terça-feira, 24 de outubro de 2023

Crime organizado deixa feio Rio de Janeiro

EBC

 

Radiografia da Notícia

* Quando retornei ao local onde estava hospedado, cometei essa cena curiosa

* Caso tivesse feito a foto, provavelmente não estaria aqui escrevendo este artigo

* Em diversas regiões do Rio de Janeiro, a milícia é quem coloca terror nos moradores

Luís Alberto Alves/hourpress

Alguns anos atrás, num final de ano, estava no #Rio de Janeiro a passeio. Sai para fazer compras em supermercado e algo me chamou atenção: percebi que um soldado da #PM entrava em diversos estabelecimentos comerciais e logo saia. Atrás, estava outro militar armado com #fuzil. Pensei em fotografá-lo, mas a precaução falou mais alto.

Quando retornei ao local onde estava hospedado, cometei essa cena curiosa. Logo descobri que não era nenhuma inspeção de rotina, mas um #PM integrante da #milícia cobrando o pedágio dos comerciantes, para que eles não fossem assaltados ou mortos. Caso tivesse feito a foto, provavelmente não estaria aqui escrevendo este artigo.

Servidores

Em diversas regiões do Rio de Janeiro, a #milícia é quem coloca terror nos moradores. Ao contrário dos traficantes, os integrantes dessa máfia, na maioria das vezes, são #PMs e também investigadores e mesmo delegados. São servidores públicos que deveriam proteger a população dos criminosos, mas agem iguais a eles.

Igual câncer, por falta de pulso firme das autoridades governamentais, as #milícias invadiram bairros da periferia e também as regiões próximas ao Centro da cidade. Como se diz na gíria: “tudo dominado”. A cena desta segunda-feira (23) com diversos ônibus queimados em vários locais da cidade, mostra que a feiura do crime organizado domina o #Rio de Janeiro.

Dinheiro

Como essa história vai terminar, ninguém sabe. Mas a população sofrerá muito, principalmente a de baixa renda, que depende do transporte coletivo e trem para trabalhar e mora na periferia por não ganhar excelente salário. Os burgueses têm alternativas de pegar o jatinho ou helicóptero e sair rápido da cidade. O dinheiro farto na conta corrente os deixa imunes aos ataques de bandidos essa parcela de brasileiros.

Para facilitar a vida dos #criminosos, o nosso Código Penal trata #bandidos com carinho. Inclusive com direito a visita íntima e outras regalias dentro do presídio. Não é igual a justiça norte-americana, onde dependendo a punição, o detento fica trancafiado 24 horas, com direito a 1 hora de banho de sol, dentro da cela, sem nenhum tipo de regalia. Não vejo solução à vista. Infelizmente.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Cajuísticas

Avanços tecnológicos na detecção e tratamento do câncer de mama


Pixabay


 Radiografia da Notícia

As chances de cura ultrapassam a 90% em casos de diagnóstico precoce.

Por outro lado, especialistas estimam que somente 15% dos pacientes que descobrem o problema 

Por isso, é popularmente conhecida como ‘mamografia 3D´.

Redação/Hourpress

Os avanços tecnológicos aplicados ao conhecimento médico têm desempenhado papel crucial na luta contra o câncer de mama. O diagnóstico precoce – quando a doença está em estágio inicial - e tratamento eficaz, com multiprofissionais, ampliam as perspectivas de sobrevivência e melhoram a qualidade de vida dos pacientes. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as chances de cura são superiores a 90% nos casos em que a abordagem terapêutica é iniciada nos primeiros indícios do problema. Por outro lado, especialistas estimam que somente 15% dos pacientes que descobrem o problema em estágio avançado conseguem se recuperar.

 

Diante deste cenário, o câncer de mama é um dos mais estudados atualmente em todo o mundo. Um dos focos principais é incentivar e viabilizar exames cada vez mais certeiros e rápidos, que permitam a tomada de decisões em tempo compatível com a reversão da doença. Neste sentido, ano a ano, surgem equipamentos cada vez mais modernos, novas técnicas de análise são adotadas e a inteligência artificial ganha cada vez mais espaço.

 

Dentre os avanços mais recentes na área de exames por imagens, a médica Sandra Teixeira, radiologista, coordenadora da Imagem da Mama do Vera Cruz Medicina Diagnóstica, em Campinas, destaca a tomossíntese mamária. "É uma evolução da mamografia tradicional. Ao invés de apenas duas imagens obtidas com o aparelho normal, o equipamento realiza de nove a 16 imagens da mama em angulações diferentes e as reconstrói. Por isso, é popularmente conhecida como ‘mamografia 3D´. Permite a visualização da mama em diferentes ângulos e fornece informações adicionais e sequenciadas, possibilita a identificação de lesões que poderiam estar `escondidas´ ou sobrepostas ao tecido mamário normal visto na mamografia", descreveu. 


Mãos


"Para entender essa sobreposição, que chamamos de somação de imagens – imagine a mama na mamografia: a mama toda é comprimida e uma glândula fica sobre a outra; pense naquela brincadeira de criança, de criar sombras com as mãos. São criadas imagens que não existem, correto? São sobreposições das mãos e dedos, uns sobre os outros. Então, a própria glândula mamária pode ficar sobre a outra e esconder um nódulo ou até mesmo formar um nódulo que não existe. Com a tomossíntese, os diferentes ângulos permitem que esse fator seja minimizado”, salientou. Atualmente, busca-se cada vez mais o tratamento personalizado. Quanto mais precoce, menores os efeitos colaterais e realizado de forma individualizada, na dose e tempo adequados a cada paciente.

 

A médica explica que a tomossíntese mamária traz benefícios principalmente em mamas densas, que podem “esconder” mais lesões e que não seriam visualizadas com a mamografia convencional. “Este é um dos fatores que têm contribuído para o aumento na detecção do câncer, principalmente em mamas densas”, diz ela.

 

Segundo a especialista, na mamografia, assim como na tomossíntese, a imagem do tecido mamário e as lesões mamárias (benignas ou malignas) se apresentam com coloração branca, já a parte que corresponde à gordura, tem coloração preta. Quanto mais glândula e menos gordura, mais densa é a mama, menos gordura, mais chance de esconder lesões. Então, quando a imagem apresenta “branco no branco”, sem que se perceba um contraste, a lesão pode passar despercebida. A tomossíntese pode ajudar a entremear pela gordura existente em diferentes planos, possibilitando encontrar lesões menores e distorções da arquitetura mamária.


Baço

 

A Dra. Sandra reforça também a importância dos diferentes métodos de imagem mamária serem realizados/interpretados por especialistas na área. “A avaliação da ultrassonografia da mama, por exemplo, é muito difícil e requer muito treinamento. A mama tem um tecido bastante heterogêneo, por isso há uma dificuldade maior em ser observada. É como se fosse um tecido estampado, no qual se procura de forma minuciosa se alguma parte da estampa está um pouquinho diferente”, exemplifica sobre a complexidade. “É diferente de quando se avalia as imagens de um abdome, no qual se consegue ver separadamente o fígado e o baço”, disse.

 

Além do diagnóstico, a tomossíntese reduz a taxa de reconvocações, quando após realizar a mamografia, a paciente é chamada para realizar incidências adicionais.

 

O contraponto da técnica é que, na comparação com a mamografia digital de campo total (chamada mamografia DR) há uma dose um pouco maior de radiação. “Mas dentro de limites seguros. Importante destacar que muitos serviços não dispõem da mamografia digital e ainda fazem uso da mamografia convencional, mais antiga, ou da digitalizada (que não é digital de verdade, chamada CR), que têm doses de radiação muito maiores que a mamografia digital ou a tomossíntese”, explicou


Brasil

 

A tomossíntese mamária tem sido amplamente utilizada para rastreamento nos Estados Unidos e, também recentemente no Brasil – no início de setembro – a técnica passou a ser recomendada para rastreamento anual de mulheres de risco habitual a partir dos 40 anos – quando disponível - pela Comissão Nacional de Mamografia (CNM). A CNM é formada por representantes de três sociedades envolvidas na área Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e atualizou as Recomendações do Rastreamento do Câncer de Mama no Brasil.

 

“A tomossíntese deve ser inserida num `combo´ de exames que deve incluir a mamografia, preferencialmente a digital, ou a imagem chamada sintetizada 2D (que seria a soma daquelas diferentes imagens da tomossíntese). De qualquer forma, como em qualquer exame médico, é importante discutir com seu médico os benefícios e riscos da tomossíntese e determinar a melhor abordagem para a detecção do câncer de mama com base no histórico médico e perfil individual”, sugere.

 

A realização da tomossíntese é similar à mamografia tradicional, comprime a mama da mesma forma. No entanto, em vez de tirar uma imagem são realizadas imagens em finas fatias, ou “cortes”, de mama. A técnica também pode ser utilizada em pacientes com prótese mamária.

 

Legado


Segundo a especialista, a mamografia tradicional é que permitiu os avanços em termos de diagnóstico de imagem vivenciados atualmente. Serviu de base de referência para o rastreamento e diagnóstico do câncer de mama, permitiu a compreensão anatômica, possibilitou a criação de programas de triagem em massa e despertou a conscientização. “Hoje temos a mamografia digital, que também é um importante avanço, oferece maior precisão, permite imagens mais nítidas e o armazenamento eletrônico, que é bastante útil para efeitos de comparação”, explica.

 

A mamografia é tida como a padrão do rastreamento do câncer de mama e, em alguns casos, pode ser atrelada a outros exames. “A ressonância magnética é um método de alta resolução, tridimensional, que traz informações morfológicas e fisiológicas, por meio do uso de contraste. Múltiplos estudos demonstraram que o método tem uma sensibilidade de 68-96% e especificidade de 81-96,8%, o que representa alta sensibilidade e significativa capacidade de encontrar um nódulo suspeito de câncer. Tendo com a biópsia sua confirmação”.

 

No entanto, a médica explica que por sua alta sensibilidade, a ressonância também pode detectar muitos achados suspeitos que não são câncer, chamados de falso negativos. Levando a biópsias desnecessárias. De qualquer forma, cabe ao médico especialista julgar quando ela será necessária e se a relação risco-benefício valerá a pena.


Exames

 

O princípio de tudo, destaca a médica, é o autocuidado. “O padrão ouro do rastreamento é a mamografia anual a partir dos 40 anos, como preconizado pela CNM”, diz ela. Além disso, recomenda-se que toda mulher, a partir dos 30 anos, consulte seu médico a fim de calcular o seu risco de desenvolver o câncer de mama. “Sabendo o risco de cada mulher, é possível personalizar o rastreamento, recomendar exames e definir idade e periodicidade em que devem ser realizados. 


Em casos de pacientes de alto risco, ou seja, com risco calculado maior ou igual a 20%, o início do rastreamento deve ser antecipado. Também é indicado o autoexame da mama. O autoexame não serve de rastreamento, mas como forma de conscientização corporal. Deve ser realizado mensalmente, após o término do período menstrual. Muitas pacientes reclamam que é muito difícil, mas se realizado periodicamente, desperta o autoconhecimento das mamas o que ajuda a identificar as alterações, adiantando um retorno com o ginecologista/mastologista se necessário”, salientou.

 

Se cada grupo fizer sua parte, muitas vidas poderão ser salvas. Em termos tecnológicos na área de exames de imagem, a médica avisa. “Temos muitas novidades vindo por aí, como softwares, novas funções para a inteligência artificial, análises quantitativas (radiômica e radiogenômica) e outras ferramentas que permitirão informações cada vez mais precisas e antecipadas”, finalizou.



A real possibilidade de mandatos para ministros do STF começa a avançar no Congresso

Pixabay


 Radiografia da Notícia

A proposta promove ainda modificações no processo de escolha dos membros dessa corte

 Prevê que os ministros do Supremo Tribunal Federal poderão ter um mandato de oito anos, sem direito à recondução

Enquanto um concurso de juiz é muito difícil para entrar nos tribunais, o filtro do notável saber para o STF é adorno

Redação/Hourpress

A real possibilidade de mandatos para ministros do STF começa a avançar no Congresso. Em 4/10 o Senado aprovou a PEC que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse mesmo dia, em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC 8/21), foi protocolada no Senado a PEC 51/2023 que restringe a 15 anos os mandatos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta promove ainda modificações no processo de escolha dos membros dessa corte e dos demais tribunais superiores.

Outra proposta de Emenda à Constituição a ser analisada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) prevê que os ministros do Supremo Tribunal Federal poderão ter um mandato de oito anos, sem direito à recondução (PEC 16/2019). O autor da proposta, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Ives Gandra se manifesta veementemente  contrário a essa proposta e, a outras, que tramitam na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça): Não sou favorável a mandato para ministro do Supremo porque teremos os mesmos problemas das eleições políticas. Isso vai levar ainda mais a política para dentro da Corte. A solução é mudar o critério de escolha. Enquanto um concurso de juiz é muito difícil para entrar nos tribunais, o filtro do notável saber para o STF é adorno. É escolhido quem é amigo do presidente da República”, destacou.

“No dia que o STF for só Poder Judiciário, haverá mais harmonia entre os Poderes e paz política”, numa referência à crise que a Suprema Corte tem enfrentado com o Legislativo, afirmou Gandra.


Sobre a proposta de criação de um mandato fixo para ministros do STF.
 
Sou contrário. O problema não está na duração do mandato, mas na forma de escolha dos ministros. O notável saber, elemento fundamental para a escolha de um Ministro, é hoje apenas um adorno constitucional. No passado, Clóvis Bevilacqua e Rubens Gomes de Souza, formatadores do Código Civil de 1917 e do CTN vigente até hoje, não aceitaram o convite para serem Ministros da Suprema Corte porque entendiam que não tinham notável saber. Quanta saudade!

A escolha, a meu ver, deveria ser pelo presidente de uma lista de Dezoito (18) nomes composta seis (6) indicados pelo Conselho Federal da OAB, 6 pelo Conselho Nacional da Magistratura e seis ()6 pelos três 3 Tribunais Superiores (STF, STJ e TST). Oito (8) Ministros seriam necessariamente da carreira de magistrados e três (3), alternativamente, da advocacia e do Ministério Público.
 

A falta de independência do STF e o mandato fixo possibilitaria à Suprema Corte ter mais independência.
 
O problema da pressão do poder político é que a escolha, dependendo exclusivamente da vontade política do presidente, para o exercício técnico na magistratura, permite maior pressão política hoje, do que na forma que sugeri de uma escolha do Presidente, recebendo dezoito (18) nomes pelas três (3) Instituições máximas do exercício aplicado do Direito.
 

Os impactos de uma possível mudança.
 
Não avalio os positivos, mas os negativos seriam todos os problemas inerentes aos poderes políticos em cada renovação eleitoral. 
 
Congresso Nacional e o STF, as atribuições de cada órgão. A relação entre os Poderes e os mandatos fixos.

A situação poderia melhorar se o Poder Judiciário não invadisse constantemente a competência legislativa do Congresso Nacional e se este se utilizasse da faculdade do art. 49, XI da CF/88 para zelar por sua competência legislativa. Se os dois (2) Poderes cumprissem este dispositivo da CF/88, não haveria problema.
 
O processo para fazer a mudança é por meio de PEC?
 
Essa mudança, sim, teria que necessariamente ser feita por uma emenda constitucional.


IA: executivos serão substituídos por robôs?

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Radiografia da Notícia

* A adoção da IA é uma das maiores prioridades de investimento de 85% das empresas

Como prova disso, cerca de 80% dos chief marketing officers (CMOs) planejam aumentar os investimentos em IA

Nada será mais forte do que um executivo orientado a dados e que saiba utilizar esse recurso 

Jordano Rischter

Preocupações referentes à possibilidade da inteligência artificial (IA) roubar nossos empregos não são novidade. Afinal, com o avanço da digitalização e o surgimento de ferramentas disruptivas como o ChatGPT, desenvolvida pela Open AI, e o Bard, pelo Google, muitas atividades puderam ser otimizadas e automatizadas, dispensando esforços excessivos dos profissionais em diversas tarefas, inclusive, em maiores cargos como os executivos. É fato que esta tecnologia trouxe uma maior eficiência nos processos internos – mas, será que há, de fato, risco de que, em algum momento, a presença destes profissionais não ser mais necessária?

Segundo uma pesquisa feita pela Bain & Company, a adoção da IA é uma das maiores prioridades de investimento de 85% das empresas. Quando questionadas os motivos desta estratégia, grande parte dos executivos concordam que esse recurso é fundamental para assegurar a vantagem competitiva do negócio, uma vez que viabiliza uma ampla possibilidade de adesão nas operações corporativas.

Fora seu uso massivo no departamento de tecnologia da informação, muito vem sendo explorado da IA, especialmente neste ano, em outros departamentos estratégicos como o próprio marketing – através de funcionalidades podem ajudar na geração de material criativo para redes sociais ou para o próprio site institucional. Como prova disso, cerca de 80% dos chief marketing officers (CMOs) planejam aumentar os investimentos em IA e dados em 2024, segundo dados da Accenture.

Tomada

Quando devidamente incorporada, esta tecnologia trará benefícios muito maiores do que a automação dos processos. Com ela, os executivos terão uma ferramenta robusta a favor da análise de dados mais segura, obtendo informações valiosas referentes ao seu segmento, público-alvo e tendências para que, com isso, consigam ter uma visão mais clara e análise preditiva referente em prol de uma tomada de decisões mais assertiva.

Obter essas informações em tempo real e saber como transformá-las em planos estratégicos para o crescimento da empresa é a ferramenta mais poderosa que um C-level pode adquirir, tornando-a parte inseparável de sua gestão corporativa para que tenha uma visão nítida referente ao seu presente e, com isso, obter ganhos significativos frente às metas desejadas.

Nada será mais forte do que um executivo orientado a dados e que saiba utilizar esse recurso com perspicácia em sua rotina, mas, isso não significa que a IA irá substituir, por completo suas funções ao ponto de que sua presença já não seja mais necessária. Até porque, muitas dessas tecnologias inteligentes ainda estão incipientes e precisam ser melhor calibradas até que passem uma maior segurança ao serem adotadas nos processos internos.

Cultura

Não há como negarmos o potencial transformador da IA no mercado. Contudo, ela ainda se mostra mais como uma ferramenta de apoio do que um completo substituto dos profissionais, principalmente dos executivos. Afinal, sua função nas empresas permeia por sua capacidade de empatia, conexão com os liderados e fortificação de uma cultura, a qual se constrói, se transforma e evolui através de pessoas.

É preciso muito cuidado ao estabelecer até onde essa tecnologia será adotada nos processos corporativos, partindo de um entendimento profundo dos gaps internos e mapeando oportunidades de melhorias através da IA. Não há uma única regra ou caminho a ser seguido, uma vez que essa é uma escolha completamente individual à marca com base em suas necessidades e demandas.

Diante de tantos avanços sentidos nos últimos anos, certamente, tenderemos a presenciar novidades cada vez maiores daqui para frente e, quem não se atentar e acompanhar essa demanda, definitivamente ficará para trás. Esse é um recurso que pode trazer ganhos enormes para os executivos em termos de análise de dados volumosos em tempo real sobre o negócio, seu segmento e clientes, ajudando os C-Levels a tomarem decisões mais informadas.

Com a IA, as empresas podem elevar sua produtividade, com menos recursos e esforços. Mas, até hoje, a humanização ainda é uma característica muito prezada pelo mercado, principalmente em funções estratégicas que envolvem a gestão de pessoas. Portanto, ao invés de excluir executivos em prol desta ferramenta, é preciso saber como administrá-la de forma equilibrada, para que todos os envolvidos se beneficiem das facilidades propostas por essa tecnologia.

Jordano Rischter é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Sindicatos de São Caetano, São José e Mogi exigem reversão de demissões na GM

 Arquivo


Radiografia da Notícia

No documento, os três sindicatos afirmam buscar negociação com a montadora "para reverter as demissões

Outras iniciativas também serão tomadas em conjunto, como envio de pedidos de reuniões com autoridades

A demissão coletiva foi covarde e arbitrária, já que ocorreu sem negociação prévia com os sindicatos

Redação/Hourpress

Depois de uma reunião virtual, realizada na manhã desta segunda-feira (23), os dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e São Paulo e Mogi das Cruzes decidiram redigir uma nota conjunta sobre as demissões arbitrárias realizadas pela General Motors, desde sábado (21). No documento, os três sindicatos afirmam buscar negociação com a montadora "para reverter as demissões e garantir os postos de trabalho". Outras iniciativas também serão tomadas em conjunto, como envio de pedidos de reuniões com autoridades. Confira o texto da nota conjunta na íntegra:

 NOTA CONJUNTA DOS SINDICATOS DOS METALÚRGICOS DE SÃO CAETANO DO SUL, SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E SÃO PAULO E MOGI DAS CRUZES

Os sindicatos dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, São José dos Campos e São Paulo e Mogi das Cruzes repudiam veementemente a atitude da General Motors, que, em pleno sábado (21/10), demitiu trabalhadores por e-mail e telegrama.

A demissão coletiva foi covarde e arbitrária, já que ocorreu sem negociação prévia com os sindicatos, o que contraria a legislação nacional. 

Além disso, em São José dos Campos e Mogi das Cruzes, a GM descumpriu acordos de layoff firmados com os sindicatos, que garantiam a estabilidade no emprego para todos das duas plantas. Em São Caetano, de igual forma, a empresa realizou os cortes de maneira unilateral, sem prévia negociação.

Todos os cortes são injustificáveis. A montadora alega queda em suas vendas, mas registrou, ao contrário, aumento de 18,18% nas vendas brasileiras entre abril e junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, obteve lucro líquido de 2,57 bilhões de dólares (R$ 12,94 bilhões) no segundo trimestre deste ano, um aumento de 51,6% na comparação anual.

Em repúdio à demissão coletiva e pelo cancelamento dos cortes, os metalúrgicos da GM em São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes aprovaram greve unificada por tempo indeterminado, neste domingo (22).

Os três sindicatos buscam negociação com a montadora, para reverter as demissões e garantir os postos de trabalho.

Os sindicatos também reivindicam intervenções imediatas do Governo Federal, do Ministério do Trabalho, do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério Público do Trabalho diante da grave situação dos demitidos.

Os metalúrgicos da GM no estado de São Paulo também têm apoio mútuo com trabalhadores da montadora nos Estados Unidos. Em greve há mais de um mês, os operários norte-americanos lutam por aumento de salário e melhores condições de trabalho. O movimento é liderado pelo UAW (United Auto Workers).

23 de outubro de 2023.

Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

Perigo nas escolas: a ameaça crescente dos atiradores ativos

 Divulgação


Radiografia da Notícia

* Fica claro que é necessária uma ação conjunta para lidar com essa epidemia de violência

Este trágico incidente, perpetrado por um adolescente de 16 anos, lança luz sobre uma série de questões urgentes

O monitoramento e a identificação precoce de potenciais ameaças são fundamentais

Raquel Gallinati 

No episódio de violência que abalou a Escola Estadual Sapopemba na manhã desta segunda-feira, uma jovem de 17 anos perdeu a vida, enquanto outros três estudantes ficaram feridos. Mais uma vez, o país se depara com a realidade angustiante dos atiradores ativos em nossas escolas. Este trágico incidente, perpetrado por um adolescente de 16 anos, lança luz sobre uma série de questões urgentes que vão muito além do mero registro policial.
 

Fica claro que é necessária uma ação conjunta para lidar com essa epidemia de violência nas escolas. Não basta responsabilizar apenas o agressor; é preciso agir preventivamente para evitar que tragédias como esta se repitam. A resposta deve vir de diversos setores da sociedade.
 

Aqui, destacamos a importância da colaboração entre a inteligência policial e a direção das escolas. O monitoramento e a identificação precoce de potenciais ameaças são fundamentais. É inaceitável que tenhamos que reagir somente após a tragédia ter ocorrido.


Seguro
 

Além disso, é crucial envolver ativamente a comunidade escolar nesse processo. Os pais, professores, alunos e demais funcionários das escolas desempenham um papel vital na prevenção de conflitos e na promoção de um ambiente seguro e saudável.
 

No entanto, a solução não pode depender apenas da atuação das escolas e da polícia. O governo deve desempenhar um papel decisivo no desenvolvimento e na implementação de políticas públicas eficazes que possam prevenir ataques como este. Ataques em escolas são sintomas alarmantes de uma sociedade que enfrenta um vácuo na segurança escolar e na prevenção de tragédias. Não podemos aceitar essa realidade como algo cotidiano.
 

Políticas públicas de prevenção, apoio psicológico, leis mais rigorosas e uma abordagem mais profunda da educação são componentes cruciais que devem ser incorporados ao nosso tecido social para evitar que futuras gerações de alunos e professores se tornem alvos desse tipo de violência.


Urgentes
 

A segurança nas escolas não é um luxo, mas um direito inegociável para alunos, professores e funcionários. É hora de o país reconhecer que a violência nas escolas reflete um problema mais amplo que requer correções urgentes.
 

O triste massacre na Escola Estadual Sapopemba é um lembrete doloroso de que a segurança nas escolas não pode mais ser negligenciada. A vida de nossos jovens e o futuro de nossa sociedade dependem disso. É um grito por mudança que não podemos mais ignorar.
 

É urgente investir na inteligência policial e na implementação de políticas públicas de segurança nas escolas. Não podemos mais permitir que a polícia chegue após o chão ter sido manchado de sangue para contar feridos e mortos, e, correr atrás do prejuízo.
 

Raquel Gallinati delegada de políciaDiretora da Associação dos Delegados de Polícia do Brasil. Mestre em Filosofia. Pós-graduada em Ciências Penais, Direito de Polícia Judiciária e Processo Penal

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Alergias respiratórias: o perigo, muitas vezes, dorme com você!

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Radiografia da Notícia

* O bom e velho travesseiro pode ser o grande vilão das crises alérgicas 

Afinal, não basta apenas saber o que lhe causa alergia

a médica também recomenda o uso de capas de proteção antiácaro, seja nos travesseiros, seja nos colchões

Redação/Hourpress

É muito comum as pessoas tentarem descobrir qual a real causa de suas alergias. Para tanto, recorrem ao médico, fazem exames, buscam tratamentos diversos. Algumas, às vezes, ficam anos em busca de um diagnóstico e, mesmo depois de revelado, o problema persiste.

Afinal, não basta apenas saber o que lhe causa alergia. É preciso, sobretudo, se cercar dos cuidados necessários para evitar o contato com os agentes alérgenos que lhe fazem mal. E é justamente aí que as pessoas vacilam.

Muitas vezes o perigo dorme com você (aliás, coladinho ao rosto), e a gente custa a perceber. Sim, o seu travesseiro pode ser um dos grandes vilões dessa história!

Rinite

Quem alerta é da Dra. Cristiane Passos Dias Levy, médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especialista em alergias respiratórias. De acordo com ela, especialmente para quem tem alergia a ácaro, asma ou rinite alérgica, é indispensável fazer a troca regular dos travesseiros.

"Com o passar do tempo, os travesseiros acumulam uma enorme quantidade de microrganismos, que se alimentam de secreções eliminadas durante o sono, seja pela boca (saliva), ouvidos (cerume), olhos (lágrimas), nariz (coriza), cabelos (seborreia) e até mesmo pela pele (suor e pele morta). Isso tudo se dispersa em uma poeira fina que pode ser facilmente inalada e causar alergias", explicou.

Estudos apontam que, após dois anos de uso, de 10% a 25% do peso de um travesseiro pode ser formado por ácaros e células mortas da pele. Isso sem contar as secreções artificiais que nele também costumam estar presentes, como cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem.

Médica

"É um acessório diariamente submetido a uma contaminação maciça. Por isso merece um cuidado especial em termos de higienização, além da troca a cada dois anos, que é o prazo recomendado por especialistas”, destacou a médica.

No caso da higienização, ela diz que o ideal é fazê-la em lavanderias especializadas que sigam estritamente as instruções de lavagem. "Isso porque, é importante que haja a secagem completa do travesseiro, e as máquinas de uso doméstico geralmente não têm um desempenho que garanta isso", pondera a Dra. Cristiane, acrescentando que esse procedimento pode ser feito a cada seis meses.

Para os alérgicos a ácaros, em especial, a médica também recomenda o uso de capas de proteção antiácaro, seja nos travesseiros, seja nos colchões, a fim de se evitar maior contaminação. "Essas capas podem ser lavadas a cada três ou quatro semanas", alertou.

Tomadas essas precauções, cabem as tradicionais dicas em relação à importância de manter o quarto sempre bem ventilado e iluminado; ficar atento a possíveis infiltrações ou outras causas de umidade no quarto; além de evitar varrer e espanar os móveis durante a limpeza, priorizando o uso de panos úmidos, de modo a evitar que os ácaros entrem em suspensão e se depositem sobre lençóis e fronhas limpos.


Hamas e Israel: a felicidade da indústria de armas

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Radiografia da Notícia

*Os norte-americanos vendem armamentos para 103 países. Portanto, nunca serão interessados que haja paz

*Existem cidades norte-americanas em que a economia gira ao redor da produção de equipamentos utilizados para matar

*Os grupos terroristas incentivados por ditaduras no Oriente Médio são apenas cães alimentados por rações no formato de armas

Luís Alberto Alves/Hourpress

O conflito entre Israel e Hamas trouxe à tona discussões sobre a violência praticada contra os palestinos na Faixa de Gaza, a região mais populosa do planeta, onde num espaço de 41 quilômetros de comprimento por 10 quilômetro de largura é espremida uma população de 2,2 milhões.

Pouco se falou dos interessados nesta chacina: os fabricantes de armas. Os Estados Unidos lideram o ranking dos maiores exportadores de armas, seguido por Rússia, França, China e Alemanha. Os norte-americanos vendem armamentos para 103 países. Portanto, nunca serão interessados que haja paz.

Matar

Os fuzis, pistolas, mísseis, granadas, explosivos e as bombas que são despejados em diversos países que se encontram em guerra transformam-se e bilhões de dólares entrando nos cofres dos bilionários que ficam ricos à custa da morte de inocentes. A ideologia é tratada apenas como pano de fundo.

Quando se faz pesquisa a respeito de conflito armado, desde o século passado, os Estados Unidos estão presentes em todos eles, principalmente após sair como potência militar na Segunda Guerra Mundial. Existem cidades norte-americanas em que a economia gira ao redor da produção de equipamentos utilizados para matar.

Hamas

Os grupos terroristas, incentivados por ditaduras no Oriente Médio, são apenas cães alimentados por rações no formato de armas para tirar do poder quem não interessa mais para o sistema. Na Faixa de Gaza, após a morte do ícone dos palestinos, Yasser Arafat, que num acordo aceitou a existência do Estado de Israel, o sistema investiu na criação do Hamas.

Assim como ocorre no submundo tenebroso do crime organizado, onde a elite financeira aumenta fortunas por meio da lavagem de dinheiro sujo. Sabem como cortar a cabeça da serpente, mas optam por deixá-la viva para que a galinha dos ovos de ouro não morra. Fabricante de arma detesta a palavra Paz. Guerra para essa minoria é sinônimo de riqueza, não importa que morram inocentes.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Cajuisticas

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Morte dos três médicos no Rio de Janeiro seria execução?

Arquivo Hourpress


Radiografia da Notícia

*Segundo a Polícia, um carro teria parado próximo do local e dali foram disparados mais de 20 tiros

*Detalhe: os assassinos não roubaram nada dos quatro médicos

*Nas chacinas, muitas vezes várias pessoas são mortas, porque estão no lugar e hora errado

Luís Alberto Alves/Hourpress

Nos três anos em que escrevi diversas reportagens sobre Segurança Pública, aprendi que muitos disparos na cena do crime é sinal de execução. É o que aconteceu com três médicos (Diego Ralf de Souza Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida) assassinados nesta quinta-feira (5) num quiosque na praia da Barrada Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Outra quarta vítima está internada.

Diego Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (Psol/SP) e trabalhava no instituto de Ortopedia e Traumatologia  (IOT) do Hospital das Clínicas de SP. Marcos Corsato  e Perseu Almeida também trabalhavam no HC. Todos na área de ortopedia.

As vítimas iriam participar de congresso apoiado pela Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé.  Segundo a Polícia, um carro teria parado próximo do local e dali foram disparados mais de 20 tiros. Detalhe: os assassinos não roubaram nada dos quatro médicos.

Histórico

Como citei no início deste texto, os criminosos tinham interesse em matar alguma das vítimas. O motivo? Só as investigações vão revelar. Nas chacinas, muitas vezes várias pessoas são mortas, porque estão no lugar e hora errado, ao lado de alguém que é o alvo dos bandidos.

Assaltante geralmente não efetua grande quantidade de tiros no local onde cometeu o delito. O interesse é roubar, caso ocorra reação, a vítima é alvejada, com dois ou quatro disparos. Agora nos casos de homicídio, o histórico dos alvejados é pesquisado.

Os executores sabiam que os quatro médicos estariam no Rio de Janeiro. Talvez eles se hospedaram no mesmo hotel para segui-los e concretizar a chacina. 

Porque eles foram direto no local onde o quarteto se encontrava. Não desceram do carro, para facilitar a fuga e dificultar possível identificação. O tempo vai informar a motivação deste crime.

 

Empresas ainda contratam poucos profissionais acima dos 50 anos

EBC


 Radiografia da Notícia

Companhias começam a buscar formas de integrar talentos 50+ em suas forças de trabalho

No mundo corporativo, a diversidade já é encarada como chave para a inovação e o crescimento sustentável

 Porém, cerca de 70% das organizações contrataram muito pouco ou nenhum profissional com mais de 50 anos

Redação/Hourpress

  No mundo corporativo, a diversidade já é encarada como chave para a inovação e o crescimento sustentável. No entanto, à medida que a discussão se intensifica, um aspecto vital é muitas vezes negligenciado: a intergeracionalidade. Por causa desse contexto, a Robert Half, consultoria global de soluções em talentos, acaba de lançar, em parceria com a Labora, startup que promove inclusão produtiva com diversidade geracional, um estudo inédito com o intuito de aprofundar as discussões e identificar gargalos no processo de contratação e retenção de talentos 50+.

Segundo o levantamento, 48% das organizações contam com programas relacionados à diversidade geracional. Porém, cerca de 70% das organizações contrataram muito pouco ou nenhum profissional com mais de 50 anos, contingente representante de apenas 5% das contratações dos últimos dois anos.

A boa notícia é que aproximadamente 10% das companhias estão investindo em treinamentos dedicados à diversidade geracional para suas equipes de recrutamento, buscando alterar essa situação.

Busca

“Nota-se que, passo a passo, as organizações começam a se preparar para integrar profissionais 50+ como uma fonte de talentos. No momento, o que presenciamos é um movimento de sensibilização e de busca cautelosa das melhores alternativas de como fazê-lo”, observou Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Para a Robert Half, é indiscutível como cada geração traz perspectivas e experiências únicas que se traduzem em ativos preciosos para o ambiente de trabalho. “Infelizmente, mais de 20% das organizações consideram não necessitar de estratégias específicas para atrair talentos nessa faixa etária, um equívoco que pode custar a perda de experiência valiosa”, analisou Mantovani.

A pesquisa aborda como as companhias tratam profissionais de diferentes idades em seus processos seletivos e de que forma promovem o seu desenvolvimento, além de trazer luz a como as empresas podem, imediatamente, aperfeiçoar suas práticas e se habilitar para o mercado de trabalho do futuro.

Talento

“Para enfrentar um problema, primeiro é necessário reconhecê-lo. Essa iniciativa é inédita, pois alinha dois parceiros com perspectivas complementares sobre recursos humanos e etarismo nas organizações", destaca Sérgio Serapião, fundador e CEO da Labora.

É evidente que a maioria das empresas está no estágio inicial de descoberta e exploração da intergeracionalidade, o que ainda demanda muitos esforços para garantir uma inclusão genuína de talentos de todas as idades.

Entre as companhias que estão iniciando os primeiros passos em sua jornada de conscientização, três iniciativas se destacam como pontos de partida: treinamentos específicos para líderes, palestras e programas de conscientização abrangentes para todos os colaboradores. A notícia positiva é que essas abordagens iniciais têm o potencial de criar uma base sólida para uma cultura de inclusão geracional no ambiente de trabalho.

Anos

O estudo também apontou um alto nível de desconhecimento sobre o quanto as culturas corporativas têm o etarismo incorporado em seus processos. Um exemplo disso é que 52% dos respondentes dizem que "profissionais de todas as idades podem participar dos processos seletivos". O tom “otimista” indica, porém, a ausência de um cuidado especial para a inclusão dos talentos acima de 50 anos.

Além disso, aproximadamente 80% das organizações ainda não estabeleceram métricas para avaliar o sucesso de suas iniciativas de inclusão. Por outro lado, cerca de um terço delas afirma estar em fase de desenvolvimento, começando a conceber e implementar os indicadores.

Essa tendência sinaliza um movimento positivo na incorporação do tema nos processos de gestão de pessoas. Mas, ao analisar as grandes empresas, apenas 2 em cada 10 possuem um pilar de diversidade geracional em suas estratégias de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).

Talentos

 

Se mais de 28% dos respondentes indicam possuir programas afirmativos para outros grupos minorizados, somente 13% relatam ter implementado programas com vagas afirmativas para talentos seniores. Mesmo nesses casos, as iniciativas parecem estar em desenvolvimento, visto que metade das empresas considera que os programas ainda apresentam desafios em relação aos resultados.

Confira a seguir algumas boas práticas para o recrutamento de diferentes gerações:
 

·  Treinamento de Conscientização: promova treinamentos regulares sobre diversidade geracional para todos os envolvidos no processo de recrutamento. Isso ajudará a sensibilizar a equipe para os desafios do etarismo e a criar uma cultura mais inclusiva;

·  Revisão de Anúncios de Vagas: analise suas descrições de vagas para evitar linguagem que possa ser tendenciosa em relação à idade. Certifique-se de que os requisitos e qualificações sejam relevantes para a função, em vez de focar em anos de experiência;

·  Painéis de Entrevista Diversificados: crie painéis de entrevista que incluam membros de diferentes faixas etárias. Isso ajudará a reduzir qualquer viés inconsciente que possa surgir durante as conversas;

·  Entrevistas Estruturadas: implemente entrevistas com perguntas consistentes para todos os candidatos. Isso ajuda a basear as decisões de contratação em critérios objetivos, reduzindo a influência de estereótipos relacionados à idade;

·  Diversificação de Fontes de Recrutamento: amplie as fontes de recrutamento para incluir canais que alcancem candidatos de diferentes idades e experiências profissionais;

·  Avaliação de Cultura Empresarial: avalie a cultura da empresa para garantir que seja inclusiva e acolhedora para todas as gerações.

 Programas de desenvolvimento são cruciais


De acordo coma pesquisa, apenas 3 em cada 10 companhias têm ações de retenção de profissionais 50+. O jovem centrismo também se observa na disponibilização de treinamentos: quase 65% não possuem iniciativas de desenvolvimento voltadas para a fase madura dos empregados.

Entretanto, os programas de desenvolvimento para profissionais seniores desempenham um papel crucial e 12% das organizações já reconhecem a importância de ações com essa finalidade, pois são iniciativas que aproveitam a riqueza de conhecimento e experiência que esses colaboradores trazem, não somente promovendo a retenção de talentos valiosos, como também melhorando a moral e a motivação dos funcionários mais experientes.

 “No cenário competitivo atual, as empresas que investem nesses programas ganham uma vantagem, adaptando-se às mudanças demográficas da força de trabalho e mantendo-se ágeis e inovadoras”, complementou o diretor-geral da Robert Half.

 A importância dos manuais e políticas anti-etaristas

Um manual anti-etarismo é uma ferramenta poderosa na construção de uma cultura inclusiva, respeitosa e diversificada. Conforme a pesquisa, mais de 52% das organizações consideram que o tema precisa ser disseminado internamente. Além disso, 3 em cada 10 companhias disseram que, embora ainda não tenham uma política de comunicação anti-etarismo, já consideram ter ou estão desenvolvendo uma.

"Os números falam por si só: temos um longo caminho a percorrer até que a questão da intergeracionalidade e a inclusão de profissionais 50+ se tornem práticas mais disseminadas. Mas estou otimista, atuamos com lideranças que me inspiram ao se colocarem abertas para integrar a potência sênior em suas empresas, até porque entendem que essa é uma tendência do futuro do trabalho”, completa Serapião.

Metodologia
A pesquisa “Etarismo e inclusão da diversidade geracional nas organizações” foi realizada em junho de 2023, por meio de questionário online com 258 empresas de diferentes portes.

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania,