terça-feira, 25 de novembro de 2025

Incêndio em Ministério das Mulheres em Brasília deixa seis feridos

 EBC


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Explosão ocorreu durante manutenção em subestação de energia

Agência Brasil

O bloco C da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi evacuado na manhã desta terça-feira (25), após a explosão de uma subestação de energia no subsolo do prédio. No local, funcionam os ministérios da Igualdade Racial; das Mulheres; dos Povos Indígenas; e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Seis pessoas precisaram ser encaminhadas para atendimento hospitalar, uma delas com queimaduras graves.

Por volta de 9h40, uma equipe terceirizada fazia a manutenção da subestação, quando houve a explosão com princípio de incêndio. No momento, não há mais fumaça no interior do bloco, mas ele segue interditado pelas equipes de segurança.

A fumaça do incêndio ocupou alguns andares do prédio, que foi evacuado. O Corpo de Bombeiros atendeu 27 vítimas no local, a maioria com sintomas leves de intoxicação por fumaça. Das seis pessoas encaminhadas para os hospitais, três trabalham nos ministérios e outras três eram funcionários da empresa terceirizada, entre eles, a vítima de queimaduras.

O trabalhador teve queimaduras no tórax, braços, pernas e vias áreas, o que, segundo os bombeiros, é considerado uma queimadura mais grave. Todas as vítimas estavam conscientes e orientadas quando foram encaminhadas para atendimento hospitalar. As causas da explosão estão sendo apuradas.

Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que a ocorrência teve início com um curto circuito elétrico em razão da intervenção realizada e que as equipes de brigada atuaram de imediato seguindo o protocolo de evacuação. A Secretaria de Serviços Compartilhados do MGI, responsável pela gestão administrativa do bloco C, orientou aos trabalhadores que atuam no local que cumpram a jornada de hoje em teletrabalho.

Senado marca sabatina de Messias para 10 de dezembro



 Radiografia da Notícia

Advogado-geral da União foi indicado por Lula para vaga no STF

Agência Brasil

A sabatina de Jorge Messias, indicado a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), será realizada no dia 10 de dezembro, conforme informou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Otto Alencar (PSD-BA) nesta terça-feira (25).

Messias, atual advogado-geral da União, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 20 para ocupar a cadeira do ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou aposentadoria antecipada da Corte e deixou o tribunal no mês passado. 

Para tomar posse, Messias precisa passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado em votação no colegiado e no plenário da Casa, com aprovação de 41 senadores. 

Messias tem 45 anos e poderá ficar no Supremo pelos próximos 30 anos, quando completará 75 anos, idade para aposentadoria compulsória. 

O senador Otto Alencar informou que a leitura da mensagem da indicação de Messias ocorrerá no próximo dia 3 de dezembro, quando será concedida vista coletiva. O senador Weverton (PDT-MA) será o relator da indicação.

Jorge Messias está no comando da AGU desde 1° de janeiro de 2023, início do terceiro mandato de Lula.

Nascido no Recife, o futuro ministro é procurador concursado da Fazenda Nacional desde 2007. Ele é formado em direito pela Faculdade de Direito do Recife (UFPE) e possui os títulos de mestre e doutor pela Universidade de Brasília (UnB).

Durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, Messias foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República. O setor é responsável pelo assessoramento direto do presidente.

O Perigo da Gastança Pré-Eleitoral



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 Minha primeira grande crítica reside no paradoxo das contas públicas


Eduardo Berbigier


A saúde fiscal do Brasil encontra-se sob intensa pressão. Nesta breve análise, revelo, mais uma vez, meu ceticismo crescente em relação às metas fiscais do governo e ao futuro de pesadas heranças para o próximo ciclo presidencial (2027-2030).

 

Minha primeira grande crítica reside no paradoxo das contas públicas. A proposta de cortar R$ 15 bilhões em gastos para o próximo ano — o que afeta, em parte, auxílios sociais — pode ser vista como um gesto de alto impacto, mas, na realidade, possui baixa eficácia fiscal, especialmente quando comparada ao rombo projetado.

 

Se, por um lado, diz-se que há esforço para conter despesas, o Legislativo e o Judiciário avançam em medidas que promovem o aumento de gastos, com a conivência do Executivo. Um exemplo é a aprovação de 530 novas vagas para tribunais superiores (STF e STJ). Isso é mais uma demonstração de que a “máquina” continua a expandir-se, corroendo qualquer ideia de austeridade. A conclusão é direta: o volume de despesas é insustentável. A busca por mais arrecadação apenas mascara a incapacidade de gerir os gastos e transfere os aumentos diretamente aos contribuintes.


Extra

 

A tradução da narrativa oficial de que o aumento de receita cobrirá o déficit é clara: a conta recairá diretamente sobre o contribuinte, via aumento de tributos. O governo já impôs um aumento real na carga tributária federal que, entre 2024 e o período atual de 2025, já é de quase 15%. Dados da Receita Federal e estudos econômicos confirmam esse forte aumento de arrecadação via reoneração e medidas de recomposição de impostos, além de aumentos reais na carga tributária. Contudo, essa injeção extra não foi suficiente para fechar as contas.

 

A confiança nos números oficiais é severamente questionada. Enquanto o governo projeta um déficit menor, análises independentes de instituições e economistas sugerem que o rombo fiscal deste ano e o projetado para 2026 podem ser significativamente maiores, superando R$ 100 bilhões. A percepção é que a falta de austeridade e a má gestão dos recursos levam a tais déficits.

 

A maior preocupação concentra-se no inevitável ano eleitoral de 2026. Historicamente, governos que buscam a reeleição tendem a flexibilizar a disciplina fiscal para impulsionar a popularidade. Essa trajetória de gastança, somada à falta de austeridade atual, projeta um cenário sombrio: economistas independentes estimam um déficit primário que pode ir muito além das projeções oficiais, superior a R$ 100 bilhões. Essa irresponsabilidade fiscal acumulará uma pesada herança de déficits ao longo do quadriênio, comprometendo drasticamente a gestão do próximo presidente a partir de 2027.


Primário

 

O presidente que tomar posse em 2027 herdará um país com a carga tributária elevada, juros em patamares altíssimos (com títulos do governo sendo negociados a taxas anuais elevadas) e uma margem de manobra fiscal mínima. Tudo isso em meio a uma reforma tributária em andamento. Este cenário contrasta fortemente com o momento de transição anterior, no qual o governo Jair Bolsonaro entregou as contas com superávit primário.

 

Em meio a este quadro, o agronegócio, frequentemente rotulado pelo atual governo como um setor "privilegiado" ou isento de tributos, enfrenta uma crise profunda. Segundo dados de entidades do setor, os pedidos de recuperação judicial no agronegócio cresceram 61% em 2024.

 

As dificuldades do agronegócio não decorrem de má gestão do produtor, mas sim de um cenário macroeconômico adverso, imposto pelo próprio governo. O setor é estrangulado pela falta de crédito acessível (com taxas de juros proibitivas), pela alta carga tributária indireta e por problemas crônicos de logística e escoamento que corroem a margem de lucro.


Cenário

 

Adicionalmente, a queda global nos preços das commodities agrícolas pressiona a rentabilidade,

tornando a produção no Brasil extremamente difícil e arriscada. Mesmo diante desse quadro desfavorável, o agronegócio permanece como um dos pilares da economia brasileira, sustentado pela tecnologia e pelo esforço dos produtores. No entanto, se o governo persistir em políticas que penalizam o setor (como a falta de crédito, a alta tributação e a ausência de apoio logístico), o cenário de recuperações judiciais pode piorar, afetando toda a cadeia produtiva.

 

A atual condução econômica, pautada pela expansão fiscal e prioridades imediatistas, demonstra

profunda irresponsabilidade com o futuro. O governo tem transformado a solvência do Estado em moeda de troca eleitoral, ignorando alertas e penalizando setores produtivos como o agronegócio com juros altos e crédito escasso. Essa gestão não será lembrada pela estabilidade, mas sim pela aceleração da deterioração fiscal. O resultado é a certeza de que o próximo ciclo começará estrangulado, com a herança mais perigosa sendo a erosão da credibilidade na capacidade do Estado de equilibrar suas contas sem asfixiar o cidadão e a iniciativa privada com tributos.

 

Portanto, o ano de 2026 será marcado pela intensidade das complexas e necessárias mudanças advindas da reforma tributária, do debate fiscal e das manobras eleitorais. A tendência é de um aumento de gastos e promessas, o que forçará ainda mais as contas públicas. A discussão não será apenas sobre quem vencerá, mas sobre quem terá a difícil missão de conter essa sangria fiscal a partir de 2027.

 

Eduardo Berbigier é advogado tributarista, especialista em Agronegócio, membro dos Comitês Juridico e Tributário da Sociedade Rural Brasileira e CEO do Berbigier Sociedade de Advogados.


Meu cachorro é carinhoso e gosta de me beijar com lambidas, mas será que eu deveria deixar?

    Divulgação


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Veterinária do Ceub explica por que o "beijo do cão" pode parecer um gesto de amor, mas esconder riscos à saúde

Redação/Hourpress

O gesto que muitos tutores interpretam como uma prova de amor, o famoso lambeijo, pode não ser tão inofensivo quanto parece. Embora as lambidas sejam uma forma natural de comunicação e afeto entre cães, elas também podem representar riscos à saúde humana. A professora Fabiana Volkweis, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (Ceub), explica que o hábito deve ser evitado, mesmo em animais aparentemente saudáveis e com as vacinas em dia.
 
De acordo com a especialista, a lambedura é um comportamento instintivo e social, herdado dos ancestrais selvagens. Os cães lambem para expressar carinho, aliviar o estresse e reforçar laços dentro do grupo. “É uma forma de interação que remete ao convívio em matilha, onde o gesto representa respeito e vínculo”, afirmou Fabiana. Apesar disso, a veterinária alerta que não é recomendável permitir que o cão lamba o rosto, a boca ou o nariz do tutor: “A boca do cão é porta de entrada para vírus, bactérias, fungos e protozoários”.
 
Isso ocorre porque os cães realizam sua higienização por meio da lambedura, inclusive em áreas íntimas, feridas e até em locais contaminados, como poças de água e superfícies sujas. Com isso, a cavidade oral do animal pode abrigar microrganismos potencialmente perigosos. Mesmo cães vacinados não estão livres de transmitir infecções. “As vacinas protegem contra doenças virais específicas, mas não impedem o contato com parasitas intestinais, bactérias e protozoários que podem ser transmitidos pela saliva”, completou a docente do Ceub.

Tutor
 
Entre as infecções que podem ser transmitidas pelas lambidas estão bactérias, fungos, verminoses e protozoários. Um dos casos mais comuns é o da giardíase, causada por um protozoário que pode provocar diarreia intensa, dor abdominal e vômitos. “O cão pode, por exemplo, lamber o próprio ânus após defecar e, em seguida, lamber o tutor. Assim, ele acaba transmitindo parasitas e outros agentes patogênicos”, alertou Fabiana.
 
Para reduzir os riscos, a professora reforça que a prevenção começa com a higiene e os cuidados diários. A escovação dental, idealmente diária, ajuda a reduzir o acúmulo de bactérias e a prevenir doenças periodontais. O acúmulo de tártaro, segundo Fabiana, merece atenção: “As placas bacterianas podem liberar bactérias na corrente sanguínea, afetando coração, rins e outros órgãos. Cães com mau hálito, gengivas inflamadas ou perda dentária devem ser avaliados por um veterinário especialista em odontologia”.
 
Outro ponto é garantir o acesso a água potável e limpa, evitando que o animal beba de poças ou recipientes contaminados. Avaliar o caso de vermifugação também é necessário para cada indivíduo. “Ela elimina parasitas presentes no organismo, mas não impede novas infecções. Por isso, o acompanhamento veterinário é indispensável”, explicou Volkweis.
 
Carinho

Para quem tem um pet carinhoso e insistente, a veterinária recomenda redirecionar o comportamento de forma positiva. A veterinária recomenda ao tutor ignorar as lambidas e oferecer outras formas de interação, como afagos, brincadeiras e comandos de reforço. “Com o tempo, o cão aprende que o afeto do tutor não depende da lambedura e passa a expressar amor de outras maneiras, tão carinhosas quanto, e muito mais seguras”, garante a docente do Ceub.

Boom de vagas temporárias exige atenção das empresas às regras trabalhistas

Pixabay


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 Indústria, serviços e comércio devem contratar mais de meio milhão de trabalhadores até o Natal. Especialista em direito do trabalho alerta para cuidados legais nas admissões

Redação/Hourpress

A temporada de compras e presentes começou — e, com ela, cresce a expectativa de alta nas vendas do comércio entre a Black Friday e o Natal. Para atender à demanda, o varejo e outros setores já começaram a abrir vagas temporárias.

 

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM) estima cerca de 535 mil contratos até dezembro, o que representa um aumento de 7,5% em relação ao ano passado. A Indústria lidera com 50% das contratações, seguida pelos setores de Serviços (30%) e Comércio (20%). Já um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil aponta que 47% das empresas pretendem reforçar suas equipes para a demanda extra do fim de ano, enquanto 22% repõem vagas por rotatividade e 20% buscam melhorar o atendimento.

 

Mas diante do crescimento das oportunidades, surge também a necessidade de atenção ao cumprimento da legislação trabalhista. De acordo com Laura Diamantino Tostes, especialista em direito do trabalho e professora da Faculdade Milton Campos – integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima – a contratação de temporários tem regras próprias, estabelecidas pela Lei nº 6.019/74, e não se confunde com os contratos por prazo determinado da CLT. “O contrato de trabalho temporário só pode ser utilizado em duas situações: para substituição de pessoal permanente ou para atender a uma demanda complementar de serviços — como as de fim de ano. Ele deve sempre respeitar o prazo máximo de 180 dias, prorrogável por mais 90”, explicou a especialista.


Obrigações


Ainda segundo Laura, o vínculo formal do trabalhador temporário é feito com uma empresa de trabalho temporário, que o cede à empresa contratante (ou tomadora), onde o serviço será prestado. Isso cria uma relação trilateral, diferente da contratação direta. “A carteira de trabalho é assinada pela empresa de trabalho temporário, mas o empregado presta serviços em benefício da empresa tomadora. A responsabilidade trabalhista é subsidiária — ou seja, em caso de ação judicial, primeiro responde a empresa contratante, e apenas se ela não puder arcar com as obrigações, a tomadora é acionada”, detalhou.


A professora ressalta que os direitos do trabalhador temporário são garantidos por lei, incluindo salário equivalente ao dos empregados efetivos, férias e 13º salário proporcionais, FGTS e seguro contra acidentes pessoais. Porém, há exceções: “A empregada gestante contratada como temporária não tem direito à estabilidade provisória no emprego, conforme entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho”, acrescentou Laura.

 

Outro ponto que exige atenção é a escolha da empresa intermediadora. De acordo com Tostes, a tomadora deve verificar se a empresa de trabalho temporário é idônea, possui CNPJ regular, registro na Junta Comercial e capital social mínimo de R$ 100 mil, conforme exigência legal. “A escolha equivocada pode gerar sérios passivos trabalhistas. A tomadora precisa fiscalizar se os contratos estão regulares e se os direitos dos empregados estão sendo devidamente pagos”, alertou.


Direitos

 

Quanto à saúde e segurança no trabalho, Laura enfatiza que as responsabilidades recaem sobre a empresa tomadora, já que o trabalho é prestado em suas dependências. “Ela deve garantir as mesmas condições de segurança oferecidas aos empregados fixos”, reforça.

 

Para o trabalhador, uma das grandes vantagens do contrato temporário é que ele pode ser uma porta de entrada para o mercado formal e, muitas vezes, uma chance de efetivação. “Além de ser uma oportunidade de mostrar o desempenho e conquistar uma vaga permanente, o temporário tem todos os direitos básicos assegurados, o que o diferencia do trabalho informal”, concluiu a professora.

 

SERVIÇO – Oportunidades de vagas temporárias

 

As vagas temporárias para o fim de ano estão sendo abertas em todo o país, especialmente nos setores de comércio, serviços e indústria. Oportunidades podem ser consultadas nos sites das empresas de recrutamento, plataformas de vagas e agências de trabalho temporário registradas.