terça-feira, 16 de novembro de 2021

Uzbequistão mantém um dos maiores grupos de prisioneiros religiosos do mundo

 

Ler a Bíblia no Uzbequistão é sinônimo de inimigo do Estado, com risco de prisão 

Mais de 2.000 pessoas estão presas por causa de suas crenças religiosas

Redação/Hourpress

Eles "são acusados de 'tentativa de derrubar a ordem constitucional', posse ou distribuição de literatura proibida ou filiação a grupos proibidos", disse um relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, uma entidade governamental independente.

Essas acusações restringem a liberdade de religião, consciência e expressão, disse a Comissão. Eles também violam a própria constituição do país e vários tratados internacionais de direitos humanos que o Uzbequistão assinou.

Quando se tornou o líder do país em 2016, o presidente Shavkat Mirziyoev libertou ou perdoou mais da metade dos prisioneiros religiosos que haviam sido encarcerados sob seu antecessor, o presidente Islam Karimov.

A maioria dos presos durante o governo de Karimov eram muçulmanos independentes e outros que se opunham ao regime. Embora muito poucos cristãos tenham sido presos durante esse período, “centenas foram submetidos a buscas e multas administrativas”, disse o relatório.

Ainda segundo o relatório, o Uzbequistão hoje ainda tem mais prisioneiros religiosos do que em todos os ex-estados soviéticos juntos. Muitos deles já estão na prisão há mais de 20 anos, o que “torna os prisioneiros religiosos do Uzbequistão uma das mais longas sentenças religiosas já registradas no mundo”, segundo o relatório.

Mirziyoev assumiu o cargo como "reformador", mas uma lei de religião de 2021 manteve a maioria dos antigos regulamentos em vigor, incluindo a exigência de permissão do estado para atividades religiosas e a proibição de compartilhar a fé com outras pessoas. Seu governo também estabeleceu pressão sobre jornalistas e restrições impostas às redes sociais e sites de mensagens.

Enquanto os EUA elogiaram o Uzbequistão no ano passado por fazer "progresso real" na liberdade religiosa, a Comissão por Liberdade Religiosa no início deste mês recomendou que o país permanecesse na Lista de Observação Especial de países que "se envolvem ou toleram violações graves da liberdade religiosa". A lista orienta o governo dos Estados Unidos na tomada de decisões que avançam e promovem a liberdade religiosa internacional.

O Uzbequistão está em 21º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2021, documento publicado anualmente pela Portas Abertas que aponta os 50 países onde é mais difícil viver como cristão.

Os cristãos de origem muçulmana são especialmente vulneráveis à pressão das autoridades, da família e da comunidade. As igrejas que não estão registradas no governo enfrentam batidas policiais, ameaças, prisões e multas. Entre 1 de outubro de 2020 e 30 de setembro de 2021, seis cristãos foram detidos, de acordo com dados compilados pela Portas Abertas.

Os jovens cristão uzbeques 

O Uzbequistão é um dos países da antiga União Soviética, e hoje conhecido pelos países livres da Ásia Central.

Na era soviética, os cristãos na Ásia Central já eram severamente perseguidos. Como pouco mudou com a dissolução da União Soviética, não é surpresa que nada melhorou desde a independência dos países. Antes de 1991, os cristãos eram quase exclusivamente não nativos, de origem russa, ucraniana, polonesa, alemã ou coreana. Mas depois muitos não nativos deixaram a região e diversos centro-asiáticos se converteram. Como resultado, a igreja na Ásia Central hoje é composta em sua maioria por nativos, o que aumentou a hostilidade aos cristãos.

Os negócios de cristãos na Ásia Central sempre experimentaram mais dificuldades que os comandados por outras pessoas. Por essa razão, muitos donos de negócios preferem não falar abertamente sobre suas crenças. A pressão aos comerciantes cristãos vem principalmente de autoridades locais e da comunidade muçulmana, não do governo central. Os ex-muçulmanos são ainda mais afetados.


 

Por que o 13º salário gera "confiança" nos brasileiros?

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Com o dinheiro do 13º é preciso pagar dívidas, para começar 2022 de bem com a vida

É bem interessante quitar as dívidas atrasadas

*Thiago Martello

O fim do ano está chegando, mas antes de pensar no Natal as pessoas já estão de olho no 13º salário. Com o dinheiro em mãos, muitos se perguntam: como usar esse valor extra da melhor forma? 

O período dos últimos meses do ano é excelente para negociação de dívidas, pois muitas empresas estão fechando o exercício fiscal e apurando os resultados, por isso, o poder de barganha aumenta. Com a quantia do 13º em mãos, é possível estudar a possibilidade de realizar o pagamento das pendências à vista e isso promove mais descontos e facilidade na negociação.

É bem interessante quitar as dívidas atrasadas, principalmente pelo alívio psicológico e emocional envolvidos, para deixar de pagar juros abusivos e cortar de vez o mal pela raiz, de jogar “dinheiro fora”. 

No entanto, vale levar em consideração que os primeiros meses do ano merecem atenção especial pois chegam cheios de novos compromissos como IPVA, IPTU,  matrículas, uniformes e materiais escolares, por exemplo. Então não adianta usar todo o dinheiro disponível para quitar as contas e já no mês seguinte precisar de dinheiro emprestado, seja com uma amigo ou até com o próprio banco – o que certamente acarretará altos juros. 

 

Black Friday e Natal podem ser “vilões” do planejamento financeiro? 

Vale destacar que o salário extra no final do ano vai além de somente uma “segurança” para comprar ou quitar dívidas. Pelas pessoas ficarem no limite ou até mesmo no vermelho na maior parte do ano, elas enxergam no 13º uma salvação financeira e passam a contar com o dinheiro, antes mesmo de tê-lo em mãos. 

O uso do valor adicional, muitas vezes, é para satisfazer alguma demanda reprimida, colocar as contas em dia ou até para se permitirem certas indulgências ou extravagâncias. É difícil para nosso cérebro associar uma consequência ruim a determinado comportamento específico caso não aconteçam de imediato. Se o impacto negativo da ação não vem logo em seguida, acabamos atenuando e dando menor valor à sua causa real, ainda mais em períodos como a Black Friday e Natal, quando temos muitos “prazeres” associados. 

Abaixo, destaco os principais comportamentos econômicos que ficam ainda mais latentes no período de festas: 

  • Em geral, as pessoas se permitem certos “mimos” como justificativas de merecimento por um ano difícil, principalmente com a fala “eu posso, eu mereço”; 
  • É um período em que as pessoas querem aproveitar, se presentear, anseiam por mudanças, por confraternizações, por realizarem algumas demandas reprimidas e com muitas emoções envolvidas. 

Portanto, ao receber o 13º, a sensação de alívio naquele momento é o que mais conta, sendo que as consequências de gastá-lo sem estratégia só virão meses depois, tempo suficiente para não associar uma coisa a outra e repetir o mau comportamento no próximo ano. 

 

Comece o ano com o pé direito

É importante ter uma atenção especial para as contas no início do ano, pois o montante de débitos pode pesar para quem não se organizou durante o ano anterior. A dica principal para quitar esses débitos é juntar dinheiro ao longo dos meses para honrar com esses compromissos em dia e, de preferência, pagar à vista, de modo a aproveitar os descontos.

Já os parcelamentos devem ser evitados a qualquer custo, pois enquanto o brasileiro não inverter a lógica, ficará difícil ter saúde financeira. A ação correta é: primeiro guardar e depois comprar. 

Para quem está apertado e sabe dos compromissos nos primeiros meses do ano, o jeito é economizar com Natal e Ano Novo. O recomendado é usar do 13º salário com essas contas que chegarão em janeiro, por exemplo, ainda que isso implique em algumas renúncias no período de festas. 

 

13º como “salvador da pátria”

O salário extra no final do ano pode ser uma ótima oportunidade para começar a organizar um planejamento financeiro, tanto para quem tem as contas em dia ou para as pessoas que estão com dívidas. Em ambos os casos é preciso ter uma visão de futuro, de onde se quer chegar. 

Para quem tem dívidas, o 13º pode ser o salvador da pátria. Para isso, é ideal avaliar se o padrão de vida atual é o adequado para a realidade financeira, visto que para ficar no azul é necessário se planejar para quitar as dívidas, sair do vermelho, construir uma reserva de emergência e, por último, investir - assim será possível começar a realizar os sonhos. 

Agora, em um cenário em que o planejamento financeiro é feito de maneira antecipada e a pessoa não está no vermelho, é possível pular algumas etapas e aproveitar um grande benefício: investir o dinheiro guardado, ganhando juros ao longo do período aplicado. 

 *Thiago Martello é educador financeiro.

Diferença de idade interfere no relacionamento?

    Tony Fernandes

A atração física precisa ser mútua entre o casal para o relacionamento dar certo

A relação entre pessoas com idades diferentes pode trazer muitos benefícios parar os casais

*MARGARETH SIGNORELLI 

Vou começar esse questionamento esclarecendo que terei que generalizar pois, se for explicar as exceções, terei que escrever um livro.
Primeiro é preciso definir em primeiro lugar o que realmente compõe um relacionamento?


Para mim e segundo vários especialistas, um bom relacionamento deve ser construído sobre 5 pilares:


1 - Química – Atração física mútua.
2 - Objetivos e intenções compatíveis - Ter objetivos individuais e também coisas que os dois gostam de fazer juntos.
3 – Comunicação – Precisa fluir deliciosamente entre os dois.
4 - Valores equivalentes – Esta deve ser a base de todas as relações.
5 - Visão de futuro – Ter sonhos e idealizações individuais e também entre os dois juntos.


E quanto a diferença de idade, em que isso pode influenciar?
Farei minhas colocações baseadas em dois diferentes cenários e suas hipóteses:
O que faz um homem mais jovem se interessar por uma mulher com mais idade?
• Atração por ser uma mulher mais madura e vivida.
• A mulher está menos ansiosa, mais segura de si.
• Admiração, pois ela está brilhando na sua maturidade feminina.
E ela em relação à ele?
• Atração sexual.
• Energia sexual - Ele a faz se sentir mais jovem, cheia de vida, pois geralmente homens jovens são mais insistentes e elogiam bastante.


Mas é possível dar certo?
Com certeza! Se os dois estiverem ancorados nessas 5 bases.
Mas, se for um relacionamento estritamente sexual eu diria que, pela forma como os hormônios femininos agem no cérebro, o resultado basicamente será a paixão que, se não for correspondida pelo masculino, alguém vai se machucar e nós já sabemos quem será. Ela!
Agora, o que faz uma mulher mais jovem se interessar por um homem de mais idade?
- Atração Sexual - A libido da mulher vai muito além de somente o físico. A libido feminina aflora com elogios, cortejos e verbalização de admiração em todos os sentidos.
- Segurança - O homem mais maduro teve mais tempo para construir algo economicamente.
- Admiração- Pelo que ele é e pelo que construiu.
- Proteção - A mulher se sente mais protegida com um homem de mais idade.


E aí você me pergunta. “Ela não está atrás de um pai?” Não necessariamente. Ele pode até ter características que ela admira no pai. Somente isto.
E ele em relação a ela?
- Atração sexual.
- Leveza de ser - Ter feminilidade mais aflorada.
- Ele quer ser o herói dela.
Mas é possível dar certo?
Com certeza! E mais uma vez digo, se os dois estiverem ancorados nessas 5 bases.
Mas, se for um relacionamento estritamente sexual, os dois terão um tempo para usufruírem um do outro nesta parte cheia de energia e depois alguém se cansará e se afastará, pois a parte sexual é forte e cheia de energia, mas está longe de compor um relacionamento por inteiro.
Nos dois casos o mais importante para que o relacionamento perdure é jogar fora as crenças, bloqueios e julgamentos, tantos os seus quanto dos outros.
Para viver esse amor, primeiro é preciso se permitir viver o melhor que esta relação pode proporcionar e “que seja infinita enquanto dure”.

  *MARGARETH SIGNORELLI Pós-graduada em Sexualidade e terapia sexual - Prosex- FMUSP.



Trabalho híbrido: modelo exigirá novas competências dos trabalhadores

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Muitos funcionários  não precisam se deslocar até o local de trabalho

A capacidade de se comunicar de forma clara e objetiva será uma peça fundamental

Redação/Hourpress

O trabalho no formato híbrido já é visto por gestores e trabalhadores como o modelo laboral que será adotado pela maioria das empresas no próximo ano. Uma pesquisa recente realizada pelo Great Place to Work (GPTW) com 2.008 pessoas mostrou que, entre os entrevistados, 30,2% afirmam que as companhias onde trabalham já adotaram uma nova política em relação ao formato de trabalho.

Outro levantamento, realizado pelo ADP Research Institute com 32 mil trabalhadores em 17 países, incluindo o Brasil, expõe que essa é uma tendência global. Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados afirmaram que, em virtude do cenário trazido pela pandemia, mudaram ou fazem planos de mudança em sua moradia. O percentual chega a 85% na geração Z. 

A vice-presidente de Recursos Humanos da ADP na América Latina, Mariane Guerra, explica que o período de pandemia funcionou como um laboratório para esse modelo de trabalho.

“Do ponto de vista dos trabalhadores, eles perceberam que podem obter mais qualidade de vida e tempo para se dedicar à família ou a atividades prazerosas quando não precisam se deslocar até o local de trabalho”, comenta. “Já para as empresas ficou evidente que, mesmo estando a distância, os profissionais são capazes de manter a produtividade e exercer suas atividades laborais com a mesma eficiência”, analisa. 

Por esse motivo, complementa Mariane, a tendência é que a forma híbrida de trabalho avance até mesmo em empresas que resistiram à adoção desse modelo antes da pandemia. No entanto, a especialista chama a atenção para o fato de que essa mudança exigirá que os profissionais desenvolvam e aperfeiçoem habilidades até pouco tempo atrás menos exigidas. 

Abaixo, a vice-presidente de Recursos Humanos da ADP lista as principais competências que serão fundamentais para as pessoas atuarem no formato híbrido: 

Comunicação eficaz: a capacidade de se comunicar de forma clara e objetiva será uma peça fundamental para os profissionais no formato remoto. “Nesse ponto, vejo que a possibilidade de falar de forma online ajudará muitos funcionários a perder a timidez e desenvolver a habilidade de se comunicar de forma clara. Isso porque muitas pessoas ficam intimidadas em se manifestar em uma reunião ou apresentação presencial. Contudo, no ambiente virtual, falando de sua casa, isso pode ser mais cômodo”, explicou Mariane. 

Adaptação e resiliência: quando o profissional está atuando da sua residência, por exemplo, ao contrário do que ocorre no escritório, ele está sujeito a interrupções e imprevistos. Por isso, saber lidar com as situações do dia a dia sem deixar que isso afete a rotina laboral será uma habilidade muito importante. Segundo Mariane, nesse caso, estabelecer uma rotina, com local adequado e horas de pausas definidas, ajuda o trabalhador e a família a se organizar melhor, mitigando imprevistos.  

Conhecimento tecnológico: pode até parecer óbvio esse ponto, mas, com a ampliação das interações online nas empresas, é importante que os profissionais que ainda possuem pouca intimidade com ferramentas utilizadas para reuniões online, trabalho em grupo e gerenciamento de tarefas, por exemplo, busquem conhecê-las. “Estar atualizado sobre essas ferramentas que estão cada vez mais populares nas atividades laborais vai ajudar os profissionais a se organizar melhor e garantir produtividade”, ressaltou a executiva. 

Organização: a vice-presidente de RH da ADP destaca que essa é a principal habilidade a ser aperfeiçoada pelos profissionais no trabalho híbrido para conseguirem manter a produtividade e, também, a saúde mental. “Muitas vezes, por estar atuando em casa, alguns trabalhadores têm a falsa sensação de que terão mais tempo para realizar suas atividades, o que não é verdade. O ideal é o colaborador estabelecer cronogramas reais, com prazos e metas possíveis de ser cumpridas. Assim, além de evitar o descumprimento de prazos, a pessoa evita ficar ansiosa com acúmulo de atividades”, finalizou.   

Privacidade, vigilância do Estado e os seus impactos

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A falta de privacidade pode causar danos importantes e mudar a vida das pessoas

Quem coleta e como são tratados os dados pessoais de todos nós?

*Leonardo Lemes

A globalização e popularização da internet, o boom das redes sociais, o desenvolvimento da economia baseada em dados, tudo isso aumentou nossa exposição e trouxe à tona uma discussão muito importante: quem coleta e como são tratados os dados pessoais de todos nós? Pensando em proteger a privacidade dos usuários e dar transparência ao tratamento de dados pessoais foram criadas leis, como a GDPR na Europa, e a LGPD no Brasil, que visam frear a coleta de dados excessiva - e, por vezes, abusiva - por parte das empresas.

 A importância da privacidade, no entanto, não é uma questão da era digital. Antes mesmo da popularização dos computadores pessoais, smartphones, assistentes virtuais, gadgets e tantos aparatos tecnológicos que utilizamos, muitos dos eventos que marcaram a história mostram como a falta de privacidade pode causar danos importantes e mudar a vida das pessoas. Os três exemplos abaixo nos fazem refletir sobre a responsabilidade e segurança das informações, além dos impactos da falta de privacidade para o indivíduo e o coletivo.

 

Alemanha Nazista: Controle total

 O primeiro exemplo vem lá do século passado, dos anos 30 e 40. Uma das estratégias dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial era obter o acesso dos registros locais dos cidadãos, ou seja, todos os seus dados conhecidos pelo governo. Desta forma, os alemães podiam identificar os judeus e controlar a população, o que os ajudou a invadir diversos países.

 Na Holanda, todos os adultos eram obrigados a portar um cartão de identificação, sendo que os cartões dos judeus tinham um J carimbado, registro que os levou à morte. O inspetor holandês dos Registros Populacionais, Jacobus Lambertus Lentz, utilizou, junto de sua equipe, todas as informações disponíveis sobre a população para facilitar a busca dos nazistas por judeus. 

 Já a França não dispunha de uma infraestrutura tão extensa de cartões perfurados como a dos Países Baixos, o que dificultava a coleta de novos dados e, por questões de privacidade, o censo não continha informações sobre religião. De acordo com Carissa Véliz em seu livro “Privacidade é o Poder”, René Carmille, Controlador Geral do Exército Francês, foi o precursor do atual número de previdência social do país ao desenvolver um número de identificação para os cidadãos franceses. O código de barras descritivo possuía números diferentes para características específicas, como profissão, por exemplo. 

 Além disso, Carmille também organizou o censo de 1941 para todos os cidadãos franceses com idade entre quatro e sessenta e cinco anos. Segundo Carissa, a pergunta de número 11 do censo pedia aos judeus que se identificassem através de seus avós e de sua religião professada. Entretanto, René montou uma operação de resistência e garantiu cerca de 20 mil identidades falsas, protegendo grande parte dos judeus franceses das garras dos alemães.

  

China: Controle e Violência

 Os uigures são uma etnia majoritariamente muçulmana que vive em Xinjiang, no noroeste da China. Pequim acusa os uigures de promoverem uma campanha violenta pela independência da região, com sabotagens, ataques a bomba, incitando a população à revolta e acusando essa minoria de manter relações com o Talibã.

 Acredita-se que até dois milhões de uigures e outras minorias muçulmanas foram colocados em uma ampla rede de centros de detenção, sobre os quais ex-detentos contam que foram submetidos a abuso sexual, doutrinação e até mesmo esterilizados à força. A China, embora negue as acusações de abusos dos direitos humanos, confirma a existência de centros de “reeducação” cujo objetivo é prevenir o extremismo religioso e o terrorismo.

 Ter menos de 40 anos, viajar para fora da cidade onde mora, recitar o Corão, fazer o download de apps “suspeitos”, não ter endereço fixo ou não estar em dia com o aluguel são características ou comportamentos identificados por um programa de computador que rastreia dados pessoais na província de Xinjiang e  que alerta a polícia, o que pode levar um uigur à sua prisão.

 

Afeganistão: Terror e perseguição 

 Recentemente, tivemos a saída dos soldados estadunidenses e da OTAN do Afeganistão, logo após o retorno do Talibã ao poder. Depois de mais de 20 anos de ocupação, o país viu o governo de Joe Biden concluir a retirada nas primeiras horas de 31 de agosto.

 Segundo o jornal norte-americano “The Intercept”, antes da retirada dos Estados Unidos, os talibãs tiveram acesso a equipamentos importantes, como o HIIDE (Handheld Interagency Identity Detection Equipment), que era utilizado para cadastrar aliados em solo afegão. Esses dispositivos armazenavam dados pessoais, o que agora permite que o exército Talibã os identifique. Dias após a retirada das tropas americanas, algumas agências internacionais noticiavam o vazamento de e-mails de aliados norte-americanos. Com esse conjunto de dados em mãos, o Talibã pode facilmente identificar essas pessoas, que temem pela sua própria segurança e, claro, de suas famílias.  

 Vemos que a proteção dos dados sempre foi vital para o funcionamento de uma sociedade, o que torna ainda mais essencial a segurança das informações individuais no século XXI. É importante agir com responsabilidade no compartilhamento de dados, pois uma vez que informações, fotos e vídeos entram no espaço virtual, dificilmente serão apagadas. Há um forte movimento para responsabilizar as empresas por danos causados aos cidadãos no vazamento de dados, mas é importante que o usuário também tome precauções ao dividir suas informações e dar permissões a programas, sites e aplicativos. A internet é uma via de mão dupla, na qual quanto mais informações nós temos, mais informações terão sobre nós.

  *Leonardo Lemes é Diretor de Cibersegurança da Service IT.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Brasileiro paga 40% a mais no preço da gasolina em outubro

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igual a foguete, o preço do combustível não para de subir em várias regiões do Brasil

Com média de R$ 5,449 o preço do etanol também não recuou neste mesmo mês

Redação

O mês de outubro fecha com o litro da gasolina custando R$ 6,447, um aumento de 40% se comparado ao mesmo período de 2020  e de 3% em relação ao fechamento de  setembro, aponta o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Ao comparar o valor com o último período de baixa, registrado no mês de abril deste ano, em que a gasolina estava custando R$ 5,699, a alta chega a 13%. Com média de R$ 5,449 o preço do etanol também não recuou, e continua 19% mais caro em relação a abril.

“Estamos chegando ao final do ano com o preço dos combustíveis pesando cada vez mais no bolso do consumidor. Com o reajuste médio de 7%, anunciado recentemente para a gasolina no repasse às refinarias, novos reflexos estão por vir nas primeiras semanas de novembro”, explica Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Nenhum Estado registrou redução no preço da gasolina e o que teve o maior aumento no período foi o Amapá, com o valor do litro passando de R$ 5,610 para R$ 5,970, um acréscimo de 6,42% em comparação com setembro. Já o Estado que liderou a alta no valor do etanol foi o Paraná, deixando para trás o valor de R$ 4,858 da média de setembro e chegando a R$ 5,055, um aumento de 4,6%.  

A Região Sul continua registrando o menor preço médio da gasolina, mesmo com avanço 3,03%, vendido a R$ 6,256. Já o etanol teve o Centro-Oeste como a região com a menor média, comercializado a R$ 5,145 nas bombas. 

No recorte por região, o etanol é aproximadamente 9% mais barato no Centro- Oeste, se comparado à Região Sul. Já a gasolina, é cerca de 5% mais barata no Sul em relação ao Centro-Oeste.

O etanol mais caro do País foi comercializado no Rio Grande do Sul, com o valor de R$ 6,310 e o mais barato em São Paulo, vendido a R$ 4,684.  Já a gasolina mais barata  por R$ 5,970 foi registrada no Amapá, e a mais cara no Piauí, por R$ 6,894. 

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 


Brasileiros superam desafios e se consagram como empresários nos EUA

 Sucesso dos empreendedores é retratado na mídia internacional

Existem brasileiros que conseguem fazer sucesso na terra do Tio Sam


Redação

Os brasileiros Nilo Mingrone e Francisco Moura Junior, depois de construírem carreira no Brasil — Nilo como advogado e Francisco como executivo na área de seguros —, há sete anos vislumbraram a oportunidade de desenvolver negócios nos Estados Unidos.

Depois de sete anos atuando nos segmentos de caixas eletrônicos, investimentos em startups e consultoria de imóveis, o sucesso dos dois empreendedores brasileiros foi retratado na edição de outubro da “Revista Acontece”, publicação de língua portuguesa de grande circulação nos Estados Unidos.

Em 2014, Francisco e Nilo mudaram-se para o país e criaram a ATM Club, clube de investimentos em que o investidor se torna o proprietário de uma rede de caixas eletrônicos, recebendo comissões de cada retirada.

Ao contrário do mercado brasileiro em que apenas bancos e uma única operadora podem ter os ATMs, do inglês Automated Teller Machines, ou caixas eletrônicos, nos Estados Unidos é possível investir e até estabelecer uma rede particular desses equipamentos.

Para Nilo José Mingrone, sócio e um dos fundadores da ATM Club, no Brasil ainda prevalece a exclusividade do uso de cartão de débito na rede de caixas eletrônicos do próprio banco que emitiu o cartão. Entretanto, ele avalia que o mercado global aposta na facilitação tecnológica que já está sendo aplicada em caixas eletrônicos em todo o mundo, com a aceitação de todas as bandeiras e cartões.

Francisco Moura Junior, também sócio e um dos fundadores da ATM Club, ressalta que o negócio passa segurança ao investidor porque não exige aportes mensais para cobrir eventuais riscos ou prejuízos que venham a ocorrer, pois o giro é feito por meio das transações feitas nos caixas.

Presente em cidades como Orlando, Miami, Nova Iorque, Nova Jersey e São Francisco, a ATM Club tem aproximadamente 700 pontos de atendimento e o investidor pode formar uma rede própria de acordo com o aporte inicial. Francisco recomenda um investimento inicial de US$ 100 mil, equivalente a dez caixas eletrônicos. “O valor do investimento mínimo é de US$ 10 mil, sendo US$ 7,5 mil do ATM, licenças, frete, sistemas, marketing e locação por cinco anos e US$ 2,5 mil de capital de trabalho que é o dinheiro que circula, ou seja, está na máquina ou na conta e é aportado uma única vez”, explica o empresário.

Essencialidade

Com a chegada da pandemia de Covid-19 aos Estados Unidos, nos primeiros 60 dias alguns estados decretaram lockdown total, com abertura permitida apenas para negócios essenciais, como postos de gasolina, supermercados e farmácias. Como o dinheiro ainda é o principal meio de pagamento, embora os meios eletrônicos tenham crescido substancialmente nos últimos anos, os ATMs também passaram a ser considerados negócio essencial durante a pandemia.

Francisco Moura Junior, Chief Marketing Officer e Chief Commercial Officer da ATM Club, explica que os ATMs mantidos em locais que ficaram fechados foram recolhidos e posteriormente realocados para outros estabelecimentos considerados essenciais, e embora as máquinas que estavam nesses locais restritos tenham deixado de faturar, não geraram despesas aos investidores, pois elas não possuem um custo mensal.

O executivo informa ainda que somente em 2020 circularam mais de US$ 3 trilhões nos Estados Unidos em volume de transações. Ele aponta como fator preponderante para essa movimentação de dinheiro em espécie a ajuda financeira que o governo americano concedeu aos cidadãos durante a pandemia, fazendo com que os saques em ATM se tornassem a quarta opção mais utilizada para movimentar dinheiro.

Diversificação de negócios

Com o sucesso obtido com a ATM Club, há cinco anos Franciso e Nilo criaram a International Mind Group – IMGroup, oferecendo curadoria de negócios que envolve avaliação, consultoria e abertura de empresas em território americano. Até hoje, a IMGroup já trabalhou na concepção de mais de 50 negócios nos Estados Unidos e a administração de mais de US$ 30 milhões em operações.

Diante da alta demanda de brasileiros por aquisição de imóveis residenciais e comerciais nos Estados Unidos, Francisco e Nilo obtiveram a licença para atuação no setor de Real Estate, conhecido no Brasil como corretagem de imóveis. “Nosso trabalho é ajudar nossos clientes a diversificarem seu capital, promovendo uma diluição de risco e obtenção de renda passiva em dólar”, finalizou.

Livro aborda saúde mental da população negra e racismo no Brasil

impossível é apresentado como um duplo

O livro descreve experiências com pacientes negros


Redação

Com lançamento marcado para 27 de novembro, "Clínica do Impossível: Linhas de Fuga e de Cura" é o primeiro livro do psicólogo Lucas Veiga. Publicada pela editora Telha, a obra é uma coletânea de dez textos escritos pelo autor a partir de suas experiências clínicas com pessoas negras. Veiga tem se destacado no Brasil como expoente da Psicologia Preta (Black Psychology), prática surgida nos anos 1970, nos EUA.

“Quando falo de uma clínica do impossível, refiro-me à prática terapêutica com pessoas pretas. Esses pacientes, além de suas questões individuais e singulares, trazem algo em comum, da ordem do impossível de se resolver imediatamente: o racismo. Todos os meus pacientes, negros e negras, continuarão lidando com a violência do racismo, inclusive eu”, argumenta Veiga.

Mas no livro, o impossível é apresentado como um duplo, que tem também sentido de resistência. “Se por um lado não há possibilidade de fim imediato do racismo, é impossível que pessoas negras sejam totalmente capturadas por ele”, diz.

Para isso, o psicólogo recorre à noção de fuga, sugerindo pensá-la como tecnologia de resistência, produtora de novos horizontes, negados pela dinâmica colonial. "A fuga é a recusa à subjugação, a ser definido por um outro, é a recusa a ter sua singularidade e potencialidade reduzidas pelo racismo estrutural”, afirmou.

“Era impossível a população negra sobreviver ao projeto de extermínio do colonialismo e do genocídio ainda presente no Brasil, mas não apenas sobrevivemos como estamos em todos os lugares, nas ciências, na música, na literatura, na filosofia, na política, nas artes, no cinema. Apesar de termos de lidar com a máquina mortífera do racismo, seguimos produzindo realidades e modos de vida impossíveis considerando o cenário em que vivemos", disse o autor em trecho do livro.

Em capítulos como “Clínica do impossível”, que dá nome ao livro, “Descolonizando a Psicologia: notas para uma Psicologia Preta” e “Como criar para si um corpo descolonizado”, o psicólogo apresenta aplicações da Psicologia Preta e de práticas transdisciplinares.

 Apoiados em temas cotidianos, “E se eu fosse a Beyoncé?” e "As diásporas da bixa preta: sobre ser negro e gay no Brasil", debatem as relações entre racismo e saúde mental da população negra na atualidade.

 Efeitos da pandemia

Em “Pandemia e neurotização da vida: como será o amanhã?”, Veiga explora os efeitos pandêmicos da Covid-19 na saúde mental dos indivíduos. “Vivemos agora uma neurotização da vida em escala planetária no sentido de que somos convocados à interiorização, a nos fecharmos em torno de nossos países, nossas casas, de nós mesmos. [...] Entendendo a interiorização como motor da neurose, a pandemia poderá gerar em nós uma dificuldade radical na lida com o fora, com o exterior, o estrangeiro, com o que não sou eu”, analisou.

 Arte, política e ética no cuidado

Ao discutir a clínica transdisciplinar, o psicólogo fala do atravessamento de campos como o da arte, da filosofia e da política no fazer clínico. “O próprio trabalho do analista e do paciente é um trabalho artístico, ético e político, já que se refere a todo momento à criação de novos modos de vida”, explica.

Em “O analista está presente”, explora as aproximações entre a clínica e a arte. O título é inspirado na obra “A Artista está presente” (2012), da artista sérvia Marina Abramović. “Tivemos a oportunidade de nos conhecer aqui no Brasil, em 2015, e esta performance da Marina se tornou uma referência importante para minha pesquisa e prática clínica tanto no mestrado, quanto no trabalho que desenvolvo hoje", finalizou. 

Serviço:

Livro:  Clínica do Impossível: Linhas de Fuga e de Cura

Data de lançamento: 27 de novembro às 16h00.

Local: Museu da República. Rua do Catete, 153 - Catete, Rio de Janeiro (RJ).

Autor: Lucas Veiga

Editora: Telha

Páginas: 122

Preço (Pré-Venda): R$ 39,00

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Dormência nos membros pode ser um sinal de alerta

 Especialista afirma que sensação de formigamento pode ser indício de problemas mais sérios


A dormência ocorre por falta de circulação de sangue nos nervos


Renato Raad

Alguma vez na vida, todo mundo já teve a sensação de dormência nos braços ou nas pernas depois de um longo período na mesma posição. De acordo com médico ortopedista Renato Raad, este sintoma chama-se parestesia, e é caracterizado pela sensação de dormência ou formigamento de alguma parte do corpo, e pode acometer os membros como braços, pernas, pés e mãos.

“Geralmente, a parestesia acontece por falta de circulação na inervação dos nervos das extremidades. Se eventualmente a pessoa adotou uma postura inadequada ao sentar-se, por exemplo, comprimindo a perna, e não percebe isso, ao levantar-se, a perna vai falhar e há possibilidade de queda”, afirma o especialista.

Quando a compressão vem de uma postura inadequada, a dormência é um sinal de alerta enviado pelo cérebro, sinalizando que algo está errado. 

“Se a pessoa tem o costume de ficar muito tempo sentada ou deitada, é fundamental que encontre posições confortáveis, fazendo o uso de almofadas ou acolchoados, protegendo as extremidades, além de evitar ficar muito tempo na mesma posição. Ao se levantar, é importante que não faça isso rapidamente, pois no caso da dormência da perna, por exemplo, isso pode levar a uma queda que provoque fraturas que necessitem de tratamento cirúrgico”, alerta o Dr. Raad.

Sinal de alerta

O tratamento para evitar as dormências é simples e consiste em adotar posturas corretas. “Normalmente, a circulação da inervação dos membros volta ao normal quando adquirimos uma postura adequada, porém, se o sintoma persistir, é aconselhável que um médico seja consultado, pois essa dormência pode ser sinal de um problema mais grave. Podemos estar diante de uma patologia crônica”, enfatiza o médico

Em algumas ocasiões, as compressões são causadas por lesões crônicas, como por exemplo, o diabetes. “O diabetes provoca uma insuficiência vascular crônica nos membros inferiores, causando deficiência na irrigação destes nervos, o que gera um sintoma de parestesia contínuo, por isso, é importante ficar atento à frequência da dormência, principalmente nas pernas e nos pés”, destaca o Dr. Raad.

Outra situação que merece atenção são as hérnias de disco na coluna cervical ou na coluna lombar. “As hérnias comprometem os nervos dos membros superiores e/ou inferiores, levando a situações de dormência, formigamentos e parestesia contínuas, provocando uma insuficiência vascular crônica ou uma compressão do nervo ao nível da coluna”, conclui o especialista.

 Renato RaadMédico ortopedista, traumatologista, formado em medicina pela Universidade Federal do Paraná, com especialização em ortopedia e traumatologia (SBOT).

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

A direita dribla a esquerda outra vez

 

Os jovens da atual geração se contentam com um celular nas mãos para compartilhar memes sobre algo sem importância

A direita conseguiu usar um personagem de ficção para desviar atenção de outro problemas
*Luís Alberto Alves

Quando o vaqueiro vai atravessar o rio cheio de #piranhas, ele sacrifica um animal para o restante da boiada não ser consumido por esses peixes carnívoros. A direita brasileira age desta forma para desvirtuar o foco dos terríveis problemas que o #Brasil enfrenta atualmente.

Nos últimos dias, o assunto que esteve presente na mídia, em fortes discussões, foi o comentário do jogador de vôlei #Maurício Souza a respeito da #sexualidade do filho do #superman, um personagem fictício. A maioria da população gastou tempo nas #redes sociais trocando insultos, propondo boicote, cancelamento e até o linchamento do então jogador do #Minas Tênis Clube.

Mais uma vez a #esquerda caiu na armadilha armada pela #extrema-direita. Como sempre ocorre, os militantes #esquerdistas imaginam que os #direitistas são burros. Engano! Eles sabem como fazer o jogo político. Têm dinheiro e os meios de comunicação nas mãos, e estão por trás dos grandes anunciantes. A #esquerda fica apenas com o bagaço da laranja nas mãos.

Saneamento básico

Em sua opinião o que é mais importante no #Brasil atualmente? A #sexualidade de personagem fictício ou as 66 mil pessoas #Sem Teto, em São Paulo, a cidade mais rica do País? Ou os aproximadamente 20 milhões de #favelados, ou quase 10% da população brasileira em péssimas condições de #habitação, em lugares, na maioria das vezes, sem #saneamento básico, luz e segurança pública?

Será que a triste estatística de 1.338 assassinatos de #mulheres durante a #pandemia, com alta de 2% em comparação com 2019 não é importante? O que dizer dos 7 mil homicídios e 45 mil estupros de crianças, que ocorrem anualmente no #Brasil? Não merece discussão em busca de solução, os 7 mil #adolescentes e crianças mortos violentamente no País? Pior, um jovem é morto no Brasil a cada 17 minutos!

Também não merecem atenção nas redes sociais, nos botecos, nas esquinas, os 19 milhões de pessoas que passam fome no #Brasil? O legal é ficar discutindo “pelo em ovo”. Exatamente como a #direita deseja. Os #esquerdistas brasileiros não perceberam que um assunto polêmico é lançado na mídia para se desviar o foco de algo importante. Se as piranhas fossem inteligentes elas atacariam a boiada toda, mas perdem tempo consumindo apenas um boi....

Grande maioria

É essa mesma #direita que incentiva programas televisivos sem nenhum conteúdo para deixar a população mais burra. Sem roteiro e pauta para discutir e propor soluções que mudem o país. Para a #direita, o ensino precisa continuar de péssima qualidade. Maior número de aluno inteligente é perigo futuro ao sistema. A regra é distribuir pílulas de #burrice, disfarçadas de programas de televisão, novelas, minisséries e até campeonatos esportivos.

Você já reparou que os programas esportivos têm grande audiência? Milhões de brasileiros perdem o seu tempo trocando ofensas sobre o pênalti não marcado, o gol perdido pelo atacante, o técnico que precisa ser demitido e outra série de besteiras? No foco, poucos prestam atenção. Fazem exatamente o que a #direita planejou.

Para piorar, os jovens da atual geração se contentam com um #celular nas mãos para compartilhar memes sobre algo sem importância. Grande maioria já refém das drogas, principalmente #crack e cocaína. Poucos visualizam o futuro, só o presente, onde 33 milhões deles estão sem trabalho! Todos peças do xadrez que a #direita mexe com inteligência no tabuleiro. Não se espante! Logo a #direita vai encontrar outro assunto polêmico para prosseguir dominando a situação, como faz desde que Pedro Álvares Cabral invadiu o Brasil em 1500...

*Luís Alberto Alves é jornalista e editor do blogue Cajuísticas