sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Desfiles de escolas de samba perderam beleza

Desfile de carnaval na Avenida Tiradentes na década de 1980



Luís Alberto Alves

Às vezes escrevo alguns textos longos em vez das habituais cinco pílulas que são a marca registrada desta coluna. Meu alvo hoje são os desfiles das escolas de samba. Peguei a época da Avenida São João, na primeira metade da década de 1970 e depois mudança para a Avenida Tiradentes.

Pode parecer arcaico, mas naquele tempo o Carnaval tinha essência: belas mulheres da periferia tinham vez, chegava até ao posto de rainha da bateria, destaque e não ficavam escondidas empurrando carros alegóricos, como ocorre hoje, por falta de grana.

Os sambas eram lindos, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, verdadeiras aulas de história e português. Em cada escola, a ala de compositores era celeiro de bambas. Os temas enredos prendiam a atenção, oposto de hoje, puro marketing vestido de samba, sem qualquer ligação com o samba.

 Deixo aqui para reflexão dois lindos sambas dos anos de 1980: um é da escola Caprichosos de Pilares e outro da Nenê de Vila Matilde, quando a voz grave de Armando da Mangueira era a marca registrada da escola da Zona Leste. Teve outros, mas esses dois são eternos, pela letra e melodia. Diferente dos atuais enredos, feitos para inglês ver e manter o povão longe das passarelas.


Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!

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