terça-feira, 28 de novembro de 2023

Julgamento do STF pode mudar entendimento da liberdade de expressão

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Radiografia da Notícia

Trata-se da disputa entre o jornal Diário de Pernambuco e a família do ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho, morto em 2017

Principal ponto a ser debatido é até que ponto um veículo pode ser responsabilizado a partir da divulgação de informações erradas

*  Em agosto, o STF formou entendimento prévio sobre o tema, mas os ministros não conseguiram chegar a um acordo

Redação/Hourpress

 

O Supremo Tribunal Federal deve votar esta semana uma matéria que pode mudar os parâmetros sobre a liberdade de expressão no Brasil.

 

Trata-se da disputa entre o jornal Diário de Pernambuco e a família do ex-deputado federal Ricardo Zarattini Filho, morto em 2017.

 

A publicação foi condenada a pagar indenização pela divulgação de uma entrevista, em 1995, em que o entrevistado, o delegado Wandenkolk Wanderley, também falecido, responsabilizou o ex-parlamentar por um atentado a bomba no aeroporto de Guararapes, em 1968, durante a ditadura militar.


Época

 

Em agosto, o STF formou entendimento prévio sobre o tema, mas os ministros não conseguiram chegar a um acordo sobre a tese a ser aplicada aos demais casos.

Divergiram os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio, hoje aposentado e relator do caso na época.

 

José Luiz Souza de Moraes, Secretário-Geral da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo (APESP), procurador, professor universitário e especialista em Direito do Estado, diz que a imprensa ficou sem regulamentação após o julgamento histórico de abril de 2009, quando o STF entendeu que a Lei de Imprensa, de 1967, da ditadura militar, era antidemocrática e não poderia ser acolhida pela Constituição de 1988. "A decisão correta do STF de extirpar essa lei nefasta deixou o setor sem regulamentação nenhuma, vindo a lei 13.188, de 2015, para estabelecer alguns critérios para retificação e direito de resposta", lembra.

 

A discussão no STF cairá naquela velha questão: até que ponto a imprensa deve ser regulada?


Cenário

 

"O que deve haver é a possibilidade de sanção posterior em razão de afirmações que abusem dessa liberdade ofendendo pessoas ou apresentando mentiras. A grande questão é determinar quando há esse abuso pela ofensa e pela mentira e que tipo de circunstâncias permitem de fato a responsabilização do veículo. O que está se discutindo, em uma outra perspectiva, é a circunstância de dolo (intenção de fazer errado) e culpa (sem intenção de fazer errado mas sem os cuidados para fazer o certo) que legitimam a punição penal e civil", opina Antonio Carlos de Freitas Júnior, Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo (USP).

 

O cenário também fica delicado quando é analisado o papel que o veículo de mídia pode ter na hora da publicação de uma informação errada e sua eventual responsabilização. "Difícil hoje nos depararmos com notícias publicadas que sejam inerentes àquela pessoa jurídica. Geralmente constatamos isso em editoriais. Todas as outras manifestações são pessoas físicas, responsáveis por aquela informação. Então, num primeiro momento, a responsabilização deve ser daquela pessoa física. Contudo, olhando para nosso sistema jurídico, não podemos dizer que em hipótese alguma os veículos podem ser responsabilizados. Se os gestores daquele veículo de informação sabem que são cometidos excessos, que as informações divulgadas são inverídicas, nesse contextos eles também precisam ser responsabilizados", finalizou Acacio Miranda da Silva Filho, Doutor em Direito Constitucional.

Epidemia de insatisfação: qual é o papel do RH?

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Radiografia da Notícia

É importante analisar como este conceito de felicidade no trabalho sofre mudanças constantes

Em uma nova pesquisa feita pela WeWork, dados preocupantes mostraram que estamos presenciando uma epidemia de insatisfação

Hoje, eles também têm o poder de escolher onde querem trabalhar, e analisam os critérios considerados por cada um

Ricardo Haag

O que sua empresa deve oferecer para que você esteja feliz em seu trabalho? Essa é uma resposta muito subjetiva, mas que, mesmo assim, podemos notar um certo padrão no mercado entre as gerações profissionais. Em uma nova pesquisa feita pela WeWork, dados preocupantes mostraram que estamos presenciando uma epidemia de insatisfação, emergindo não apenas no nosso País, como também em nível macro latino-americano – a qual precisa ser devidamente investigada para evitar prejuízos severos na retenção dos profissionais, sua felicidade e produtividade.

É importante analisar como este conceito de felicidade no trabalho sofre mudanças constantes com o passar do tempo. Afinal, se antes, o fato de estar empregado e receber uma boa remuneração segura era motivo suficiente para essa satisfação, hoje os critérios são outros.

Conforme o mercado foi ganhando cada vez mais volatilidade e novas oportunidades de carreira, foi emergindo em empresas dos mais diversos segmentos um maior poder de barganha entre os profissionais. Hoje, eles também têm o poder de escolher onde querem trabalhar, e analisam os critérios considerados por cada um como essenciais em uma vaga antes de se candidatarem.

Vaga

Essa mudança de comportamento fez com que, hoje, muito dessa insatisfação identificada pelo estudo esteja atrelada ao modelo de trabalho imposto pelas empresas. Segundo os dados divulgados, cerca de 55% dos profissionais afirmaram que não estão contentes com seu atual emprego – 25% disseram se incomodar com a falta de flexibilidade em suas rotinas, tido como um dos fatores mais valorizados em uma vaga atualmente.

A preferência por oportunidades que ofereçam essa característica foi fortemente impulsionada e democratizada com a pandemia, período que fez com que 68% dos profissionais passassem a valorizar mais o bem-estar e a qualidade de vida, ainda segundo a pesquisa. Afinal, ao trabalharem remotamente ou, pelo menos, em um formato híbrido, as sensações de liberdade e autonomia são inegáveis, evitando desgastes no trânsito, tendo um maior conforto de poderem trabalhar de suas casas e, com isso, terem uma maior produtividade em suas funções.

Não há como negar esses benefícios que o trabalho à distância proporciona. Mas, também não podemos negligenciar os contras que esses modelos geram, principalmente no que diz respeito ao relacionamento entre os times. A perda da proximidade física entre as equipes é um fator crucial para um enfraquecimento da sinergia profissional em suas rotinas, o que é argumentado por muitas companhias que ainda preferem estabelecer modelos presenciais de trabalho.

Fácil

Equilibrar essas preferências entre a contratante e os contratados é uma missão complexa para o RH e, nem sempre, será possível agradar a todos igualmente. Por isso, é essencial que este departamento preze por alguns cuidados para que consigam assegurar que haja coerência entre o discurso corporativo e o que será colocado em prática e refletido diretamente em suas equipes.

Recrutar talentos que estejam aderentes aos valores empresariais e ao seu mindset é o ponto básico a ser seguido neste processo, escolhendo aqueles que tenham, verdadeiramente, um fit organizacional, de forma que seja mais fácil receber e reter este profissional.

Com o time formado, é dever do RH aplicar um mapeamento interno a fim de identificar o que eles valorizam – seja momentos de descontração como happy hour, emendas de feriado, bônus salariais, ou outros fatores.

Cultura

Compreender esses gatilhos é o que ajuda este departamento a construir uma relação de mais confiança entre as partes, colocando em prática as medidas necessárias perante os objetivos estipulados e sempre mantendo uma comunicação clara com todos, explicando os motivos pelos quais as ações estão sendo adotadas e o que é esperado com cada uma delas.

Sempre existirão diversos atrativos que serão desejados pelos profissionais em uma oportunidade de trabalho. Conciliar essas expectativas com a cultura organizacional não é simples, mas, com essas dicas incorporadas e mantidas pelo RH no dia a dia, será possível assegurar um melhor alinhamento entre as partes, garantindo o recrutamento de profissionais que estejam aderentes a essas características, seu engajamento e felicidade no ambiente de trabalho.

Ricardo Haag é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Quem financiou o terrorismo?

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Radiografia da Notícia

As críticas às falhas de segurança das Forças Armadas têm crescido, já que Israel é conhecido pelo seu sofisticado sistema de defesa antimísseis

Uma operação desta natureza é cara, além de demandar um nível de inteligência que implica em planejamento de longo prazo

Também chama atenção que o momento do ataque parece ter sido escolhido a dedo pelo Hamas

 Emanuel Pessoa

 Os ataques terroristas a Israel foram os maiores ocorridos nas últimas décadas, com mais de 700 israelenses mortos e mais de uma centena sequestrados. As críticas às falhas de segurança das Forças Armadas têm crescido, já que Israel é conhecido pelo seu sofisticado sistema de defesa antimísseis, e pela região de Gaza estar submetida a um forte esquema de segurança.

Contudo, para além do problema militar, há que se lembrar que Gaza é uma das regiões mais pobres do mundo, o que leva à questão: quem financiou este ataque? Afinal, foram mais de 2.200 foguetes, dezenas de caminhões e centenas de homens envolvidos no ataque terrorista. Uma operação desta natureza é cara, além de demandar um nível de inteligência que implica em planejamento de longo prazo.

Muitos têm corrido para culpar o governo do presidente americano Joe Biden, que liberou 6 bilhões de dólares de fundos do Irã, conhecido apoiador do Hamas, que estavam bloqueados na Coréia do Sul.

O governo Biden já rechaçou essa afirmação, justificando que nenhum dólar ainda foi gasto e o dinheiro somente poderá ser usado para adquirir comida e medicamentos. Fato é que o dinheiro iraniano que anteriormente seria destinado a essas rubricas poderia ser redirecionado para atividades menos "humanitárias", inclusive em antecipação do desbloqueio, que já vinha sendo anunciado há tempos.

Militar

Adicionalmente, a retirada desastrosa dos Estados Unidos do Afeganistão deu ao mundo um recado claro sobre a tibieza moral e militar do atual Executivo americano, diminuindo o medo de uma retaliação econômica e militar por parte da (ainda) maior potência do planeta.

O ataque a Israel parece se encaixar nesse contexto, onde as consequências podem reverberar por muito tempo. Se o conflito escalar e se prolongar, Israel vai precisar do mesmo tipo de armamento pesado que está sendo mandado para a Ucrânia. Isto quando a oposição doméstica americana engrossa o coro contra a ajuda militar a outros países às custas do déficit estadunidense.

Também chama atenção que o momento do ataque parece ter sido escolhido a dedo pelo Hamas, um dia após o aniversário de 50 anos da Guerra do Yom Kippur. Na ocasião, o Egito e a Síria surpreenderam Israel atacando pelo sul e norte para recuperar territórios perdidos em uma guerra anterior, mas acabaram expulsos semanas depois.

Entender por quem e como o ataque foi financiado é essencial para se apurar os mandantes dessa barbárie e se fechar os canais que poderiam permitir outros atentados. Como sempre, "seguir o dinheiro" é a chave para qualquer investigação sobre os culpados.

Evidentemente, nesse ínterim, Israel se defenderá e dará a resposta militar que entender necessária para garantir a sua segurança.

 * Emanuel Pessoa é advogado especializado em Governança Corporativa, Direito Societário, Contratos e Disputas Estratégicas. Mestre em Direito pela Harvard Law School, Doutor em Direito Econômico pela USP, Certificado em Negócios por Stanford, Bacharel e Mestre em Direito pela UFC

Violência contra mulheres: entenda a importância do amparo

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Radiografia da Notícia

* Infelizmente, muitas mulheres ainda enfrentam essa situação e não conseguem se desvencilhar e buscar ajuda

Esses números, sem dúvida, reforçam a necessidade de serviços que amparem as vítimas em diferentes setores

As marcas deixadas nos corpos acabam servindo de lembrete constante de que a violência ocorreu

Redação/Hourpress

Nos últimos dias, um dos temas mais comentados da internet foi a agressão sofrida por Ana Hickmann por parte do seu marido, Alexandre Correa. A notícia se espalhou rapidamente após a confirmação de que a apresentadora havia registrado um boletim de ocorrência contra o parceiro, por violência doméstica e lesão corporal.

Apesar de o fato ter ganhado repercussão devido à notoriedade de Ana, infelizmente, muitas mulheres ainda enfrentam essa situação e não conseguem se desvencilhar e buscar ajuda.

A quarta edição da pesquisa "Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil", realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Datafolha, com apoio da Uber, estima que cerca de 18,6 milhões de mulheres brasileiras tenham sido vítimas de algum tipo de violência em 2022. Já os acionamentos ao número da Polícia Militar, 190, chegaram a 899.485 ligações, representando a média de 102 ligações por hora para denunciar algum tipo de violência doméstica.

Esses números, sem dúvida, reforçam a necessidade de serviços que amparem as vítimas em diferentes setores. Pensando nisso, o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" criou um grupo de assistência para ajudar essas pessoas gratuitamente, via SUS.

O projeto "Costurando a Vida com Fios de Ferro" foi criado em junho deste ano devido à alta demanda de casos de violência contra a mulher atendidos no território da UBS Jardim Valquíria, gerenciada pela organização em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. Seu nome foi inspirado em uma frase utilizada pela escritora mineira Conceição Evaristo, em seu livro "Insubmissas Lágrimas de Mulheres", que apresenta mulheres negras cujas histórias de vida foram marcadas por situações de vulnerabilidade e violência.

"No grupo, são trabalhadas questões relacionadas ao contexto de violência e ao adoecimento subjetivo causado pela violação de direitos. Com o apoio de assistente social e educadora física, consideramos todos os aspectos necessários que promovam o empoderamento e o fortalecimento das pacientes, desde a realização de atividades físicas e de relaxamento para controle da ansiedade até questões relacionadas à proteção social ", afirma Alexander Augusto Rodrigues, psicólogo integrante da equipe multiprofissional da UBS Jardim Valquíria.

Atualmente, 20 mulheres compartilham vivências no grupo, por meio de encontros quinzenais. Apesar disso, de 2021 até o início de novembro deste ano, foram notificados cerca de 79 casos de violência contra a mulher somente nessa unidade de saúde.  

“Mesmo assim, nós sabemos que o número de mulheres que sofrem violência no território é exponencialmente maior e, por isso, trabalhamos continuamente para conseguir acessar esses casos”, destaca Alexander.

As marcas deixadas nos corpos acabam servindo de lembrete constante de que a violência ocorreu, intensificando ainda mais a dor. Algumas dessas pacientes acabam tendo órgãos prejudicados, precisando lidar também com dificuldades na audição, visão ou até mesmo na mobilidade de seus membros devido a espancamentos e violência, declara o profissional.

Nos atendimentos, as violências física, moral, psicológica e patrimonial se destacam como as ocorrências mais frequentes. Com isso, temas como a culpa envolvida na experiência da violência, fortalecimento da capacidade de enfrentamento às dores deixadas pela agressão, baixa autoestima e questões com imagem são constantemente trabalhadas com cada uma das vítimas atendidas.

E, para além de receberem cuidados psicológicos e físicos pelo grupo, as pacientes contam ainda com todo o suporte necessário da UBS quanto a temas relacionados a abrigo sigiloso, realização de BO, medida protetiva, benefícios, geração de renda, entre outros.

“Quando uma mulher consegue identificar e revelar uma situação de violência, o modo como nós, profissionais da saúde, recebemos essa informação é de fundamental importância. Se essa paciente não se sentir acolhida e legitimada no que trouxe para nós, dificilmente ela conseguirá colocar em perspectiva caminhos conjuntos com o serviço para o enfrentamento ao contexto de violência”, reforça.

Atenção aos sinais

Para ajudar na identificação de uma possível violência, o psicólogo destaca que existem três fases que devem ser vistas como sinais de alerta. Normalmente, o ciclo vivenciado pela mulher acaba se repetindo, caso nada seja feito.

Confira abaixo a explicação:

1ª Fase - Aumento da Tensão: o autor da violência emite comportamentos de tensão e irritabilidade em relação a coisas cotidianas, chegando a ter acessos de raiva. Nessa situação, as violências psicológica e moral começam a surgir por meio de humilhações, xingamentos, ameaças e destruição de objetos. Aqui, a mulher tende a acalmar o autor da violência, começando a vigiar seus próprios comportamentos para evitar qualquer conduta que possa irritá-lo. É um período caracterizado por muita insegurança, angústia e ansiedade.  

2ª Fase - Ato da Violência: nesta fase, o autor da violência perde o controle e chega ao ato violento. Toda a tensão acumulada na 1ª fase se materializa em violência. Diante disso, a mulher se vê paralisada e incapaz de reação, o que pode resultar em sofrimento psicológico intenso (insônia, perda de peso, ansiedade, fadiga, pensamentos de morte), além de sentimentos como medo, solidão, culpa e vergonha pela situação de violência.

3ª Fase - Arrependimento e Comportamento Carinhoso: também conhecida como "lua de mel", essa fase é caracterizada pelo arrependimento do autor da violência, que tenta se reconciliar por meio de presentes, jantares, viagens, atitudes carinhosas e declarações de amor. Há um período calmo após a reconciliação, mas, na subjetividade da mulher, um misto de felicidade, alívio e remorso começa a tomar conta de sua mente, estreitando a sua relação de dependência com o autor da violência. Por fim, a tensão volta a aumentar e a violência ocorre novamente, reiniciando o ciclo.

Ademais, o profissional alerta: “Escutar o que as outras pessoas estão tentando avisar sobre o relacionamento também pode ajudar a identificar esse ciclo, além de procurar informação e ajuda qualificada”.

Onde encontrar ajuda

Mulheres que enfrentam situações de violência e buscam apoio podem recorrer a alguns recursos. Além de procurarem atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS), é importante que busquem respaldo legal por meio das Delegacias de Defesa da Mulher, Disque 100 e 180, bem como pelo Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública de São Paulo.

É possível também buscar o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) mais próximo, que pode ajudar com os direitos de defesa das mulheres e familiares em situação de violência.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

60 anos depois o mistério continua: quem matou presidente #Kennedy?


Radiografia da Notícia

* Ao sair da delegacia no dia seguinte para depor foi morto diante das câmeras e policiais

Porém, a opinião pública norte-americana nunca acreditou nesta tese

Para complicar, o governo decretou sigilo de até cem anos nos diversos documentos produzidos pela polícia

 Luís Alberto Alves/Hourpress

O dia 22 de novembro de 1963 era uma sexta-feira que entrou para a história dos Estados Unidos. Nesse dia, durante carreata por algumas avenidas de #Dallas, Texas, o presidente John #Kennedy (Partido Democrata) seria alvejado na cabeça por tiros de fuzis e morreria minutos depois a caminho do hospital.

O FBI (a polícia federal norte-americana) prenderia ainda no mesmo dia o ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald num prédio próximo ao local do atentado. Ao sair da delegacia no dia seguinte para depor foi morto diante das câmeras e policiais, pelo mafioso Jack Rubby. Oswald, enquanto estava vivo, negou a participação no crime.

Tese

Logo, Congresso Nacional dos Estados Unidos criou a Comissão Warren para investigar o assassinato de John Kennedy. Após muitas ações circenses chegaram a conclusão de que Oswald teria sido o autor do atentado. Porém, a opinião pública norte-americana nunca acreditou nesta tese, visto que o ex-presidente colecionava inimigos em diversas frentes.

Para complicar, o governo decretou sigilo de até cem anos nos diversos documentos produzidos pela polícia. Para alguns, #Kennedy foi alvo de conspiração tramada pela então União Soviética, cuja #Rússia era uma de suas repúblicas, e também por cubanos expulsos por Fidel Castro, após a derrubada do ditador Fulgêncio Batista em 1959.

Atentado

Também se cogitou que a própria #CIA (serviço secreto dos Estados Unidos) estava por trás do atentado, porque nunca conseguiu comprovar que outros suspeitos teriam participado deste atentado. Jogou a culpa, sempre, sobre Oswald. Ele tinha saído dos Estados Unidos e morado algum tempo na União Soviética, também teve contato com cubanos que tinha interesse na derrubada de Fidel Castro.

Mas diversos estudiosos no assunto, principalmente na área de armamentos, descartaram que Oswald teria disparado os tiros fatais que mataram #Kennedy, com o carro presidencial em movimento. Funcionários do prédio, onde estava o autor dos disparos, alegaram não ter visto Oswald no andar de onde saíram as balas que impactaram a sociedade norte-americana naquela sexta—feira de 22 de novembro de 1963. O mistério continua....

#Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue #Cajuisticas

 

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Até quando o idoso será jogado a escanteio?

 


Radiografia da Notícia

* Até os 39 anos ainda existe chance de continuar na ativa

Como a população brasileira está envelhecendo rapidamente

É preciso mesclar jovens e idosos dentro das empresas

            Luís Alberto Alves/Hourpress

Todo desempregado já ouviu ou recebeu e-mail ou whatsapp agradecendo a participação para concorrer a determinada vaga numa empresa. Em alguns casos, a resposta é chavão, que diversos profissionais de RH decoraram e utilizam para matar o sonho de alguém sem emprego retornar ao mercado.

Até os 39 anos ainda existe chance de continuar na ativa. Porém, ao ultrapassar a idade de 40 anos, o cenário torna-se sombrio. Erradamente é carimbado por inúmeras empresas (nacionais e multinacionais) como “velho”, desconhecendo que alguém fica idoso a partir de 60 anos.

Neste tipo de situação a experiência acumulada, os cursos de requalificação e até dominar fluentemente vários idiomas não servem para nada. Eu, com 36 anos de jornalismo, passagem nos maiores veículos de imprensa deste País, ouvi de um empregador que o meu problema era “ter experiência demais”!

Jovem

Como a população brasileira está envelhecendo rapidamente, com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) prevendo que em 2040 os idosos serão 1/3 dos brasileiros, é preciso que o mercado de trabalho reveja a sua postura discriminatória contra os “velhos”.

É preciso mesclar jovens e idosos dentro das empresas, unindo a disposição e energia da jovem guarda com a experiência acumulada da velha guarda. Não se pode cair no extremo de contratar só idoso ou só jovem. É chato sentir-se inútil luta para retornar à ativa.

Ainda bem que essa burrice cometida pelas empresas não chegou ao mundo da música. Já imaginaram proibir Mick Jagger (80 anos) de cantar, de George Benson (80 anos) de tocar sua guitarra, de Caetano Veloso (81) se apresentar, de Jorge Ben Jor (84) suingar com sua guitarra, de Paul McCartney ( 81) soltar a sua voz com os sucesso eternos dos Beatles, de Martinho da Vila (85) mostrar a beleza do samba, de Djavan (74) apresentar seus maiores sucessos? Os idosos merecem respeito em qualquer setor da vida profissional.

#Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue #Cajuísticas

Mick Jagger

https://www.youtube.com/watch?v=g5W4k6vD2WY

George Benson 

https://www.youtube.com/watch?v=aoVqg0YLBnU

Caetano Veloso 

https://www.youtube.com/watch?v=t4pl079t548

Jorge Ben Jor

https://www.youtube.com/watch?v=bCAg9jF3vOI

Paul McCartney

https://www.youtube.com/watch?v=XVwYGhMJ2fE

Martinho da Vila 

https://www.youtube.com/watch?v=X4Tp_TmjHRs

Djavan

https://www.youtube.com/watch?v=L7goYWREVuA

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

#Starbucks não entendeu o mercado brasileiro, avalia advogado

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Radiografia da Notícia

Especialistas apontam que recuperação judicial do grupo tem semelhança com a da Saraiva

A Justiça de São Paulo pediu mais explicações sobre o pedido da gestora

A SouthRock apresentou uma lista de credores à Justiça com mais de 150 páginas

Redação/Hourpress

Com uma dívida estimada de R$ 1,8 bilhão, a SouthRock, gestora de marcas no Brasil como Starbucks, Eataly e TGI Fridays, entrou com pedido de recuperação judicial.


A companhia apontou que a crise econômica e a pandemia da Covid-19 foram os fatores que derrubaram seus lucros. Em 2020, a SouthRock teve queda de 95% nas vendas. Em 2021, a queda foi de 70%. No ano passado, recuo de 30%.

 

A Justiça de São Paulo pediu mais explicações sobre o pedido da gestora.. O juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1ª Vara de Falências de São Paulo, ordenou uma perícia prévia sobre a documentação apresentada pela companhia.

 

A SouthRock apresentou uma lista de credores à Justiça com mais de 150 páginas. Entre eles estão a própria matriz da Starbucks (uma dívida estimada de R$ 49 milhões para regularizar o uso do nome por aqui) e bancos como Banco do Brasil, Bradesco, Santander, ABC, BS2, Sofisa e Votorantim.


Mercado

 

Para Fernando Canutto, especialista em Direito Societário e sócio do Godke Advogados, o processo de recuperação judicial da SouthRock lembra o da Saraiva, que pediu autofalência no mês passado. "Foi uma expansão muito grande quando o mercado não suportava isso. A Saraiva deu exatamente essa justificativa quando pediu recuperação judicial. E durante a pandemia a Starbucks fez essa expansão quando o mercado não conseguiu absorver", explicou.

 

Já para Filipe Denki, especialista em Direito e Reestruturação Empresarial, sócio do Lara Martins Advogados, o caso da dona do Starbucks não é semelhante ao da Americanas. "O pedido de recuperação judicial da Americanas foi decorrente do escândalo contábil. Da SouthRock, pelo menos a princípio, foi dificuldade financeira", pontuou.

 

Denki critica a visão de que o mecanismo de recuperação judicial serve para proteger os executivos das companhias em dificuldades. "É um equívoco falar que protege mais o devedor do que o credor. O objetivo é proteger a atividade empresarial e sua função social - geração de empregos, pagamento de impostos e geração de riqueza. A punição deve ser para os gestores, sócios controladores e executivos em caso de comprovação da má gestão", descreveu.

 

Já Canutto avalia que a Starbucks não deu tão certo no Brasil pela dificuldade da empresa em entender o mercado nacional, além dos preços altos cobrados pelos produtos. "O Brasil tem uma cultura de café diferente comparando com os Estados Unidos. Lá, as pessoas vão e trabalham naquele local. Aqui é mais para tomar a bebida e conversar. Além disso, os preços praticados aqui são caros, o que dificulta sua penetração no mercado", finalizou.




Dermatologista comenta erros comuns ao usar protetor solar

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 Radiografia da Notícia

Para o corpo, costumamos indicar o equivalente a três colheres de sopa

Aplicar o protetor solar apenas na parte da manhã

* A médica orienta o uso de protetores solares que agem contra a luz visível

Redação/Hourpress

A chegada do verão é a temporada mais “perigosa” para a pele. A médica dermatologista Dra. Maria Paula Del Nero Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que muita gente comete erros no uso do protetor solar por não saber como utilizá-lo corretamente no dia a dia. Ela lista os sete equívocos mais comuns e como evitá-los. Confira: a) Quantidade insuficiente do produto: “para que a proteção seja efetiva, é preciso aplicar a quantidade correta de protetor solar no corpo e no rosto. Para o corpo, costumamos indicar o equivalente a três colheres de sopa. No rosto, uma colher de café é suficiente”, orientou.


b) Aplicar o protetor solar apenas na parte da manhã: pode-se começar o dia com essa rotina de aplicação, mas o produto deve ser reaplicado a cada três horas ou quando houver sudorese intensa, banhos de mar ou piscina. “Mesmo quem está em ambiente fechado e climatizado deve reaplicar o protetor solar a cada 12 horas”, disse a médica.


C) Não passar no corpo porque está coberto com roupa: Dra. Maria Paula conta que os trajes são uma barreira física de proteção contra o sol, mas não são 100% eficazes. “Se houver exposição solar, as pessoas precisam passar o protetor solar no corpo mesmo assim. Sempre indicamos que o produto seja utilizado embaixo de biquínis e maiôs, por exemplo, pois os raios UV são capazes de penetrar na fibra dos tecidos e prejudicar a pele.”


D) Não passar o produto por ficar em ambiente fechado: a médica orienta o uso de protetores solares que agem contra a luz visível, pois o corpo sofre fotoenvelhecimento também em locais fechados. “A iluminação de aparelhos eletrônicos, como computadores, tablets e celulares também pode acelerar o envelhecimento da pele”, descreveu. 


E) Descuidar na atividade física: quem se exercita ao ar livre precisa de um produto mais aderente à pele, que não saia com a transpiração. “O ideal são os protetores infantis ou específicos para esportes. Eles são resistentes à água e não escorrem nos olhos”, ensinou Dra. Maria Paula. 


F) Não levar em conta o tipo de pele: isso tem a ver com a durabilidade do produto sobre a cútis e também sobre a saúde do órgão. Peles oleosas, por exemplo, devem usar como veículo de proteção o gel ou sérum; as mistas, o gel creme e, as secas, os protetores em creme. 


G) Usar só em dia de sol: esse erro é bastante comum e costuma render queimaduras feias nos banhistas. É que os raios nocivos atuam mesmo em dias nublados. O indicado, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é o uso de Fator de Proteção Solar (FSP) 30, no mínimo, diariamente.


“Pelo fato de vivermos em um país tropical, o câncer de pele é o mais comum no Brasil e pode ser fatal. É preciso conscientização sobre o uso do protetor solar como forma de prevenção desde a infância até a terceira idade”, concluiu a médica.

Tarde de autógrafos com livro sobre meio ambiente neste sábado (11) no SindiQuímicos Guarulhos

    Troad Comunicações


Radiografia da Notícia

* O seu livro aborda o meio ambiente como política de saúde pública

* Falta de higiene no interior de algumas empresas pode provocar transmissão de diversas doenças

Quais medidas o empregador deve tomar, além de citar a situação ambiental em que o mundo atravessa atualmente

Redação/Hourpress

O jornalista #Luís Alberto Alves, o Caju, participa de uma tarde de autógrafos do seu segundo livro “Por que o meio ambiente é tão importante ao Trabalhador”, no salão de eventos do #SindiQuímicos Guarulhos, Rua Iraci Santana, 34, Centro, Guarulhos, neste sábado (11).

Caju, em 36 anos de profissão, trabalhou 21 anos na cidade de Guarulhos no jornal Folha Metropolitana, na década de 90 e início deste século 21. Entrou repórter e saiu chefe de reportagem. De 2008 a 2010, retornou no cargo de editor-chefe da Folha Metropolitana e Metrô News.

Também foi assessor de imprensa no SindiQuímicos Guarulhos e #CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) até 2017. Participou de três Conferências Nacional de Meio Ambiente, publicou diversas reportagens abordando a questão ambiental.

Saúde

Segundo ele, o seu livro aborda o meio ambiente como #política de saúde pública, visto que a falta de #higiene no interior de algumas #empresas pode provocar transmissão de diversas doenças. “Muitas dessas enfermidades o #trabalhador leva para casa, contaminando o restante da família e em algumas vezes até provoca mortes”, disse.

Caju lamenta que algumas empresas avaliam a questão ambiental como algo insignificante, assunto de intelectual, de gente sem nenhum compromisso. “Desconhecem que o trabalhador tem contato direto com substâncias que colocam em risco a #saúde e sua própria vida, como nos casos de uniformes contaminados com substâncias tóxicas lavados em casa”, alertou.

Neste livro, com 86 páginas, Caju informa quais medidas o trabalhador e a empresa precisam adotar para combater a desinformação relativas ao meio ambiente, além de descrever as tragédias que podem provocar o descarte incorreto de resíduos produzidos dentro de uma fábrica. Quais medidas o empregador deve tomar, além de citar a situação ambiental em que o mundo atravessa atualmente

Ficha técnica

Título: Por que o meio ambiente é tão importante ao trabalhador

ISBN:  978-65-00-79037-5

Autor: Luís Alberto Alves

Páginas: 86

Formato: 14X21

Preço: R$ 39,00

Serviço:

Tarde de autógrafo, das 15h às 17h, neste sábado (11),

 na Rua Iraci Santana, 34, Centro, Guarulhos,

Salão de eventos do SindiQuímicos Guarulhos.

Mais informações: Whatsapp (11) 95691-4434

 

A #Sabesp será amanhã, o que a #Enel é hoje ao consumidor

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Radiografia da notícia

*A Enel prometeu que forneceria serviço de qualidade em SP e Capital

*O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai vender a Sabesp

*Existem serviços que o Estado precisa manter embaixo de seu guarda-chuva

 Luís Alberto Alves/Hourpress

O pesadelo que milhões de pessoas passou na Capital e Grande SP com falta de energia, por causa da tempestade que castigou a cidade na semana passada, serve de alerta à população. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) vai vender a Sabesp (Saneamento Básico de São Paulo), com argumento de melhoria dos seus serviços.

É conversa fiada. No passado, a venda da Eletropaulo, que o governo comprou a multinacional Light, teve a mesma argumentação. A Enel prometeu que forneceria serviço de qualidade em SP e Capital. O número de reclamações dobrou e neste último final de semana, a tempestade revelou que a empresa não tem estrutura para enfrentar grandes problemas.

Existem serviços que o Estado precisa manter embaixo de seu guarda-chuva, para evitar problemas como os citados acima. Será que a Enel vai arcar com os prejuízos amargados pelo comércio, com mercadorias estragadas por falta de energia elétrica? E os casos de doentes, atendidos por aparelhos em suas casas, que tiveram problemas com a interrupção da energia?

Portanto, a população precisa ficar atenta ao argumento mentiroso do governador Tarcísio de que a venda da Sabesp é para melhoria dos seus serviços. O saneamento básico deve continuar como bem público, jamais poderá cair nas mãos das empresas privadas, que visam apenas lucro a qualquer custo. Do contrário correremos o risco de ficar com as torneiras secas e água para a higiene pessoal.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue #Cajuísticas