Na ótica tucana, educação se resolve com violência |
Luís
Alberto Alves
Os estudantes de SP
contrários ao fechamento de 94 escolas derrotaram a pedagogia do cassetete
imposta pelo professor Alckmin (PSDB), no desgoverno do Estado há dez anos.
Como verdadeiro clone de Adolf Hitler, Geraldo Alckmin deu ordens para Polícia
Militar (especialista em matar negros e pobres nos bairros da periferia
paulista) descer a madeira nos adolescentes que foram às ruas.
Como a Lei só funciona
para os outros, principalmente para políticos e militantes do PT, soldados e até
tenentes seguiram à risca as instruções do desgovernador Alckmin. Num claro
desrespeito ao ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) e súmulas do STF
(Supremo Tribunal Federal), policiais foram fotografados e filmados desferindo
socos em menores de idade.
A histeria tucana foi tão
grande que um dos secretários de Alckmin classificou, numa reunião a portas
fechadas, que a política de fechamento das escolas, que na grande mídia fiel
aos ideais do PSDB ganhou o nome de reorganização escolar, seria uma guerra
contra alunos e professores. A regra era desqualificar o movimento, usando todo
tipo de golpes baixos. Um deles foi a
depredação de escola em Quitaúna, Osasco, Grande SP. Os alunos saíram e
os vândalos entraram, sem sofrer nenhum tipo de repressão da polícia.
Mas estamos vivendo em
outro tempo. A nova geração aprendeu que as conquistas são mantidas nas ruas,
não diante do teclado do celular ou computador incendiando as redes sociais.
Foram às ruas, apanharam, respiraram gás lacrimogênio, sofreram ameaças de
torturas, porém sem desistir do ideal, de manter funcionando a escola onde
estão há algum tempo.
Meninos e meninas dividiram tarefas nestes colégios estaduais,
desprovidos de infraestrutura, onde falta até papel higiênico nos banheiros e
cadeados nos portões, além de salas de aulas estarem com mofo, reboco caindo
das paredes e carteiras quebradas. Como verdadeiros patriotas limparam e ali
mesmo dormiram.
Mesmo sob ameaça de
policiais despreparados, resistiram. Exemplo disso foi a Escola Estadual Maria
José, no bairro da Bela Vista, Centro de SP. A PM bateu, instigou, mas a arma
das redes sociais entrou em ação. A internet logo compartilhou alguns segundos
de agressões contra um aluno, contrário à desocupação do local. O show de
horrores continuou na Avenida 9 de Julho, onde o sadismo da polícia aflorou na
distribuição de cassetetadas.
Felizmente o desgovernador
Geraldo Alckmin (PSDB) percebeu que sua força bruta não teria efeito para
esvaziar as 196 escolas ocupadas por alunos, a maioria na capital paulista. No
início da tarde de hoje (4), jogou a toalha, suspendendo o nefasto projeto de
lei de fechar 94 escolas em SP. Talvez a pesquisa do Datafolha, mostrando aumento de sua rejeição pelos eleitores tenha
aberto os seus olhos. Grande parte dos adolescentes que apanharam da PM
comandada pelo professor Alckmin vai votar nas próximas eleições para
presidente. Quem bate esquece, mas quem apanha.....
Estilo tucano de resolver questões educacionais |
Nunca se esqueçam: em
terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!
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