sexta-feira, 26 de julho de 2019

Mais de 100 migrantes desaparecem após naufrágio na Líbia



Os sobreviventes relataram que havia ainda cerca de 150 pessoas desaparecidas

Agência Brasil

Mais de 100 migrantes, incluindo mulheres e crianças, desapareceram após o naufrágio ontem (25) de uma embarcação na costa da Líbia, na pior tragédia no Mar Mediterrâneo deste ano, informou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
A embarcação tinha partido da cidade líbia de Al Khoms, a 120 quilômetros de Trípoli com destino à Europa.
"Estimamos que 150 migrantes estejam potencialmente desaparecidos e morreram no mar. Entre os mortos há mulheres e crianças", afirmou o porta-voz do Acnur, Charlie Yaxley, acrescentando que para cada seis pessoas que chegam à Europa, uma morre no caminho.
Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), 145 pessoas foram resgatadas pela Guarda Costeira da Líbia e levadas outra vez ao país, onde receberam ajuda médica e humanitária da organização. Os sobreviventes relataram que havia ainda cerca de 150 pessoas desaparecidas.
O Comitê Internacional de Resgate disse que a tragédia é um duro lembrete para a crise humanitária que atinge a Líbia e para a necessidade da retomada de missões de busca e salvamento no Mediterrâneo.
De acordo com o último relatório da Organização Internacional para as Migrações, 426 pessoas morreram no mar neste ano tentando chegar à Europa e outras 3.750 foram transferidas a centros de detenção na Líbia.
Após a revolta que derrubou o ditador de longa data Muammar Kadafi em 2011, a Líbia se tornou uma das principais portas de saída da África para migrantes que buscam uma vida melhor na Europa. Traficantes e grupos armados têm explorado o caos no país e são acusados por diversos abusos praticados contra migrantes, como tortura e rapto para obter resgate.
O diretor para a Líbia do Comitê Internacional de Resgate, Thomas Garofalo, pediu para que migrantes capturados no mar não sejam enviados novamente ao país.
No início desta semana, a guarda costeira líbia interceptou mais de 30 pessoas e as levou para um centro de migrantes próximo a Trípoli, onde um bombardeio no início do mês deixou mais de 50 mortos. Cerca de 200 migrantes continuam detidos no local, que fica próximo a uma frente de batalha de grupos rivais que disputam o poder no país.

Juros do cheque especial subiram para 322,2% ao ano em junho



As regras do cheque especial mudaram no ano passado


Agência Brasil

A taxa de juros do cheque especial subiu 1,3 ponto percentual em junho, comparada a maio, e chegou a 322,2% ao ano. Em 2019, os juros do cheque especial já subiram 9,6 pontos percentuais. Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Banco Central.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse que a alta dos juros do cheque especial ocorreu porque um banco aumentou a taxa, o que afetou a média. Ele alertou sobre o custo alto do cheque especial. “O cheque especial é uma modalidade a ser evitada, caso as pessoas consigam outra fonte de financiamento. É uma modalidade emergencial, cujos custos são muito altos. A taxa do cheque especial é 14 vezes maior do que o consignado”, disse.
As regras do cheque especial mudaram no ano passado. Os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 0,3 ponto percentual em relação a maio, chegando a 300,1% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.
No caso do correntista adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 277,2 % ao ano em junho, recuo de 2,7 pontos percentuais em relação a maio. A taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 2,4 pontos percentuais, indo para 316,4% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.
Em abril de 2018, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.
Na modalidade de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, a taxa de 175,6% ao ano em junho, com aumento de 1,5 ponto percentual.
A taxa de juros do crédito pessoal não consignado chegou a 120,3% ao ano em junho, com aumento de 0,2 ponto percentual em relação a maio. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) recuou 0,4 ponto percentual, indo para 22,8% ao ano no mês passado.
A taxa média de juros para pessoa física subiu 0,3 ponto percentual em junho para 53,2% ao ano. A taxa média das empresas ficou em 18,7% ao ano, queda de 0,8 ponto percentual.

Inadimplência

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou estável em 4,8%. No caso das pessoas jurídicas, o indicador ficou em 2,6 %, com queda de 0,1 ponto percentual.
Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.
No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito) os juros para as pessoas físicas oscilaram 0,1 ponto percentual para baixo, para 7,7% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,5 ponto percentual para 9,1% ao ano.
A inadimplência das pessoas físicas no crédito direcionado ficou caiu 0,1 ponto percentual para 1,7% e a das empresas recuou 0,4 ponto percentual para 2%.

Saldo dos empréstimos

Em junho, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 3,296 trilhões, com expansão de 0,4% em relação a maio, 1,2% no ano e 5,1%, em 12 meses. Esse saldo do crédito correspondeu a 47,2% de tudo o que o país produz - o Produto Interno Bruto (PIB) -, o mesmo percentual registrado em maio.
“No primeiro semestre de 2019 o crédito do Sistema Financeiro manteve a sua trajetória de crescimento que veio do ano passado”, disse Rocha. Segundo ele, o destaque para o crescimento vem do crédito livre para as famílias, que cresceu 14,2%, em 12 meses, chegando a R$ 1,008 bilhão em junho. “Há também crescimento no crédito livre para pessoas jurídicas [alta de 9% em 12 meses] e também no crédito direcionado para pessoas físicas [crescimento 5,7%, em 12 meses]. Ainda mantivemos uma diminuição na modalidade de crédito direcionado para pessoas jurídicas [queda de 11,8% em 12 meses] que, neste caso, estão fundamentalmente relacionadas às operações do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social], que vem reduzindo os saldos na sua carteira”, acrescentou. Rocha disse que, com a redução dos empréstimos do BNDES, as empresas têm se financiado no mercado de capitais.
De acordo com Rocha, o crescimento do crédito para as famílias ocorre em momento de redução das taxas de desemprego. “O nível de desemprego é elevado no Brasil, mas a taxa de variação desse desemprego é de uma redução. Uma das modalidades de crédito para as famílias que têm crescido mais é o consignado. Outra modalidade que vem crescendo é o financiamento imobiliário”, disse.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Cresce a demanda por soluções de Inteligência jurídica no mercado




Redação/Hourpress
O uso de tecnologias computacionais na área jurídica tem se mostrado excelente para automatizar processos realizados em escritórios e departamentos jurídicos. Esse fenômeno aumentou a demanda por sistemas inteligentes nos últimos anos. Assim, não só os profissionais do direito precisam se adequar à essa nova realidade como as empresas de tecnologia devem disponibilizar sistemas adaptáveis para atender diferentes clientes e as suas mais diversas necessidades.
A Fácil é uma empresa especializada em soluções para a área jurídica há mais de 30 anos e está atenta aos movimentos desse mercado. Por isso, constantemente inova em seus produtos e serviços. O sistema Espaider, que automatiza rotinas diárias operacionais da área jurídica, auxilia na redução de custos e permite análises gerenciais, é um bom exemplo de inovação.
Para 2020 a Fácil planeja o lançamento do Espaider 7, contemplando uma interface nova, totalmente funcional e muito mais intuitiva. Estará ainda mais completo, com um conjunto de novidades que farão toda a diferença para a área jurídica.
O pré-lançamento do Espaider 7 ocorrerá na Fenalaw, uma das maiores plataformas de conteúdo e geração de negócios para o mercado jurídico na América Latina, organizado pelo Grupo Informa. O evento acontecerá em São Paulo, no Centro de Convenções Frei Caneca, nos dias 23 à 25 de Outubro, onde a Fácil demonstrará todas as novidades do sistema.
A Fácil também está investindo em Inteligência Artificial, robôs, novas parcerias e ampliando o seu portfólio de produtos e serviços.
Carlos José Pereira, diretor-presidente da Fácil, comenta que a atuação da empresa é forte no Brasil e subsidiárias de corporações brasileiras na América Latina usam o Espaider. O produto está preparado para diversos idiomas. A Fácil mantém regularmente os idiomas Espanhol e Inglês.

Sobre a FÁCIL:
Há mais de 30 anos no mercado, desenvolve soluções tecnológicas para atender as demandas de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos de empresas de todo o Brasil e multinacionais. O processador de textos Fácil foi o primeiro produto criado pela empresa e vendeu mais de 110 mil cópias. Após o sucesso do processador de textos, a Fácil se concentrou em atender os departamentos jurídicos, e com o know-how obtido, passou a aplicar suas soluções também à escritórios de advocacia.
Mantendo o protagonismo, qualidade e inovação, desenvolveu o sistema jurídico Espaider, o mais completo do mercado e líder para a área do direito. A Fácil tem vários produtos e serviços disponíveis para atender todas as demandas do setor jurídico. Acesse facil.com.br e confira.

Com a reforma da Previdência, empresários voltarão a investir?



O empresário Fábio Costa espera triplicar seu faturamento com a reforma e diz que, mesmo em tempos de crise, é possível empreender

Redação/Hourpress
A aprovação da reforma da previdência em 1º turno e sua possível aprovação no 2º turno já tem gerado alguns reflexos na economia do Brasil. No dia 20 de julho de 2019 anunciou-se uma diminuição para o menor patamar da percepção de risco do investidor internacional sobre o Brasil em quase cinco anos. O Credit Default Swap (CDS), espécie de termômetro do “risco país” que mensura a possibilidade de calote da dívida foi negociado em 128 pontos, patamar não visto desde 2014, quando o Brasil entrou em recessão. 
Mas, segundo economistas, não é só externamente que a economia brasileira apresentará melhoras com a possível aprovação da reforma, muitos apostam numa melhora de renda e emprego, a curto prazo, para milhares de brasileiros. Isso porque, na opinião de especialistas, com a reforma, muitos empresários voltarão a investir, gerando empregos e contribuindo para o crescimento econômico do país; algo que não está acontecendo agora diante das incertezas geradas pela crise econômica.
É o caso do empresário Fábio Costa, CEO da Agência Casa Mais, empresa pioneira em realidade virtual no Brasil e, agora, também especializada em realidade aumentada. Costa acredita que a reforma permitirá ao país ter mais credibilidade no exterior e, consequentemente, mais investimentos. Caso ela seja aprovada, o empresário espera que a Agência triplique seu faturamento, pois, segundo ele, em 2018, mesmo num cenário de crise econômica, a empresa chegou a ter um faturamento bruto de 1 milhão de reais. “Percebo que as empresas estão segurando muito as suas verbas e adiando algumas ações de marketing por conta dessa incerteza do governo atual”, completa.
O empresário teve uma longa trajetória até obter o faturamento que possui hoje. Fundada em 2012, a Agência Casa Mais fazia, inicialmente, produção de vídeos em 360 graus em festas de casamentos. Hoje ela é referência na tecnologia de realidade virtual e aumentada, atendendo inúmeras multinacionais para fins diversos. Costa diz ter se lançado nessa nova área com o intuito de proporcionar aos clientes uma experiência inovadora e diferenciada em que eles pudessem se destacar. “Antigamente eu focava em marketing digital e percebia a grande concorrência que havia no mercado com várias agências atuando no mesmo segmento. Pensando em inovações e em ter um diferencial, surgiu a ideia de produzir vídeos em 360 graus e, mais adiante, veio a tecnologia da realidade virtual e aumentada, que é uma febre mundial com aplicações em diversas aéreas.”
Em tempos de crise e desemprego em alta, muitos estão optando por abrir o próprio negócio pela primeira vez. Costa dá algumas dicas, especialmente em termos financeiros para quem deseja empreender: “Fluxo de caixa, essa é a dica! Sei o quanto é difícil ter uma reserva, ainda mais quando o empreendedor está começando o seu próprio negócio e ainda não tem um investidor, todavia ter um planejamento e uma situação financeira saudável é muito importante para que se possa focar no negócio sem preocupações.”
Para quem se lança nessa área é natural que surjam dificuldades financeiras. De acordo com o CEO da Casa Mais, o importante é não endividar-se e evitar gastos supérfluos. “É preciso que se analise os concorrentes para ver se o seu preço está competitivo no mercado. Lembre-se: não basta apenas ter um produto excelente ou um serviço de qualidade, é necessário buscar um DIFERENCIAL diante das demais empresas, só assim é possível alavancar o próprio negócio e ganhar dinheiro”.
Caso alguma estratégia não dê certo, Costa orienta o empreendedor a não insistir em mantê-la, em meio ao fracasso, mas a buscar alternativas para alavancar as vendas por exemplo.
 Embora o cenário econômico atual não seja favorável, o CEO acredita que ele é propício para empreender diante da expectativa de melhora para o empresariado com a aprovação da reforma da previdência e que, mesmo em tempos de crise, é possível aprender com ela. “Tenho amigos cujas empresas quebraram e voltaram a ser funcionários. Todavia, acredito que a crise possa ser uma oportunidade para o empreendedor se destacar, pois, consequentemente, a concorrência diminui e você é obrigado a procurar novas alternativas, saindo da zona de conforto”, conclui Costa, quem completa que é neste momento que surgem as melhores ideias tão relevantes e imprescindíveis para o negócio.

Irã afirma que plano de paz dos EUA "está condenado ao fracasso"


O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que há uma necessidade de enfrentar o traiçoeiro "Acordo do Século" dos EUA


Agência Brasil

Um assessor do líder supremo do Irã disse na terça-feira que o plano de paz dos EUA para a questão palestina está "condenado ao fracasso", informou a agência de notícias oficial Irna.
Ali Akbar Velayati fez a observação em seu encontro com Saleh al-Arouri, visitando o vice-chefe de Hamas.
A visita ao Teerã ocorre em um momento importante em que o "Acordo do Século" dos EUA foi aberto para discussões, "mas está condenado ao fracasso", disse Velayati.
"A relação entre a República Islâmica do Irã e o povo palestino está enraizada e se fortalece a cada dia", acrescentou Velayati.
Na segunda-feira, o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que há uma necessidade de enfrentar o traiçoeiro "Acordo do Século" dos EUA.
"O objetivo dessa perigosa conspiração é eliminar a identidade palestina entre o povo e a juventude", disse Khamenei.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Irã anuncia prisão de 17 espiões dos Estados Unidos


 O ministro da Inteligência disse que os 17 espiões foram presos durante o ano do calendário iraniano que terminou em março de 2019



Agência Brasil

O Irã anunciou nas últimas horas a prisão de 17 iranianos que estariam trabalhando como espiões para a CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, e informou que alguns deles foram condenados à morte.
O chefe de espionagem do Ministério de Inteligência do Irã, cujo nome não é conhecido publicamente, disse que aqueles que "haviam colaborado consciente e deliberadamente" com a CIA foram entregues ao Poder Judiciário e condenados à morte ou a "longas" penas de prisão.
Alguns dos detidos, contudo, interagiram com a inteligência iraniana "com total honestidade e tiveram provado seu arrependimento", segundo o chefe de espionagem, e foram então usados para obter informações dos EUA.
Numa declaração lida pela televisão estatal iraniana, o ministro da Inteligência disse que os 17 espiões foram presos durante o ano do calendário iraniano que terminou em março de 2019.
"Os espiões identificados eram empregados em centros sensíveis e vitais", disse o ministro, acrescentando que eles se encontravam nas áreas de economia, nuclear, infraestrutura, militar e cibernética. Os 17 presos não estariam em contato entre si, mas cada um se comunicava com um agente da CIA.

Abordagem

A CIA teria abordado os iranianos em conferências científicas realizadas na África, Ásia e Europa, ou através das redes sociais e da internet, prometendo-lhes dinheiro e vistos ou residência nos EUA, segundo as autoridades iranianas.
A notícia surge depois que o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamjani, anunciou, em 17 de junho, que as autoridades iranianas haviam dado fim a uma rede de espionagem cibernética. Não foi informado se os 17 presos fariam parte dessa rede.
A rede tinha "um papel importante nas operações da CIA em diferentes países", segundo Shamjani, que mencionou a cooperação com outros países e a prisão de vários espiões, mas sem oferecer detalhes.
Shamjani denunciou que os Estados Unidos têm uma longa história de ataques cibernéticos contra outros países, incluindo o Irã, mas assegurou que as autoridades de Teerã tomaram as medidas necessárias para se defenderem.
Acusações de espionagem são comuns entre os governos de Teerã e Washington, que mantêm um relacionamento à beira do conflito desde que, no ano passado, os EUA decidiram se retirar unilateralmente do acordo nuclear de 2015 e voltar a impor sanções econômicas ao Irã.
A tensão se espalhou para o Golfo Pérsico, onde, nos últimos meses, houve vários ataques a navios, a destruição de drones e a captura, na última sexta-feira, de um petroleiro britânico pelo Irã.

Projeto exige preço legível em restaurante por quilo



O objetivo é resguardar a transparência das transações comerciais


Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara


O Projeto de Lei 3280/19 obriga restaurantes e bares que vendem comida por peso a informar o valor das refeições por quilo de forma legível. O texto prevê advertência e, no caso de reincidência, multa de R$ 2 mil.

O autor da proposta, deputado Célio Studart (PV-CE), explica que o objetivo é resguardar a transparência das transações comerciais. “É comum perceber estabelecimentos que vendem produtos por quilo, sem o devido cuidado com a informação dos mesmos. Assim, torna-se um desafio para o consumidor desvendar tais obscuridades, como letras pequenas”, afirma Studart.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta proíbe sacola, prato, copo e talher de plástico



Texto permite a fabricação apenas de produtos feitos com plástico biodegradável
Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Audiência Pública sobre a  Lei nº 10.891, de 09.07.2004, que institui o Programa Bolsa Atleta. Dep. Luiz Lima (PSL-RJ)
Lima: "No Brasil, a maior parte do lixo marinho encontrado no litoral é plástico"
O Projeto de Lei 2928/19 proíbe a fabricação, importação e comercialização de sacolas, pratos, copos e talheres de plástico. Ficam fora da proibição, os produtos feitos em plástico biodegradável de origem renovável.
A proposta, de autoria do deputado Luiz Lima (PSL-RJ) e em tramitação na Câmara, inclui a vedação na Lei de Resíduos Sólidos (12.305/10). Segundo Lima, o projeto acompanha uma tendência observada em todo o mundo.
Em março deste ano, o Parlamento Europeu aprovou uma legislação para banir uma série de produtos plásticos descartáveis, incluindo cotonetes, canudos, copos, pratos e talheres a partir de 2021.
O Brasil, segundo dados do Banco Mundial, é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas. Cada brasileiro produz, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por semana.
Luiz Lima lembra que a poluição causada pelo plástico afeta a qualidade do ar, do solo e de sistemas de fornecimento de água. “Sua queima pode liberar na atmosfera gases tóxicos. O descarte ao ar livre também polui aquíferos e reservatórios [de água].”
Micropartículas
Segundo o deputado, os microplásticos são os que causam maior impacto no ambiente. “Essas partículas podem ser absorvidas pelos organismos e atravessar as barreiras imunológicas, afetando órgãos e tecidos.”
Por isso, o projeto proíbe também a fabricação e a importação de cosméticos com micropartículas de plástico como componente. Esses microplásticos são partículas geralmente menores que dois milímetros usadas em cosméticos como esfoliantes. 

“Essas microesferas passam pelos sistemas de tratamento de esgoto e são despejadas nos rios e mares. Ao serem ingeridas por animais marinhos entram na cadeia alimentar, podendo contaminar os pescados”, explica o deputado
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Afastada prescrição em ação de vigilante atingido em assalto



O prazo para ajuizamento de ação começa a partir da ciência da incapacidade


Redação/Hourpress

A Terceira Turma do Tribunal Superior afastou a prescrição em ação ajuizada em 2016 por um vigilante da Brink’s Segurança e Transporte de Valores Ltda. atingido por dois tiros num assalto ocorrido em 2006. Na decisão, o colegiado levou em conta que o quadro clínico do empregado não havia se estabilizado no período anterior aos cinco anos da data do ajuizamento da ação, e a prescrição em caso de acidente de trabalho é de dois anos após a constatação dos danos causados.

Auxílio-doença
Em razão dos tiros, que atingiram a perna e a coluna, o vigilante ficou afastado de suas atividades e recebeu auxílio-doença até novembro de 2015 por meio de liminar deferida em ação previdenciária na qual pretendia o reconhecimento do direito à aposentadoria por invalidez.

 Embora a pretensão tenha sido indeferida, ao retornar ao serviço, ele foi considerado inapto para o trabalho pela Brink’s. No mesmo ano, ajuizou a reclamação trabalhista na 30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre pedindo indenização por dano moral e estético.

Prescrição
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região indeferiram os pedidos. Na interpretação do TRT, o empregado, ao ajuizar a ação previdenciária, tinha ciência inequívoca das lesões, pois, além de postular o restabelecimento do auxílio-doença, requereu a sua conversão em aposentadoria por invalidez. Como a reclamação trabalhista fora ajuizada somente em 2016, o Tribunal Regional declarou prescrito o direito de ação.

Efetivo conhecimento
No exame do recurso de revista do vigilante, o relator, ministro Mauricio Godinho Delgado, explicou que, de acordo com a jurisprudência consolidada do TST, o termo inicial para a contagem do prazo prescricional para pedidos de reparação por danos materiais, morais ou estéticos decorrentes de acidente de trabalho é a data em que a vítima toma efetivo conhecimento da lesão e de sua extensão.

 No caso, o fato de o empregado ter sido considerado inapto pela empresa ao retornar ao serviço demonstra que as sequelas do acidente de trabalho tiveram desdobramentos no tempo. “Não é o instante da identificação da doença pelo empregado que determina o início do prazo para o ajuizamento da ação, mas sim o momento real da ciência acerca da extensão e da consolidação ou da estabilização de seu quadro de saúde”, afirmou.

Por unanimidade, a Turma deu provimento ao recurso para afastar a prescrição e para determinar o retorno do processo à Vara do Trabalho para o exame dos pedidos formulados pelo vigilante.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Rapper de Guarulhos conseguiu prever crise econômica e política do Brasil



Rebelds (camiseta branca à esquerda) profetizou na canção a atual crise brasileira
https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=pJXr6lB03U8

“Independente Brasil” infelizmente continua atual, como se tivesse saído das páginas do caderno no último final de semana


Luís Alberto Alves/Hourpress

Há cerca de 12 anos fiz uma entrevista musical com um jovem rapper no bairro de Cumbica, em Guarulhos, Grande SP. O rapaz era camelô na época, tinha cerca de 25 anos. Ganhei de presente o CD que havia gravado ao lado de seus amigos.

Em casa, ouvi atentamente todas as faixas. E fiquei fascinado pelos versos cheios de profecias. Dias atrás voltei a pensar nesta matéria escrita no já distante 2007. E o hit “Independente Brasil” me chamou a atenção. Descrevia a história do nosso país em detalhes, tudo criticamente sem cair no protesto vazio, recheado de clichês.

 O solo choroso da guitarra e o refrão “quem dá mais, quem dá mais, ao nosso país eu te pergunto, quem dá mais, vende-se um país que quer a guerra e não a paz, quem dá mais” grudou no meu pensamento.

Rebelds, esse era o nome artístico do rapper e o restante do grupo chamado Demais Comparsas. Se fosse nos Estados Unidos, iria estourar nas paradas de sucesso das rádios de programação de Black Music. A letra cita a invasão portuguesa em 1500, que nas escolas os alunos aprendem como descobrimento pela esquadra do português Pedro Álvares Cabral.

Passeia pela discriminação racial, tão camuflada no Brasil, vendendo a imagem de que o Brasil é o local onde brancos e negros convivem harmoniosamente. Grande mentira. Os negros são os mais atacados pela Polícia e mortos. Traz à tona as empresas que raramente promovem funcionários negros sem nenhuma barreira. Toca o dedo na ferida da ditadura militar, dos desaparecidos, principalmente professores e estudantes.

O mais curioso é que essa canção conseguiu prever o caos político e econômico que o Brasil iria mergulhar na atual gestão Jair Bolsonaro. Aborda a privatização, mostrando que o dinheiro da venda das empresas públicas nunca é usado para solucionar problemas graves que castigam a população.

Não é esquecida a vergonha da merenda escolar, aonde grande parte dos alunos vai ao colégio não para estudar, mas para comer, como ocorre na maioria dos bairros da periferia deste Brasil. Seus versos também miram a programação da Rede Globo, utilizada para alienar e servindo aos interesses da elite que não cansa de explorar o país desde 1500. “Independente Brasil” infelizmente continua atual, como se tivesse saído das páginas do caderno no último final de semana.
 #blackmusic
#rapbrasil