcas direcionem seus produtos e serviços e estejam presentes nos mais diversos ambientes ocupados pelos jovens, adaptando-se às exigências e particularidades apresentadas por esse público-alvo", defende a gerente de marketing da Alive Brand, Bruna Alves. 

Na prática, o live marketing, é uma forma de chamar a atenção do seu público, ao interagir de maneira criativa, permitindo que os participantes tenham uma experiência direta com a marca. É possível também incluir interações em que o público tem a chance de testar produtos, oferecer feedback em tempo real, participar de sorteios ou concursos. 

Dentre as marcas preferidas da Geração Z, estão no topo aquelas que estabelecem uma forte presença em seu cotidiano, promovem valores coerentes com suas crenças, oferecem experiências personalizadas e autênticas e demonstram um comprometimento genuíno.

Para Bruna, “As marcas que dominam essa estratégia sabem que não se trata apenas de promover um produto. É sobre se alinhar ao jovem e ao seu comportamento de consumo. Eles querem se sentir parte de algo maior”. Desta forma, ela defende que os eventos são desenhados para serem mais do que apresentações, mas grandes espaços de interação.  

Mais do que qualquer coisa, o live marketing proporciona experiências únicas e, associado a uma identidade de marca que seja aliada aos valores e aspirações da Geração Z, estabelece um relacionamento sólido. É exatamente isso que eles procuram.



terça-feira, 12 de março de 2024

Os desafios da mulher no mercado automobilístico

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No entanto, alguns nomes femininos também foram valiosos para a história automobilística

Com o passar do tempo, a inserção feminina no mundo dos motores foi acontecendo

O número ainda é pequeno em comparação com a inserção masculina

Redação/Hourpress

O mercado automobilístico, tradicionalmente, foi desenvolvido e dominado por homens ao longo dos anos; Henry Ford, Enzo Ferrari, Ferruccio Lamborghini e Carroll Shelby são algumas das personalidades masculinas que moldaram o setor da forma que o conhecemos hoje. 

No entanto, alguns nomes femininos também foram valiosos para a história automobilística, como Laura Dominica Garello, que teve papel fundamental na criação do império da Ferrari; e claro que não poderíamos deixar de citar Bertha Benz, a primeira pessoa no mundo a dirigir um automóvel.

Com o passar do tempo, a inserção feminina no mundo dos motores foi acontecendo, mas ainda é um cenário adverso. Segundo uma pesquisa realizada pela Data OLX Autos, reunindo informações da plataforma e de dados recentes do mercado de trabalho formal (RAIS – Relação Anual de Informações Sociais), no intervalo de 2011 para 2021, o número de mulheres trabalhando em montadoras cresceu quase três pontos percentuais, em 16,8% da presença feminina estava nas fábricas, já em 2021, as mulheres representavam 19,4% da força de trabalho.

O número ainda é pequeno em comparação com a inserção masculina, muitos são os desafios das mulheres para trabalharem neste mercado. Nesse sentido, a YPF Brasil, que dá forças ao potencial feminino, reuniu algumas de suas colaboradoras, desde o  alto escalão da empresa, até o time de produção, para contar o cotidiano das mulheres  numa empresa automobilística.

 Aline Lipske - Operadora de Produção

“É gratificante ser mulher e executar  as mesmas funções que os outros operadores homens, mesmo sendo mulher, me sinto um exemplo de que o gênero não determina a capacidade da pessoa, mas sim, a  aptidão e força de vontade.

O maior desafio é o preconceito, apesar de ter sido bem aceita pela YPF Brasil, tenho ciência que no mercado não é bem assim, a mulher sempre será julgada pelo porte físico quando se trata de trabalho pesado”, comenta.

 

Silmara Grandberg, Gerente de Suprimentos

“Ser mulher é um presente, é uma oportunidade de exercitar as várias facetas da vida com excelência e conquistar grandes alegrias.

Nem sempre é fácil, são muitos os obstáculos visíveis e invisíveis. A liberdade e o direito de trabalhar em condições iguais e em dignidade, segurança, remuneração e justiça. Tudo isso são fatores fundamentais para o bem-estar de qualquer indivíduo na sociedade.

A conquista do espaço feminino é uma jornada em desenvolvimento, e requer de cada uma, a clareza diária de poder realizar qualquer meta que propuserem. 

Em uma indústria dominada historicamente pelos homens, poderão haver momentos de impotência ou de sentir de não estar progredindo tão rapidamente quanto poderiam estar.

Mas é importante manter o foco nos objetivos e seguir em frente, não ter medo de falar e fazer sua voz ser ouvida, não parar de se aperfeiçoar, e estar  aberta a aprender sendo  flexível  às  mudanças, e  claro, não desistir dos desafios!”, afirma.

 Elaine Quirino – Diretora Lubrificantes 

“O papel da mulher no mercado de trabalho, seja qual for o segmento, é desafiador! E claro que existem segmentos/empresas que são ainda mais difíceis, como é o caso das Petroleiras, predominantemente preenchidas por homens.

Para mim, ter conquistado a posição de diretora de Lubrificantes, dentro de uma empresa Petroleira, é uma grande vitória, mas é um constante desafio, pois existem muitas situações onde eu preciso estar me auto afirmando, comprovando a capacidade e habilidades que tenho, pelo simples fato de ser mulher. Confesso que é um mercado com muito preconceito e que vem, lentamente, evoluindo”, finalizou..

Pesquisa aponta o WhatsApp como boa ferramenta de comunicação com empresas



    Arquivo/Hourpress


 Radiografia da Notícia

Recursos do aplicativo podem ser utilizados para estreitar o relacionamento com os clientes

Segundo o estudo, 58% acreditam ser uma boa maneira de tirar dúvidas ou receber suporte técnico

*  Investimento em formas de contato com o consumidor é de extrema relevância para lojas e marketplaces

Redação/Hourpress

Pesquisa divulgada em fevereiro pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que 86% das pessoas afirmam que o WhatsApp é uma boa ferramenta de comunicação com as empresas. Segundo o estudo, 58% acreditam ser uma boa maneira de tirar dúvidas ou receber suporte técnico, 38% para agendar horários e 35% para o recebimento de promoções.

 

Para Weslei Lima, gestor do Mercado Topográfico, plataforma de divulgação de produtos e serviços do setor de geotecnologia, a implementação de canais de atendimento como o WhatsApp é benéfica para qualquer empresa. “Ao adotar essas novas tecnologias de comunicação, podemos oferecer uma experiência mais conveniente, personalizada e envolvente para os consumidores e, simultaneamente, reduzir a distância entre o cliente e o vendedor, fortalecendo assim o vínculo entre ambos”, avalia.

 

Lima acrescenta que o investimento em formas de contato com o consumidor é de extrema relevância para lojas e marketplaces e isso é uma tendência do mercado. “Desde que criamos a plataforma Mercado Topográfico vimos a necessidade de ficar mais próximos para facilitar a comunicação entre profissionais, empresas e clientes interessados em serviços e produtos. Com as novas tecnologias adicionadas ao nosso marketplace, percebemos um estreitamento nas relações, o que tem sido bastante positivo”, conta.

 

O gestor comenta ainda que a empresa planeja realizar mais investimentos nesse setor. “Nós já contávamos com os meios mais convencionais, como telefone e e-mail, e nos atualizamos com o atendimento por WhatsApp, além de grupos em aplicativos de mensagem e divulgação de atualizações via redes sociais. Para o futuro, chatbots e assistentes virtuais que visam responder às perguntas dos clientes em tempo real, fornecer suporte técnico, ajudar na seleção de produtos e até mesmo processar pedidos diretamente, estão na lista de prioridades para aprimorar cada vez mais esse contato e aumentar o laço de confiabilidade entre nossos clientes, parceiros e a plataforma”, finaliza.

 

Sobre o Mercado Topográfico

Criado em 2022, o Mercado Topográfico é um e-commerce de divulgação de produtos e serviços do setor de geotecnologia. A plataforma concentra profissionais e soluções desenvolvidas por fabricantes, autônomos, distribuidores e licenciados, atendendo as mais variadas demandas do setor, considerando que a solução oferecida por um profissional pode ser a necessidade de uma corporação e vice-e-versa. A plataforma conta com suporte humano em horário comercial e on-line 24 horas, para cadastrados e clientes com dúvidas sobre os produtos e serviços ofertados. Além da possibilidade de oferecer equipamentos, ferramentas e outros produtos e serviços, os parceiros têm acesso às vagas de emprego e cursos de capacitação ministrados por especialistas. Para saber mais, acesse o link.