sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Estudantes de SP derrotam pedagogia do cassetete



Na ótica tucana, educação se resolve com violência

Luís Alberto Alves

 Os estudantes de SP contrários ao fechamento de 94 escolas derrotaram a pedagogia do cassetete imposta pelo professor Alckmin (PSDB), no desgoverno do Estado há dez anos. Como verdadeiro clone de Adolf Hitler, Geraldo Alckmin deu ordens para Polícia Militar (especialista em matar negros e pobres nos bairros da periferia paulista) descer a madeira nos adolescentes que foram às ruas.

 Como a Lei só funciona para os outros, principalmente para políticos e militantes do PT, soldados e até tenentes seguiram à risca as instruções do desgovernador Alckmin. Num claro desrespeito ao ECA (Estatuto da Criança e Adolescente) e súmulas do STF (Supremo Tribunal Federal), policiais foram fotografados e filmados desferindo socos em menores de idade.

 A histeria tucana foi tão grande que um dos secretários de Alckmin classificou, numa reunião a portas fechadas, que a política de fechamento das escolas, que na grande mídia fiel aos ideais do PSDB ganhou o nome de reorganização escolar, seria uma guerra contra alunos e professores. A regra era desqualificar o movimento, usando todo tipo de golpes baixos. Um deles foi a  depredação de escola em Quitaúna, Osasco, Grande SP. Os alunos saíram e os vândalos entraram, sem sofrer nenhum tipo de repressão da polícia.

PM ameaça esmurrar aluno na Escola Estadual Maria José, no bairro da Bela Vista
 Mas estamos vivendo em outro tempo. A nova geração aprendeu que as conquistas são mantidas nas ruas, não diante do teclado do celular ou computador incendiando as redes sociais. Foram às ruas, apanharam, respiraram gás lacrimogênio, sofreram ameaças de torturas, porém sem desistir do ideal, de manter funcionando a escola onde estão há algum tempo.

Meninos e meninas dividiram tarefas nestes colégios estaduais, desprovidos de infraestrutura, onde falta até papel higiênico nos banheiros e cadeados nos portões, além de salas de aulas estarem com mofo, reboco caindo das paredes e carteiras quebradas. Como verdadeiros patriotas limparam e ali mesmo dormiram.

Melhor lugar para se lutar pelos direitos adquiridos é nas ruas
 Mesmo sob ameaça de policiais despreparados, resistiram. Exemplo disso foi a Escola Estadual Maria José, no bairro da Bela Vista, Centro de SP. A PM bateu, instigou, mas a arma das redes sociais entrou em ação. A internet logo compartilhou alguns segundos de agressões contra um aluno, contrário à desocupação do local. O show de horrores continuou na Avenida 9 de Julho, onde o sadismo da polícia aflorou na distribuição de cassetetadas.

 Felizmente o desgovernador Geraldo Alckmin (PSDB) percebeu que sua força bruta não teria efeito para esvaziar as 196 escolas ocupadas por alunos, a maioria na capital paulista. No início da tarde de hoje (4), jogou a toalha, suspendendo o nefasto projeto de lei de fechar 94 escolas em SP. Talvez a pesquisa do Datafolha, mostrando  aumento de sua rejeição pelos eleitores tenha aberto os seus olhos. Grande parte dos adolescentes que apanharam da PM comandada pelo professor Alckmin vai votar nas próximas eleições para presidente. Quem bate esquece, mas quem apanha.....
Estilo tucano de resolver questões educacionais

 Nunca se esqueçam: em terra de cego, quem tem um olho enxerga tudo!!!


Nenhum comentário:

Postar um comentário